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GUIA DO DIRETOR

MINISTÉRIO PESSOAL

2018
União Sudeste Brasileira
APRESENTAÇÃO
Quando olhamos ao nosso redor e vemos que tudo poderia ser melhor, a única coisa
que nos motiva é a esperança. Ela é o único combustível da alma, pois sem esperança o
ser humano não vive. Poderíamos até dizer que o significado mais prático dessa palavra
seria “expectativa de dias melhores”. Quem não espera por isso?

Mas essa palavra tão doce, esse antídoto contra o desespero pode tornar-se um grande
problema. Quando a esperança passa a fundamentar-se em expectativas terrenas, o
resultado, mais cedo ou mais tarde, é a descrença, o ceticismo e a depressão. Muita
gente tem uma esperança que é derivada do verbo ‘esperar’, mas essa não é a espe-
rança verdadeira, é apenas uma espera, um desejo, uma expectativa. “Eu espero que
resolvam”, “eu espero que dê certo”; “eu espero que o governo faça algo”... A esperança
do verbo ‘esperançar’ é baseada em uma promessa que não falha, em uma certeza, em
uma convicção intacta.

Deus, em sua infinita misericórdia, deu ao homem uma promessa para nos resguardar
contra a falsa esperança: “Porei inimizade entre ti (serpente) e a mulher, entre a tua des-
cendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. Gen.
3:15. Este foi um momento histórico: o nascimento da esperança! A primeira promessa
da Bíblia com sua base em Jesus Cristo. Bem aqui podemos aprender a mais importante
lição sobre esperança, diretamente da boca de Deus: ela tem que estar fundamentada
em Jesus Cristo. Qualquer expectativa que não esteja fundamentada em Jesus e na Sua
Palavra é vã.

O profeta Jeremias nos adverte quanto a colocarmos a nossa esperança em nossos pró-
prios projetos. Ele diz que o coração humano é enganoso e ainda nos adverte a co-
locarmos nossa esperança em Deus: “Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja
esperança é o Senhor. Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende
as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde;
e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto. ” Jer. 17:7-9
Só Jesus é capaz de cumprir a promessa de vir e implantar definitivamente dias melho-
res, de segurança, de justiça... Enquanto isso, se olhamos ao redor, desanimamos, can-
samos, porque nada muda, as coisas não andam; mas não podemos perder a esperança.
Firmemente e com certeza vai se aproximando o tempo em que Jesus vai cumprir a Sua
promessa e, por fim, nossa esperança se concretizará.

Preparamos este auxiliar apresentando orientações e sermões que lhe darão suporte
para você cumprir sua missão como Diretor (a) do Ministério Pessoal, de difundir espe-
rança, você tem aqui:

• Dicas práticas que envolvem o departamento;


• Calendário com as datas importantes envolvendo o Evangelismo Integrado para 2018;
• Orientações para envolver mais pessoas com a missão de Deus para Sua igreja.

Que Deus o (a) abençoe e o (a) dirija.

Pr. Eber Soares Nunes


Escola Sabatina, Ministério Pessoal e Asa
eber.nunes@adventistas.org.br

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EXPEDIENTE

Administração
Presidente: Mauricio Lima
Secretário: Leonidas Guedes
Tesoureiro: Volnei Porto

Direito de publicação
União Sudeste Brasileira dos Adventistas do Sétimo Dia
Estrada União e Indústria, 13810 - Itaipava - Petrópolis/RJ.
Cep: 25740-365 - Tel.: (24) 2220-4900
www.useb.org.br

MIPES – Ministério Pessoal e Escola Sabatina/USeB


Pr. Eber Soares Nunes

Projeto Gráfico
Digital Comunicação
www.digitalcomunicacao.net

2018
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
SUMÁRIO
Orientações ao Diretor de Ministério Pessoal ........................6
O Secretário do Ministério Pessoal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
O Coordenador de Interessados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Dinamizando o Sábado Missionário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Evangelismo de Semana Santa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Lista de Interessados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Oração Intercessora. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12
Classes Bíblicas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Pequenos Grupos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Escola de Esperança (2018) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Leituras Indispensáveis para o Diretor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Planejamento do Departamento de Ministério Pessoal para 2018. . . . . . . . . 16
Planejamento do Departamento de Escola Sabatina para 2018. . . . . . . . . . 17
Calendário Missionário 2018. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Lista de Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

SERMÕES DE MOTIVAÇÃO MISSIONÁRIA:


1. A Melhor Rede Social do Mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2. Salvação e Serviço. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3. Uso dos Talentos na Missão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4. Tão Difícil e Tão Fácil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
5. A Grande Comissão e o Discipulado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
6. Enviados para a Missão Sacrifical. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
7. Tempo de Conquistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
8. Amor Pelos Perdidos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
9. Missão Possível. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Lista de Interessados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Apontamentos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

DECLARAÇÃO DE MISSÃO:

Envolver cada membro da igreja no cumprimento da missão, de acordo com seus


dons espirituais, elaborando planos estratégicos, treinando e provendo os materiais ne-
cessários com vistas a fazer e multiplicar discípulos.

DECLARAÇÃO DE VISÃO:

Fazer discípulos através de comunhão, relacionamento e missão.

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ORIENTAÇÕES AO DIRETOR
DO MINISTÉRIO PESSOAL
ENVOLVER CADA MEMBRO DA IGREJA NA MISSÃO:
1. Oração Intercessora:
Todos os que aceitam a Cristo como seu salvador, o fazem em resposta a oração de alguém. Certifi-
que-se que pelo menos 80% dos membros estão envolvidos na Oração Intercessora.
2. Duplas Missionárias:
“Há famílias que jamais serão alcançadas pela verdade da Palavra de Deus, a menos que seus servos
entrem em seus lares” (Review and Herald 29/12/1904).
Certifique-se que pelo menos 40% dos membros estão ministrando Estudos Bíblicos.
3. Classes Bíblicas:
Igreja sem Classe Bíblica é como Maternidade sem sala de parto.
Certifique-se que há pelo menos 2 Classes Bíblicas em funcionamento na sua Igreja.
4. Pequenos Grupos:
Pequeno Grupo é onde todos se conhecem pelo nome.
Certifique-se que pelo menos 60% dos membros participem de um PG.
5. Lista de Interessados:
Sugestão de lista de Interessados:
NOME COM QUEM VEIO QUANDO VEIO TELEFONE

Precisamos ter pelo menos 30% do número dos membros, de interessados.

6. Ciclo do Discipulado:
Cada novo membro deve entrar na fase 2 do Ciclo do Discipulado.
Fase 2 - Discipulado - Estudo bíblicos avançados.
Fase 3 - Escola missionária.

METAS
Estabeleça metas para a igreja e mencione sempre nos cultos.
Qts Membros P.Grupos Duplas C. Bíblica Novos irmãos Alcançado
Igreja

ACOMPANHE:
Não é o que se espera que se alcança, é o que se supervisiona.

O diretor do Ministério Pessoal é eleito pela congregação para coordenar o evangelismo pessoal
e motivar a Igreja no trabalho missionário. Ele é o presidente da Comissão de Ministério Pessoal. Em
sua posição, auxilia o pastor na obra de envolver os membros na conquista de pessoas para Cristo; pro-
move e apoia o evangelismo pessoal em todas as áreas da Igreja; e cria oportunidades para que todos
participem de acordo com seus dons. Para tanto, trabalha de maneira integrada com todos os demais
departamentos.
Cada congregação deve estabelecer o Conselho do Ministério Pessoal. É responsabilidade do pastor
e do líder de Ministério Pessoal ajudar os membros a terem sucesso em suas atividades missionárias. O
diretor do Ministério Pessoal deve planejar e dedicar algumas horas por semana para as atividades do

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departamento. Também e seu dever apresentar a Igreja, no sábado mensal e nas reuniões administra-
tivas, um relatório das atividades missionarias (Manual da Igreja, p. 94).

CARACTERÍSTICAS, ATIVIDADES E ATRIBUIÇÕES DO DIRETOR


Cada diretor deve ser um facilitador do amadurecimento espiritual e missionário dosmembros da
Igreja pelo exercício de seus dons espirituais. Veja as características, atividades e atribuições do diretor
do Ministério Pessoal.
1. Ser um líder espiritual, entusiasta e motivador.
2. Comprometer-se com a missão da Igreja
3. Ser por preceito e exemplo um missionário.
4. Focar em ações leigas, não apenas em programas.
5. Comprometer-se com o crescimento qualitativo e quantitativo.
6. Trabalhar de maneira integrada com outros departamentos.
7. Fortalecer a implantação do ciclo do discipulado.
8. Organizar o material para os minutos missionários nas unidades da Escola Sabatina
9. Apresentar os planos missionários da Igreja na classe de professores.
10. Disponibilizar materiais missionários aos professores de unidades e membros da Igreja.
11. Acompanhar a escala de pregação para promoção do Sábado Missionário no culto.
12. Apoiar constantemente os Pequenos Grupos na Igreja.
13. Liderar pelo menos um Pequeno Grupo e promovê-los.
14. Promover e organizar diversos tipos de Classes Bíblicas.
15. Planejar as atividades missionárias, junto ao pastor e comissão da Igreja.
16. Acompanhar juntamente com o Coordenador de Interessados a lista de interessados de sua
Igreja.
17.Organizar formaturas de cursos bíblicos em dias especiais ou de batismo.
18. Organizar semanas de Decisão e Colheita e programas via-satélite.
19. Promover os batismos mensais.
20. Reunir a comissão missionaria e fazer o planejamento.
21. Avaliar periodicamente com o pastor o andamento do programa missionário.
22. Ter humildade, paciência, dedicação para com a Igreja.
23. Participar e promover os treinamentos realizados pelo campo local.
24. Ler todo o Auxiliar do Diretor de Ministério Pessoal.
25. Realizar todo 1º Sábado do mês o programa missionário.
26. Estabelecer um forte programa de oração intercessora.
27. Realizar vigílias trimestrais para elevar a espiritualidade da Igreja.
28. Trabalhar em parceria com o pastor e Associação.
29. Acompanhar o placar de comunhão, pelo relacionamento e missão.

COMO SER UM MINISTÉRIO PESSOAL DE SUCESSO


Trabalhar junto com as Unidades de Ação da Escola Sabatina e outros departamentos.
O líder do Ministério Pessoal deve cooperar e trabalhar em conjunto com os coordenadores das
Unidades, orientando sobre o programa missionário que a Igreja está empenhada, ou outras atividades
missionárias da classe e dos departamentos da Igreja.
Trabalhar com voluntários.
Os membros da Igreja local são voluntários, grande parte do trabalho do Diretor de Ministério Pes-
soal é recrutar, treinar, motivar, equipar e supervisionar o trabalho dos voluntários. Supervisionar os
voluntários não é o mesmo que trabalhar com empregados. Voluntários farão o que eles gostam ou
são convictos a fazer, não necessariamente o que precisa ser feito. Chamar-lhes a atenção do púlpito
ou fazer com que se sintam culpados não resultara em resultados positivos. Contatos pessoais são mais
efeito os do que em público. Formar um time de suporte é essencial para o trabalho ter sucesso.
Planejar para não fracassar
O líder do Ministério Pessoal ajuda os demais líderes a desenvolver planos para ganhar almas. É res-
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ponsabilidade do líder reunir as pessoas chaves para planejaram os objetivos evangelísticos. Produzindo
sintonia entre os objetivos das diferentes lideranças, todos cooperarão. Muitos objetivos se tornam
confusos para a congregação e são mais difíceis de serem realizados. Experiências demonstram que
a maioria das congregações só consegue realizar de uma a três atividades ao mesmo tempo. Por isso,
defina o mínimo de ações. Vários projetos enfraquecem a vida missionária da Igreja.
Faça um planejamento de metas para o ano. “Quem não planeja, já planejou fracassar”. Ao planejar
juntamente com a comissão missionária, siga os seguintes passos:
• Faça metas mensuráveis.
• Estabeleça cronograma com as principais datas.
• Selecione e promova os materiais que serão necessários.
• Escreva, faça uma pequena apostila.
• Avalie constantemente seu planejamento.

ENVOLVENDO A IGREJA NO EVANGELISMO PESSOAL


1. Formar equipes com toda a Igreja ou utilizar as Unidades da Escola Sabatina;
2. Implantar a Escola de Esperança e treinar cada membro de acordo com os dons;
3. Estabelecer um plano de ação tendo a participação da liderança da Igreja local;
4. Obter uma lista de interessados e organizar um programa de colheita;
5. Estabelecer um programa de oração e jejum em prol dos interessados;
6. Fornecer materiais apropriados para o projeto;
7. Estabelecer um alvo de envolvimento missionário;
8. Fazer reuniões periódicas com a liderança da Igreja;
9. Apresentar testemunhos dos membros da Igreja.

O SECRETÁRIO DO MINISTÉRIO PESSOAL


O secretário trabalha em conjunto com o diretor do Ministério Pessoal no desenvolvimento dos
programas missionários da Igreja (Manual da Igreja p. 94).
O secretario do Ministério Pessoal é também o secretário do Conselho do Ministério Pessoal da
Igreja. Seus deveres incluem: convocar os membros para as reuniões; manter as reuniões na hora certa,
marcando ou desmarcando e ajudando no preparo da agenda; fazer relatórios e distribuir materiais;
solicitar materiais para Associação; passar para a secretária da igreja os relatórios ao final de cada tri-
mestre; e acompanhar todas as movimentações missionárias da Igreja.
Igrejas com mais de 200 membros podem trabalhar com um ou dois secretários, a fim deque a cada
sábado haja alguém para coordenar e atender a todos. As reuniões da comissão do Departamento de-
vem ser feitas a cada mês. Em Igrejas pequenas, o secretário para a Escola Sabatina pode ser o mesmo
do Ministério Pessoal.

O COORDENADOR DE INTERESSADOS
O coordenador é escolhido por ocasião da eleição dos oficiais da igreja. Pode ser homem ou mu-
lher com forte espírito de liderança. Ele é membro da comissão da igreja e da comissão do Ministério
Pessoal. Trabalha apoiando diretamente o pastor e o Diretor do Ministério Pessoal. O Coordenador é o
responsável pelo controle e acompanhamento de todos os interessados da Igreja.
Deveres do Coordenador:
1. Manter uma lista organizada com nome e endereço de todos os interessados atraídos pelas
diversas atividades evangelísticas da igreja, tais como:
Estudos bíblicos nos lares; pequenos grupos; duplas; pesquisas de casa em casa; distribuição de
literatura missionária; lista de Interessados; Escola Sabatina : amigos que visitam a cada sábado; cerimo-
nias batismais: pessoas que responderam aos apelos; campanhas de evangelismo público; programas
de rádio e tv; Escola Adventista – Os alunos e familiares; Colportagem; Hospitais; clínicas. E outros...
2. Fornecer nome e endereço de interessados a todos os membros que desejarem visitar e dar
estudos bíblicos.
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3. Encaminhar o nome e endereço dos interessados para os líderes dos pequenos grupos e das
classes bíblicas.
4. Providenciar para que todos os interessados sejam atendidos prontamente.
5. Apresentar a Comissão da Igreja relatório mensal com o número de interessados obtidos e
quantos estão recebendo atendimento.
6. A recomendação da Divisão Sul-Americana é que todas as igrejas e congregações tenham um
coordenador de interessados eleito e atuante.

DINAMIZANDO O SÁBADO MISSIONÁRIO


Uma das atividades que ajuda a manter a visão missionária na Igreja é utilizar o Sábado Missionário
que ocorre no primeiro sábado de cada mês, e deve ser:
• DINÂMICO: Sempre diferente, organizado, objetivo e prático.
• INSPIRADOR: Que leve a Igreja a reconhecer sua principal missão.
• MOTIVADOR: Que desperte o desejo nos membros em comunicar o evangelho.
• DISCIPULADOR: Que forme novos missionários. Um dia de treinamento.

Deve ter um sermão


Como sugestão, em anexo está um conjunto de 9 sermões missionários para estes sábados, mas ou-
tros poderão ser utilizados. O diretor missionário irá administrar o programa deste sábado em conjunto
com os anciãos. Poderá pregar, mas não é aconselhável que faça sempre. Características do pregador
no sábado missionário;
• Alguém que tenha facilidade de comunicação.
• Alguém que seja um exemplo missionário; não basta saber falar bem.
• Alguém que seja respeitado pela Igreja como um líder espiritual.

UM SÁBADO PARA TESTEMUNHOS:


• Testemunho de conversão: Em um sábado de testemunhos, cabe narrar histórias de conversão.
Ha muitas histórias de conversões entre os membros que não são conhecidas. Ao contar testemunhos
dizemos que outros em condições diversas também aceitarão o evangelho se tiverem oportunidade.
Chame a frente os que contribuíram para a conversão narrada e entreviste-os.
• Testemunho de quem está trabalhando: Em forma de entrevista, deixe fluir o relato missionário
de um irmão. Deixe claro a Igreja o que o irmão, ou grupos de irmãos, estão realizando para a honra e
glória de Cristo. Pergunte como foi que iniciaram, que dia e hora da semana dedicam a pregação, como
se sentem, etc. Desafie a Igreja a seguir estes exemplos.
• Testemunho de um Pequeno Grupo: O líder, o anfitrião e os membros poderão ser envolvidos.
Pergunte a eles em que dia e local se encontram, quais são as bênçãos alcançadas, como estão as ativi-
dades, quais são os alvos e desafios.
• Festival de Pequenos Grupos: Evento com todos os pequenos grupos da Igreja ou do distrito. Uma
ocasião para colher muitas bênçãos. Mais do que em todas as demais ocasiões, você terá que ter a
presença e o apoio de seu pastor.
• Festival das Duplas Missionárias: Elas poderão trazer testemunhos das bênçãos obtidas através
do trabalho missionário realizado e um desafio para outros membros também abraçarem este minis-
tério.
• Batismo com formatura de cursos bíblicos: Devemos valorizar os que concluem um curso bíblico
e fazer uma linda e organizada formatura.
• Congresso Missionário: Uma festa com música, batismos, testemunhos e confraternização. Pode-
rá ser realizado na Igreja, ou em um auditório que comporte um número maior de pessoas.
• Almoço Missionário: Deve ser no Sábado em que a Igreja promove a visita de amigos e interessa-
dos. A mensagem do culto deve ser sobre o amor de Deus e salvação. Depois, todos se confraternizarão,
irmãos, amigos e visitantes.
• Treinamento: Temos visto que o melhor momento para se treinar a Igreja é Sábado pela manhã.
Atingimos toda a Igreja e principalmente aqueles que não vem em outro horário e não estão envolvidos
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ainda. Poderá haver uma encenação de como funciona um pequeno grupo no lar, ou como se ministra
um estudo bíblico; como se inscreve alguém num curso bíblico, etc. Use todos os recursos audiovisuais
e didáticos possíveis.
O diretor do Ministério Pessoal deve trabalhar em parceria com os anciãos, diretor de Escola Saba-
tina, professores, recepção e o pastor, para que a Igreja se mantenha envolvida e comprometida com
evangelização local.

