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Coimbra Business School

Pós-Graduação de Gestão de Pessoas e Equipas

Dossier sobre Liderança

Unidade curricular: Liderança de Equipas


Professor: Anabela Chastre
Trabalho realizado por: Rafael Almeida
Coimbra, Março de 2021

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“The secret of success is
learning how to use pain and
pleasure instead of having
pain and pleasure use you. If
you do that, you’re in control
of your life. If you don’t, life
controls you.”

Antony Robbins

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Índice
Introdução..4O modelo de liderança situacional como método para o
desenvolvimento de
equipas............................................................................5

Qual a diferença entre a liderança situacional e outros tipos?............6


Liderança situacional de acordo com Blanchard e Hersey...............6
Vantagens da Liderança Situacional...................................................7
Desafios da Liderança do futuro.............................................................7
O futuro da Liderança.................................................................................8
As competências e as qualidades do líder do futuro...................9
Inovação..............................................................................................9
Inclusão...............................................................................................9
Protagonismo...................................................................................... 9
Resiliência...........................................................................................9
Evolução constante.............................................................................9
Gestão do tempo...............................................................................10
Conclusão.................................................................................................10
Bibliografia.................................................................................................11
webgrafia ..................................................................................................12

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Introdução

A liderança é um dos temas mais discutidos no âmbito das variáveis que


influenciam a competitividade das organizações, as pressões a que os líderes
atualmente estão sujeitos e a forma como as mesmas se manifestam nos seus
perfis de liderança.

A Liderança nas organizações é uma das inquietações basilares dos


gestores, que tem ganho cada vez mais preponderância numa era em que o
ciclo de vida dos produtos está cada vez mais reduzido, e a economia é cada
vez mais global. A evolução exponencial tecnológica e a constante
transformação dos mercados tem influenciado, de uma forma significativa, as
organizações que se encontram inseridas em economias que operam a uma
escala global (Tavares, 2001). De entre as principais características destas
economias. destacam-se os elevados níveis de competitividade. Todos os
setores, estão vigilantes na conjuntura atual e as grandes questões
emergentes que permeiam a organização, exigem a adoção de uma visão
estratégica, e uma gestão, que garanta vantagens competitivas de curto, médio
e longo prazo. Agilidade nas decisões, liderança empreendedora e flexibilidade
para enfrentar dubiedades, capacidade de comunicação, relacionamento
interpessoal e construção de consórcios sólidos, são algumas das habilidades
requeridas ao líder hodierno.

É neste âmbito que se compreende que a gestão de pessoas é um


instrumento preponderante nestes ambiente competitivos, que apostam na
qualidade e produtividade, conduzem os gestores à compreensão em como
gerir os ativos humanos nas organizações, para que estas se mantenham
produtivas e criativas, porém, preservando ou reduzindo os custos associados
ao trabalho (Gomes et al., 2008).

Os mercados competitivos, posicionam-se cada vez mais na pertinência


da liderança nesses mesmos ambientes, enquanto forma eficaz de
maximização de performances dos colaboradores.

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Fig.1

O modelo de liderança situacional como método para o


desenvolvimento de equipas

As características da liderança situacional, desenvolvida por Ken


Blanchard e Paul Hersey no livro Management of Organizational Behavior, o
modelo de liderança situacional segue uma abordagem profunda, contextual e
focada no desenvolvimento.
Se construir uma equipa eficiente e de alta performance, esta
permanecerá altamente estruturada ao longo do tempo, assentada na liderança
situacional.

A liderança situacional é um estilo de liderança adaptativa que,


potencia os líderes a conceberem um balanço, avaliar todas as variáveis do
ambiente de trabalho e escolher o tipo de liderança que melhor se adequa aos
objetivos e conjunturas.
A liderança situacional desenvolve pessoas e grupos de trabalho,
potenciando o melhor das pessoas.
O líder situacional é flexível, que se adapta ao ambiente de trabalho
existente e às necessidades da organização. Este tipo de liderança não se
baseia em apenas uma capacidade específica do líder, pelo contrário, adapta
o estilo de gestão de acordo com o que a empresa e os colaboradores
necessitem naquele momento. Destarte, um dos pontos principais da liderança
situacional é adaptabilidade, alternando de um estilo para outro, por forma a
atingir novos objetivos da empresa e de seus colaboradores,

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Qual a diferença entre a liderança situacional e outros tipos?

A principal diferença da liderança situacional é que ela materializa


técnicas de gestão diferentes. O estilo escolhido depende do ambiente e da
cultura da empresa.

