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Rafael Filipe Santos Almeida
Sistemas de Recompensa e motivação
1. Introdução
Em 1986 a Patinter é adquirida com controlo total pelos atuais proprietários. Esta
foi pioneira em Portugal, na área das comunicações base-móvel, ao instalar um sistema
de gestão de frota via satélite. Isto permitiu à empresa uma maior confiança por parte dos
clientes e um desenvolvimento dos serviços prestados aos clientes.
Com o crescente sucesso e valorização da Patinter SA, em 1995 são criadas novas
instalações, com cerca de 100 000 m2, dotadas de zonas administrativas, oficinas de
manutenção, lavagem de viaturas, postos de abastecimento e parque de viaturas. Após
este crescimento, a marca expandiu-se em Portugal e passou para além fronteiras,
atuando em Espanha, França, Alemanha e República Checa.
A Patinter é uma empresa que atua no continente europeu, constituída por 3000
trabalhadores e volume de negócio de sensivelmente 100 milhões de euros, caracteriza-
se como uma empresa que realiza transporte internacional de mercadorias. A atividade
da empresa prende-se com o transporte de bens, transitários internacionais.
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Desta forma, cada grupo realiza tarefas diferentes, focando objetivos diferentes,
relaciona-se com partes distintas do ambiente, ou seja, surge a diferenciação, objetivos e
interesses desiguais nos diferentes ramos da organização.
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3. O Case de Motivação
No seio de uma empresa, com um universo de 3000 trabalhadores, é expectável
existirem dissonâncias na hierarquia e entre colegas.
O estudo de caso que apresento é fundamentalmente entre o serviço de tráfego e
os motoristas.
O Serviço de tráfego é constituído por 500 operacionais, que supervisionam os
3000 motoristas no transporte internacional de mercadorias, planeando a viagem, o
controlo de custos, nomeadamente portagens, preço do gasóleo ao longo do itinerário e
assistência na condução defensiva do motorista – dicas como poupar gasóleo, antecipar
curvas em autoestrada utilizando apenas o freio retarder, minimizando o toque no travão.
Tudo isto significa a minimização de custo no transporte, com vista uma maior
maximização dos lucros.
Esta monitorização minuciosa, desponta conflitos ocultos e visíveis a nível
interdepartamental, isto porque a comunicação do serviço de tráfego não é convergente,
existindo barreiras na comunicação, pressões do serviço de tráfego em fazer cumprir as
diretrizes da administração em maximizar os lucros.
Os motoristas não se sentem apenas frustrados pelo excesso de pressão, como
também pela distribuição das cargas entre os pares, incrementando a sensação de
desconforto. Tome-se como exemplo:
O motorista Francisco Almeida (condutor 1), recebe a informação de carga,
através do controlador de tráfego (que é seu amigo) no Sábado dia 4 de abril de 2020 ,
iniciando a viagem no domingo as 16h, transportando uma carga de cortiça para uma
empresa de transformação desta matéria prima para isolamento na construção civil,
localizada em Viena de Áustria. O motorista sabe que com o seu horário, está no cliente
às 18h de terça feira, pernoitando aí, conseguindo apenas descarregar a carga às 8.00h da
manhã de quarta feira. O controlador de tráfego, durante o percurso até ao cliente,
comunicou com o condutor apenas duas vezes, para que fosse abastecer em uma estação
de serviço em Irún e aquando da descarga efetuada informou-o que iria carregar em
Munique na Alemanha, uma carga completa de produtos cosméticos do Lidl direta para
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4. Proposta de Atuação
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5. Conflito e Motivação
Nos conflitos e motivações dos colaboradores da empresa, verifica-se que toda a situação
de conflito termina com resultados que atingem quer a organização por um todo, quer as
pessoas envolvidas no conflito.
Para a empresa o conflito pode ser positivo, contudo pode também ter
consequências negativas pela utilização de táticas desleais. Desta forma os conflitos,
quando existem na organização, trazem efeitos negativos se forem negados, não
percecionados ou ignorados, nomeadamente a falta de motivação e por conseguinte o
baixar dos lucros da empresa. O conflito gerido, traz efeitos positivos, produtivos e
motivacionais se for percecionado e solucionado pelas partes envolvidas nesse conflito,
fomentando a comunicação interdepartamental, a compreensão mútua, a mudança e
incrementação de níveis de criatividade, contribuindo para um melhor desempenho dos
colaboradores, dos grupos e da organização. A empresa depende do bom ambiente,
porque objetivo da empresa é almejar o lucro e para isso tem de contribuir para o bem
estar dos seus empregados, isto se eles corresponderam às expectativas, caso não
correspondam, deve ser encontrada uma solução nos recursos humanos.
Conclui-se que os conflitos, na verdade, não são pérfidos. O que é fundamental é
orientar os conflitos para a motivação, de forma a que estes sejam construtivos em vez de
negativos.
A chefia deve e necessita ter um papel ativo na gestão motivação, de forma a
produzir bons resultados em vez de um ambiente de trabalho hostil e improdutivo. Não
deve existir o excesso de conflito nem excesso de motivação, porque desenvolve o stress,
o caos, as dificuldades de cooperação e coordenação e um clima destrutivo. Por sua vez,
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6. Notas Conclusivas
Segundo Camara, Guerra e Rodrigues (2007, pp. 299-311), “A estrutura deve dar
resposta adequada aos desafios da envolvente exterior, sendo uma fonte de satisfação de
clientes, ao mesmo tempo que dá resposta às exigências e expectativas dos clientes
internos da empresa”. A estrutura “(...) serve de suporte à realização de um conjunto vasto
e complexo de tarefas que permitem atingir os objetivos estratégicos traçados pela
Empresa"
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7. Bibliografia
• Câmara,P.,Guerra,P.,Rodrigues,J.(2013).HumanatorXXI,RecursosHumanose
• Câmara,P.,Guerra,P.,Rodrigues,J.(2007).NovoHumanator.RecursosHumanos
Compacta;
• Cunha, M., Rego, A., Cunha R., Cabral-Cardoso C., Neves P. (2016). Manual do
• Fachada,M.(2012).PsicologiadasRelaçõesInterpessoais(2aed).Lisboa:Edições
Sílabo;
8. Webgrafia
www.transnil.pt/organização.html
https://www.patinter.com/pt/
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