EVANGELISMO DE SEMANA SANTA


É um programa que acontece anualmente em todas as congregações da Igreja Adventista. Neste
período convidamos amigos, parentes e vizinhos para relembrar e agradecer a Jesus por Seu grande
sacrifício na cruz do Calvário. Esse e um momento bastante propício para aceitação do evangelho.
Origem do Evangelismo de Semana Santa na Igreja Adventista
Em 1970, Daniel Belvedere introduziu o evangelismo da Semana Santa, na Associação de Buenos
Aires. Eram reuniões evangelísticas durante a semana antes da páscoa. Foram estabelecidos 147 pontos
de pregação paralelos em diferentes bairros, 17 programas a voz da mocidade, além de outras reuniões
conduzidas pelos pastores.
Para que existe o Evangelismo de Semana Santa?
Durante esta semana, as pessoas estão abertas e desejosas de ouvir sobre a paixão de Cristo: mui-
tas são motivadas em sua caminhada com Cristo, outras, iniciam; e milhares entregam a vida a Cristo
através do batismo. Essa oportunidade deve ser bem aproveitada pela Igreja, pois a ocasião e os temas
são reflexivos e influentes. Além disso, e a melhor oportunidade de envolver a Igreja em atividade
missionaria.
Quem deve participar?
Nas atividades da Semana Santa crianças, jovens e adultos podem se envolver. Todos os departa-
mentos devem promover a Semana Santa a fim de que se realize com criatividade nos lares, pequenos
grupos, Igreja e comunidade. Separados, os resultados serão pequenos, mas se todos os departamen-
tos se unirem, teremos a maior Semana Santa na história da União Sudeste Brasileira! Isso é possível,
basta que cada um se coloque a disposição para fazer a diferença em sua localidade!
Como envolver mais pessoas:
Quando ao Evangelismo de Semana Santa é centralizado na Igreja, a maioria dos membros apenas
assiste a mais um culto. Mas em muitos lugares esse Evangelismo tem sido realizado em duas etapas:
de domingo à quinta-feira as reuniões acontecem nos lares, nos pequenos grupos, salões, garagens,
empresas, casas. O fechamento da semana acontece na Igreja local, a partir de sexta-feira, com a reu-
nião de todos os que estiveram presentes nos diferentes locais de assistência. Essa metodologia não se
contrapõe ao programa tradicional da Igreja, pelo contrário, o amplia, pois o objetivo é envolver mais
pessoas com o cumprimento da missão. Cada congregação deve incentivar a abertura da maior quanti-
dade de pontos de pregação possível. Cada congregação deve seguir as orientações de sua Associação.
Por que nos Lares e Pequenos Grupos?
O ambiente do lar quebra preconceitos e estabelece pontes. O especialista em crescimento de
Igreja, McGrarvan faz a seguinte afirmação: “primeiro as pessoas se conectam a nos para depois se
conectarem com Deus”. Pesquisas indicam que 75% das pessoas que são membros de igreja foram
influenciadas por um amigo, vizinho ou parente.
Preparo e continuidade:
O mês que precede a Semana Santa deve ser dedicado a organização, treinamento e promoção da
semana. É fundamental que cada congregação continue dando assistência aos interessados através dos
pequenos grupos, classes bíblicas e duplas missionárias. Se a Igreja se envolver neste projeto de seme-
adura e cultivo a semana de colheita alcançara muitas pessoas.
O que fazer:
a. Preparar a lista de interessados.
b. Preencher cartão de oração intercessora.
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c. Participar do programa dez dias e dez horas de oração.
d. Ser voluntário atendendo os interessados da Novo Tempo.
e. Visitar afastados.
f. Participar da Escola Missionarias distritais.
g. Ministrar estudos bíblicos.
h. Participar da capacitação via satélite realizada pela Divisão.
i. Seguir orientações da Associação/Missão.
Quem envolver:
a. Todos os membros.
b. Pastores e obreiros.
c. Pregadores voluntários.
d. Líderes de pequenos grupos
e. Famílias.
Onde fazer:
a. Igrejas.
b. Salões/escolas/garagens.
c. Pequenos grupos.
d. Famílias.
O que fazer após a semana santa:
a. Continuar atendendo os interessados.
b. Organizar classes bíblicas em diversos locais.
c. Pequenos grupos.
d. Séries de Evangelismo Público.
e. Organizar os membros em duplas missionarias para atender os interessados.
f. Distribuir literaturas.
g. Estabelecer novas congregações.
h. Realizar batismos de colheita (Batismo do Ministério da Mulher).
i. Domingos de esperança.
Como atender os interessados:
a. Visitando.
b. Envolvendo com atividades na igreja local.
c. Ministrando estudos bíblicos.
d. Realizando classes bíblicas.
e. Apoiando evangelismo de Rádio e TV.
f. Conduzindo pessoas a decisão.
Materiais à disposição
• Cartão de oração intercessora.
• Estudos para pequenos grupos.
• Cursos bíblicos.
• DVD com mensagens e Louvor.
• Cartazes e Folhetos.
• Sermões e guia de estudo para pequenos grupos.

LISTA DE INTERESSADOS
É uma lista com até cinco nomes de parentes, vizinhos e amigos que desejo ganhar para Cristo.
O que fazer?
• Anotar os nomes na lista e dedicar algum tempo para:
a. Fazer oração intercessória pelos nomes da lista – Pedir que Deus os torne receptivos a mensa-
gem, que os abençoe e os faça sentir a necessidade de Cristo.
b. Desenvolver amizade – Fazer contato com eles por meio de uma visita missionária em seu lar.
Identificar suas necessidades e procurar ajudá-los.

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c. Dar testemunho pessoal - Contar a sua experiência com Cristo e mostrar como Ele pode mudar
a vida das pessoas.
d. Ministrar curso bíblico – De acordo com o interesse manifestado, estudar com os interessados
em seus lares.
• Entregar o nome e endereço dos interessados para o coordenador de interessados.
• Convidá-lo para fazer parte de um pequeno grupo e para as campanhas de evangelismo.
• Levá-lo à decisão por Cristo. Se for necessário solicitar o apoio de um ancião ou pastor.
• Quem não tiver nenhum nome pode solicitar com o coordenador de interessados.

ORAÇÃO INTERCESSORA
Por meio da oração intercessora os membros da igreja terão mais sucesso na conquista de almas.
As pessoas são ganhas para Cristo não tanto por aquilo que ensinamos, mas pelo impacto produzido
pela ação do Espirito Santo em sua vida por nosso intermédio. Sem o poder do Espirito Santo, nossas
palavras não produzirão nenhum efeito. Sem orações sinceras e fervorosas, a melhor propaganda para
o evangelismo e a conquista de almas, é fraca. Deus age em favor do pecador através das orações dos
santos. A Epistola de Tiago diz: “Muito pode, por sua eficácia, a oração do justo” (Tiago 5:16). O Evan-
gelho de Marcos descreve o incrível poder de Jesus como ganhador de almas. A multidão, cheia de
admiração, exclamava: “Ele ensina como tendo autoridade e não como os escribas” (Marcos 1:22). O
segredo do poder que Jesus possuía, encontra-se em Marcos 1:35: “E levantando-se de manhã, muito
cedo, fazendo ainda escuro, saiu e foi para um lugar deserto, e ali orava”. O poder de Jesus era a oração
de intercessão.
Se queremos ser ganhadores de almas, o poder do Céu descerá sobre nós, na medida em que
dobrarmos os nossos joelhos para orar em favor das pessoas, individualmente. A medida que oramos
pelos outros, Deus nos dará a sabedoria de que necessitamos para nos achegarmos a eles: “E, se algum
de vos tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e
ser-lhe-á dada” (Tg 1:5). Ele nos fornece as chaves para alcançarmos o coração das pessoas. Como
resultado da oração por meio da influência do Espirito Santo, Deus atuará nelas usando meios que não
seriam possíveis sem a oração.
Ellen G. White foi bem clara a respeito da necessidade da oração no evangelismo. “Por que os cren-
tes não sentem uma preocupação mais sincera e profunda por aqueles que estão longe de Cristo? Por
que dois ou três não se reúnem e rogam a Deus pela salvação de alguém especial e então por outros
mais?” “Quando trabalharem e orarem em nome de Cristo, seu número aumentara, pois, o Salvador
diz: ‘Em verdade também vos digo que se dois dentre vos, sobre a Terra, concordarem a respeito de
qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhes-á concedidas por meu Pai que está nos céus.’ Mateus
18:19” Testemunhos Seletos, p. 84.
Orações intercessoras fazem a diferença. Ao colocarmos os nomes da “Lista de Interessados” pe-
rante Deus, por meio das nossas orações intercessoras, Ele derramara o Seu Espírito em nós tornan-
do-nos instrumentos para alcançar as pessoas. Por nosso intermédio, a água da vida jorrara do trono
de Deus para saciar a sede das almas. No conflito entre o bem e o mal, “O natural coopera com o
sobrenatural. Faz parte do plano de Deus conceder-nos, em resposta a oração da fé, aquilo que Ele não
outorgaria se não o pedíssemos assim” – Grande Conflito, 525. As campanhas de evangelismo integrado
apoiadas pelas orações intercessoras são mais eficazes.

Como organizar o ministério da oração intercessória?


1. Formar grupos de oração intercessória na igreja.
2. Quem participa das orações?
a.Os membros individualmente.
b. Os grupos de oração intercessória na igreja.
c. Os pequenos grupos em suas reuniões.
3. Providenciar uma lista ou agenda de oração intercessória para os grupos.
4. Na agenda ou lista de oração intercessória anotar:
a. Nomes de interessados.
12 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL
b. Nomes de membros afastados
c. Nomes de pessoas enfermas.
d. Pedidos especiais de oração.
e. Pedidos referentes às campanhas evangelísticas da igreja.

CLASSES BÍBLICAS
Considerando que muitos apreciam o estudo em grupo, o método de classes bíblicas é eficaz, eco-
nômico e simples. Além disso, prepara melhor os interessados para o batismo. Cada congregação pode
realizar classes ao longo do ano, em diversos locais e na própria igreja: nos cultos de domingo à noite,
sábados à tarde, na Escola Sabatina, com a ASA, na escola adventista, nas casas de recém-conversos ou
como continuidade da Semana Santa. As orientações a seguir auxiliarão nos primeiros passos da orga-
nização de uma classe bíblica na igreja:
• Escolha um instrutor que seja capacitado no ensino e no conhecimento bíblico.
• Defina local, dia e hora para as reuniões.
• Prepare espiritualmente a igreja com jejuns, vigílias e oração intercessora.
• Faça uma lista de interessados e/ou pessoas afastadas e envie uma carta, e-mail ou faça uma visita.
• Faça uma boa promoção através de boletins, mural, anúncios e outros meios.
• Trabalhe integrado com os departamentos da igreja.
• Motive os membros a participarem da classe bíblica com seus interessados.

A descrição abaixo apresenta dicas indispensáveis para aqueles que querem alcançar êxito por meio
das classes bíblicas:
O instrutor de sucesso procura descobrir onde estão os interessados: descobre o nome de pessoas
que foram despertadas por meio da obra de publicações, programa da rádio e/ou de TV; pessoas que
aceitaram o apelo em cerimônias batismais; os que frequentam os pequenos grupos ou são atendidos
pela ASA; os que frequentam a escola sabatina; faz pesquisa de opinião religiosa nas proximidades da
classe bíblica. Os membros que dizem não ter tempo devido às atividades de trabalho e estudo, os que
são tímidos e não possuem o dom do ensino, podem assistir a essas reuniões com seus interessados.
O instrutor de sucesso relaciona-se com Deus e com seus alunos: consagra-se a cada manhã; lê
sistematicamente a Bíblia e o Espírito de Profecia; intercede diariamente por seus alunos; procura or-
ganizar o tempo para visitá-los e realizar atividades sociais com eles; conhece as doutrinas bíblicas; é
organizado, perseverante, pontual, entusiasta e ama as pessoas.
O instrutor de sucesso prepara-se para ensinar: escolhe ilustrações e recursos audiovisuais que
facilitarão o aprendizado; elabora a apresentação da lição de modo criativo, lógico e progressivo; abre
espaço para perguntas e respostas no decorrer da lição; conclui cada estudo com um apelo; mantém a
duração do estudo em uma hora. “Deixai-os fazerem perguntas, e respondei-as da maneira mais clara,
mais simples possível, de modo que a mente possa apoderar-se das verdades apresentadas (Ev. 441).
O instrutor de sucesso prepara-se para receber seus alunos: escolhe uma equipe para apoiá-lo na
recepção e cuidado espiritual dos alunos, que inclui interceder em oração diária, entrar em contato
confirmando presença para o próximo estudo, visitar os lares, preparar um momento de interação após
o estudo (lanche), incentivar os alunos a convidar amigos, parentes e vizinhos para acompanhá-los nos
estudos.
O instrutor de sucesso preocupa-se com o programa e com a organização: recebe calorosamente
os alunos, distribui as Bíblias; ora e introduz o tema; recapitula brevemente o estudo anterior; a seguir,
lê as perguntas e as citações bíblicas do estudo em questão sequencialmente, citando a página em que
o verso bíblico se encontra (AT e NT); comenta e explica o texto; tira dúvidas; faz uma recapitulação ver-
bal ao final de cada estudo; faz o compromisso de fé e ora sobre a decisão do aluno; por fim, apresenta
o próximo tema de maneira criativa despertando o interesse para a próxima reunião.
O instrutor de sucesso preocupa-se com o preparo dos materiais com antecedência: lousa, sema-
nal. giz (ou caneta para quadro branco) e apagador; envelopes, canetas e pranchetas; Bíblias, estudos e
DVD; televisão ou vídeo projetor, computador ou aparelho de DVD; brindes para sorteio; alguém para
interagir com as crianças com materiais apropriados; papéis à disposição para pedidos de oração; caixa
GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 13
de pedidos de oração para o momento da intercessão e lista de chamada.

PEQUENOS GRUPOS
São encontros semanais de 3 a 12 pessoas que se reúnem para comunhão, estudo da Bíblia e oração
em busca de crescimento espiritual, amizade, ajuda mútua e testemunho cristão.

Características dos Pequenos Grupos PG:


1. São reuniões semanais de 3 a 12 pessoas que têm por objetivo crescimento espiritual e o testemu-
nho cristão (evangelismo).
2. As reuniões têm duração de uma hora aproximadamente.
3. Os grupos são formados por critérios geográficos ou por afinidade.
4. Podem funcionar em uma sala, em um salão, ou qualquer outro local onde seja possível fazer isso
com dignidade.
5. Cada pequeno grupo deve ter um líder, um associado e um anfitrião.
6. Juntos definem dia, local e hora das reuniões.
7. Juntos devem convidar participantes para o Pequeno Grupo.
8. Cada Pequeno Grupo deve ter identidade, ou seja; Um nome, um hino, um verso bíblico, uma ban-
deira uma visão e uma missão.
9. Cada grupo firma o compromisso ou pacto de reunir-se por um período de tempo. Depois desse
período podem renovar o compromisso.
10. Devem estabelecer alvos de crescimento e formação de novos grupos.

Quem participa do PG:


O Pequeno Grupo é uma reunião aberta para todos, adventistas ou não.

Local e Dias de Funcionamento:


O Pequeno Grupo deve se reunir em um endereço fixo. Pode ser na casa do anfitrião ou em um local
por ele designado. A reunião pode acontecer a qualquer dia e hora excetuando os dias e os horários que
conflitam com o módulo oficial dos cultos da Igreja.

O programa do PG:
Cinco Partes fundamentais compõem o programa que deve ser desenvolvido no PG:
1. Boas Vindas.
2. Adoração.
3. Estudo Relacional.
4. Oração.
5. Termino.
As boas bindas
• Os membros do núcleo são os encarregados das boas vindas com primazia para o anfitrião ou al-
guém designado por ele.
• Confraternização.
• Quebra gelo.
Adoração
• Reconhecimento da Presença de Deus.
• Cânticos e Louvores.
• Oração inicial.
Estudo relacional
• O que este texto quer dizer?
• O que ele significa para mim?
• Que decisão devemos tomar?
Momentos de oração
• Oração solicitando a Deus força para colocar em prática o estudado.
14 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL
• Oração específica ao pedido de cada um.
• Oração solicitando as bênçãos de Deus para todos.
Término
• Termine sempre na hora certa.
• Se algumas pessoas quiserem permanecer mais um pouco, poderão fazê-lo.
• É Neste momento informal que muitas pessoas tomam suas decisões.
Alvos e metas dos PGs:
• Atenção integral a cada participante.
Atender nas quatro áreas: Espiritual, Mental, Física e Social.
• Crescimento espiritual.
Ajudar a cada participante a orar, estudar a bíblia e buscar intimidade diária com Deus.
• Missão.
Envolver a todos na pregação do evangelho.
• Estudo Bíblico.
Oferecer estudos Bíblicos para os não adventistas.
• Companheirismo.
Apoiar uns aos outros na caminhada cristã.
• Multiplicação.
Formar novos líderes.

ESCOLA DE ESPERANÇA (2018)


“Toda igreja deve ser uma escola missionária... Seus membros devem ser instruídos em dar estudos
bíblicos, em dirigir e ensinar classes da Escola Sabatina, na melhor maneira de auxiliar os pobres e cui-
dar dos doentes, de trabalhar pelos não-convertidos.” A Ciência do Bom Viver, 52.

O que todas as igrejas que crescem têm em comum?


1. Líderes com otimismo e entusiasmo;
2. Atmosfera Especial;
3. Imagem correta de Deus;
4. Adoração Bíblica;
5. Membros envolvidos;
6. Senso de pertencer a comunidade;
7. O pastor é um treinador. Pr. Artur Stele (Vice Presidente da Conferência Geral).
Escola de Esperança:
É uma Reunião Trimestral, de Avaliação, Planejamento, Motivação Informação e Capacitação.
Vantagens:
É uma estrutura de capacitação permanente;
É uma forma de integrar as áreas de mobilização da igreja;
É uma maneira de enxugar o calendário;
Há uma concentração das forças em uma só estrutura.
Horários e dias de funcionamento:
Sugestão: Domingo de 9h às 11h30min.
Participantes:
Sugestão: Diretor(a) do Min. Pessoal; Diretor(a) de Classe Bíblica; Duplas Missionárias; Pequenos
Grupos; Diretor(a) de Interessados; Recepção; Diretor(a) de Escola Sabatina; Professores de ES; Dire-
tor(a) de Asa.
Temas:
Sugestão: Usar a Revista “Escola de Esperança”.

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 15


Sugestão de funcionamento:
1 Tema geral (mostrar os avanços e desafios do distrito no trimestre).
2 Workshops (sempre destacando o assunto em foco).
Sugestão de datas e foco:
Trimestre Data Local Foco
Primeiro – I 24-31/03 Distrito Semana Santa
Segundo – II 02/09 Distrito Maná
Terceiro – III 04/08 Distrito Pequeno Grupo
Quarto – IV 17-24/11 Distrito Evangelismo De Colheita

LEITURA INDISPENSÁVEL PARA O DIRETOR


Como adventistas do sétimo dia somos um povo abençoado quanto à literatura. Temos uma varie-
dade de revistas, livros em diversas áreas: família, educação de filhos, saúde, jovens, casamento etc.
Como líderes precisamos dedicar tempo a leitura, ou seremos pessoas sem nenhuma opinião pessoal,
ficaremos a margem do superficialismo, sem nenhuma relevância. A leitura cria em nós paixão evange-
lística. Abaixo indicações de livros indispensáveis para ampliar a visão missionária.
• Serviço Cristão – Ellen G. White, Casa Publicadora Brasileira.
• Evangelismo – Ellen G. White, Casa Publicadora Brasileira.
• Ciência do Bom Viver – Ellen White, Casa Publicadora Brasileira.
• Beneficência Social – Ellen G. White, Casa Publicadora Brasileira.
• Obreiros Evangélicos – Ellen G. White, Casa Publicadora Brasileira.
• Desejado de Todas as Nações – Ellen G. White, Casa Publicadora Brasileira.
• Atos dos Apóstolos – Ellen G. White, Casa Publicadora Brasileira.
• Conselhos Sobre a Escola Sabatina – Ellen G. White, Casa Publicadora Brasileira.
• Como Reavivar a Igreja – Rusell Burrill, Casa Publicadora Brasileira.
• Discípulos Modernos – Rusell Burrill, Casa Publicadora Brasileira.
• Aprofundando a Caminhada; Divisão Sul Americana, Casa Publicadora Brasileira.
• Pequenos Grupos para o tempo do fim – Kurth Jonshon, Casa Publicadora Brasileira.