Liderança situacional de acordo com Blanchard e Hersey

A teoria dos dois autores é alicerçada em dois conceitos: a própria


liderança e o nível de desenvolvimento dos colaboradores. Eles fomentaram
uma matriz que consiste em quatro estilos:

• M1 (Principiante entusiasta) - Os colaboradores são inexperientes na


tarefa e têm ainda pouca competência para a concretização da tarefa e, por
isso, pouca autoconfiança. Por lado possuem uma forte disposição e empenho.

• M2 (Aprendiz desiludido) - Os colaboradores já desenvolveram alguma


experiencia na execução da tarefa, mas ainda tem dificuldades em estabelecer
consistência na autonomia. Geralmente não estão motivados, sem disposição e
necessitam de apoio.

• M3 (Executante cauteloso) - Os colaboradores já possuem elevados


conhecimentos e experiência sobre a tarefa, a sua motivação é instável, e
muitas vezes sentem-se desmotivados para efetuar o que o líder lhes solicita.

• M4 (Realizador autónomo) - Os colaboradores têm conhecimentos


sólidos sobre as tarefas e estão altamente motivados e dispostos para fazer o
que lhe é solicitado.

O estilo M1 pode ser necessário no início de um projeto, quando os


colaboradoresnão tem tanta responsabilidade ou conhecimento para
trabalharem por si só. Mas assim que a equipa se torna mais experiente, o líder
pode metamorfosear a sua liderança para uma aproximação mais de
“orientação”.

O modelo de liderança situacional foca-se na flexibilidade para que os


líderes se adaptem de acordo com as diligências necessárias. Este modelo
também evita as armadilhas de uma abordagem única de liderança, ao
reconhecer que existem múltiplas habilidades de lidar com um problema.

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A liderança situacional é o recurso para a complexidade da dinâmica das
situações sociais e das idiossincrasias de cada um envolvido nos projetos e
atividades da empresa.

Vantagens da Liderança Situacional

 Quando o estilo de liderança é o certo, o líder consegue identificá-lo;


 Aumento da visão estratégica;
 A avaliação ao momento faz o líder a ser capaz de avaliar as
competências dos colaboradores e simultaneamente ter clareza sobre
os desafios da organização;
 O líder necessita avaliar a situação e aplicar o estilo de liderança
correto;
 Flexibilidade na liderança.

Fig,2

Desafios de Liderança no Futuro

como será o futuro da liderança? Os ambientes organizacionais estão


em constante mutação.

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As novas tecnologias que surgem a todo instante fazem com que se
desenvolva uma elevada adaptabilidade a mudanças para conseguir romper
com o normal, de forma a inovar os processos de trabalho e modelos de gestão
de pessoas, para a empresa se manter altamente competitiva no mercado.

Quando se fala em gestão e liderança, as perspetivas de futuro ficam


ainda mais incertas, ainda mais em tempos de pandemia e crise como a que
estamos a atravessar. O grande desafio, é a transformação digital e a relação
laboral, tendo especial atenção a esta última, porquanto com a evolução
tecnológica e por conseguinte, a adoção do teletrabalho, o líder situacional tem
de impulsionar ainda mais os seus colaboradores, incrementado com uma
progressão aritmética (ainda que à distância) o bom relacionamento laboral
aliado à produtividade.

O futuro da Liderança

De um lado, a inteligência artificial, o Big Data e a automação robótica


ocupam hoje um lugar de destaque nas organizações que buscam adaptar-se à
revolução 4.0.

Em contrapartida, os profissionais que cheguem ao mercado de


trabalho, procuram reconhecimento, consciência social e realização pessoal no
trabalho. O futuro é incerto, contudo seremos abalados por uma crise sem
precedentes no sec. XXI, que trará incertezas e transformações que irá afetar
as próximas décadas. O papel dos líderes será essencial na gestão de
processos burocráticos e tarefas, agora automatizados, passa a ser a gestão
da criatividade e do conhecimento, novas habilidades requeridas dos
profissionais do futuro.

Os gestores necessitam ser cada vez mais inovadores, criteriosos,


flexíveis e colaborativos para atender às expectativas da sociedade, incorporar
os benefícios da tecnologia e agir de forma cada vez mais rápida às mudanças,
concebendo um ambiente propício ao crescimento sustentável, capaz de reter
os talentos da nova geração e promover a competitividade da organização.

