“Deus, infinitamente perfeito e bem-aventurado em Si mesmo, num desígnio de pura
bondade, criou livremente o homem para o tornar participante da sua vida bem- aventurada. Por isso, sempre e em toda a parte, Ele está próximo do homem. Chama-o e ajuda-o a procurá-Lo, a conhecê-Lo e a amá-Lo com todas as suas forças.” CIC Do ponto de vista de Deus a resposta é: Deus nos fez para mostrar sua bondade. Portanto, a primeira e maior razão pela qual Deus fez o universo, foi a sua própria glória: para mostrar o seu poder e bondade infinitos. O seu infinito poder mostra-se pelo fato de existirmos. A sua infinita bondade, pelo fato de Ele nos querer fazer participar do seu amor e felicidade.
2. Deus nos criou para a felicidade
Ninguém é absolutamente feliz nessa vida. Sempre faltará algo que o coração deseja, por mais que tenha tudo. O bem-estar material é uma fonte curta de felicidade. A felicidade neste mundo é inadequada e é por isso que sabemos que a vida não acaba aqui, não acaba com a morte. Deus não colocaria nos nossos corações essa ânsia de felicidade perfeita se não houvesse algum modo de satisfazê-la. A felicidade verdadeira, que consiste em possuirmos a Deus e sermos possuídos por Ele, numa união tão absoluta e completa que nem sequer remotamente podemos imaginar o êxtase que dela nos advirá. Porque possuiremos o próprio Deus, nos uniremos com Ele de um modo pessoal e consciente; Deus que é Bondade, Verdade e Beleza infinitas; Deus que é tudo, e cujo amor infinito pode satisfazer todos os desejos e aspirações do coração humano, que nenhum amor na terra é capaz de satisfazer. E essa felicidade uma vez alcançada, nunca poderá ser perdida. E nisso consiste a maravilha do céu: não acabará nunca.
3. O que devo fazer?
Se o céu há de ser o nosso destino, então temos que nos preparar desde aqui na terra. Foi para isso que Deus nos colocou no mundo: para que, amando-o, estabeleçamos os alicerces necessários para a nossa felicidade no céu. Sendo assim, se não começarmos a amar a Deus nesta vida, não haverá maneira de nos unirmos a Ele na eternidade. Para aquele que entra na eternidade sem amor de Deus em seu coração, o céu simplesmente não existirá. Ora, é evidente que não podemos amar aquilo que não conhecemos e isso nos leva a outro dever que temos nessa vida: aprender tudo o que pudermos sobre Deus, para podermos amá-lo, manter vivo o nosso amor e fazê-lo crescer. É por isso que estudamos o CIC, que temos cursos, aulas, homilias, etc. São “coisas” que nos ajudam a conhecer melhor a Deus, para que o nosso amor por Ele possa crescer, desenvolver- se e conservar-se. Para provar o nosso amor para alguém, o que fazemos é tentar agradá-lo, é fazer o que ela gostaria que fizéssemos. Dessa forma, só há um modo de demonstrar o nosso amor a Deus: fazer o que Ele quer que façamos, sendo o tipo de ser humano que Ele quer que sejamos. O amor a Deus, no entanto, não está sobretudo nos sentimentos, mas na vontade. Provamos o nosso amor a Deus não pelo que sentimos por Ele, mas pelo que estamos dispostos a fazer por Ele. Quanto maior é o nosso amor a Deus e a nossa obediência à sua vontade, maior a nossa capacidade de sermos felizes nEle. Não há amor verdadeiro que não se manifeste em obras, fazendo o que o amado quer. Então, amar a Deus quer dizer, também, servi-lo.
- Inteligência: DEFINIR UM IDEAL (santidade) e persegui-lo com todo o nosso
coração. FIM ÚLTIMO: amar a Deus. Todas as coisas devem ser ordenadas para esse fim último. Meu ideal é ser santa. Porque eu quero ser santa? Para amar a Deus. Máxima união nesse vida para a máxima união na eternidade. Colocar a atenção nas coisas. (Sacramento do tempo presente: faz o que deves e está no que fazes). - Vontade: ordenar a própria alma. Meios: dar a cada um aquilo que lhe é devido. Fazer aquilo com a máxima perfeição possível, por Deus, por amor a Deus.
DEUS NOS QUER SANTOS.
4. Quem nos ensinará? Jesus Cristo. O próprio Filho de Deus. Jesus não veio à terra unicamente para morrer numa cruz e redimir os nossos pecados; veio também para ensinar com a palavra e com o exemplo. Veio para nos ensinar verdades sobre Deus e para nos mostrar o modo de vida que prova o nosso amor. E quando Ele subiu aos céus, nos deixou o seu próprio “corpo”, um Corpo Místico que é mais do que físico. A cabeça desse Corpo é o próprio Jesus, a Alma é o Espírito Santo e o nome desse Corpo Místico de Cristo é Igreja. O ponto 1 do CIC ainda fala “[Deus] convoca todos os homens, dispersos pelo pecado, para a unidade da sua família que é a Igreja. Para tal, enviou o seu Filho como Redentor e Salvador na plenitude dos tempos.” E para “organizar” as principais verdades ensinadas por Jesus, a Igreja resumiu-as numa declaração de fé, chamada Credo Apostólico, ou Símbolo dos Apóstolos. Nele estão as verdades fundamentais sobre as quais se baseia uma vida cristã. Sabemos, também, que a Bíblia está isenta de erros porque foi o próprio Deus quem a escreveu por meio de pessoas e que nem tudo o que Jesus ensinou está contido nela. Muitas das verdades que fazem parte desse Credo nos vieram pelo ensinamento oral dos apóstolos e foram transmitidas de geração em geração por intermédio dos bispos, sucessores dos apóstolos. E isso é o que chamamos de Tradição da Igreja. E é nessa única fonte - a Bíblia e a Tradição - que encontramos a Revelação divina completa, todas as verdade em que devemos crer. SAGRADA ESCRITURA (bíblia) SAGRADA TRADIÇÃO (transmissão da fé desde os apóstolos) SAGRADO MAGISTÉRIO (Igreja)