PLANEJAMENTO DO DEPARTAMENTO DE MINISTÉRIO PESSOAL PARA 2018


O departamento de Ministério Pessoal tem como essência o discipulado e se ocupa pelo crescimen-
to espiritual, relacional e missionário de todos os membros da igreja. Nossa Missão e fazer discípulos
a traves de Comunhão, Relacionamento e Missão. Nossa visão e ser o principal veículo de capacitação
missionaria da igreja, a fim de motivar os membros a fazer discípulos de Cristo, com a convicção de que
a Igreja está organizada para o serviço” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 148).
Como metas principais destacamos:
Comunhão - Diminuir a proporção de membros por lição da Escola Sabatina de 2,1 para 1,4 membros.
Relacionamento - Diminuir a proporção de membros por Pequenos Grupos em 10% (faça o cálculo em
sua igreja).
Missão - Diminuir a proporção de membros por batismo em 0% (faça o cálculo em sua igreja).
Principais ações e materiais para 2018:
SEMANA SANTA 2018:
1. Título: Libertos - O Preço da Vida
2. Data: 24 a 31 de Março
ESCOLA DE ESPERANÇA:
1. Objetivo: Criar uma estrutura de capacitação permanente (trimestral), integrando as áreas de
ministério pessoal e escola sabatina.
2. Material: Uma revista de conteúdo integrado das áreas de ministério pessoal e escola sabatina.

16 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL


3. Vantagens:
Integrar as áreas de mobilização da igreja
Formar multiplicadores
Otimizar os recursos
Economizar datas
Sinergia – concentrar forças em uma só estrutura de capacitação.

MULTIPLICAÇÃO DE PEQUENOS GRUPOS 2018


1. Data: 04 de agosto
2. Envolver todos os distritos
3. Investir na formação de líderes através do protótipo, escola de líderes e encontros regulares de
manutenção.
BÍBLIA +:
1. O que é? Estudo bíblico ilustrado para enriquecer e facilitar o ensino da Palavra de Deus.
2. Proposito: Ser uma poderosa ferramenta de trabalho para as frentes missionarias (classes bíblicas,
duplas missionárias, calebe, etc.)

PLANEJAMENTO DO DEPARTAMENTO DA ESCOLA SABATINA PARA 2018


COMUNHÃO:
Diminuir a proporção de membros por lição da Escola Sabatina em de 2,1 para 1,4 membros.
Estratégias:
• Projeto Maná, “Cada um, cada dia, segundo o que podem comer, de manhã cedo” Êxodo. 16:16-
21
• Dia do compromisso, uma vez por trimestre assinar o compromisso de estudar a Bíblia e lição da
Escola Sabatina todos os dias.
• Projeto #LESAdv, nas redes sociais.
• Ênfases no professor.
• O ciclo do aprendizado como método de ensino.
• A Escola de Esperança uma ferramenta de capacitação para lideres da Escola Sabatina e Ministério
Pessoal.
RELACIONAMENTO:
Integrar os Pequenos Grupos com as unidades de Ação, fazendo uma só estrutura.
Meta: 15% de Pequenos Grupos e unidades de ação integrados, cada ano.
Estratégia: Protótipo.
• Processo discipulador do grupo protótipo
• Cada Pequeno Grupo nasce integrado. (PG e Unidade de Ação).
• Ao multiplicar PGs, multiplicar Unidades de Ação ou vice versa.
MISSÃO:
1. Aumentar 15% das igrejas envolvidas no Ciclo do Discipulado.
2. Nas igrejas pequenas, os novos membros serão discipulados pelos discipuladores,
individualmente.
3. Antes de implementar o projeto, deve haver o congresso discipulador com 20%
de igrejas que se envolverão no ciclo do discipulado.
Cada professor um discipulador.
Meta: 100% dos campos com Escolas de Esperança.
Estratégia: Escola de Esperança integrada para os líderes da Escola Sabatina e MIPES.
A Escola Sabatina como o principal centro missionário da igreja.
Meta: Cada Igreja, funcionando o dia do amigo.
Estratégia: Missão centrifuga e Missão centrípeta.
• Missão centrifuga (de dentro para fora).
Filiais de Escola Sabatina: Formação e desenvolvimento de Escolas Sabatinas Filiais,
como base para a formação de novas igrejas.
GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 17
• Missão centrípeta (de fora para dentro).
Dia do amigo: Celebrar uma vez por trimestre o dia do Amigo, para trazer nossos
convidados a igreja.
Classe bíblica: Cada igreja com uma classe bíblica no horário da Escola Sabatina.

DOCUMENTO DO I SIMPÓSIO DE ESCOLA SABATINA


Considerando:
• A origem do ministério de Escola Sabatina, pela vontade divina;
• O papel histórico, a relevância, a vocação bíblica, a contribuição para
a unidade e sua função no desenvolvimento missiológico da Igreja;
• Os grandes benefícios e aportes da Escola Sabatina para o crescimento da Igreja;
• O papel fundamental da Escola Sabatina no processo de discipulado, que conduz ao cumprimento
da missão de fazer discípulos através de comunhão, do relacionamento e da missão,

Nós, participantes do simpósio, conscientes de que a Escola Sabatina é o coração da Igreja,


propomos:

O discipulado na Escola Sabatina.


• Estimular a presença e a participação ativa de todos os pastores no
programa da Escola Sabatina.
• Utilizar a Escola Sabatina como uma plataforma estratégica para o
discipulado.
• Fortalecer projetos de interação e pastoreio fora do horário regular da Escola Sabatina.
• Inscrever todos os membros da igreja como alunos da Escola
Sabatina.
A integração das estruturas de Unidades de Ação e Pequenos Grupos no discipulado:
• Integrar as Unidades de Ação e os Pequenos Grupos para potencializar o desenvolvimento dos
aspectos cognitivos, relacionais e missionais.
• Realizar treinamentos unificados para simplificar o calendário de
atividades.
• Ter um processo permanente para formação de professores de Escola Sabatina e líderes de Peque-
no Grupos com foco no discipulado.
• Manter, em ambas as estruturas, o foco na missão da Igreja, tanto em projetos missionários como
em ações solidárias.

O envolvimento do professor da Escola Sabatina no discipulado:


• Revitalizar a Classe de Professores, fortalecendo a capacitação nas áreas bíblico-pedagógica, re-
lacional e missionária.
• Formar professores de Escola Sabatina com perfil discipulador, enfatizando o ensino, cuidado,
visitação, mobilização, preparação de novos líderes, dons espirituais e conquista de almas.
• Preparar material auxiliar para o professor com foco no discipulado

18 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL


CALENDÁRIO MIPES 2018
DATA EVENTO
06 de Janeiro Dia do Compromisso
06 de Janeiro Sábado Missionário - MIPES
03 de Fevereiro Sábado Missionário - MIPES
22-28 de Fevereiro 10 dias de Oração
01-03 de Março 10 dias de Oração
03 de Março 10h de Jejum e dia Mundial de Oração
24 de Março Dia do Amigo
24-31 de Março Evangelismo de Semana Santa
07 de Abril Dia do Compromisso
07 de Abril Sábado Missionário MIPES
08 de Abril Início da Classe Bíblia
05 de Maio Sábado Missionário MIPES
26 de Maio Impacto Esperança
02 de Julho Dia do Compromisso
02 de Julho Sábado Missionário MIPES
04 de Agosto Dia da Multiplicação
01 de Setembro Sábado Missionário MIPES
02 de Setembro Projeto Maná – Mutirão de Assinaturas
06 de Outubro Lançamento Mutirão de Natal
06 de Outubro Dia do Compromisso
06 de Outubro Sábado Missionário MIPES
13 de Outubro Dia da Escola Sabatina
03 de Novembro Sábado Missionário MIPES
17 de Novembro Dia do Amigo
17 a 24 de Novembro Evangelismo Público de Colheita

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 19


LISTA DE MATERIAIS 2017
Pequenos Grupos
1. Lição Líderes e Coordenadores - Professor
2. Lições Pequenos Grupos - Aluno
3. Revista Pastores "Formação de Líderes" - 60 pgs.
4. Revista Discipulado e Pastoreio
5. Livro Lições de PGs Guia de Líderes
Duplas Missionárias
1. Pasta Personalizada - MARTHENDAL
2. Revista Enriquecendo o Estudo Bíblico
3. Ouvindo a Voz de Deus (Professor) - 80 pgs.
4. Guia de Duplas Missionárias
Folhetos
1. O Dia Que Foi Esquecido
2. Jesus Voltará
3. Viva com Saúde
4. Privilégio de Abrir o Coração a Deus
5. Novo Tempo
6.Princípios de Amor
7. A Morte Já Não Existirá
Diversos - Ações de Esperança - Semana Santa
1. Auxiliar do Diretor de Ministério Pessoal/Lista de Interessados
2. Palavra Viva
3. Sacola Semana Santa
4. DVD Semana Santa - Apelo
5. Marca Página Oração Intercessora
6. DVD Mensagem de Paz e Esperança
7. Revista Profecias de Esperança
8. DVD Profecias de Esperança
9.Guia da Classe Blíblica
ESCOLA SABATINA
1. Cartaz Promocional DA/EE/MA
2. Lição para Classe de Visitas - Novo Tempo
3. Cartão de Escola Sabatina
4. Envelope de Escola Sabatina
5. Livro 52 dicas para Escola Sabatina
6. Revista Escola de Esperança

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SERMÕES DE
MOTIVAÇÃO MISSIONÁRIA

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 21


1
A MELHOR REDE SOCIAL DO MUNDO
POR LEONARDO WAGNER MACHADO DE SOUZA

INTRODUÇÃO:
Saudações
2. Frase Alusiva: Vivemos numa época em que o avanço da ciência e da tecnologia nos traz novas ex-
periências interessantes, sobretudo, no infinito contexto da internet. O surgimento de softwares e apli-
cativos parece aproximar cada vez mais as pessoas umas às outras. Estimativas afirmam que mais de 1,5
bilhão de pessoas usam redes sociais no mundo. Só no Brasil, mais de 50 milhões (http://olhardigital.
uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/1,5-bilhao-de-pessoas-usam-redes-sociais,-estima-ibm).
Isso proporciona satisfação e prazer cada vez mais intensos. Os relacionamentos foram propositalmen-
te programa¬dos por Deus.
3. Relato: Recentemente (06/06/2013), estive em minha terra natal para prestigiar e agradecer a Deus
pelo septuagésimo aniversário da minha querida tia Maria Assunção, chamada carinhosamente de tia
Nêne. Além da alegria convencional daquele dia, algumas coisas me chamaram a atenção e me fizeram
refletir muito. Naquele dia, quase todos os familiares e amigos estavam ali presentes. A questão é que
boa parte daquelas pessoas tinham vindo dos mais variados estados brasileiros onde residem na atua-
lidade. Fiquei pensando que outro motivo poderia ser tão importante para reuni-los ali. Que outro mo-
tivo lhes despertaria o interesse, fazendo com que elas empreendes¬sem tão grandes esforços físicos e
materiais para estarem juntas ali? A reunião da FAMÍLIA.
4. Texto: S. Mateus 12: 46-50.
5. Contexto: A oposição contra Jesus estava crescendo na Galiléia. Vários protestos já haviam sido fei-
tos a Jesus por causa dos Seus milagres. Jesus acabava de decidir o destino da “geração malvada” (Mt.
12:43-45), por causa do pecado contra o Espírito Santo, mais porque não havia crido em Seu nome.
Diante disso, fica no ar uma pergunta:
“Quais são os súditos do Reino dos Céus?” Mateus não anuncia, mas responde contando um incidente
relacionado com a família de Jesus.
A VISITA DE SUA MÃE E SEUS IRMÃOS, não era algo frequente. Esta é a única vez que Mateus conta a
respeito de uma visita dos parentes de Jesus. Para muitos, é uma surpresa descobrir que Jesus tivesse
irmãos. Pensam: “Como Maria era virgem quando nasceu Jesus, não teve nenhum outro filho.” E, até
onde sabemos, não teve mesmo outro filho. Mas esta não era a única maneira de ter irmãos. José
pode ter sido um viúvo com filhos, quando se casou com Maria, e esse parece ter sido o caso. Então, os
irmãos de Jesus que foram vê-lo, poderiam ser os filhos de José. Jesus estava falando com as pessoas
a respeito da revelação, quando chegaram Sua mãe e Seus irmãos. Que¬riam conversar com Ele, mas
não O interromperam. Ficaram fora da reunião, esperando que terminasse (alguns comentaristas acre-
ditam que Jesus estava dentro de uma casa – Carson D. A. O comentário de Mateus. Trad. Lena Aranha
& Regina Aranha; São Paulo: Shedd Publicações, 2010. Pág. 354). Alguém, Mateus não informa se um
discípulo ou algum dos presentes foi a Jesus e informou: “Sua mãe e Seus irmãos estão aí fora e querem
lhe falar.” Disse-o em voz audível e a multidão também ouviu. Por isso, Jesus respondeu também de
uma forma que todos pudessem ouvir. Aquela região não era muito grande, as cidades e aldeias tinham
poucas pessoas. Jesus era conhecido por todos, e todos falavam dEle por toda parte, comentando Seus
milagres, Seus ensinos, Seu estilo de vida, Sua maneira de ser, Seus discípulos, Seus amigos, Sua família.
Falava de tudo o que estava relacionado a Ele, como acontece ainda hoje, com celebridades e fatos im-
portantes. (Mário Veloso. Mateus, Comentário Bíblico Homilé¬tico. 1. Ed. São Paulo: Casa Publicadora
22 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL
Brasileira, 2006. Págs. 162 e 163). Na verdade, Jesus queria utilizar a oportunidade para lhes ensinar
algo que todos precisavam saber. Nessa oportunidade, os re¬lacionamentos, e a vida daqueles que
desejavam ser cidadãos do céu, foram aqui, colocadas em pauta.
6. Pergunta de Transição: O que Jesus queria ensinar com essas afirmações? Como essas afirmações
podem ajudar a melhorar a nossa vida nos relacionamentos interpessoais, com os familiares, com o
nosso próximo e consigo mesmo?
7. Frase de Transição: Cristo valorizou todos os aspectos que conectam (unem) as pessoas umas `as
outras e a Deus (I Jó 4:.6-21).
I – FATORES QUE NOS CONECTAM AOS OUTROS.
Alguns dos aspectos abordados por Cristo, nesta ocasião, estão relacionados com uma das necessi-
dades mais básicas da vida, os RELACIONAMENTOS. Se essa relação seguir a orientação dEle, isso nos
tornará mais semelhantes a Jesus. Que fatores podem nos conectar uns aos outros? Vamos destacar
apenas dois aspectos:
1) Comunidade – Quando Deus fez o mundo e os seres vivos, Ele pensou em nossa existência como sen-
do em comunidades. Cada espécie aos milhares respeita seu espaço físico, suas raças, suas diferenças,
potencializando o que é comum, (Gn 1: 20-25). Embora tenhamos nossa individualidade, como cristãos
que somos, acredito que podemos e devemos fazer o possível para diminuirmos as diferenças entre
nós. Isso nos ajudará a vivermos o ideal de Deus, em co¬munidade. Compartilhar não apenas as ideias,
mas também cuidados que preencham as necessidades materiais e emocionais uns dos outros como,
amor, segurança, amizade, companheirismo, saúde, finanças etc.
a. Lição: Não somos mais tão diferentes. Podemos encontrar muitos pontos em comum uns com os
outros. Isso tudo nos aproxima e promove a comunidade.
b. Texto prova: Atos 2: 42-47. “...Na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e
nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E
todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e
repartiam com todos, segundo cada um havia de proposta no seu coração. E, perseverando unânimes
todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo” (Atos 2:42-47).
c. Ilustração: As reuniões de Pequenos Grupos podem ser usadas como um grande exemplo de um
lugar ideal para um encontro, onde a irmandade pode desenvolver esses aspectos dos relacionamen-
tos. Conhecemos casos de pessoas que se sentem tão amparadas, amadas e assistidas, que não só tem
essas necessidades preenchidas, mas também decidem entregar suas vidas a Jesus, através do batismo
público.
d. Aplicação: Querido Irmão e irmã! Viver em comunidade é fun¬damental para atingirmos o ideal
de Deus para nós, tanto de maneira individual como coletiva.II – LUTAS, TENTAÇÕES E VITÓRIAS NO
DESERTO.
2) Estabilidade – A desconfiança é total. Não existe mais, nenhum investimento seguro. As crises eco-
nômicas deixam todos perplexos e inseguros. Essa instabilidade tem deixado milhares de pessoas a
sofrer de ansiedade. Isto, também afeta os relacionamentos. A reação das pessoas diante dessas cir-
cunstâncias pode ser o afastamento, a violência, etc. Portanto, a estabilidade entra como um fator
decisivo para a felicidade de todos.
a. Lição: Esta estabilidade pode ser adquirida a partir da confiança plena no cuidado de Deus por nós,
ao ponto de buscarmos em “primeiro lugar o reino de Deus e Sua justiça, e todas as demais coisas nos
serão acrescentadas. ”
b. Texto prova: S. Mateus 12: 25-33. Jesus nos garante que se dermos primazia a Deus, o nosso Pai,
ele nos manterá com Sua “mão forte”, e o seu justo não mendigará o pão.d. Aplicação: Amados, nos é
possível sim vencermos em meio as tentações! Veja o exemplo de Cristo. O texto diz que Ele possibili-
tou-nos a resistir, mesmo nos momentos mais difíceis. Estava fraco, abatido, cansado, e já vislumbrando
seu martírio. Mas, Ele não foi vencido na fase mais difícil e complexa de sua vida.
GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 23
c. Ilustração: Salmo 37:5 nos afirma que se entregarmos o nosso caminho ao Senhor e confiar nEle,
Ele fará tudo o que for de Sua vontade para termos uma vida feliz e digna, mesmo nesta Terra. Foi esta
a minha experiência na escola enquanto cursava teologia: Aprender a DEPENDER totalmente de Deus.
d. Aplicação: A dependência uns dos outros nos ensina a depender de Deus. Refina nossas atitudes e
nos ajuda a termos atitudes mais positivas na vida. Aprendamos a depender totalmente de Deus, hoje!
II –FATORES QUE NOS CONECTAM A CRISTO
O Senhor Jesus não deixou dúvidas que a relação do indivíduo com Ele é fator o essencial para termos
uma relação com o pai e sermos súditos do reino: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a
vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6).
a. Lição: Jesus começou perguntando: “Quem é minha mãe, e quem são Meus irmãos? É óbvio que
todos sabiam. A pergunta estava relacionada com Sua família do Reino, e isso interessava a todos. Tam-
bém nos interessa. A maior rede de relacionamentos está agora delineada. Deus se liga a Jesus que nos
liga a Deus, novamente.
b. Texto prova: Em Mateus 12:50 Cristo diz que “Qualquer que fizer a vontade de Meu Pai celeste”,
acrescentou, esse é Meu irmão, irmã e minha mãe”. Jesus Cristo, nos deu o ministério da reconciliação
( 2 Coríntios 5:18).
c. Ilustração: Agora, a multidão já tinha uma resposta a respeito de quem eram os súditos do Reino dos
Céus. Não podemos descrever a reação deles, pois não há nada visível que pudesse ter sido registrado.
Também sabemos que, normalmente, a multi-dão que seguia Jesus, não era apática.
d. Aplicação: O interessante é perceber a ligação que Cristo faz da relação do indivíduo com Ele, a partir
da obediência. Ela conecta a todos com Deus, o Pai. A chave está aqui! A obediência forma a maior rede
de relacionamentos do mundo. Cristo não estava diminuindo sua mãe nem seus irmãos. Não estava
ignorando a família humana e seus laços de parentescos. Mais estava exaltando a família espiritual, os
súditos do reino de Deus. Essa família pode desenvolver os relacionamentos no âmbito da igreja, dos
pequenos grupos, etc.