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Fig.3

As competências e as qualidades do líder do futuro

Os Lideres do futuro e as organizações devem empreender para o


desenvolvimento de habilidades inerentes ao líder do futuro, nomeadamente:

Inovação

Ter um espírito inovador e a capacidade de administrar equipas


construtivas e criativas. É importante estar sempre aberto a novas ideias e ter
consciência das próprias limitações para encontrar o caminho da disrupção e
do sucesso.

Inclusão

A diversidade precisa ser o busílis das equipas preparadas para o futuro.


A pluralidade cultural enriquece o ambiente de trabalho e leva à maturação de
ideias, encetando caminhos para a disrupção e garantindo a competitividade
das organizações.

Protagonismo

Proatividade e flexibilidade para detetar tendências, transformar


processos e criar novos produtos, envolvendo a equipa no processo, são
fundamentais. Com iniciativas direcionadas para os objetivos.

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Resiliência

A resiliência representa a capacidade de superar as dificuldades


rapidamente e contornar os obstáculos que podem surgir a qualquer momento.
Trata-se da habilidade de se reerguer em meio a uma crise e de converter
erros em soluções.

Evolução constante

Tempos de mudanças tão aceleradas requerem reinvenção ininterrupta.


O líder do futuro precisa garantir que o potencial de sua equipa esteja em
constante desenvolvimento. O talento gera a inovação, mas, para que ela se
desenvolva e ganhe forma, o coaching é fundamental.

Gestão do tempo

Gerir bem o tempo é um grande desafio para muitas pessoas e precisa


ser uma competência bem desenvolvida nos líderes. Ações como feedbacks,
elogio minuto, reuniões individuais devem fazer parte da agenda diária.

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Conclusão
Muitas pessoas ainda acreditam que o talento para liderar é restrito a
poucos. Essa, no entanto, é uma mentalidade ultrapassada. Hoje existe um
entendimento que, com vontade e dedicação, é possível aprender e tornar-se
um bom líder, mesmo para quem não despertou esse talento desde cedo.

As pessoas podem transformar-se a partir do reconhecimento da


necessidade de mudança e adaptação. E esse é o ponto de partida, não só
para a liderança em si, mas para qualquer profissional que deseja vencer a
competitividade do mercado futuro.

O coaching deve priorizar as habilidades relacionais e o


desenvolvimento de uma mentalidade voltada para a discência e o
desenvolvimento pessoal. Por outro lado, a consciência da digitalização e o
desenvolvimento de um relacionamento intrínseco com as novas tecnologias,
não podem escassear na ordem de desenvolvimento dos líderes do futuro.

Além disso, é cada vez menos executável fazer conjeturas quanto ao


futuro do trabalho, visto que as transformações tecnológicas impactam
constantemente nos processos industriais e nas metodologias de gestão. Uma
certeza que se pode ter é que criatividade e colaboratividade serão cada vez
mais valorizadas, tornando-se o ponto forte da liderança na próxima decada.

Equipas bem-sucedidas serão formadas por profissionais com grande


potencial de liderança, com capacidade de reconhecer as suas limitações e
abraçar um ambiente diverso, onde a pluralidade de conceitos e ideias abre as
portas para inovações e crescimento disruptivo. Afinal, como disse Peter
Drucker, “a melhor maneira de conhecer o futuro é inventá-lo”.

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Bibliografia

Northouse, P. G. (2019). Leadership: Theory and practice (8th ed.). Thousand


Oaks: SAGE Publications. Yukl, G. (2013). Leadership in Organizations (8th
ed.). New York: Pearson

Robbins, S., & Judge, T. (2013). Organizational Behavior (15th ed.). Boston:
Pearson

Cunha, M. P., Rego, A., Cunha, R. C., & Cabral-Cardoso, C. (2007). Manual de
Comportamento Organizacional e Gestão. Lisboa: RH.

Teixeira, S. (2005). Gestão das organizações. Lisboa: McGraw-Hill.

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Webgrafia

https://rockcontent.com/br/blog/lideranca/

https://www.michaelpage.pt/advice/liderança-e-gestão-de-
equipas/atrair-talento/dez-qualidades-de-liderança-mais-
importantes

https://www.stantonchase.pt/solucoes/coaching-training/
executive-coaching/

Imagens :

https://mastermind.sampa.br/lideranca-situacional-como-
liderar-da-melhor-forma-em-quaisquer-circunstancias/

https://www.tiflux.com.br/blog/lideranca-situacional/

https://www.setting.com.br/blog/lideranca/desafios-da-
lideranca-empresarial/

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