Você está na página 1de 3

Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como

sábios, Remindo o tempo; porquanto os dias são maus." Efésios 5:16,17

Os Cristãos não só devem estudar para melhorar as oportunidade de que


gozam, para seu próprio benefício, como como aquelas das quais se
poderia fazer um bom negócio; mas também trabalhar para reclamar a
outros de seus maus caminhos, de tal maneira que Deus postergaria Sua
ira, e os tempos poderiam ser redimidos daquela terrível destruição, a
qual, quando vier, porá um fim ao tempo da Divina paciência.
E, pode ser quanto a isto, que a seguinte razão é adicionada a proprosição
principal - porque os dias são mãos. É como se o Apóstolo houvesse dito
- a corrupção dos tempos tende a acelerar os julgamentos ameaçados;
mas vosso santo e cirscunspecto caminhar tenderá a redimir o tempo das
mandíbulas devoradoras destas calamidades.
Contudo, certamente há muito a ser tido em conta por nós nestas
palavras, a saber: que temos de ter o tempo em alta estima, e devemos
ser excessivamente cuidadosos para que este não seja desperdiçado; e
nós estamos portanto exortado a exercer sabedoria e perspicácia, de
forma que possamos redimí-lo. E então como se mostra, o tempo é
sobremaneira precioso.

CAPÍTULO

Porque o Tempo é precioso.


O Tempo é precioso pelas seguintes razões:
Primeiro, porque uma eternidade em alegria ou em miséria depende do
bom ou do defectuoso uso do Tempo. As coisas são preciosas em
proporção a sua importância, ou ao grau no qual são concernentes a
nosso bem. Os homens costumam definir como de valor mais elevado
aquilo de que eles sentem que seus interesses dependem principalmente.
E isto torna o Tempo tão extraordinariamente precioso, porque o nosso
bem eterno depende do bom proveito do mesmo.
Segundo, o Tempo é muito curto, o que é outra característica que faz ele
muito precioso. A escassez de qualquer mercadoria ocasiona aos homens
aumentar o valor dela, especialmente se é necessária e se não podem
viver sem ela. Desta forma, quando Samaria foi cercada pelos Sírios, e as
provisões eram excessivamente escassas, “se vendeu uma cabeça de um
jumento por oitenta peças de prata, e a quarta parte de um cabo de
esterco de pombas por cinco peças de prata.” 2 Reis 6:25. — Assim, o
Tempo deve possuir muito mais apreço pelos homens, porque toda a
eternidade depende dele; e, no entanto, nós temos somente um pouco de
tempo. “Porque decorridos poucos anos, eu seguirei o caminho por onde
não tornarei.” Jó 16:22. “E os meus dias são mais velozes do que um
correio; fugiram, e não viram o bem.” Jó 9:25, 26. “Digo-vos que não
sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor
que aparece por um pouco, e depois se desvanece.” Tiago 4:14. É somente
como um momento se comparado à eternidade. O Tempo é tão curto, e o
trabalho que temos de fazer nele é tão grande, que nós não temos Tempo
algum de sobra. O trabalho que temos a fazer para nos preparar para a
eternidade, tem de ser feito no Tempo, ou nunca poderá ser feito; e este é
um trabalho de grande dificuldade e labor, e portanto, para o qual o
tempo é mormente requisitado.
Terceiro, o tempo deve ser estimado por nós como muito precioso,
porque nós não estamos certos de que ele vá continuar. Sabemos que ele
é muito curto, mas não sabemos o quão curto ele é. Não sabemos quão
pouco dele ainda resta, se um ano, ou se muitos anos, ou apenas um mês,
uma semana, um dia. Nós estamos todos os dias incertos se aquele dia
será o último ou não, ou mesmo se nós teremos todo o dia. Não há nada
que a experiência possa verificar mais do que isto.
Quarto, o tempo é muito precioso, porque quando ele passa, não pode ser
recuperado. Existem muitas coisas as quais os homens possuem, que se
perderem, eles podem obter novamente. Se um homem se separar de
algo que ele tinha, sem saber o valor daquilo, ou a necessidade que ele
teria daquela coisa, muitas vezes ele pode recuperá-la, pelo menos, com
dores e custo. Se um homem foi distraído em uma barganha, e permutou
ou vendeu algo, e depois se arrependeu disto, ele sempre pode obter um
livramento, e recuperar aquilo do que se desfez. Mas não é asim com
respeito ao tempo. Uma vez que ele se foi, ele se foi para sempre; sem
dores, nenhum preço ou sacrifício pode recuperá-lo.
Se nós tivermos vivido cinqüenta, sessenta ou setenta anos, e não
tivermos feito bom uso de nosso tempo, agora nada se poderá fazer
quanto a ele. Ele está eternamente perdido, foi-se para sempre de nós.
Tudo o que poderemos fazer é fazer bom uso do pouco que resta. Sim, se
um homem gastou toda a sua vida, exceto alguns poucos momentos, de
forma vã, tudo o que passou está perdido, e apenas estes poucos
momentos que restam poderão ser feitos verdadeiramente dele. E se todo
o tempo de um homem foi gasto, ele está todo perdido e é irrecuperável.
A Eternidade depende do bom aproveitamento do tempo. Mas, quando
uma vez o tempo da vida houver passado, quando a morte chegar, não
temos nada mais com o tempo; não há possibilidade de obter a
restauração dele, ou outro lugar no qual se preparar para a Eternidade. Se
um homem perdesse todas as suas propriedades e riquezas terreais, e
chegasse a falência financeira, é possível que pudesse se recuperar desta
perda. Ele pode ter outros bens tão bons quanto. Mas quando o tempo da
vida se esvai, é impossível obter novamente este tal tempo. Todas as
oportunidades de obter o bem eterno terão absolutamente e para sempre
se perdido

Você também pode gostar