CONCLUSÃO
1.Apelo: O ambiente dos pequenos grupos é propício à prática de todos esses
aspectos da comunidade. Está você disposto a praticar comunidade a partir dos PEQUENOS GRUPOS?
2. Complementos
a. Tema: Comunhão
b. Propósito Específico: Que os ouvintes sintam–se motivados a manter relacionamentos sociais,
fraternos e espirituais, uns com os outros e com Cristo.
c. Propósito Geral: Comunhão e Relacionamento.
d. Palavra-Chave: Relacionamento

24 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL


,
2
SALVAÇÃO E SERVIÇO
POR LEANDRO PINHEIRO LINS

INTRODUÇÃO

1. Saudações
2. Frase Alusiva: “O serviço cristão é uma resposta à verdadeira adoração”.
3. Relato: Desde que entrei no clube de Desbravadores, quando tinha 10 anos de idade, aprendi os
ideais do Ministério Jovem (MJ). E um deles marcou a minha vida para sempre. Falo do objetivo do MJ,
que é “SALVAR DO PECADO E GUIAR NO SERVIÇO. Eu penso que este não é apenas o objetivo do MJ,
mas é a minha missão, a sua missão, a missão da Igreja e a missão de todo aquele que teve um encontro
com Cristo.
4. Texto: Isaías 6:1-8.
5. Contexto: Isaías era um aristocrata. Ele era primo do rei Uzias. E a Bíblia diz que, no ano (no período,
talvez na semana) que o rei Uzias morreu, Isaías foi ao templo. Quando estamos cansados, tristes ou
desanimados, é à igreja que devemos ir. No templo, aconteceu algo diferente com Isaías. Alguma coisa
sobrenatural. Algo que precisa acontecer com você e comigo.
6. Pergunta de Transição: Qual é a sua missão? Salvar do pecado e guiar no serviço?
7. Frase de Transição: Só é possível cumprir a missão se adorarmos verdadeiramente
ao Senhor, pois o serviço cristão é uma resposta à verdadeira adoração. E a adoração
verdadeira precisar passar ao menos por cinco passos:

I – VISÃO DE DEUS
Quando Isaías chegou ao templo, viu o Senhor num trono. E fora dele, Suas roupas enchiam o templo.
Deus estava ali, e ele podia vê-Lo. Há implicações hermenêuticas quanto aos anjos e suas asas. Mas não
faremos uma exegese do texto bíblico. E sim uma interpretação
homilética, útil para nossa vida.
a. Lição: Se você vem à igreja hoje e não tem uma visão de Deus, é porque não está adorando. Apenas,
está na igreja.
b. Texto prova: Isaías 6:1
c. Ilustração: Quando olhamos para o céu, vemos um imenso azul que, na realidade, não é o espaço
sideral que nos envolve, e sim uma camada de gás que reflete timidamente a grandeza do Universo.
d. Aplicação: Amigo, talvez não tenhamos uma visão de Deus exatamente como os profetas dos tempos
bíblicos. Porém, ainda hoje, é possível enxergarmos quem Deus é, Sua grandeza, beleza e graça.

II –VISÃO DE SI MESMO

a. Lição: Depois que enxergamos quem Deus é, temos uma visão real de quem somos.
b. Texto prova: Isaías 6:5
c. Ilustração: Atos 9.4. Paulo também teve uma visão de Deus. Após ver o Senhor, Paulo ficou cego e
só podia olhar para dentro de si mesmo. E ele não gostou do que viu. Por isso, em outro texto, Paulo
diz: “todos pecaram e estão destituídos da gloria de Deus”. E em outro, afirma que, dos pecadores ele
é o principal.

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 25


d. Aplicação: Se você veio ao culto hoje e não enxergou quem você é, é porque não adorou, mas apenas
esteve aqui. Se, há anos pertence à igreja, é batizado (talvez até seja líder), mas continua julgando as
pessoas e achando que, por algum motivo fútil, você é espiritualmente superior a ela, é que você ainda
não entendeu, não adorou. Apenas, está na igreja.

III – ATO REDENTIVO

a. Lição: Imediatamente após enxergar quem é Deus, e, mediante isso ver-se como realmente é, o ser
humano é transformado pelo Senhor.
b. Texto prova: Isaías 6:7. Explica que o anjo tocou os lábios de Isaías com brasa viva que tirara do altar
com uma tenaz e disse: “teus pecados estão perdoados”.
c. Ilustração: Lembra do Saulo? Na realidade, foi ele quem viu a Deus (Atos 9:4). Mas, após entender
quem Deus é e o que Ele fez por cada ser humano, Saulo viu-se como realmente era, e arrependeu-se
de seus pecados. E quando nos arrependemos de quem somos mediante quem Cristo é, somos trans-
formados pela graça de Deus. Saulo passou a ser Paulo.
d. Aplicação: Talvez você seja alguém que se ache o maior dos pecadores. Sabe, você é. Todos nós
somos. Mas quando enxergamos isso não somente pelo peso da culpa do pecado, mas pela ação do Es-
pírito Santo do Senhor em nós, quando nos arrependemos, o Senhor nos toca e nos transforma. Se você
vir à igreja e não for transformado por Deus, é por que você não adorou. Se por anos vem frequentando
aos cultos, mas continua tomando as mesmas decisões erradas, preso aos vícios e pecados acariciados,
é porque você nunca adorou. Apenas está na igreja.

IV – CHAMADO
a. Lição: A transformação não é por um acaso. O Senhor quer salvá-lo, mas Ele também quer salvar a
outros através de você.
b. Texto prova: Isaías 6:8 (parte inicial). Deus pergunta: “A quem enviarei?” A pergunta do Senhor
resulta da resposta bíblica à graça de Deus quando somos transformados por Ele. A partir dessa ação
sobrenatural do Pai, urge em nossos corações o desejo de partilhar essa salvação.
c. Ilustração: Quando falo de chamado, lembro-me da história de um garotinho chamado Lico. Lico
era um garotinho de 7 anos de idade que estudava na Escola Adventista e vivia todo o tem¬po falando
pro seus colegas de turma sobre o amor de Jesus e as histórias da Bíblia. Um dos seus coleguinhas, o
Pedrinho, de 11 anos, ficava tão impressionado com as histórias do Lico, que chegava a casa e partilhava
tudo com sua mãe. Ela, preocupada com aquela amizade que tanto influenciava seu filho, convidou
o Lico para almoçar com eles. No almoço Lico ofereceu estudos bíblicos pra ela e o Pedrinho. E eles
aceitaram! Apenas três meses depois daquele dia, Pedrinho e sua mãe foram batizados. E sabe quem
eles convidaram para entregar-lhes a Bíblia e o certificado de batismo? Sim, o Lico. Depois da entrega
dos presentes, o pastor oficiante perguntou ao Lico: “E você Lico, não vai se batizar? ”. Ele respondeu:
“Não, não, ainda sou criança”.
d. Aplicação: Enquanto não ouvimos o chamado de Deus, Ele usa crianças como Lico. Enquanto brin-
camos de ser cristãos e prosseguimos a nossa caminhada sem uma razão de ser, enquanto não enten-
demos a nossa real missão e ficamos omissos diante da vida, enquanto esperamos inertes pela ação de
outros, Deus usa pessoas dispostas como Lico. Mas Deus quer usar, continuamente, a você e a mim. Se
você vem à igreja e não ouve o chamado de Deus, é porque não adorou. Apenas está na igreja.

V – RESPOSTA POSITIVA AO CHAMADO

a. Lição: Quando passamos pelo processo da verdadeira adoração, é impossível respondermos nega-
tivamente ao chamado de Deus. É por isso que a escritora americana Ellen White (como adventistas,
cremos que foi inspirada por Deus) diz que todo verdadeiro cristão nasce no reino de Deus como um
missionário.
26 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL
b. Texto prova: A segunda parte de Isaías 6:8 diz que Isaías respondeu: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.
c. Ilustração: Era um domingo pela manhã na pequena igreja na Escócia, começo do século XIX. O
diácono passava a salva pra recolher os dízimos e as ofertas, quando se deparou com um garotinho
de cinco anos de idade. O garoto olhou pra ele e disse: “abaixa um pouco a salva”. Aquele diácono,
prontamente, a baixou. Depois de alguns novos pedidos de “abaixa mais um pouco”, aquele homem
colocou a salva no chão. Surpreendentemente, aquele garoto entrou na salva e disse: “eu me dou para
Jesus”. O nome daquele menino era David Linvigstone. Ele se tornou um dos maiores missionários que
o mundo já viu. Pas¬sou praticamente a vida inteira na África longe da sua terra natal e da sua família.
Morreu ajoelhado, orando, na África. A seu pedido, seu corpo voltou para a Europa, mas seu coração
ficou enterrado em solo africano.
d. Aplicação: David Linvigstone entendeu que salvar do pecado e guiar no serviço não é uma filosofia
nem um jargão, mas um estilo de vida cravado no coração do cristão verdadeiramente convertido. Em-
bora não conhecesse o objetivo do Ministério Jovem, David sabia qual era sua missão: salvar e servir.

CONCLUSÃO
1. Recapitulação: O serviço cristão é uma resposta à verdadeira adoração. Quando adoramos ao Senhor
em espírito e em verdade, nós:
a. Temos uma visão de Deus;
b. Temos uma visão real de nós mesmos;
c. Somos transformados pelo Senhor;
d. Ouvimos o chamado de Deus para a missão;
e. Dizemos “sim” ao chamado.

2. Aplicação:
a. Se você veiu aqui hoje e sair sem dizer “sim” ao chamado de Deus, é porque você não adorou. Apenas
esteve aqui.
b. Se você faz parte da igreja, e nunca testemunhou através da sua vida, de um estudo bíblico, duma
palavra, de um sorriso, de um gesto, sobre o poder transformador do Senhor, é porque você nunca
adorou. Apenas está na igreja.

3. Apelo: Preciso fazer um apelo a você neste dia.


a. Decida adorar ao Senhor com inteireza de coração, em espírito e em verdade.
b. Permita que o Espírito Santo lhe revele quem Deus é, e quem você é. Que Ele lhe transforme, lhe
mostre o Seu chamado e lhe envie à missão.
c. Você está disposto a fazer uma entrega completa ao Senhor? Talvez você me diga: “não tenho von-
tade de servir”. Eu sei, é verdade. Não teremos mesmo vontade de servir, a não ser que sejamos salvos
pela graça do Céu. Venha! Se entregue e comece novamente a sua vida no reino de Deus como um
missionário.
d. O serviço cristão é uma resposta à verdadeira adoração.

4. Complementos
a. Tema: Missio Dei.
b. Propósito específico: Que os ouvintes sintam–se chamados para servir ao se sentirem salvos pela
graça.
c. Propósito geral: Salvação e serviço.
d. Palavras-Chave: Missão, salvação, serviço, adoração.

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3
USO DOS TALENTOS NA MISSÃO
POR HEMERSON GUSTAVO CORDEIRO PRADO

INTRODUÇÃO

1. Saudações
2. Frase Alusiva: Hoje falaremos sobre uma importante verdade que Jesus ensinou através
de uma parábola. Todos nós recebemos dons e talentos concedidos por Deus segundo Sua
vontade. E precisamos fazer uso desses dons para cumprir a missão que Ele nos confiou.
3. Relato: Um dia, o famoso diretor Sir Michael Costa estava dirigindo um ensaio. O coro estava can-
tando com entusiasmo, acompanhado por centenas de instrumentos. Porém, quem estava tocando o
pífano decidiu descansar um pouco e deixou de tocar. Seguramente a falta das notas deste pequeno
instrumento não se notaria. Porém, sem que ninguém esperasse, repentinamente Costa perguntou:
Onde está o pífano? O som desse pequeno instrumento era necessário para a harmonia da música.
O texto escolhido nos fala quão importante são os talentos de cada um, mesmo que aparentemente
menores, eles são necessários para que a obra do Senhor ande harmoniosamente.
4. Texto: Mateus 25:14-30.
5. Contexto: É importante ressaltar o contexto em que Jesus contou esta parábola. A parábola dos
talentos é uma continuação da parábola anterior (As Dez Virgens). Na verdade, no texto original, os
versos 14 e 15 formam uma só sentença: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora, pois será
como um homem, que ausentando-se do país, chamou os servos e lhes confiou os seus bens”. Portanto,
a parábola dos talentos é um complemento da parábola das Dez Virgens. Enquanto que, na parábola
das Dez Virgens, Jesus ensina a necessidade de vigilância, na dos Talentos, Ele nos fala do dever do
trabalho. Enquanto as Virgens se encontram esperando pelo noivo, os ser-vos dos talentos estão traba-
lhando por Ele. Há uma boa razão de estas parábolas estarem nesta ordem, primeiro vem a vigilância,
depois o trabalho. Antes de trabalharmos para o Mestre, não podemos negligenciar a necessidade de
vigilância e de comunhão com Deus. Nem tão pouco, podemos passar o tempo todo orando, enquanto
o mundo perece por falta de uma boa ação. Portanto, a parábola que vamos estudar vem logo após a
uma advertência à vigilância. Antes de prosseguirmos alguns significados importantes: O Senhor Rico é
Jesus Cristo. A viagem para uma terra distante é a sua partida para o céu após a sua ascensão. Os servos
somos todos nós. Os talentos são os dons que Deus concede a todos os seus filhos. A volta do Senhor
Rico é a Bendita Esperança, o glorioso retorno do nosso Senhor Jesus Cristo.
6. Pergunta de Transição: Compreendes o que Jesus está nos ensinando? Qual a melhor
maneira de vigiar?
7. Frase de Transição: Jesus, através desta parábola, nos ensina de que a melhor maneira de
vigiar é trabalhando para Deus. Usando nossos talentos para sua causa.
Enquanto vigiamos, trabalhamos.

I – TODOS ESTÃO INCLUÍDOS.


A verdade mais elementar do texto que lemos é que todos os cristãos possuem algum dom. Todos nós
estamos representados nesta parábola, pois o Senhor nos confiou alguns de seus bens, nos deu alguma
responsabilidade, nos concedeu oportunidades. Todos estão incluídos neste plano de Deus e não exis-
tem exceções. Cada cristão tem pelo menos um dom espiritual. Se você é cristão e ainda não conhece
28 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL
seus dons, não é porque Deus não lhe deu dons; é simplesmente porque você ainda não o descobriu ou
não fez uso dele. “Tão certo como nos está preparado um lugar nas mansões celestes, há também um
lugar designado aqui na terra, onde devemos trabalhar para Deus. [...] nem todos os homens recebem
os mesmos dons, porém, a cada servo do Mestre é prometido algum dom...” (Parábolas de Jesus, 326
e 327).

Ninguém pode se sentir inferior ou superior por causa da quantidade de talentos que recebeu. O Senhor
dá como lhe apraz, de acordo com capacidade de cada um. A verdadeira arte de viver é aceitarmos as
limitações que nos foram atribuídas por Deus e não lutarmos contra elas ou murmurarmos sobre elas.
Não deve haver ressentimento ou inveja por parte do servo com apenas dois talentos a respeito do que
tem cinco; assim também, o servo com um talento não deve ter inveja do seu conservo que tem dois.
No serviço de Deus é melhor está em último lugar com fidelidade do que no primeiro com deslealdade.

a. Lição: Tão certo como nos está preparado um lugar nas mansões celestes, há também um lugar de-
signado aqui na terra, onde devemos trabalhar para Deus. A parábola não apresenta nenhum servo que
não tenha absolutamente nada. Todos receberam alguma coisa.
b. Texto prova: Mateus 25:15
c. Ilustração: Madre Teresa foi uma freira católica que dedicou a vida para cuidar dos pobres e enfermos
da Índia. Estabeleceu casas e hospitais no qual eles podiam receber cuidados e morrer com dignidade.
Madre Teresa costumava dizer às pessoas que trabalhavam ao seu lado, em Calcutá, que deveriam pro-
curar a sua própria Calcutá. Onde é a sua Calcutá? Deus te deu dons específicos, e preparou um lugar
em sua causa onde você poderá trabalhar para ele. Se entregue completamente com sua vida e dons
ao serviço de Deus.
d. Aplicação: Querido Amigo, Deus conta com sua participação na missão da igreja. Por isso, ao distri-
buir os dons, Ele não deixou ninguém de fora. Deus incluiu você. Por mais que você pense que seus dons
e talentos sejam insignificantes, Deus conta com você. Você é único. Sua personalidade, seu jeito de ser,
seus talentos, suas qualidades, seus defeitos te faz alguém importante num cumprimento da missão.
Há pessoas que Deus só poderá alcançar através de você. Portanto, nunca esqueça: você é único e Deus
conta com você.
e. Frase de transição: Tendo consciência de que Deus nos confiou algum talento, o que nos resta agora
é fazer uso deste talento. Esta é a próxima lição que encontramos no texto.

II – USAR O QUE DEUS NOS CONFIOU.


O Senhor tem o direito de esperar que cada um faça o melhor que pode com os talentos e responsa-
bilidades que recebeu. O mais importante não é a quantidade que cada um tem, mas sim o que cada
um está fazendo com a quantidade que recebeu. Observe cuidadosamente a parábola. Apesar de o
primeiro servo apresentar uma capacidade maior, sua recompensa não foi maior. Os servos não foram
julgados por suas capacidades e sim por sua dedicação e fidelidade ao que receberam. Guarde esta
verdade em seu coração, não é a quantidade que importa, e sim o esforço que cada um faz em usar
o que Deus lhe confiou. Por isso, nunca pergunte: Quanto recebi? E sim: O que faço com o que tenho
recebido? Qual será minha resposta diante das responsabilidades que Deus me deu? É a nossa resposta
que definirá a nossa recompensa.

a. Lição: Não é a quantidade de dons que importa, e sim o esforço que cada um faz em usar o que Deus
lhe confiou.
b. Texto prova: Mateus 25:16 e 17
c. Ilustração: Na Segóvia, Espanha, há vários resquícios de um aqueduto construído pelos romanos no
ano 109 D.C. Por dezoito séculos esse aqueduto conduziu água cristalina da montanha à cidade. Na vi-
rada do século, decidiu-se que o aqueduto deveria ser preservado para a posteridade. Instalou-se uma
nova estrutura e a água cristalina passou a ser conduzida por tubos modernos. Não demorou muito e

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 29


o antigo aqueduto começou a deteriorar-se. Com a ausência de água correndo em seu interior, a estru-
tura começou a ressecar com o calor do sol e a esfarelar. Em seguida, as pedras perderam a firmeza e o
aqueduto se transformou em ruínas. Ao deixarmos de usar os dons concedidos por Deus, com o passar
do tempo os perderemos.
d. Aplicação: Querido ouvinte, hoje é o momento que temos que usar os talentos que Deus nos con-
fiou. O servo que recebeu um talento perdeu o que tinha. Deste modo se confirma uma regra universal
da vida: usá-lo ou perdê-lo. Se não excitamos nossos músculos gradualmente perderemos o uso deles.
Se uma pessoa canta bem, mas deixa de praticar, perderá gradualmente sua capacidade de cantar bem.
A única maneira de conservar as habilidades que Deus nos tem dado é usando-as para seu serviço.
e. Pergunta de transição: Sabe por que precisamos usar os dons? Porque seremos recompensados. O
gozo e a recompensa é que o que nos motiva a continuar usando os dons que Deus nos deu.

