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REVISTA ADULTOS - Lição 04: A Igreja e o Reino de Deus

TEXTO ÁUREO

“[…] O tempo está cumprido, e o Reino de Deus


está próximo. Arrependei-vos e crede no
evangelho” (Mc 1.15)

Entenda o Texto Áureo:


- O tempo está cumprido. Não o tempo no sentido cronológico, mas o
tempo da ação decisiva por parte de Deus. Com a chegada do rei,
chegou um novo momento na maneira de Deus lidar com os homens. o
reino de Deus. O soberano governo de Deus sobre a esfera da salvação;
no presente, no coração de seu povo (Lc 17.21) e, no futuro, num reino
literal e terreno (Ap 20.4-6). está próximo. Porque o Rei estava
presente. arrependei-vos e crede. Arrependimento e fé são as respostas
exigidas do homem à graciosa oferta divina de salvação (At 20.21).

VERDADE PRÁTICA
Pregar a mensagem do Reino de Deus é uma
importante missão da Igreja.

Entenda a Verdade Prática:


- A igreja é uma criação de Deus (At 20.28; 1Co 3.9, 17; 15.9), fundada
e possuída por Jesus Cristo - “Eu edificarei a minha igreja” (Mt 16.18)
- e dirigida e fortificada pelo Espírito Santo (1Co 10.17; 12.5-27; Rm
12.4-5). Portanto, é a alegria da igreja recorrer a Deus para explicar
Seu desígnio para a igreja e Sua missão para ela. A missão de Deus
para a igreja prova ter várias partes:
1. A missão da igreja é fazer discípulos (Mt 28.19–20);
2. A missão da igreja é glorificar a Cristo (2Co 6.14-7.1; Ef 5.23-
32; Cl 1.13, 18; 1Tm 3.15);
3. A missão da igreja é edificar os santos (Mc 3.35 e Jo 13.35).

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Marcos 1.14-17

Entenda a Leitura Bíblica em Classe:


-1.14 Depois de João ter sido preso. Ele foi encarcerado por ter
repreendido Herodes Antipas por seu casamento incestuoso com sua
sobrinha, Herodias. foi Jesus para a Galileia. A partir da Judeia (Mt
4.12; Lc 4.13; Jo 4.3). Juntamente com Mateus e Lucas, Marcos passa
diretamente da tentação para o início do ministério galileu, pulando o
ministério na Judeia (Jo 2.13—4.4). A Galileia era a região mais ao
norte da Palestina e a mais densa mente povoada; o evangelho de
Deus. As boas novas de salvação tanto sobre Deus quanto sobre o
próprio Jesus (Rm 1.1; 15.16; 1Ts2.2,8-9; ITm 1.11; 1Pe 4.17).
-1.14 O tempo está cumprido – Ou seja, o tempo para a aparição do
Messias, o tempo há tanto predito, chegou. “O reino de Deus está
próximo”. Arrependei-vos – exerce tristeza pelos pecados e se afasta
deles. E creia no evangelho – literalmente, confie no evangelho ou
acredite nas boas novas – a saber, respeitando a salvação.
- 1.16 mar da Galileia. Também conhecido com o mar deQuinerete (Nm
34.11), lago de Genesaré (Lc 5.1) e mar de Tiberíades (Jo 6 .1). Um
grande lago de água doce com cerca de 20 km de extensão e 11 km de
largura, situado cerca de 200 m abaixo do nível do mar (o que faz dele
a mais baixa massa de água doce da terra), o mar da Galileia era o
centro de uma próspera indústria de pesca. Simão e André, o primeiro
dos dois conjuntos de irmãos que Jesus chamou para segui-lo. Tal com
o Tiago e João, eles eram pescadores. Uma vez que André fora
seguidor de João Batista (Jo 1.40), é possível que Pedro também o
tenha sido. Está claro que eles haviam voltado para o ofício de pesca
depois da prisão de João. Eles já haviam se encontrado e passado
algum tempo com Jesus (Mt 4.18), mas foram chamados aqui para
segui-lo de maneira permanente; rede. Uma corda que formava um
círculo de quase 3 m de diâmetro com uma rede presa a ela. Podia ser
jogada na água â mão e depois puxada no comprimento pela pesada
corda à qual estava ligada.
- 1.17 Vinde após mim. Expressão usada com frequência nos
Evangelhos em referência ao discipulado (Mc 2.14; 8.34; 10.21; Mt
4.19; 8.22; 9.9; 10.38; 16.24; 19.21; L c 9.23,59,61; 18.22; Jo 1.43;
10.27; 12.26). pescadores de homens. O evangelismo era o propósito
fundamental para o qual Jesus chamou os apóstolos, e continua sendo
a missão central do seu povo (Mt 28.19-20; A
t 1.8).

