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A CHAVE DA FELICIDADE

O que é felicidade? De uma forma simples, felicidade é um sentimento de fazer e sentir


aquilo que nos agrada.

Entretanto, todos sabemos que não é possível ser feliz, mas apenas estar feliz.
Vivemos numa eterna busca por aquilo que nos agrada e numa eterna fuga daquilo, ou
luta contra tudo aquilo que nos desagrada.

A vida assim vivida pelo homem natural, é uma colcha de retalhos, formada por
situações cujo grau de felicidade proporcionado varia da dor à alegria, em infinitos
graus de intensidade e permanência, sobre as quais no entanto temos em geral pouco
controle. E mesmo nos momentos de felicidade, nossa satisfação não é completa,
jamais estamos plenamente satisfeitos e sempre buscamos novas sensações.

Entretanto, o que poucos sabem, é que existe uma forma de vida que proporciona uma
permanente felicidade.
Impossível? Não, esta forma de vida existe e é acessível a todo ser humano,
independente de sua condição social, física ou intelectual.

A chave para esta vida de permanente felicidade está numa completa mudança de
atitude com relação à busca da gratificação pessoal. Ao invés de buscar aquilo que
agrada a si próprio, buscar prioritariamente fazer sim, aquilo que agrada a Deus.

Esta é a mudança de atitude que caracteriza todo aquele que se rende a Cristo e
entrega a Ele a sua vida. É a nova atitude do homem realmente convertido de seus
maus caminhos e portanto regenerado por Deus.

Mas agradar a Deus não é, como a principio possa parecer, simplesmente fazer "a
coisa certa", ser "bom caráter" ou coisas do gênero, aprendidas de alguma
autoridade ou de algum livro, ainda que este livro seja a Bíblia. Pois está escrito:

Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração.


(Sl 37:4)

O versículo diz "deleita-te ... no Senhor" e não "deleita ... o Senhor", ou seja,
para agradar a Deus, é necessário primeiro nos agradamos dele.
Deus não se deixa bajular, nem se agrada de falsos adoradores, que praticam
sacrifícios e caridade, mas não abrem mão de seus vícios e de seu orgulho:

Por isso o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua
boca e com os seus lábios me honra, mas tem afastado para longe de mim o
seu coração, e o seu temor para comigo consiste em mandamentos de
homens, aprendidos de cor; (Is 29:13)

Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu
nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos
muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos
de mim, vós que praticais a iniqüidade. (Mt 7:22-23)

Assim, quando nos agradamos do Senhor, Ele realiza as coisas que deseja o nosso
coração, pois então nosso coração se torna semelhante ao dele.
Nos esvaziamos de desejos frívolos, mesquinhos e egoístas, para sonhar os sonhos de
Deus e realizar a sua vontade e, surpreendentemente, nos alegramos imensamente
com isto.

Quando se tem um coração assim transformado, passa-se a viver uma vida em uma
nova dimensão, em um novo patamar, permeada por um sentimento constante de paz
e plenitude, de comunhão com Deus, isto é, de verdadeira felicidade.

Felicidade que nenhum contratempo, nenhum sofrimento, nenhuma luta pode destruir,
porque passamos a amar a Deus. O apostolo Paulo traduz magnificamente a solidez
deste sentimento, deste novo estado de ser, diante das tribulações do mundo, pois
aprendemos a confiar no poder e na força deste Deus:

Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não


desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não
destruídos; (2 Co 4:9)

Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as
coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome;
tanto em ter abundância, como em padecer necessidade. Posso todas as
coisas naquele que me fortalece. (Fp 4:12-13)

Entretanto, para se alcançar este estado de amor e confiança em Deus, é preciso


conhecê-lo. Somente podemos amar aquilo que conhecemos. E para conhecer a Deus
é preciso buscá-lo, com todas as forças de nosso ser:

Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração


(Jr 29:13)

Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a


alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a
terra. (Os 6:3)

O conhecimento de Deus vem, após a salvação e a justificação em Cristo Jesus, com o


estudo da Bíblia, com o ouvir com humildade e coração aberto a pregação, com o
meditar profundamente em seus ensinamentos, com a entrega total em suas mãos,
com o louvor e a oração perseverantes.

Em outras palavras, a chave para a felicidade plena e verdadeira é o amor, e o amor a


Deus e ao próximo, pois o maior dos homens nada é no reino dos céus se não tiver
amor em seu coração:

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor,
seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda
a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os
montes, e não tivesse amor, nada seria. (1 Co 13:1-2)

Uma vez que amamos verdadeiramente a Deus, podemos então verdadeiramente


agrada-lo, através de atos de fé e de obediência, através dos dons espirituais a nós
concedidos por sua graça e pelo poder e a autoridade do Espírito Santo em nossas
vidas, para a prática de todas as obras para as quais somos chamados.
Quando nos apaixonamos pelo Pai Eterno, somos invadidos por um sentimento tão
puro e tão forte, que só existe uma maneira de ele acabar. Somente a blasfêmia
contra o Espírito Santo pode quebrar essa feliz comunhão e nos afastar
permanentemente de Deus:

Portanto vos digo: Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a
blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. (Mt 12:31)

Aquele que veio a conhecer a Deus e o repudia, por qualquer motivo que seja, comete
o mais torpe dos pecados, porquê repudia o amor de Deus.

Nenhuma outra coisa entretanto pode nos fazer deixar de amar a Deus, conforme
afirma o apostolo Paulo. Paulo escreveu coisas maravilhosas em suas cartas, mas a
meu ver nada do que escreveu se compara, pela beleza e a segurança do sentimento
que exprimem, com os versículos a seguir de sua carta aos Romanos:

Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem
principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a
altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar
do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. (Rm 8:38-39)

Autor: Washington Montez de Noronha


monteno@uol.com.br

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