III – TODOS RECEBERÃO RECOMPENSAS.


O Senhor sempre volta. E “...voltou o senhor daqueles servos e ajustou as contas com eles” (verso 19).
Deus volta. O Senhor sempre volta. Haverá um dia em que todos estarão perante o tribunal de Cristo e
terão que responder pelo uso de seus talentos e responsabilidades.
a. Lição: Todos receberão uma recompensa, o fiel e o infiel. Aquele que fez bom uso de seus talentos e
aquele que os enterrou.
b. Texto prova: Mateus 25:21 e 30
c. Ilustração: Há uma história muito conhecida, que diz que um jovem vivia uma vida pregressa, vivia
sem princípios e desobedecendo as leis. E, pelo fato de ter um amigo advogado, todas às vezes que era
preso por causa de suas bagunças, ele procurava seu amigo advogado, que com habilidade o absorvia
no julgamento. Isto se repetiu várias vezes. Até que um dia, ele mais uma vez foi preso e ao procurar seu
amigo advogado, ele disse: amigo, agora não posso mais defendê-lo, pois não sou mais advogado, agora
sou Juiz. Um dia, amigo irmão, nosso fiel advogado Jesus virá como um Juiz trazendo a recompensa de
cada um. E o tempo que temos para nos dedicarmos é hoje.
d. Aplicação:
• Entra no gozo do teu Senhor! Esta foi a recompensa dos servos fiéis. Alegrar-se por estar trabalhando
para o Senhor. Uma vida consagrada ao serviço de Deus é uma vida de plena realização, satisfação e,
sobretudo, gozo. “Nosso galardão por trabalhar com Cristo neste mundo, consiste na maior capacidade
e mais amplo privilégio de colaborar com Ele no mundo por vir”. Parábolas de Jesus, 361. A fidelidade e
dedicação em usar os dons, que Deu nos deu, nos oferece alegria aqui neste mundo e no por vir.

• Servo mau e negligente! Esta foi à sentença para o último servo. Este é o pecado por omissão. Muitos
serão condenados não pelo que fazem de errado, mas por negligenciar fazer o que é certo. Pior que
o grito dos pecadores é o silêncio dos justos. O maior prejuízo para o reino de Deus não é a rebeldia
dos perdidos, mas a indiferença e negligência dos salvos. Muito pior do que usar os talentos na prática
do mal, é enterrar os talentos que poderiam ser usados para o bem. Não podemos cair no pecado da
omissão. “No dia do Juízo, aqueles que não trabalharam para Cristo, que vagaram sem ter responsabili-
dade alguma,... serão postos pelo Juiz de toda terra com aqueles que praticaram o mal”. (Parábolas de
Jesus, 365). A mesma condenação que á dada àqueles que empurram e faz cair uma alma, é também
assegurada aos que negligenciam estender a mão para levantá-la. A mesma culpa que recebe aqueles

30 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL


que roubam o pão do necessitado, receberá os que negligenciam alimentar o faminto. O não fazer o
bem é um pecado tão grave quanto praticar o mal (Tg 4:17).

CONCLUSÃO
1. Recapitulação: Ao estudar a palavra de Deus, aprendemos que Ele nos confiou dons, e espera que
façamos um bom uso dos bens espirituais que Dele recebemos. Devemos prosseguir nos envolvendo
na missão tendo em mente suas lições:
a. Não importa o tamanho e quantidade que cada um recebe, o que mais importa é se estamos fazendo
uso ou enterrando esses dons.
b. Seremos julgados pelo grau de dedicação e fidelidade. É a nossa resposta diante das responsabilida-
des que Deus nos confiou que determinará a nossa recompensa.

2. Aplicação:
a. A volta de Jesus está mais próximo do que podemos imaginar. E quando ele voltar recompensará a
cada um conforme as suas obras.
b. Que possamos o mais depressa possível desenterrar os nossos talentos e nos engajarmos na missão.
Este é o chamado de Deus para sua vida.

3. Apelo: Querido amigo, tudo que somos, todos os talentos e habilidades que possuímos, são do Se-
nhor para serem consagrados a Seu serviço.
a. Você deseja entregar nas mãos do Senhor toda a sua vida?
b. Deseja colocar seus dons a serviço de Deus e seus semelhantes?
c. Se este é seu desejo quero convidá-lo a ficar em pé e quero orar por você, para que quando o Senhor
voltar você escute de seus lábios: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te
colocarei; entra no gozo do teu Senhor”. (Mt 25:21).

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4
TÃO DIFÍCIL E TÃO FÁCIL
POR CARLOS ALBERTO DE SOUZA MAGALHÃES
INTRODUÇÃO

1. Saudações
2. Frase Alusiva: “Tão difícil e tão fácil” é o título do sermão de hoje. Vamos refletir sobre “Nunca foi tão
difícil fazer igreja e nunca foi tão fácil ser igreja”.

3. Relato: Numa semana de oração realizada nas madrugadas, cujo tema era “missão”, um membro
da igreja afirmou que nunca fora tão difícil convidar pessoas para vir às reuniões. E ampliou seu pensa-
mento alegando que a pessoa tem demonstrado desinteresse quando convida¬das. Parece que a igreja
não lhes atrai mais.

4. Texto: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos ama¬rdes uns aos outros” (João
13:35).

5. Contexto: Eram os momentos finais do ministério de Jesus. João afirma que Jesus fez esta declaração
por ocasião da Santa Ceia. Mas o texto conduz o leitor a perceber que o Mestre precisava oferecer Seus
últimos ensinamentos, talvez, os mais importantes. Após desmascarar Judas (ainda que só o traidor
entendesse que nada do que fazia era encoberto aos olhos de Deus) e este se retirar, Jesus demonstrou
que precisava oferecer um conhecimento relevante para Seus dis¬cípulos. Deveria ser tão surpreen-
dente, revolucionário e inovador para aqueles dias, como alguém que abre um tesouro oculto por
séculos. Nos versos 31-33, Cristo revela, ainda que em códigos, as cenas que sucederiam Seu sacrifício.
Seu espírito estava sobrecarregado e aflito (v. 21) quando fez essa afirmação. Aquelas verdades não
poderiam ser apreciadas pelo inimigo, mas apenas pelos “filhinhos” por quem Ele morreria. Após a
morte do Mestre, Seus discípulos se sentiriam desamparados. Mas não precisariam sofrer a síndrome
do abandono se entendessem a verdade nunca antes ensinada por qualquer mestre
de seus dias ou de tempos anteriores.

6. Pergunta de Transição: Que verdade fundamental Jesus queria oferecer aos seus discípulos no ocaso
do Seu ministério? O que Ele considerava como a maior de todas as verdades pronunciadas até então?

7. Frase de Transição: Amar uns aos outros. Isto produziria a maior revolução na humanidade que go-
verno algum no mundo jamais pode realizar.

I – UM NOVO MANDAMENTO
Um novo mandamento. Não era uma sugestão ou uma alternativa, era uma ordem. Para ser discípulo
dEle é necessário amar primeiro aqueles que fazem parte do nosso mundo de pessoas afins.

a. Lição: Quando decide experimentar o produto que oferece, o vendedor convence seu cliente com
mais facilidade. Da mesma forma, é preciso querer amar os da igreja, servi-los e se entregar por eles
primeiramente. Ser cristão sem Cristo é a maior mentira vivida na atualidade. Como podemos atrair
pessoas para a igreja se Cristo não estiver nela manifestando-se através do amor recíproco entre os
irmãos de fé? É o amor recíproco expressado pela comunidade que mantém a chama da presença de
Cristo (mesmo ausente fisicamente) na igreja.
32 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL
b. Texto prova: “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros” (Verso 34). “Se este
amor é verdadeiramente cultivado, o finito se une ao infinito. A humanidade se unirá à humanidade,
e todos se ligarão ao coração do infinito amor (Nossa Alta Vocação, 169 –Meditações matinais, 16 de
junho).
c. Ilustração: Dois irmãos cultivavam a terra juntos e sempre compartilhavam as colheitas. Um dia,
um deles despertou durante a noite e pensou: “Meu irmão é casado, tem filhos, por isso tem mais
necessidades e despesas que não tenho. É mais que justo eu colocar algumas das minhas sacas em sua
despensa. Farei isso na calada da noite, caso contrário ele não aceitaria. ” Levou as sacas e voltou para a
cama. Pouco depois, em sua própria casa, o outro irmão acordou e pôs-se a pensar: “Não é justo que eu
fique com a metade de todo o milho de nossa terra. Meu irmão é solteiro, não tem o prazer de possuir
uma família, portanto tentarei compensá-lo passando um pouco do meu milho para sua despensa. ” E
assim fez. Na manhã seguinte, ambos ficaram surpresos ao ver que havia o mesmo número de sacas na
despensa. Ano após ano, não puderam compreender como o número de sacas continuava o mesmo,
ainda que as transferissem às escondidas.
d. Aplicação: A MUNDANÇA DO MUNDO COMEÇA COM A MUDANÇA DO NOSSO MUNDO.
Quando decido amar meu irmão, não devo ficar apenas no campo da aceitação ou da possibilidade de
ação. Eu me torno proativo, ou seja, não espero ele expressar sentimentos ou necessidades, mas busco
de alguma maneira servi-lo, antes mesmo das dificuldades. Uma igreja que tem membros que se amam
não sente como se Jesus estivesse no Céu e ela aqui na Terra. Mas sente a presença de Cristo através
do amor recíproco entre os discípulos. Neste quesito, ninguém se torna mestre para substituir o mestre
anterior, mas todos são eternos aprendizes da fraternidade.

II – TAMBÉM VOS AMEIS UNS AOS OUTROS


O estilo de vida das igrejas atuais não está tão distante da religiosidade contemporânea a Jesus. Alguns
entendem vida de amor fraternal apenas como o contato superficial que se tem nos dias de culto ou
em reuniões de pequenos grupos. Talvez alguém pense que se respeitar o semelhante não criando
conflitos, estar comprometido com a agenda da igreja, fazer visitas a doentes, dar estudos bíblicos, etc.,
o faz cristão fileo, ou seja, que ama o semelhante tal como Jesus amou.

a. Lição: É muito mais que isto! É se dedicar em servir alguém a ponto dele sentir-se verdadeiramente
amado, valorizado e abraçado, como se pelo próprio Cristo. É fazer a pessoa olhar para você como se
estivesse olhando para Jesus.
B. Texto prova: Atos 2:44-45 revela a devida dimensão deste tipo de amor quando infere a profundi-
dade, a altura, a largura e o comprimento do amor ao afirmar: “E todos os que criam estavam juntos, e
tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada
um havia de mister.”
b.Ilustração: Imagine um grande quebra-cabeça cuja figura a ser montada é uma imagem de Jesus.
Pense agora que cada membro da igreja recebe uma peça deste quadro quando se torna discípulo. Per-
ceba que quando a ordem de Jesus de amar uns aos outros não é cumprida, ficam brechas que deixam
a imagem incompleta, defeituosa e sem uma possível compreensão do que se trata aquele quadro.
c.Aplicação: Assim acontece com a igreja que pensa estar mostrando a Cristo para a comunidade ex-
terna sem entender que amar uns aos outros seja mandamento. O quadro que é revelado para aquelas
pessoas se assemelha mais a uma aberração do que com Cristo. É impossível querer conhecer um Jesus
assim. É mais assustador que atrativo. NUNCA FOI TÃO DIFÍCIL SER IGREJA. Esta dificuldade existe por-
que o modelo de Cristo que a igreja oferece para o mundo dificulta o pecador a se apaixonar por Ele. Se
existe resistência das pessoas em buscar a igreja para conhecer a Cristo é por que a igreja oferece um
cristianismo apático, não inter-relacionado, alienado dos problemas e necessidades da comunidade e
sem disposição para servir.

III – NISTO CONHECERÃO QUE SOIS MEUS DISCÍPULOS


O homem nunca esteve tão isolado no meio da multidão como agora. As pessoas se sentem sós, sem
GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 33
quem possa lhes ouvir. A depressão se tornou a doença do século. Há uma absurda carência de amor
genuíno e uma avassaladora presença de “amor” imoral. Já está provado pela experiência que “fazer
amor” não satisfaz a carência de “sentir amor”. O problema é que o homem secular continua na prática
da imoralidade e da busca dos prazeres da carne por não saber onde pode encontrar o amor genuíno.

a. Lição: É um terrível paradoxo. Como pode o ser humano não encontrar amor de verdade quando
existem tantas igrejas perto dele? Talvez porque elas ainda insistem em carregar o nome de Cristo na
embalagem, mas não viver Seus ensinamentos na essência. A célebre frase de Gandhi “Eu seria cristão
se não fosse pelos cristãos”, continua ferindo nossa consciência cristã.
b. Texto prova: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”
(João 13:35). “Quando os homens se ligam entre si, não pela força do interesse pessoal, mas pelo amor,
mostram a operação de uma influência que é superior a toda influência humana. Onde existe esta
unidade, é evidente que a imagem de Deus está sendo restaurada na humanidade, que foi implantada
nova vida (O Desejado de Todas as Nações, 480)”.
c. Ilustração: Cada cidadão de uma nação precisa de uma identificação. No Brasil, a principal identifica-
ção é a carteira de identidade (RG). Este documento prova sua afiliação, origem, nome, imagem, digital
e data de nascimento.
d. Aplicação: O cristão também tem o RG do Reino: o amor. É o documento que prova que você é um
filho de Deus e que mostra sua cidadania celeste, sua imagem cristã, sua digital santa e seu nascimento
do Espírito. O amor recíproco entre os discípulos é a sua principal identificação. NUNCA FOI TÃO FÁCIL
SER IGREJA porque, à medida que o amor altruísta se extingue na sociedade, mais carente ela se torna.
O único lugar que ela pode encontra-lo é na comunidade cristã. Se esta comunidade decide viver tor-
rencialmente este amor para depois oferecê-lo ao pecador que convive próximo das paredes do templo,
ela será uma força atrativa e irresistível em tempos de estiagem emocional.

CONCLUSÃO
1. Recapitulação: Jesus passou três anos e meio fixando os fundamentos do Reino de Deus. Em seus
últimos momentos, precisou oferecer a síntese de tudo como a cobertura de todo ensino oferecido.
Sua abor¬dagem foi precisa.
a. O cristianismo genuíno só pode existir se o amor entre cristãos também for genuíno e além da mera
intenção.
b. A identificação dos seguidores de Cristo só acontece quando há amor altruísta.
c. A despeito de Sua ascensão, Cristo se torna presente na igreja quando o amor é vívido e recíproco.

2. Aplicação: A igreja da cidade tem sofrido um declínio numérico de pessoas interessadas no evan-
gelho. Ela está mais preocupada em oferecer programas, eventos e doutrinas do que o amor de Jesus
Cristo. A sociedade está cansada de instituições religiosas que querem reger suas vidas com punhos de
ferro. Ela quer ver a Cristo tal como Ele é.
a. Com esta carência tão evidente, nunca foi tão fácil ser igreja. Quando o discípulo de Cristo entender
que seu trabalho é apenas copiar o Mestre no seu amor pela humanidade, servir e resgatar o pecador,
então acontecerá o maior fenômeno visto apenas nos primeiros anos de vida da igreja cristã em Atos
2:47

3. Apelo: Não saia daqui hoje sem refletir sobre o tipo de igreja da qual você faz parte. Pense se o mo-
tivo pelo qual muitos não querem se tornar membros dela pode ser pela carência de exemplos práticos
do amor genuíno.

a. Mas não basta apenas vestir pano de saco e jogar cinzas na cabeça demonstrando um arrependimen-
to externo. É necessário querer fazer a diferença para as pessoas que estão primeiramente dentro da
igreja e depois para as de fora.
34 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL
b. Tome a decisão de subir um degrau a mais na sua vida cristã. Ore para que Deus mude seu foco de si
mesmo para seu semelhante. Busque alguém para servir e mostrar a imagem de Jesus estampada em
você. Comece pelos de dentro.
c. Não se contente com apenas um conhecimento superficial, mas busque saber mais sobre as pessoas
e sobre como pode ajudá-las. Ore por elas.
d. Pegue os contatos de cada uma dessas pessoas e mande-lhes mensagens telefônicas, de e-mails e
pelas redes sociais.
e. Vá até a casa dessas pessoas e visite-as com amor e ore com elas.
f. Convide-as para almoçar na sua casa.
g. Lembre-se das datas de aniversário.
h. Tente descobrir as origens das pessoas, sua história de vida e suas necessidades atuais.
i. Mergulhe no mar das emoções da outra pessoa e ame-a sem esperar nada em troca.
j. Desta forma, todos saberão que você é discípulo de Jesus.

4. Complementos
a. Tema: Evangelismo relacional nas cidades
b. Propósito específico: Mostrar que a comunidade cristã precisa primeiro aprender a se amar para
poder amar o perdido.
c. Propósito geral: Evidenciar que é fácil fazer igreja quando o mundo carece de amor, e não primaria-
mente de doutrinas. O amor genuíno é o atrativo irresistível.
d. Palavra-Chave: Amor

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5
A GRANDE COMISSÃO E O DISCIPULADO
POR ALBERTO ARTHUR REITER JUNIOR
INTRODUÇÃO

1. Saudações
2. Frase Alusiva: Não sei se você já passou por alguma situação de despedida, onde alguém lhe cha-
ma e em poucas palavras lhe pede alguma coisa. Jesus certa vez fez um pedido muito especial a Seus
discípulos.
3. Relato: Certa vez uma mamãe bem doente chamou os seus filhos e lhes disse o que ela gostaria que
eles fizessem. Pergunto, será que neste momento de despedida, aqueles pedidos que foram feitos,
eram importantes para esta mãe, ou não? Jesus antes de se despedir dos apóstolos, os chamou e fez
um pedido a eles. Será que podemos dizer que este pedido era importante para Jesus? Vamos ver que
pedido foi esse.
4. Texto: Mateus 28:19-20
5. Contexto: Quando Jesus falou estas palavras: “ide, fazei discípulos”. Os discípulos tinham em mente
um fenômeno cultural ocorrido em seus dias. Roma dominava os povos através da força bruta. Mas
antes de Roma, Grécia, além da força bruta, dominava os povos também com o poder do pensamento.
Conhecemos este fenômeno como Helenização. Eles faziam escolas filosóficas, conhecidas também por
ginásios, onde o mestre (os filósofos) tinham seus alunos (discípulos); e através destas escolas os povos
dominados começaram a adotar as ideias, a linguagem, a cultura grega. O poder destas escolas era tão
grande que quando um discípulo de Platão, por exemplo, andava na rua ou falava todos pensavam que
era Platão. Eles se pareciam tanto, o mestre com o discípulo, que era quase imperceptível a diferença.
6. Pergunta de Transição: Qual foi o pedido então que Jesus fez aos apóstolos antes de subir? Serem
iguais e ajudarem as pessoas a serem iguais ao Mestre.
7. Frase de Transição: A essência da Grande Comissão é fazer discípulos; mas antes Ele também deseja
que sejamos discípulos.