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INTRODUÇÃO
A Bíblia apresenta Deus como um rei (Sl 47.6;
52.7) que exerce o seu governo e domina sobre
tudo o que há (Sl 22.28). Sobre o seu reino,
governa soberanamente. Nesta lição,
apresentaremos uma compreensão do Reino de
Deus a partir de sua natureza e da sua relação
com a Igreja. Nesse aspecto, mostraremos o reino
divino na sua dimensão universal e soberana,
bem como sua realidade presente e futura. A
Igreja é vista como parte desse reino e, por isso,
Deus a estabeleceu para viver, pregar e
manifestar a vida do reino divino.
- A ideia de Reino de Deus está presente em toda a Bíblia, embora não
de maneira explícita, como nos evangelhos. Este Reino não se restringe
apenas a Israel, mas a toda a terra. Os profetas predisseram que todas
as nações reconheceriam a soberania de Deus (Sl 145.130). A
terminologia “Reino de Deus” não aparece no Antigo Testamento.
Contudo, a ideia de “Reino de Deus” aparece em todo o seu conteúdo
até desembocar objetivamente no Novo Testamento. O equivalente a
“Reino de Deus”, no Antigo Testamento, é “Reino de YHWH” (1Cr
28.5; 2Cr 13.8 – “meu reino”, “vosso reino” = “de Deus”, em 1Cr
17.14, 1Cr 29.23, 2Cr 9.8). Em Jesus, aprendemos que o Reino é
totalmente dependente da vontade de Deus; é um dom de Deus. Não se
confunde com nenhuma instituição humana nem sua mensagem com
nenhum sistema político-ideológico ou com algum lugar deste mundo.
Logo, “não vem o Reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-
lo aqui! Ou: Lá está! Porque o Reino de Deus está dentro de vós” (Lc
17.2–21).