I – SER DISCÍPULO FAZ PARTE DA GRANDE COMISSÃO


Alguns pensam que a Grande Comissão se concentra simplesmente em fazer discípulos. Mas, é óbvio
que, antes de fazer, devemos ser. Tendo como base o conceito helenista sobre discípulo, podemos
afirmar que ser discípulo é isto: pensar como o mestre, agir como o mestre, reagir como o mestre.
Entendem? Não só agir, mas também reagir como o mestre. Quando alguém nos agride, por exemplo,
o que fazemos pós-ação? Qual a nossa reação? Agimos como Jesus agiria? Em suma, ser discípulo é
tornasse parecido com Cristo; querer ser igual a Cristo. Ser discípulo é bastante diferente de apenas ir
à igreja uma ou duas vezes por semana. Discipulado é o processo que transforma pessoas comuns, em
pessoas semelhantes a Cristo.
a. Lição: Esta é a função da igreja. Este é o chamado do Senhor. Ele deseja que sejamos discípulos e
façamos discípulos.
b. Texto prova: Lucas 6:40
• Para sermos discípulos precisamos saber que:
• Não é algo instantâneo – não podemos ser transformados em discípulos em apenas alguns minutos,
ou mesmo em poucos anos, isso leva tempo. O texto de Mateus 10:24 sugere que “ser como seu mes-
tre” significa “estar sendo sempre” – um processo contínuo.
• Não existe um programa definido – para ser discípulo não existe uma lista de passos formais e lega-
36 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL
listas a serem seguidos para nos tornar discípulos. Nossas experiências espirituais são únicas. Cada um
tem uma experiência diferente.
• Não está Relacionado ao Tempo – o desenvolvimento espiritual não se relaciona com o tempo que
você é cristão. Você pode conhecer a Cristo há anos sem nunca ter-se desenvolvido satisfatoriamente
como discípulo. Parece que podemos exemplificar da seguinte maneira:
c. Ilustração: Parece que a distância percorrida tem uma relação direta com a velocidade e o tempo
(Tempo + Velocidade = Distância Percorrida). A velocidade que você cresce na vida espiritual somada
com o tempo que lhe foi concedido determina a distância que você percorrerá pela estrada do discipu-
lado, rumo à maturidade espiritual. Você pode ser um cristão com muito tempo de convertido, mas se
não tiver disposto a correr em direção à maturidade, não chegará a lugar nenhum.
d. Aplicação: Quer se tornar um discípulo maduro, aumente a velocidade. É o tamanho do passo que
faz a diferença, não o tempo. E para aumentar o tamanho do passo espiritual, corra com alguém que é
mais rápido do que você.
e. Frase de ligação: Entendendo que ser discípulo, é estar assentado junto a um mestre. Aquele que
recebe ensino de alguém, aquele que aprende, é aluno, estudante.
• Para sermos discípulos precisamos de:
• Ter a informação correta: – Como conheceremos o mestre se não tivermos informações sobre Ele.
Para nos tornarmos discípulos precisamos adquirir e dominar um conjunto de conhecimentos. E estes
conhecimentos adquirimos através da leitura da Bíblia.
• Ter a interpretação correta: – Como entenderemos senão há alguém que nos ajude a entender. As coi-
sas espirituais se dis¬cernem espiritualmente. Precisamos do Espírito Santo para nos ajudar a entender.
Conhecimento sem interpretação não fará de você um discípulo.
• Ter o mentoreamento correto: – Você teria coragem de ser operado por um médico que não fez es-
tágio e/ou residência? Com certeza não! O conhecimento deste médico é importante, mas insuficiente.
f. Aplicação: Você precisa de alguém mais experiente para andar do seu lado lhe dizendo o que fazer,
quando fazer, e como fazer. Vou ilustrar com uma história o que tem acontecido com as pessoas recém-
-batizadas em algumas igrejas. Tenho percebido que ao nascerem, ao serem batizadas, elas recebem de
presente uma Bíblia, um certificado, um guia bem-vindo à família de Deus, uma espécie de kit sobrevi-
vência, e depois dizem à ela, se vira! Será que vai dar certo?
g. Ilustração: Imagine agora se alguém estivesse grávida de quadrigêmeos e os bebês ao nascerem
fossem colocados em um quarto. E o médico obstetra falasse assim com eles: aqui estão algumas latas
de leite em pó, algumas fraldas descartáveis, e, agora, se virem. O que diriam de um médico, ou de uma
mãe que fizessem isso? Pois é isso que estão fazendo com muitas pessoas que tem sido batizadas em
algumas de nossas igrejas. Estes bebês espirituais precisam de ajuda. Precisam de alguém para cuidar
deles. Alguém que, quando eles fizerem alguma coisa errada, esteja por perto para trocar a fralda deles.
Entende? Precisamos de pessoas que façam como Paulo diz em 1 Co. 11:1.
h. Texto prova: 1 Co 11:1
i. Frase de ligação: Como tem sido diferente esta realidade. Em vez de ter pessoas dispostas a disci-
pular outras, temos percebido muitos dispostos a criticar e não testemunhar positivamente aos novos
convertidos. Somos todos influenciados na vida por fatos ou pessoas que configuram o nosso caráter e
ações. A questão não é se você vai ser discipulado, a questão é saber por quem vai te discipular! Somos
chamados para ser discípulos e ajudar a outros a se transformarem em discípulos de Cristo.

II – UM CHAMADO PARA TODOS


a. Lição: Deus nos faz um chamado muito especial. O texto a seguir nos faz parar pra pensar. Fala do
grande amor de Deus, mas ao mesmo tempo nos faz dois convites interessantes.
b. Texto prova: Mateus 11:28-30
• Um convite à salvação – “vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos
aliviarei.” O primeiro convite é o convite para a salvação: Venham todos, os que estão cansados, os que
estão sobrecarregados. Venham como estão, que eu vou aliviar vocês; dar-lhes-ei a paz e a salvação.
GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 37
Depois da salvação, Deus nos faz outro convite.
• Um convite ao discipulado – “tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim”, o chamado é: agora
que vocês estão salvos, vinde e aprendei de Mim. Vinde e sede discípulos por mim. Depois do presente
da salvação, ele quer nos dar outro presente. Que outro presente é este que Deus quer nos dar? Tomai
sobre vós o meu “jugo”, este é o chamado. O presente é o jugo.
O que você entende por “jugo”?
O dicionário define jugo como: 1. Canga. 2. Junta de bois. 3. Ant. Dispositivo curvo colocado ao pescoço
dos vencidos. 4. Sujeição, opressão (Dicionário).
c. Ilustração: Provavelmente você já viu um cavalo, ou mula, ou boi atrelado pelo pescoço e lombos a
fim de puxar uma carroça ou um arado. “Jugo” é isto! Depois do presente da salvação, Deus quer lhe
dar um novo presente, uma canga.
d. Pergunta de transição: Por que Jesus usou este símbolo para o discipulado e quais são as lições que
podemos tirar deste texto?
e. Aplicação: Quando um animal está com uma canga podemos presumir o quê?
• A canga presume Submissão: Coloca-se a canga em um animal para manter o animal submisso. Co-
loca-se a canga em um animal para tornar o controle possível. Quando você coloca uma canga em um
animal é você quem direciona para onde ele vai. Se puxa para a direita ele vai para direita; se você puxa
para a esquerda ele vai para esquerda.
• Para Pensar: Se você se diz um discípulo, e sabe que deve ir para a direita e não vai o que isto evi-
dencia? Ainda não tomou o jugo! Cristo está procurando nossa submissão, Ele deseja nos colocar sob
seu controle.
• A canga presume Trabalho: Vinde... tomai o meu jugo é igual a seja submisso e trabalhe por mim. Um
boi está no pasto, de repente alguém aparece e coloca uma canga nele. Pra quê? Pra mostrar que ele
tem um dono? Pra mostrar que ele é obediente? Não! Quando alguém coloca um jugo sobre alguma
coisa, ela o faz com um propósito bem definido. Existe alguma coisa que deseja realizar. Deus coloca o
“jugo” sobre você porque deseja que você realize algo para Ele.
• A canga presume Companheirismo: Você já pegou em uma canga? Ela é pesada ou leve? O texto me
confunde: “Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”. Em outras palavras:
Tomar este jugo e aprender de Jesus é fácil ou difícil? Como que algo tão pesado pode se tornar “suave”
e “leve”? “Tomai sobre vós o meu jugo” é igual a minha canga por “propriedade” ou minha por “expe-
riência”? A expressão “meu jugo” não quer dizer que a canga é dele (por propriedade); quer dizer que
o jugo também está sob Ele (por experiência). Quando Jesus diz “tomai sobre vós o meu jugo”, torna
claro que ele também está sob o jugo.
• Era comum no mundo antigo, treinar um novilho ou uma mula colocando-os ao lado de um animal
mais velho, mais experiente. Desse modo, o mais jovem anda ao lado do mais experiente para aprender
a puxar. Quando o lavrador ajusta os dois animais, geralmente ajusta o jugo de maneira que o peso
recaia so¬bre o animal mais experiente até que o mais jovem amadureça.

CONCLUSÃO
1. Recapitulação e Aplicação: Você nunca estará sozinho nesta luta do discipulado. Quer ser um discí-
pulo, quer aprender de Jesus? Mesmo não sendo fácil é possível. Porque Cristo está disposto a carregar
o peso da canga conosco. Como crente você tem a salvação, mas, talvez, você não esteja experimentan-
do descanso em sua vida porque ainda não aceitou o jugo. O mesmo se pode dizer da paz, da alegria,
do poder e de muitas outras bênçãos.
2. Apelo: Quantos desejam hoje tornar-se discípulos de Cristo? Entregue sua vida nas mãos do Senhor
Jesus Cristo.

38 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL


6
ENVIADOS PARA MISSÃO SACRIFICAL
POR ITAMAR DIAS RIBEIRO

INTRODUÇÃO

1. Saudações
2. Frase Alusiva: O título da pregação de hoje é: Enviados para a missão Sacrifical.
Realizando a missão que nos foi proposta como discípulos do mestre a despeito das privações e prova-
ções advindas por nossa mensagem.
3. Relato: Quando eu era estudante e colportava para pagar o curso de Teologia, fazia palestras em
igrejas pentecostais. Certo dia ao chegar a uma destas congregações e ao tentar dialogar com o pastor
local para a liberação do meu trabalho, fui rudemente abordado por aquele ministro que me acusou
de fazer parte de um movimento herético e pregar doutrinas adulteradas e por mais que eu buscasse a
conciliação fui humilhado e expulso daquela igreja.
4. Texto: Lucas 9:1-6
5. Contexto: A missão dos doze não é outra senão a missão do próprio Jesus. É a missão a partir da au-
toridade de Jesus e o comissionamento para continuar seu ministério. Enquanto estavam juntos Jesus
deu-lhes poder e autoridade. Também os enviou para pregar o reino de Deus e curar enfermos. ( Jorge
H. Barro, De Cidade em Cidade. Pg.64, Editora Descoberta, Londrina PR.2006.) No entanto, juntamente
com esta posição de status o Mestre lhes deu o desafio de uma missão com humildade e sacrifícios
em favor da mensagem a ser pregada. A mansidão e a humildade deveriam ser um traço de caráter do
verdadeiro discípulo de Cristo: “O Redentor do mundo tinha uma natureza superior a dos anjos, todavia,
unidas a sua divina majestade achava-se a mansidão e a humildade que atraíam todos a Ele.” (Ellen G.
White, Evangelismo.Pg.487, CPB, Tatuí-SP.2010)
6. Pergunta de Transição: Como pode uma pessoa ser chamada para pregar BOAS NOVAS e ser recebi-
da com humilhação e rejeição?
7. Frase de Transição: Ao enfrentar com fé e perseverança as rejeições do evangelho somos preparados
para sermos verdadeiros discípulos de Cristo.

I – A AUTORIDADE DO DISCÍPULO
Talvez você já tenha se perguntado: “Como posso contribuir para a pregação do evangelho em meu
bairro, em minha cidade?” “Como contribuir para fazer a diferença com minhas limitações?” A palavra
de Deus nos traz um desfio. O próprio Jesus está nos chamando para ser seus discípulos Ele nos convo-
ca e nos dá autoridade para está missão. “A cada cristão é designada uma obra definida...Deus requer
que todos sejam obreiros em sua vinha. Vós deveis lançar-vos à obra que foste incumbidos, e fazê-la
fielmente...Todo o verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como Missionário. Aquele que bebe da
água viva, faz-se fonte de vida.” (Ellen G. White, Serviço Cristão.Pg.008, CPB, Tatuí-SP.2010)
a. Lição: Quando aceitamos a Cristo como Salvador somos feitos seus Discípulos. Comissionados e com
autoridade para pregar o evangelho.
b. Texto prova: “ Tendo Jesus CONVOCADO os doze, deu-lhes poder e AUTORIDADE sobre todos os
demônios, e para efetuar curas. Também os enviou a pregar o reino de Deus e a curar os enfermos.”
( Lucas:9:1) Deus Seja Louvado! Pois Ele decidiu contar com cada um que se coloque em sua mão para
esta convocação de Salvar!!
c. Ilustração: Jorge Whitefield, O conhecido Pastor metodista, estava pregando ao ar livre na cidade de

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 39


Exeter, na Inglaterra. Entre os que assistiam, havia um homem que fora ouvi-lo, não por que gostava de
ouvir sermão, mas para lhe atirar as pedras que levava nos bolsos. O homem ouviu por algum tempo a
pregação da palavra de Deus, enquanto aguardava a oportunidade de apedrejar o pregador. Chegou a
ter uma pedra na mão para atirá-la, porém, Deus falou-lhe através das palavras do pregador, de modo
que se converteu. Ao terminar, o homem foi falar com o pregador e disse-lhe: - Veja só, vim ouvi-lo e
apedrejá-lo; mas o Espírito Santo convenceu-me do pecado. (Ilustrações V.1 Pg.07, Josué Gonçalves.
Mensagem para todos,SP. 2008)
d. Aplicação: Meus amados irmãos, o Deus que nos comissionou como Seus Discípulos nos deu o poder
para tocar os corações e pregar a mensagem do seu Reino. Porém, o nosso Grande Mestre quer nos
preparar para esta missão através de um ministério sacrifical.

II – ADQUIRINDO LIÇÕES DE UM MINISTÉRIO SACRIFICAL


O Grupo de Jesus estava finalmente formado, mas até aquele mo¬mento ele não teve a oportunidade
de dar instruções e ensinar aos doze sobre o Reino de Deus. O Tempo havia chegado e (Lucas 6.17,20-
23) Jesus trata de assuntos cotidianos em sua comunidade: Pobreza, Fome, Choro e a rejeição são
temas do seu ensinamento.
O Relato que se segue nos capítulos 7 a 8 de Lucas encontramos Jesus passando a informação de forma
prática, agora Ele sai para amenizar a pobreza, saciar o faminto, Curar os doentes, expulsar os Demô-
nios, ressuscitar os mortos e ser rejeitado. E no Capitulo 9: inicia-se o método final do discipulado do
Mestre. Agora seus discípulos são desafiados a irem a fazer o que haviam aprendido o texto nos mostra
que eles deveriam desenvolver uma missão de inteiro sacrifício humildade e dependência de Deus.
a. Lição: Somente quando aprendermos a Simplicidade e inteira dependência de Deus é que estaremos
prontos para sermos verdadeiros discípulos do Mestre.
b. Texto prova: Lucas 9:3, “E Disse-lhes: Nada leveis para o caminho: nem bordão, nem alforje, nem
pão, nem dinheiro; nem deveis ter duas túnicas”
c. Ilustração: Em Lucas 22:33 encontramos Pedro, um discípulo de Jesus que se achava autossuficiente,
para cumprir a missão. Embora tivesse passado três anos e meio vendo e ouvindo o Mestre, ainda não
havia aprendido a lição de simplicidade e inteira dependência divina. Isto fez com que sua promessa de
seguir a Cristo, mesmo em meio ao sacrifício, fosse quebrada diante da prova. Somente após Pedro ter
entendido e aceitado a lição do Mestre é que ele foi transformado em um dos principais propagadores
do evangelho do Reino tendo uma dedicação tão completa que quando, ao ser executado, pediu para o
crucificarem de cabeça para baixo, pois não se achava digno de morrer como seu Mestre.
d. Aplicação: O Senhor procura hoje por verdadeiros discípulos capazes de negar o Eu e tomar a sua
Cruz em favor da pregação deste evangelho ( Mateus 16:24 ) Somente Quando exercemos um minis-
tério sacrifical colhemos a benção do preparo para li-darmos com os desafios da nossa comunidade.
Quais são eles?

III – APLICANDO AS LIÇÕES DE UM MINISTÉRIO SACRIFICAL


“A Missão a partir da autoridade de Jesus é uma das perspectivas-chaves para a missão na cidade. O lu-
gar do cumprimento desta missão dada por Jesus é a cidade, porque os discípulos percorriam todos os
lugares habitados de sua comunidade anunciando o evangelho” (Jorge H. Barro, De Cidade em Cidade.
Pg.64, Editora Descoberta, Londrina PR.2006). São nos centros urbanos que podemos presenciar mais
fortemente as pessoas sendo oprimidas pelo pecado que causa a pobreza, a fome, doenças, prisões
espirituais, mortes e rejeição da mensagem. É para este desafio urbano que o Mestre chama os seus
discípulos modernos para fazerem a diferença por meio do evangelho.
a. Lição: O verdadeiro discípulo de Cristo será sábio o suficiente para absorver preciosas lições do Seu
sacrifício as quais serão usadas como estratégias de auxílio no ministério de salvação.
b. Texto prova: Lucas 9:6 “Então saindo, percorriam todas as aldeias, anunciando o evangelho e efetu-
ando curas por toda a parte”.
c. Ilustração: Uma pesquisa sobre voluntariado demonstrou que as pessoas que mais se engajam em
40 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL
serviços de auxílio a sociedade, tanto com doações como por meio de seu trabalho, são pessoas que em
algum momento passaram por situações semelhantes. Assim o diretor de um grupo de AA é um jovem
que perdeu o Pai para o vício. Alguém que doou grande soma para o Hospital do câncer é um Pai que
perdeu sua pequena filha para a doença, A diretora e idealizadora de um grupo de busca de crianças
desaparecidas é uma mãe que há quinze anos busca o paradeiro da própria filha; entre outros.
d. Aplicação: Se hoje temos a experiência das dificuldades em favor do evangelho, poderemos enten-
der e auxiliar a outros no contexto da pregação do evangelho em nossa comunidade.