I. A NATUREZA DO REINO DE DEUS


1. O Reino de Deus é universal. O salmista diz
que “Deus é o Rei de toda a terra” (Sl 47.7) e, da
mesma forma, Daniel afirma que Deus domina
sobre o reino dos homens (Dn 4.25). Assim, as
Escrituras revelam um importante aspecto da
natureza do Reino de Deus: a sua universalidade.
Deus é o Rei universal e, como tal, tem domínio
absoluto sobre sua criação, sobre reinos e
governos humanos, bem como sobre todas as
hostes angelicais (Dn 4.35). Isso significa que
nada nem ninguém está fora do seu domínio (Dn
2.21).
- Deus é soberano. Isso é uma verdade absoluta da Palavra de Deus.
Jesus é descrito em Apocalipse como o Soberano dos reis da terra: (…)
e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos
e o Soberano dos reis da terra (Ap 1.5)
Na primeira carta de Timóteo, está revelado que Deus é o bendito e
único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores: “Exorto-te,
perante Deus, que preserva a vida de todas as coisas, e perante Cristo
Jesus, que, diante de Pôncio Pilatos, fez a boa confissão, que guardes o
mandato imaculado, irrepreensível, até à manifestação de nosso Senhor
Jesus Cristo; a qual, em suas épocas determinadas, há de ser revelada
pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores”
(1Tm 6.13-15)
Afirmar a soberania de Deus é prática recorrente entre os cristãos,
especialmente os reformados. Cantamos hinos e cânticos que enaltecem
a soberania de Deus. Mas o que é soberania? O que isso significa?
Segundo o pastor John Piper, significa que: “Deus tem a autoridade, a
liberdade, a sabedoria e o poder legítimos para cumprir tudo o que ele
pretende que aconteça. E, portanto, tudo o que ele pretende que
aconteça, acontece. O que significa: Deus planeja e governa todas as
coisas”
O Salmo 115 diz que Deus está no céu e faz tudo o que lhe agrada: “No
céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada” (Sl 115.3)
A soberania de Deus expressa o modo como Ele age no universo para
que tudo e todos cumpram o seu plano divino. Deus é soberano sobre a
natureza (Mc 4.39; Mt 10.29). Deus é soberano sobre cada detalhe da
nossa vida (Mt 10.30); Deus é soberano sobre o destino das nações (Dn
2.21, 4.17); Deus é soberano sobre os nossos planos (Tg 4.13-15; Pv
16.1). Muitos cristãos têm sincera dificuldade de entender e aceitar a
doutrina da soberania de Deus, embora esse ensinamento seja bíblico e
verdadeiro. Para alguns, inclusive, é motivo de espanto e perplexidade
o fato de que a bíblia afirma que Deus está no controle de todas as
coisas. Se Deus é Soberano, por que as pessoas sofrem? Por que
tragédias acontecem? Por que pessoas se perdem? Por que a injustiça
persiste no mundo? Essas são algumas das perguntas que ecoam
através dos séculos. Talvez você já tenha feito alguma dessas
perguntas. Ou talvez esteja fazendo nesse exato momento. Devemos
considerar que:
• A soberania de Deus não anula a responsabilidade do ser humano. O
fato de Deus ter o controle não nos exime da nossa responsabilidade
por nossos atos. As duas coisas caminham juntas.
• Os pensamentos de Deus são maiores que os nossos pensamentos
(Isaías 55. 8-9) Jamais conseguiremos entender plenamente o agir e os
desígnios de Deus. Somos limitados. Nossa ética é limitada. Nosso senso
de justiça é limitado. Não queira julgar o agir de Deus de acordo com o
seu próprio conceito de justiça. Deus não é injusto.
• Vivemos em mundo caído e corrompido pelo pecado. Estamos
sujeitos ao sofrimento. O próprio Cristo disse que passaríamos por
aflições neste mundo. Mas temos a vitória garantida. (Jo 16.33)
• A mesma bíblia que garante a soberania e o controle de Deus, garante
também que Ele é BOM! Deus é Bom! No sofrimento e na alegria Ele é
bom. Na tempestade e na bonança Ele é bom! Na escassez e na fartura
Ele é bom! (Sl 100.5)
• Por fim, considere que o Deus Soberano age de modo que todas as
coisas, todos os atos de sua soberania cooperem para o bem daqueles
que o amam (Rm 8.28)
2. A soberania divina e os acontecimentos do
mundo. Observamos que, embora o mundo siga o
seu curso, Deus não perdeu nem deixou de
exercer domínio sobre ele, tampouco sobre o
universo criado. Um Deus que não tivesse o
controle de tudo não seria Deus. Isso não significa
dizer que Ele seja a causa de tudo o que acontece
no mundo. Significa que, embora os homens e, até
mesmo o Diabo e seus demônios, tenham
liberdade e permissão para agirem neste mundo,
contudo, essas ações não se sobrepõem à
soberania de Deus. Assim Deus domina sobre
todos (Sl 103.19).
- De eternidade; a eternidade, o Senhor tem sempre governado sobre
todas as coisas (Sl 11.4; 47.1-9; 148.8-13). Esse reinado universal deve
ser diferenciado do reinado mediador de Deus na terra. A supremacia
de Deus sobre os trabalhos de Suas mãos é vividamente demonstrada
nas Escrituras. Matéria inanimada, criaturas irracionais, todos
executaram as ordens do seu Criador. Ao seu prazer o Mar Vermelho
se dividiu e suas águas permaneceram como paredes (Ex 14); e a terra
abriu sua boca e os rebeldes culpados caíram vivos no buraco (Nm 14).
Quando Ele assim ordenou, o sol parou (Js 10); e em outra ocasião ele
voltou para trás 10 graus no relógio de Acaz (Is 38.8). Para
exemplificar Sua supremacia, Ele fez os corvos levarem alimento para
Elias (1Rs 17), ferro boiar na superfície das águas (2Rs 6.5), leões
ficarem mansos quando Daniel foi lançado na cova deles, o fogo não
queimar os três Hebreus arremessados em suas chamas. Portanto
“Tudo o que o SENHOR quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e em
todos os abismos” (Sl 135.6).
3. O Reino de Deus, a nação de Israel e a
Igreja. O Antigo Testamento revela que Deus
escolheu um povo, Israel, para reinar sobre ele e
através dele em um governo soberano e
teocrático. Quando Israel estava organizado em
um regime tribal, Deus reinava sobre ele (Nm
23.21), de forma soberana, exercendo o seu
governo teocrático sobre seu antigo povo (Is 43-
15)- Israel, por isso, era um reino sacerdotal (Êx
19-5,6). Dessa forma, quando escolheu Israel,
Deus tinha 0 propósito de abençoar essa nação e,
por meio dela, todos os povos (Gn 12.1-3; Is
45.21,22). Esse propósito se concretizou na pessoa
de Jesus Cristo, o Filho de Davi, que por
intermédio de sua morte e ressurreição
estabeleceu a Igreja (Ef 2.14; Gl 3-14; 4-28; 1 Pe
2.9).
- Enquanto os israelitas andavam ao redor do Monte do Sinai, Deus
lhes mostrou o propósito previsto para eles em Seu plano: "Vocês
serão um reino de sacerdotes e nação santa". Essa promessa foi
revelada num período em que o povo de Israel não sabia muito a
respeito do Senhor nem vivia de um modo que agradava a Deus. Deus
escolheu essa nação através do Seu poder soberano e lhe deu Sua Lei
como um manual de sacerdócio. É atribuição do próprio Deus levar a
nação de Israel a cumprir com a Sua vontade. Através da história, o
povo escolhido não seguiu a Deus e até mesmo rejeitou o seu Messias
prometido. Paulo discute em Romanos 11 o destino futuro dessa nação,
como o povo de Israel alcançará seu objetivo no plano perfeito de
Deus. Não é a glória de Israel que está em jogo, mas a glória de Deus.
(Ez 36.22). A destruição de Israel no exílio não poderia ser o fim da
história. Porque o Senhor havia atrelado o seu nome a Israel, a nação
haveria de ser restaurada a fim de que o seu nome santo não fosse
profanado entre as nações (Ez 20.14). As promessas feitas no Monte
Sinai tinham de ser cumpridas (Jr 33.20-21), de modo que as duas
nações de Israel e Judá seriam restauradas pelo Senhor em um corpo
único, reunido, composto de todas as famílias de Israel (Jr 31.1) sob
um único rei (Ez 37.16-22).
SINOPSE I
As Escrituras Sagradas revelam a universalidade
do Reino de Deus, bem como o seu propósito
específico para com Israel e a Igreja.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
O REINO E A VINDA DO FILHO DO HOMEM
(Lc 17.20-37)
Jesus explica que o Reino de Deus é distinto dos
reinos com os quais os fariseus estão
familiarizados. Sua vinda não corresponderá com
sinais visíveis para que ninguém possa predizer o
tempo exato de sua chegada. As pessoas entendem
mal o caráter do Reino de Deus, quando dizem:
‘Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali!’ Tais predições são
arrogantes e mostram-se falsas e decepcionantes
as pessoas persuadidas por elas (cf. At 1.6, 7).
Jesus afirma que a fase inicial do Reino não vem
desse jeito; de fato, já veio (Lc 17-21). Jesus usa a
palavra ‘entos‘ para descrever sua presença —
palavra que significa ‘dentro’ de vocês ou ‘entre,
no meio de’ vocês. Jesus está falando a fariseus,
que sem dúvida o rejeitaram. Ele não diria que o
reinado de Deus está dentro dos corações deles.
Contudo, o Reino é um fato histórico. Jesus quer
dizer que o Reino está ‘entre vós’ — presente no
que Ele faz e diz —, ainda que os fariseus
permaneçam cegos diante dessa realidade (cf. Lc
11.20). Eles esperam ver sinais da vinda do Reino
algum dia futuro. Mas não há necessidade de
procurar sinais futuros da vinda do governo de
Deus. Hoje pode-se entrar nele, embora sua
consumação final venha depois” (ARRINGTON,
French L; STRONSTAD, Roger (Eds).
Comentário Bíblico Pentecostal – Novo
Testamento. Vol. 1 – Mateus-Atos. Rio de Janeiro:
CPAD, 2003, p.432).