CONCLUSÃO
1. Recapitulação: O Mestre nos desafia a ser discípulos modernos em um contexto urbano (Lucas 9:1-
6). Ele espera que sejamos aprovados no desenvolvimento desta missão. E para tanto:
a. Ele nos dá sua própria autoridade, um comissionamento para continuarmos seu próprio ministério.
b. A Missão que Jesus nos dá é uma missão Sacrifical no sentido de que seus discípulos são alertados a
humildade, dependência completa do poder divino e rejeição por causa do evangelho.
c. A experiência da missão sacrifical deve produzir no discípulo capacitação para auxiliar e salvar o
pecador.
2. Aplicação:
a. Que ao sairmos daqui hoje, possamos estar preparados para sermos os verdadeiros discípulos mo-
dernos de Cristo.
b. Que o Senhor nos capacite a viver uma experiência de discipulado capaz de auxiliar pessoas para
salvação.
3. Apelo: Pois Jesus disse aos Seus discípulos, que “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue,
tome a sua cruz e siga-me.” Mateus 16:24.
a. O Apóstolo Paulo também nos aconselha em Gálatas 6:2. “Levai as cargas uns dos outros e, assim,
cumprireis a lei de Cristo”.
b. Está você disposto em tomar o ministério de Cristo e terminá-lo pela a ação do poder do Espírito
Santo?
c. Que você e eu possamos estar do lado daqueles que serão Bem-aventurados por que cumprimos
fielmente o papel de um discípulo de Cristo, e que no final do caminho possamos afirmar como o apos-
tolo Paulo: “Combati o bom combate, Completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça está
guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia;” (2.Timóteo 4:7e 8)
4. Complementos
a. Tema: Missão Urbana
b. Propósito Específico: Levar os ouvintes a sentirem desafiados a assumir a posição de Discípulos
modernos de Cristo.
c. Propósito Geral: Missão, Discipulado e Ânimo
d. Palavra-Chave: Discípulos

GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 41


7
TEMPO DE CONQUISTAS
POR MARK WALLACY DA COSTA RIBEIRO

INTRODUÇÃO

1. Saudações
2. Frase Alusiva: Para o reino de Deus avançar é preciso conquistar as grandes cidades.
3. Relato: Como seres humanos, quase sem exceção, todos nós vibramos com algum tipo de conquis-
ta na vida: a conclusão de um curso universitário, o nascimento de um filho, o primeiro emprego, a
conquista de uma medalha olímpica ou mesmo a conquista de um campeonato de futebol. Estas são
apenas amostras de como realizações humanas mexem com o nosso coração humano, porque por trás
de cada conquista existe o sentimento de vitória. Nesta manhã quero levar você a refletir sobre alguém
que experimentou muitas vitórias e o prazer de realizar grandes conquistas para Deus.
4. Texto: Vamos ler II Samuel 5:1-12.
5. Contexto: Após viver momentos duros de perseguição ao longo de aproximadamente 15 anos, fi-
nalmente, Davi foi coroado o rei de Israel. Ele fora escolhido, ungido e estabelecido por Deus. Todos os
anciãos dos quatro cantos do país se reuniram e confirmaram: Davi era o novo Rei! A narrativa bíblica
indica que após a sua coroação, Davi parte para uma missão: conquistar mais uma cidade; não qualquer
cidade. Davi saiu para conquistar sua nova capital: Jerusalém (também conhecida como Jebus ou mes-
mo Sião). Hebrom, situada num vale entre as colinas do sul da Judeia, havia sido uma sede temporária
onde Davi reinou por cerca de sete anos. Todavia, Jerusalém estava mais bem localizada, sobre o monte
Sião. A montanha estava rodeada por profundos vales e se adequava admiravelmente para a defesa do
reino. Mas para ser a capital do reino, Jerusalém precisava ser conquistada. Para o reino avançar era
preciso conquistar! Conquistar a nova capital, Jerusalém.
Toda essa dinâmica do rei Davi, nos inspira a pensar num outro Rei, noutro lugar, noutras cidades,
noutras capitais. O Rei é o Senhor Jesus; o lugar é o nosso país; e a cidade é a cidade onde você vive. O
evangelho já alcançou muitas pessoas em muitos lugares do nosso país. Há anos o evangelho chegou
ao nosso território. Mas o rei Jesus quer algo maior da nossa parte para estes últimos dias. É tempo
de conquistar cada cidade do nosso país para o Senhor Jesus Cristo!Se coisas humanas mexem com o
nosso coração humano, é tempo de deixar que as coisas divinas mexam com o nosso coração de cristão!
Pergunta de Transição: Por que todos, sem exceção, precisam se mobilizar paraconquistar novos luga-
res, e sobretudo as grandes cidades nestes últimos dias?
6. Frase de Transição: A conquista na nova capital de Israel nos dias de Davi, sugere algumas ideias.

I – POR CAUSA DO ALTO ÍNDICE DE NECESSITADOS ESPIRITUAIS.


Os jebuseus confiavam na fortaleza em que moravam. Os jebuseus demonstraram resistência ao reina-
do de Davi. Os jebuseus menosprezaram a pessoa do Rei Davi ao afirmar que até mesmo os cegos aleija-
dos eram capazes de anular a força do rei. A autossuficiência, resistência e menosprezo caracterizava o
perfil dos moradores da futura capital, Jerusalém. Sua autossuficiência, resistência e menosprezo revela
o alto índice da falta de Deus na vida daquele povo.
a. Lição: A resistência ao ungido de Deus e autossuficiência revelam a necessidade espiritual daquele
povo.
b. Texto prova: II Samuel 5:6, diz: “Partiu o rei com os seus ho¬mens para Jerusalém, contra os jebuseus
que habitavam naquela terra e que disseram a Davi: Não entrarás aqui, porque os cegos e os coxos te
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repelirão, como quem diz: Davi não entrará neste lugar. ” Um povo resistente é um povo carente do
poder de Deus.
c. Ilustração: Além dos grandes problemas sociais que marcam as grandes cidades de hoje, as cidades
onde vivemos possuem jebuseus modernos.
d. Aplicação: Queridos irmãos, vivemos dias em que os homens e mulheres das grandes cidades con-
fiam mais em seus planos, projetos, sonhos e realizações pessoais. São homens e mulheres que tem
rejeitado o reinado de Cristo no trono do coração. Mesmo que não percebam, eles são como cegos e
paralíticos e cegos espirituais que não enxergam que nessa vida tudo é passageiro e efêmero; não en-
xergam que a vida não passa de uma rápida fumaça que surge e logo se dissipa. Eles precisam saber que
o Rei Jesus possui uma nova proposta de vida; proposta de vida eterna. Por isso, precisamos sair e nos
empenhar para conquistar as grandes cidades do nosso tempo, pois há uma multidão de necessitados
espirituais.

II – POR QUE O REINO DE DEUS PRECISA AVANÇAR NOS GRANDES CENTROS.


a. Lição: Grandes realizações espirituais serão vislumbradas após a conquista das grandes cidades. E foi
isso que aconteceu com Davi.
b. Texto prova: Ao lermos II Samuel 8:1-6, percebemos que Davi tomou as rédeas da metrópole dos
filisteus – v.1; tornou os moabitas por servos – v.2; ampliou seu domínio sobre o rio Eufrates – v.3; co-
locou guarnições na Síria de Damasco – v.6; pôr guarnições em Edom. Davi ousou, sonhou e realizou. O
segredo era porque Deus estava com Davi.
c. Ilustração: No processo de estabelecimento de um novo ciclo de vida, de um povo ou de uma nação,
normalmente inicia-se o processo pelo lugar ou pelas pessoas estrategicamente mais importantes a fim
de alcançar de modo mais eficaz todo o restante. Pense por um instante como a Coca-Cola consegue
ser tão presente e influente em todos os lugares. Tudo começou em lugares e pessoas estratégicas que
fizeram a diferença para todo o restante do mundo. A série de múltiplas, expressivas e sucessivas vitó-
rias de Davi, tiveram seu início a partir da conquista da grande cidade de Jerusalém.
d. Aplicação: Embora já possuamos uma certa presença em muitos lugares do mundo, e também nas
grandes cidades, dados indicam que ainda há muito o que se fazer nos grandes centros atuais. Segun-
do o IBGE, em 2012, cerca de 70% da população possui ascendência católica. Os membros da Igreja
Adventista do Sétimo Dia no Brasil, naquele mesmo ano, somava cerca de 8% da população brasileira.
Percebe-se o imenso trabalho que precisa ser feito nas grandes cidades de hoje, onde reside a maior
parte da população do país.

Ellen White, declarou: “Novas igrejas precisam ser estabelecidas, novas congregações organizadas. Nes-
te tempo deveria haver representantes em cada cidade e nas mais remotas cidades da Terra” (Benefi-
cência Social, p. 112. Portanto, alcançar novos territórios, começar novas igrejas, não é uma opção para
os adventistas do sétimo dia. Conquistar novos territórios implica em cumprir cabalmente a grande co-
missão deixada por Jesus em Mateus 28:19-20. Por isso, precisamos sair e nos empenhar para conquis-
tar as grandes cidades do nosso tempo, pois o reino de Deus precisa expandir o mais rápido possível.

III – POR CAUSA DA URGÊNCIA DIVINA PARA AS GRANDES CIDADES.

a. Lição: A ONU estima que até 2025, 61% da população estará vivendo nas cidades. E em 2050, 70% da
população mundial estará vivendo nas grandes cidades. A população está se movendo para os grandes
centros. E por isso, não podemos perder tempo. Precisamos nos engajar ao máximo para conquistar
novas pessoas e lugares a cada dia, nas grandes metrópoles.
b. Texto prova: II Samuel 5:6 nos informa que Davi ‘partiu’. Isso mostra a sua urgência de avançar, tomar,
fazer avançar o reino.
c. Ilustração: O apóstolo Paulo, também possuía esse senso de urgência para os seus dias. Em I Corín-
tios 9: 19 e 23, lemos: “Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior
número possível. Tudo faço por causa do evangelho...”. Paulo queria salvar a maior quantidade possível,
onde quer que fosse e quem quer que fosse. Para ele, o que importava era estar sendo útil, relevante e
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arregimentar todo esforço possível para salvar aqueles de sua geração.
Aplicação: Na qualidade de adventistas do sétimo dia que vive a geração que verá Jesus voltar, não
podemos perder tempo. O tempo é breve e curto. Nosso senso de urgência e missão precisa voltar a
arder como no início do nosso amor fraternal. Precisamos salvar. Precisamos conquistar as multidões
dos grandes centros e das grandes capitais.
Ellen White nos admoesta: “A mensagem que estou ordenada a transmitir a nosso povo, neste tempo,
é: Evangelizai as cidades sem demora, porque o tempo é curto” (Evangelismo, p.33). “As cidades devem
ser trabalhadas. Os milhões que residem nesses centros densamente populosos devem ouvir a mensa-
gem do terceiro anjo” (Idem, p.35). “É meu dever afirmar que Deus está apelando insistentemente para
que se faça grande trabalho nas grandes cidades” (Idem, p.37).
É tempo de conquistas. É tempo de conquistaras nossas cidades para Cristo, porque a hora é solene!
“Muitas almas sairão das trevas para a luz, e muitas igrejas serão estabelecidas. Os homens se conver-
terão, não ao instrumento humano, mas a Cristo” (Evangelismo, p. 44).

CONCLUSÃO
1. Recapitulação: Através da experiência de conquista e expansão do reino de Davi, hoje aprendemos
que para o reino de Deus avançar é preciso conquistar as grandes cidades dos nossos dias.
a. Precisamos fazer isso porque nas grandes cidades há milhares de necessitados espirituais.
b. Precisamos conquistar as cidades porque o reino de Deus precisa expandir nesta Terra.
c. É tempo de conquistar porque Deus tem urgência na obra de salvação.
2.Aplicação: Que seu coração saia deste lugar com a santa convicção em se empenhar ainda mais na
obra de salvação nas grandes cidades.
3. Apelo: Não será fácil, nem simples e nem natural. Será uma tarefa árdua, dura e sobrenatural. O que
precisamos saber de você, como membro desta igreja que foi levantada e é sustentada por Deus, é o
seguinte:
a. Deus pode contar com o seu senso de missão para ver este sonho realizado?
b. Deus pode contar com o apoio da sua família para ver este sonho realizado?
c. Deus pode contar com as suas orações para ver este sonho realizado?
d. Deus pode contar com a sua influência para ver este sonho realizado?
e. Deus pode contar com a harmonia e a união desta congregação para ver este sonho realizado?
f. Deus pode contar com a sua consagração pessoal para ver este sonho realizado?
g. Deus pode contar com você para conquistarmos as grandes cidades para Cristo nestes últimos dias?
4. Complementos
a. Tema: Missão Urbana
b. Propósito Específico: Compromisso pessoal para ajudar na pregação nas grandes cidades.
c. Propósito Geral: Motivação missionária
d. Palavra-Chave: Conquistar

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AMOR PELOS PERDIDOS
POR WENDSON MARQUES LOUREIRO
INTRODUÇÃO
1. Saudações
2. Frase Alusiva: Entender o amor divino produz uma reação de amor para com Deus e a sociedade.
3. Relato: Há algum tempo assisti na TV a um incidente ocorrido no Brasil. Durante uma enchente em
uma de nossas cidades, em meio ao revolver de águas havia um garoto que se debatia esperando a
morte chegar. Em uma fração de segundos, percebendo o perigo, sua mãe se lança de imediato às águas
para resgatar seu filho. Uma atitude movida pelo amor capaz de levá-la aos limites da ação.
4.Texto: 1 João 4:9-11,13
5.Contexto: A primeira epístola de João foi escrita para combater o gnosticismo docético que se sabe
ter florescido na região da Ásia Menor que se supõe ter recebido esta carta. Apesar de não haver evi-
dencias esmagadoras em favor da Ásia Menor como destino, esse destino simplesmente não tem rival.
Cerinto, contemporâneo de João, e a quem este se opôs, era um gnóstico. Ele cria que o homem Jesus
fora filho natural de José, e que seu poder temporal se devia a descida de uma espécie de emanação
angelical, o que ele chamava de “aeon”. Tal “aeon” teria vindo sobre Ele por ocasião de Seu batismo e o
abandonou por ocasião de sua crucifixão.
Alguns manuscritos posteriores chegam mesmo a corromper hereticamente a conhecida frase de Jesus
afirmando: “Meu poder, meu poder, por que me abandonaste! Cerinto também negava o valor expiató-
rio do sacrifício de Jesus, ponto comum entre gnósticos.
Os gnósticos, que faziam de Cristo apenas um dentre muitos “aeons” ou emanações angelicais, tinham
abandonado por isso a verdade do senhorio absoluto de Cristo, negando que Ele seja o cabeça de tudo.
O evangelho de João foi escrito para defender sua divindade e a primeira epístola de João foi escrita
para defender Sua humanidade. O gnosticismo, tal como o cristianismo, essencialmente ensinava um
plano de salvação, embora diferente. As epístolas de João não são apenas polêmicas, pois foram moti-
vadas não só por ataques heréticos. Há ensinos cristãos positivos, especialmente a “ética do amor”, que
o escritor sagrado preferiria salientar, sem importar que havia uma heresia a enfrentar. Há um mundo a
que devemos fazer oposição, e há um mundo eterno que devemos conquistar.
O propósito do autor sagrado, portanto, foi fazer oposição a certa heresia (o que provocaria a escrita
dessa primeira epístola de João), ensinando certos princípios da fé cristã. Desse modo ele esperava
pregar aos crentes a resistirem aos assédios da heresia, aclarando a visão deles quanto ao significado
de Cristo e Seu amor, para que tivessem nEle uma fé completa. Assim viriam a participar da vida eterna
(1Jo 5:13), o que mostra o propósito mais central do autor sagrado ao escrever esta epístola (CHAM-
PLIN, Russel Norman. O novo testamento interpretado. Milenium Distribuidora Cultural Ltda, São Paulo,
1983. Vol. 6, p.218).
6. Pergunta de Transição: Qual o motor da visão missiológica divina em favor das cidades?
7. Frase de Transição: O amor de Deus nos constrange a salvar pessoas na cidade

I – DEUS ENVIOU SEU FILHO POR AMAR A CIDADE


O sonho de Deus é realizado em meio ao caos multi filosófico urbano quando pessoas são alcançadas
para viverem por meio dEle.
a. Lição: Milhares de vidas urbanas dirigidas por Jesus é a meta oficial do amor celeste.
b. Texto prova: I João 4:9

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O fato de o Pai ter enviado o Filho subentende os seguintes pontos:
• A preexistência do Filho.
• Sua missão messiânica em prol da redenção do mundo.
• Sua unidade com o Pai no desejo de salvar a humanidade.
• Sua autoridade recebida da parte do Pai.
• Ele é o único mediador no céu da humanidade.

O termo grego monogenês traduzido por unigênito dá-nos a ideia de “ímpar” sem qualquer ênfase em
“geração”. João enfatiza a natureza ímpar de Cristo como único Salvador e Mediador. Seus ofícios não
podem ser compartilhados por emanações angelicais. Os agnósticos faziam de Jesus apenas um dentre
muitos “aeons” ou pequenos deuses, outros tantos salvadores e mediadores. João derruba todas estas
especulações colocando Cristo no pináculo do favor divino para salvar os homens.

c. Ilustração: “Precisa-se de loucos!” Este anúncio apareceu num jornal inglês no início do século 19:
Precisa-se de homens para uma viagem arriscada. Salário pequeno. Frio intenso. Longos meses de com-
pleta escuridão. Perigo constante. Retorno duvidoso. Este anuncio foi colocado por Sr Ernest Shackle-
ton, famoso explorador irlandês quando se preparava para mais uma expedição em demanda do pólo
sul.
d. Aplicação: Não há manifestação de amor mais impressionante do que esta. Um sacrifício incompará-
vel feito pela humanidade que está a tua e a minha disposição.

II – A CIDADE NÃO AMOU A DEUS


A humanidade não nasce amando a Deus. Nasce sem propensão à aproximação divina, embora em seu
interior haja um ambiente vazio do tamanho de Jesus.

a. Lição: A disposição humana para a separação de Deus é a grande oportunidade vista por Deus para a
reconciliação da alma perdida com seu Salvador.
b. Texto prova: I João 4:10
Se amamos a Deus é somente porque primeiramente Ele nos amou, tendo-nos inspirado Seu próprio
amor, infundindo em nós Sua própria natureza moral.

O amor de Deus é independente, porquanto não tem causa fora do próprio Deus; e flui para todos, os
dignos de amor e os indignos de amor.

Ilustração: Um casal de ateus tinha uma filha a quem jamais haviam dito uma palavra sequer sobre
Deus. Certa noite, quando a menina tinha 5 anos de idade, em meio a uma briga o pai atirou na mãe,
na frente da criança, e depois se matou. A menina assistiu a tudo. Após a tragédia, ela foi mandada para
um orfanato que era cuidado por uma senhora cristã muito devota, que resolveu “apresentar” Jesus
para a menina. Na primeira oportunidade, aquela mulher mostra uma gravura de Jesus com crianças
e pergunta: - Alguém aqui sabe me dizer quem é este homem E para sua surpresa aquela menina, que
nunca tinha ouvido de Jesus levanta a mãozinha e diz: - Eu sei! A mulher então lhe pergunta: - Você
o conhece sim, respondeu a menina, é o homem que me segurou no colo no dia em que meus pais
morreram.

c. Aplicação: À despeito da ingratidão humana, Deus nunca esqueceu de nenhum ser vivo. Jamais
deixou de amar a quem quer que o tenha desprezado. Seu amor suplanta todo desprezo humano. Ele
insistirá até as últimas instancias em salvar todo o que O receber.

III – O DISCÍPULO É CHAMADO A AMAR OS PERDIDOS


a. Lição: Entender o amor divino e receber a salvação de Deus requer uma reciprocidade amorosa da
parte do discípulo para com todos ao redor, quer sejam salvos ou não.
b. Texto prova: I João 4:11
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O amor fraternal é prova e resultado do nascimento celeste. É uma virtude sobre-humano mas pode
tornar-se parte do homem mediante a regeneração espiritual.
O ódio, pelo contrário, é prova de que o indivíduo é membro do reino das trevas.
c. Ilustração: Conta-se a história de um jornalista norte-americano que ao observar um hospital da Chi-
na, disse: “Eu não faria isso nem por um milhão de dólares!” o jornalista foi tranquilamente repreendido
em sua atitude pela freira quando ela repli-cou: ”Nem eu!”
d. Aplicação: Somente o amor de Cristo que opera por intermédio de Seus instrumentos pode gerar
outros discípulos. Não há amor no “eu” natural. Só o amor de Cristo inspira os homens. Só nEle há
genuíno modelo.