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II. A IGREJA E AS DIMENSÕES DO REINO DE DEUS


1. O Reino de Deus como realidade presente. Nos
Evangelhos, vemos Jesus chamando a atenção
para a dimensão presente do Reino de Deus. Por
exemplo, Mateus registra Jesus libertando e
curando um endemoninhado cego e mudo (Mt
12.22). Esse fato extraordinário provocou o ciúme
e a ira dos fariseus que o acusaram de fazer isso
pelo poder de Belzebu (Mt 12.24). A resposta de
Jesus foi reveladora: “Mas, se eu expulso os
demônios pelo Espírito de Deus, é
conseguintemente chegado a vós o Reino de
Deus” (Mt 12.28). Nessas palavras do Senhor,
vemos um aspecto importantíssimo na
compreensão da identidade do Reino de Deus: a
sua realidade presente. Em outras palavras, com
advento de Jesus, o Reino de Deus já estava
presente entre os homens. Nosso Senhor disse que
o Reino de Deus havia chegado (Mt 3.2). Logo,
esse reino não é algo subjetivo, mas concreto,
real.
- Mt 12.28 é chegado o reino de Deus, isso era a mais precisa verdade.
O Rei estava no meio deles, mostrando o seu poder soberano. Mostrou-
o ao demonstrar sua habilidade de prender Satanás e demônios (Mt
12.29). “Aplicando a mensagem do Reino de Deus à vida que levamos
neste mundo, esse Reino é passado, presente e futuro. Não podemos
negar que ele já veio (nos atos de Jesus); um evento que está vindo
através do ministério do Espírito Santo na vida da igreja, manifesto em
eventos extraordinários que nem sempre sabemos interpretar: o
fenômeno do Pentecostes; a Reforma Religiosa do século XVI;
avivamentos especiais na vida da igreja no mundo; reconciliação dos
crentes; conversão de pecadores; conversão e santificação do povo de
Deus; pesquisas e descobertas científicas que têm abençoado a
humanidade, entre outros. Mas, certamente esse Reino virá plenamente
quando:
• os sofrimentos desaparecerem (Mt 11.5);
• não houver mais luto (Mt 2.29);
• a morte for vencida (Lc 20.36);
• os mortos ressuscitarem (Lc 11.5);
• os últimos se tornarem os primeiros (Mc 10.31);
• os pequenos se tornarem grandes (Mt 18.4);
• os humildes se tornarem os mestres (Mt 5.5);
• os oprimidos forem libertos (Lc 4.18);
• os eleitos dispersos forem reunidos (Lc 13.27);
• e os filhos de Deus se encontrarem na Casa do Pai (Lc.15-19).
Sirva para nossa reflexão, de maneira permanente, a certeza de que o
Reino de Deus é sempre algo a construir-se, a ser semeado e a crescer,
conforme nos ensinam as parábolas do Reino (Mt 13), como um evento
que se realiza no tempo de Deus e nem sempre no tempo dos seres
humanos. Um Reino peregrino em marcha difícil para a sua plenitude,
quando ele se manifestará em todo o seu esplendor, consumando-se no
grande banquete escatológico dos filhos de
Deus!” https://ipib.org/index.php/2023/02/13/o-reino-de-deus-quando-e-como-vira/.
2. Onde está o Reino de Deus? O Reino de Deus
como realidade presente não está relacionado ao
espaço geográfico, mas com a presença de Jesus,
pois onde a presença dEle está, o Reino de Deus
se manifesta (Lc 17.20,21). Em outras palavras,
toda vez que pessoas são salvas (At 8.12), curadas
e libertadas do poder do Diabo (At 8.6,7), o Reino
de Deus está presente (Rm 14.17; 1 Co 4.20). Ora,
o Reino de Deus estava presente no ministério de
Jesus, pois Ele mesmo era a manifestação do
reino, estava presente no ministério apostólico na
Igreja Primitiva e, finalmente, está presente por
intermédio da Igreja de Cristo da presente era.
- Uma ilustração que os intérpretes modernos da Bíblia usam para
descrever a natureza misteriosa do Reino de Deus é o: “Já e o Ainda
não”. O evangelista Marcos quis resumir a forma como Jesus começou
seu ministério terreno. Ele usou estas palavras: “O tempo está
cumprido, e o reino de Deus chegou; arrependa-se e acredite nas boas
novas” (Mc 1.14–15). O reino de Deus significa libertação para Israel.
Deus tomando Sua coroa significa o início de uma nova era de
libertação, não de dominação. Quando Jesus quer apontar Seus
ouvintes para os sinais reveladores da realeza de Deus que entram em
cena. Onde você vê pessoas sendo libertadas da opressão, em outras
palavras, lá se vê o reino de Deus em ação. Jesus transformou Seus
seguidores em emissários do governo salvador de Deus. “Ele os enviou
para proclamar o reino de Deus e curar” (Lc 9.2). Onde você vê a cura
e a restauração do que o pecado e a morte desfiguraram, lá você vê a
realeza de Deus exibida. Jesus também ensina Seus seguidores a orar
“Venha o seu reino”, que significa: “Pai, faça com que o Seu reino de
cura seja cada vez mais tangível e visível em nosso mundo. Deixe o seu
governo se afirmar cada vez mais concretamente nos lugares onde a
doença e o mal ainda parecem ter vantagem. O governo de Deus ainda
não é visível da maneira que esperamos que seja. O governo de Deus está
invadindo o mundo no ministério de Jesus – mas não de maneira que
possa ser facilmente identificado a olho humano sem ajuda. Podemos
discernir isso pela fé, mas ainda não o vemos da maneira que um dia
iremos. “O reino dos céus é como fermento que uma mulher tomou e
misturou com três medidas de farinha até que tudo fosse levedado” (Mt
13.33). De uma maneira muito real, a conquista de Deus de Seu mundo
rebelde foi alcançada quando Seu Filho deixou Seu túmulo para trás,
na manhã de Páscoa. No entanto, continuamos desejando um fim que
ainda não é público e universal. Enquanto aguardamos a vinda de
Cristo em glória, nós que captamos a visão de como a guerra
terminará, nós “que temos os primeiros frutos do Espírito, gememos
interiormente enquanto aguardamos a adoção, a redenção. de nossos
corpos”(Romanos 8:23). Deus um dia fará por nós e por toda a sua
criação o que Ele fez por Jesus ao ressuscitar dentre os mortos. Mas
por enquanto, esperamos! E é por isso que continuamos a orar:
“Venha o seu reino”. Com informações de Christianity Today
3. O Reino de Deus como realidade futura. Assim
como o Reino de Deus possui uma dimensão
presente, ele também possui uma dimensão
futura. Esse é o aspecto escatológico do Reino de
Deus. Escrevendo aos coríntios, o apóstolo Paulo
destaca os tipos de pessoas que ficariam de fora
desse reino vindouro (1 Co 6.9,10). Embora o
Reino de Deus seja uma realidade presente hoje e
mesmo sendo possível já experimentá-la agora
(Hb 6.5), contudo, ele se manifestará na sua
plenitude na era vindoura (Mt 13.49). O Milênio,
o reinado de mil anos sobre a Terra, faz parte
dessa dimensão futura do Reino de Deus (Ap
20.1-5).
- Jesus nos ensina que o reino de Deus não vem de maneira aparente
(Lc 17.20); e essa é a natureza do reino quanto a dispensação que
estamos vivendo. Hoje não podemos vê-lo de maneira visível, pois ele
está escondido na vida de cada um dos membros do Corpo de Cristo. A
primeira característica do reino de Deus é que em primeira instância é
espiritual. Na explicação do Senhor sobre a natureza do Seu reino, Ele
diz que o “reino de Deus não vem com visível aparência”.
As Três Esferas Sobre o Reino de Deus no Novo Testamento:
- 1ª Esfera – Presente: Para compreendermos melhor essa esfera,
devemos ler alguns textos:
“Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente,
é chegado o reino de Deus sobre vós” (Lc 11.20).
“Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está
dentro de vós” (Lc 17.20).
Estes dois textos definem para nós as características do reino de Deus
em sua esfera presente.
- 2ª Esfera – o Tempo da manifestação do Reino em Sua plenitude. Isso
se dará após a vinda do Senhor Jesus. Veja o que João escreve em
Apocalipse 20.6:
“Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira
ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo
contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil
anos”. (Ap 20.6)
Essa dispensação é conhecida como “milênio” ou a “era do reino”.
Nesse tempo, os santos em Cristo receberão a autoridade sobre as
nações conforme lemos em Apocalipse 2.26,27. “Ao vencedor, que
guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as