IV – O DISCÍPULO AMA PORQUE TEM O ESPÍRITO SANTO


a. Lição: Não é possível amar perdidos sem a presença do Espírito Santo.
b. Texto prova: I João 4:13
c. Ilustração: Em janeiro de 2013, Carlos, um jovem dependente de drogas que houvera perdido tudo
que conquistara na vida e que naquele momento perdia sua companheira, sanidade e liberdade teve
um encontro com Jesus. Foi convidado junta-mente com sua companheira para ir ao retiro espiritual
de jovens do Distrito do Satélite, em Belém do Pará. Adicionavam-se em sua vida outros problemas de
ordem espiritual resultantes de encontros em cultos afro-brasileiros. Nem mesmo uma única palavra da
bíblia ele conseguia ler. De alguma maneira era impedido sobrenaturalmente. O Espírito impeliu a pe-
quena igreja situada na invasão do Pinheirinho para trabalhar intensivamente com aquele casal. Jamais
desistiram, mesmo quando estavam indispostos. O resultado foi a libertação, casamento e batismo dos
dois por ocasião da semana santa ali. Permanecem na comunidade de amor que os abraçou. A vida do
casal tem sido modificada pela virtude do Espírito neles.
d. Aplicação: A permanência no amor de Deus e a comunhão com Ele que daí resulta é algo impossível,
a menos que haja a presença habitadora do Espírito Santo em nós. Esta presença opera na tua vida:
• A relação de Deus Pai com os homens.
• Infunde o amor de Deus no coração do homem.
• Transmite a realidade da salvação.
• Faz do crente um templo Seu.
• Gera a comunhão dos filhos com o Pai.
• Infunde-nos confiança na obra missionária.
• Outorga-nos dons para a pregação e discipulado.

CONCLUSÃO
1. Recapitulação: Alcançar pessoas indispostas a salvação é o princípio do sacrifício de Jesus. Conscien-
te desta realidade, o discípulo ama e trabalha pelos perdidos:
a. Porque Deus o amou primeiro.
b. Porque o mundo não O conheceu pela ignorância.
c. Porque o discípulo, alvo do amor divino, é chamado a amar os perdidos.
d. Porque foi dotado pelo Espírito Santo desta virtude.
2. Aplicação:
a. Qual a prova do amor de Deus na tua vida?
b. Como você vive sua história de amor com Deus?
c. Que reação o amor de divino tem causado em tua casa?
d. Você tem representado o amor de Deus para seu bairro e cidade?
3. Apelo: Há um desafio espiritual para todo discípulo de Jesus que deseja permanecer fiel ao seu cha-
mado: amar os perdidos assim como foi amado e alcançado pelo amor do Senhor.
a. Isto implica em responsabilidade social e espiritual para com todos os que perecem ao seu redor:
pobres e ricos, negros e brancos, socialites e moradores de rua, gente de bem e marginalizados, analfa-
betos e estudados, mentes sãs ou dependentes de produtos químicos.
GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 47
b. Enfim, implica em amor salvífico incondicional.
c. Quantos desejam que o Senhor os leve a partir de agora a experimentar significativamente, intencio-
nalmente e intensamente este amor pelos perdidos?
4. Complementos
a. Tema: Ação Sócio-Evangelística
b. Propósito Específico: Que os ouvintes percebam o nível profundo de amor divino que deve ser repe-
tido por sua igreja para com a cidade.
c. Propósito Geral: Salvar a cidade
d. Palavra-Chave: Amor pela cidade

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MISSÃO POSSÍVEL
POR VANDERLEI ALVES DIAS
INTRODUÇÃO

1. Saudações
2. Frase Alusiva: O título da pregação de hoje é: Missão Possível. Ao cumprirmos a missão de pregar o
evangelho não podemos desanimar diante das dificuldades, pois, quando fazemos a nossa parte, Deus
vem ao nosso auxílio nos dando vitória certa.
3.Relato Há alguns anos fui fazer evangelismo público em um determinado local. Muitos obstáculos es-
tavam diante de mim: seria minha primeira série de evangelismo; e não tinha experiência nenhuma na
área, o grupo no qual fui fazer o evangelismo tinha cerca de 15 membros e a liderança era bem deficien-
te. Muitas tentativas tinham sido feitas antes para evangelizar aquele bairro, mas tinham fracassado. Foi
feito um trabalho de preparação de campo muito bem feito. Cerca 4.000 convites foram distribuídos,
divulgação com carro de som, convites pessoais por parte dos irmãos, cerca de 1.500 pesquisas foram
feitas na comunidade divulgando o programa. Na minha primeira noite de evangelismo tive 22 pessoas
no auditório, isto em temas so-ciais; quando começou o estudo da Bíblia o auditório diminuiu mais
ainda. Mesmo diante das dificuldades encontradas confiei em Deus e fiz meu trabalho. Descobri que o
povo não vinha à igreja porque o líder religioso da maior denominação religiosa daquela cidade, estava
proibindo seus fiéis de vir ao evangelismo. Eu então decidi fazer o programa na rua e abrir pequenos
grupos em locais estratégicos para alcançar aqueles que moravam mais longe e que por isso não vinham
à igreja. Pela manifestação do poder de Deus ao final daquela série evangelística tivemos a alegria de
ver 35 pessoas batizadas. Eu pude ver claramente naquele evangelismo que as limitações humanas são
oportunidades de Deus manifestar o seu poder.
4.Texto: Atos 19: 8-20
Contexto: Paulo tinha a convicção de plantar igrejas em todos os lugares com o objetivo de pregar o
evangelho a todo o mundo conhecido da época. Nesta ocasião ele estava desejoso de fazer discípulos
em Éfeso, para que na sua ausência a mensagem do evangelho continuasse tendo progresso naquela
região. Na cidade de Éfeso estava o templo da deusa Diana. O templo era considerado uma das mara-
vilhas do mundo antigo. Este templo atraía grande número de pessoas de nacionalidades diferentes à
cidade de Éfeso. O grande contingente de pessoas proporcionavam um comércio próspero na cidade.
O templo da Deusa Diana gerava muito lucro para a cidade. Muitos Artífices se enriqueciam fazendo e
vendendo miniaturas do templo. A mensa-gem que Paulo estava pregando poderia reduzir ou até mes-
mo acabar com a fonte de lucros dos comerciantes de Éfeso. Por isso Paulo encontrou muita oposição
por parte dos comerciantes e adoradores de Ártemis. (Comentário devocional da Bíblia, p. 748). Mesmo
encontrando dificuldades Paulo se manteve firme para expandir o evangelho naquela região.
6. Pergunta de Transição: Como evangelizar diante de tantas oposições e dificuldades?
7. Frase de Transição: Para transpor os obstáculos que impedem o sucesso da pregação do evangelho é
necessário usar de sabedoria. Paulo usa estratégias para fazer discípulos em Éfeso.

I – PAULO ESCOLHE O MELHOR LOCAL PARA AS REUNIÕES


1. Paulo começa pregando na sinagoga (v.8): Paulo começou o trabalho em Éfeso pregando na sinagoga
para os judeus que moravam na cidade. Ele iniciou do modo como sempre havia feito em outros luga-
res. O verso bíblico que lemos diz que Paulo pregava na sinagoga sobre o reino de Deus. A mensagem
de Paulo chocou os Judeus, pois havia diferença entre o reino de Deus que os judeus esperavam e o
GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL | 49
reino de Deus que Paulo pregava. Os judeus esperavam um reino terrestre, com um rei, o Messias,
que libertaria os judeus da opressão romana. Paulo pregava sobre um Messias que traria libertação do
pecado, não somente para os judeus, mas para toda a humanidade. Como os judeus se consideravam
o povo de Deus, eles não assumiam ser pecadores e necessitarem de libertação do cativeiro do pecado
(Comentário Bíblico Homilético de Atos, p.230). O resultado foi que Paulo foi rejeitado pelos Judeus.
Mas, tiveram alguns judeus que acreditaram na mensagem ensinada por Paulo. Como Paulo tinha um
auditório dividido na sinagoga, para evitar maiores problemas e prejudicar a pregação do evangelho
naquela cidade, ele decidiu mudar o local de sua pregação para a escola de Tirano levando consigo os
judeus que estavam de acordo com seus ensinos.

2) Paulo transfere as pregações para a escola de Tirano (v. 9): Paulo instalou sua sede de ensino na es-
cola de um homem chamado Tirano. O texto diz que Paulo ensinava ‘diariamente’ nesta escola. Paulo
ensinava das 11h da manhã às 16 h da tarde. Esse tempo era usado para descanso em Éfeso, esse era
um período não muito apropriado para o povo estar presente (Comentário Bíblico Homilético de Atos,
p. 231). Não era o horário que atraía o povo, era a paixão do apóstolo, sua forma de ensinar. Eu acredito
que Paulo foi estratégico ao transferir o local de pregação da sinagoga para esta escola. Com certeza na
escola ele teria mais ouvintes que na sinagoga, pois muitos tem preconceitos de entrar em uma igreja.
Neste período que Paulo passou pregando o evangelho em Éfeso, ele não se dedicou apenas ao ensino
da palavra. Ele fazia tendas para se manter financeiramente, e associado ao ensino da palavra de Deus
Paulo atendia as necessidades do povo.
a. Lição: Um dos requisitos para ser bem-sucedido no plantio de igreja em uma cidade é escolher um
local estratégico.
b. Texto prova: Atos 19:9
c. Ilustração: Em 2011 fiz um replantio de igreja em um bairro de São Paulo. A igreja se reunia em um
salão mal localizado e que não oferecia possibilidade de crescimento. Foi escolhido um salão localizado
no ponto final daquele bairro, local onde todo povo que vinha do trabalho passava perto. Ali começa-
mos com palestras sobre temas de interesse da comunidade. Desde a primeira noite tínhamos cerca
de 200 pessoas no auditório. Quando iniciamos com palestras bíblicas manteve-se um auditório 150
pessoas. No final daquela série de proclamação mais de 50 pessoas foram batizadas. Hoje há uma igreja
forte e animada naquele local para honra e glória de Deus.
d. Aplicação: Queridos Irmãos, nesse assunto de pregar o evangelho temos que pedir sabedoria a Deus
para agirmos de tal maneira que possamos atrair o maior número de pessoas para ouvirem a men-
sagem do evangelho. E ao estarmos em contato com elas devemos agir de modo que elas se sintam
amadas e queridas e fiquem apaixonadas pelo Deus que nós pregamos.

II – PAULO ATENDE AS NECESSIDADES DAS PESSOAS EM ÉFESO


1) Paulo atende as necessidades físicas da comunidade (v. 12)- o verso diz que Paulo curava as enfermi-
dades das pessoas. Deus permitiu que Paulo fizesse milagres em Éfeso, curando doenças das pessoas
para que ele ficasse conhecido na cidade e o evangelho fosse por ele anunciado ali. Paulo era desconhe-
cido na cidade e, se não tivesse recebido este poder extraordinário, teria ficado na mesma classe das
centenas de mestres religiosos da cidade. Estes milagres despertavam o povo para ouvir o que Paulo
tinha a anunciar.

Hoje devemos a semelhança de Paulo atender as necessidades físicas do povo por meio da mensagem
de reforma de saúde. Ensinando a eles os 8 remédios naturais oferecidos por Deus gratuitamente. O
livro Conselhos Sobre Saúde na pagina 467 diz assim: “A obra médico-missionária é a obra pioneira do
evangelho, a porta através da qual deve a verdade para este tempo encontrar entrada em muitos lares.
O povo de Deus deve ser verdadeiro médico-missionário, pois devem aprender a atender as necessida-
des tanto da alma como do corpo”.

2) Paulo liberta as pessoas de espíritos malignos (v. 12) – Neste covil de ocultismo, magia negra, e feiti-
50 | GUIA DO DIRETOR MINISTÉRIO PESSOAL
çaria, Deus concedeu a Paulo armas e munições especiais para destruir as fortalezas do demônio. Pois,
esses espíritos malignos eram empecilhos para a pregação do evangelho naquela região. Deus conce-
deu a Paulo milagres que su-peravam em resplendor os de magia, tanto quanto a luz do sol excede a luz
de uma vela. O poder de Deus é superior e continuará sendo a qualquer outro poder do universo, é por
isso que o evangelho continua avançando pelo mundo a fora. Queridos hoje ao começarmos a evangeli-
zar num determinado lugar, devemos orar para que Deus liberte os oprimidos do diabo que estão ali. Há
muitos que estão com a vida amarrada e satanás lhes impede que conheçam a verdade para salvação.
a. Lição: Ao analisarmos o modelo de evangelização de Paulo na cidade de Éfeso percebemos que ele
visava transformar a vida das pessoas de forma integral.
b. Texto prova: Atos 19: 11 e 12.
c. Ilustração: Hudson Taylor falando sobre a missão disse: “convence-te que Deus te enviou para di-
vulgar a sua mensagem, fazendo-te seu emissário. Obedece à sua vontade e faze a tua parte, pois ele
completará o que faltar”. (Mil ilustrações e pens-amentos, p. 203).
d. Aplicação: Vemos que uma das estratégias que Paulo usou para abrir portas para a pregação do evan-
gelho em Éfeso foi atender as necessidades imediatas das pessoas. Será que ao evangelizarmos hoje
deveríamos agir de forma diferente?

III – QUANDO FAZEMOS O NOSSO MELHOR PARA CUM¬PRIR A MISSÃO, DEUS COLOCA TODO PODER
A NOSSA DISPOSIÇÃO PARA O ÊXITO
1) Paulo ensinava a palavra do Senhor ao povo (v.10) – O conteúdo da mensagem de Paulo era a palavra
do Senhor. Paulo estava convicto que a Bíblia é a verdade (João 17: 17) e que ela liberta (João 8: 32)
de todo engano, de toda mentira, de toda falsificação e que contra a palavra de Deus os argumentos
humanos não tem valor algum.
2) Deus desmistifica os falsos mestres (vv.13-16) – Ao que parece, a família de Ceva, um sacerdote ju-
deu, vivia confortavelmente em Éfeso graças à prática da magia. Quando Paulo apareceu, e começou a
expulsar demônios e a curar no nome de Jesus, a família decidiu acompanhar o nome mais poderoso.
Eles imaginavam que só pelo fato de pronunciarem o nome de Jesus o poder Dele estaria à disposição.
Na prática da magia antiga, conhecer nomes era crucial, pois quem conhecesse o nome de um ser so-
brenatural era considerado capaz de ter acesso ao seu poder. Esses exorcistas ambulantes ao usarem o
nome de Jesus de qualquer maneira foram envergonhados pelo demônio e tiveram que fugir demons-
trando sua incapacidade de lutar contra uma força superior a eles. O livro Atos dos apóstolos na página
287 faz referência a esse episódio quando diz: “Mas Aquele a quem estão sujeitos todos os espíritos do
mal, e sobre os quais dera a seus servos autoridade, estava para levar maior vergonha e ruína sobre os
que desprezavam e profanavam Seu santo nome”.
3) Deus leva o povo à conversão (vv. 17-19) – O poder que atuava através de Paulo se tornou notório a
todos os habitantes de Éfeso. “Todos eles”, diz Lucas, foram tomados de temor; e o nome do Senhor Je-
sus era engrandecido (NVI). Os que haviam crido confessavam suas práticas más a fim de obter o perdão
de Deus e apartar-se delas. Movidos pelo Espírito Santo, os que haviam praticado a feitiçaria trouxeram
seus livros e, empilhando-os em um montão, queimaram-nos. O impacto da pregação de Paulo em
Éfeso foi tão grande que as pessoas decidiram queimar seus livros de magia, que valiam o equivalente
a 50 mil dias de trabalho! Isso mostra que aqueles que se convertem verdadeiramente estão dispostos
a renunciar tudo aquilo que não é da vontade de Deus.
4) A palavra de Deus Prospera (vv. 20) - a palavra plantada em Éfeso cresceu e produziu muitos frutos. A
verdade triunfou sobre as falsas doutrinas desse centro de ocultismo, magia negra e feitiçaria. No meio
de tantas divindades de Éfeso, o nome de Jesus foi exaltado e reverenciado acima de todos os nomes.
a. Lição: Deus usou Paulo lhe dando poder para que o povo de Éfeso se deparasse com
a verdade e decidisse abandonar a mentira.
b. Texto prova: Atos 19: 13-20 (ler).
c. Ilustração: os que esperam o fruto de Moody, de Finney, de Wesley e outros. Pregando o Cristo deles,
podem esperar apenas grande fracasso. Para colher frutos como verdadeiros servos de Deus, é neces-
sário conhecer a Cristo pessoalmente, como estes estimados servos de Deus o conheciam. (Espada
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cortante v. 2, p. 565).
d. Aplicação: Quando nos dispomos a sermos instrumentos de Deus levando a mensagem da verdade
aqueles que estão em trevas, Deus vai a nossa frente revelando os falsos mestres com a evidência da
sua palavra e do seu poder, exaltando o nome de Jesus e dando sucesso a nossa missão.

CONCLUSÃO
1. Recapitulação: Hoje vimos através da Bíblia que mesmo tendo o poder de Deus a nossa disposição
para evangelizarmos, precisamos agir como Paulo. Ele evidenciou ser sábio e estratégico:
a. Escolhendo o local para evangelização que pudesse possibilitar o maior número de pessoas a conhe-
cerem o evangelho.
b. Paulo procurou cumprir a missão de maneira integral, procurando transformar o ser humano em
todas as esferas da vida.
c. Paulo contou com a promessa de Deus de receber poder para a evangelização.
2. Aplicação:
a. Queridos que possamos seguir o exemplo de Paulo nos envolvendo com o cumprimento da grande
comissão, pois é isso que Deus espera de todos nós.
b. Que ao evangelizarmos plantando igrejas possamos usar de estratégias adaptadas à realidade de
cada local para podermos alcançar o maior número de pessoas com a pregação do evangelho.
3. Apelo: Paulo era um incansável pregador do evangelho. Ele priorizava levar a mensagem em locais
ainda não alcançados pelo evangelho. Deus hoje convida homens, mulheres e crianças para plantar
igrejas desbravando locais ainda não evangelizados. De que maneira você quer responder ao chamado
de Deus neste momento? Você quer pedir o poder de Deus para ser um instrumento nas mãos de Deus
para a salvação de pessoas? Você deseja que Deus te dê sabedoria e estratégias para alcançar os per-
didos? Eu quero agora orar, me colocando nas mãos de Deus. quero que Deus me capacite, pois desejo
ser um instrumento para transformar a vida de muitas pessoas através da missão integral. Se você tam-
bém quer fazer essa oração a Deus neste momento, quero que você venha a frente, pois unidos somos
mais fortes e podemos salvar mais pessoas.
4. Complementos
a. Tema: Evangelização
b. Propósito Específico: Motivar os cristãos a evangelizarem locais ainda não alcançados.
c. Propósito Geral: O crescimento do reino de Deus.
d. Palavra-Chave: Estratégias

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Lista de Interessados - Estudos Bíblicos
Já frequentou o Já fez algum
Nº Nome Pequeno Grupo? Curso Bíblico? Dupla Responsável
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Lista de Interessados - Estudos Bíblicos
Já frequentou o Já fez algum
Nº Nome Pequeno Grupo? Curso Bíblico? Dupla Responsável
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Conversão Con rmação Capacitação

MINISTÉRIO PESSOAL
ESCOLA SABATINA

União Sudeste Brasileira

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