nações, e com cetro de ferro as regerá…”. Nestes textos podemos
contemplar aquele tempo, em que iremos reinar com nosso Senhor
Jesus, quando Ele vier e estabelecer Seu reino aqui nessa terra por um
período de mil anos.
3ª Esfera – Na Eternidade: A esfera eterna do reino se dará após a
insurreição global que ocorrerá no final do milênio. Isto está registrado
em Apocalipse 20.7-10: “Quando, porém, se completarem os mil anos,
Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir [Gr. planao = “fazer
com que alguém se desvie, desviar do caminho reto”; “desencaminhar
da verdade”] as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e
Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a
areia do mar. Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o
acampamento [Gr. parembole = “fortaleza”, “exército”] dos santos e a
cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu. O diabo, o
sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já
se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão
atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos”. Leia também
Ap 21.24. Todos estes textos acima citados descrevem um
acontecimento que se dará ao final do milênio, quando Deus, eu Seu
grande poder e sabedoria, e por causa do Seu eterno propósito,
libertará Satanás da prisão, e ele irá desencaminhar as nações que
sobreviveram a juízo das nações, que foi executado pelas Sete
Trombetas. Agora, segundo o texto, elas serão desencaminhadas, e
envolvidas numa grande sedução, e assim, mais uma vez, ele tentará
usurpar a glória do Filho de Deus, como fez antes, na eternidade
passada, como está registrado em Isaias 14.14-19 e Ezequiel 28.14-19.
Porém, agora ele será condenado e exterminado eternamente.
III. A IGREJA NO CONTEXTO DO REINO DE DEUS
1. A distinção entre Igreja e Reino de Deus. Deve
ser destacado que a Igreja faz parte do Reino de
Deus. Contudo, ela não é o Reino de Deus em
toda a sua expressão. O Reino de Deus é mais
amplo e envolve todo o povo de Deus na Antiga
bem como na Nova Aliança. A Igreja, mesmo
inserida no contexto do reino, não existia no
Antigo Testamento, todavia, o Reino de Deus já
existia no Antigo Pacto. Assim como debaixo do
Antigo Pacto, em que Israel era a comunidade do
reino (Êx 19.5,6), a Igreja é a comunidade do
reino no Novo Pacto (1 Pe 2.9).
- O reino de Deus é o domínio soberano e universal de Deus é eterno
(Dn 2.37-44). É também o domínio de Deus no coração dos homens
que, voluntariamente, a ele se submetem pela fé, recebendo-o como
Senhor e Rei. A consumação do reino ocorrerá com a vinda de Jesus
Cristo em data que só Deus conhece quando o mal será completamente
vencido e surgirão o novo céu e a nova terra para a eterna habitação
dos remidos com Deus (Mt 25.31-46), Ap 11.15). O que é Igreja? Igreja
é uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após
profissão de fé. É nesse sentido que a palavra igreja é empregada no
maior número de vezes nos livros do novo Testamento como, por
exemplo, em Mateus 18.17 e 1Coríntios 4.17. Tais congregações são
constituídas por livre vontade dessas pessoas com a finalidade de
prestar culto a Deus, observar as ordenanças de Jesus, meditar nos
ensinamentos da Bíblia para edificação mútua e para a propagação do
evangelho (At 2.41-42). As igrejas neo-testamentárias são autônomas,
têm governo democrático, praticam a disciplina e se regem em todas as
questões espirituais e doutrinárias exclusivamente pelas palavras de
Deus, sob a orientação do Espírito Santo (Mt 18.15-17). Há, em Atos
2.42-47, quatro marcas da igreja:
1)uma igreja que aprende – a fidelidade ao ensino dos apóstolos é
a primeira marca de uma igreja autêntica e viva;
2)uma igreja que cuida – a generosidade sempre foi uma
característica do povo de Deus; somos filhos do Deus generoso (At
2.44,45);
3)uma igreja que adora – a adoração da igreja era tanto alegre
como reverente (At 2.46);
4)uma igreja que evangeliza – que proclama o evangelho
utilizando as Escrituras como ferramenta e sendo um exemplo de vida
(At 2.47).

2. A Igreja expressa o Reino de Deus. A Igreja foi


idealizada e projetada por Deus para ser a
expressão de seu reino na plenitude dos tempos
(Gl 4.4 cf. Ef 1.10). Ela não é um improviso de
Deus nem um remendo que Ele fez na história da
salvação. Ela foi projetada e planejada, é a eleita
de Deus (Ef 1.4-6; 1 Pe 1.2). Isso significa que
debaixo do Novo Pacto, Deus deu à Igreja a
missão de fazer conhecido o seu plano e projeto
de salvação para a humanidade. É por
intermédio dela que as insondáveis riquezas de
Cristo se tornaram conhecidas dos principados e
potestades (Ef 3.10). Por meio da Igreja que
Reino de Deus será conhecido na Terra.
- O reino é o domínio de Deus no coração do homem. A igreja é a
assembleia dos santos. Todos os membros da igreja de Cristo estão
debaixo da autoridade do Rei. A igreja é um organismo e uma
organização. O reino de Deus é a soberania de Deus no coração do
homem. O reino compreende a igreja e demais organizações cristãs
prestam serviço à igreja e às comunidades seculares.
3. A Igreja e a mensagem do Reino de
Deus. Pregar o Reino de Deus é a importante
missão da Igreja (At 19.8). Falando aos
presbíteros de Éfeso, Paulo recordou que pregou
a eles o Reino de Deus (At 20.25). Quando já
prisioneiro em Roma, vemos Paulo “pregando o
Reino de Deus” (At 28.31). Os novos na fé eram
conscientizados da realidade do Reino de Deus
(At 14.22). O Reino de Deus é a mensagem de
esperança feita àqueles que o amam (Tg 2.5).
Portanto, pregar a mensagem do reino é a missão
da Igreja. Essa missão só é executada quando a
igreja local possui uma visão de reino. Isso
significa que a igreja sabe o que o Reino de Deus
é e que importância ele tem. Quando esse
entendimento não é claro, então, a igreja local
acaba saindo da sua rota e envereda por outros
caminhos que a distanciam da sua missão, que é
pregar a mensagem do Reino de Deus. A esse
respeito, Jesus foi bem claro em dizer que o seu
“Reino não é deste mundo” (Jo 18.36).
- A igreja tem uma tarefa suprema sobre a terra: proclamar as Boas
Novas do Reino a todos os povos. Em Mateus 28 encontramos o “Ide”
de Jesus como um imperativo bíblico que nos incumbe dessa grande
responsabilidade cristã. A pregação do Evangelho em todos os lugares,
alcançando todos os povos ou etnias concomitantemente, deve ser uma
realidade para o crente, caso contrário, há uma deficiência na prática
ou um desvio conceitual sobre a nossa missão na terra. A igreja deve
executar a missão de pregar (proclamar) o Reino do Senhor Jesus
Cristo de forma incondicional, pois pesa sobre nós esta obrigação como
discípulos. O Dr. Russell P. Shedd disse: “Cristo trouxe Deus para o
mundo de um modo que podia efetuar a reconciliação do mundo. Deus, a
única fonte de vida, que não pode morrer, morreu em Cristo, o Deus
encarnado” (Missões: vale a pena investir? Shedd, 2001, p. 58). Deus
fez a parte dele para nos reconciliar através da morte de Jesus na cruz.
A igreja, na execução de seu papel missionário, não pode eximir-se do
compromisso de embaixadora de Deus. A razão principal da existência
da Igreja é a proclamação do seu Reino ao mundo perdido e parar isso
precisamos ter consciência de que somos instrumentos no mistério da
graça celestial para levar outros a conhecer a suprema verdade: Jesus.

SINOPSE III
O Reino de Deus é mais amplo e envolve todo o
povo de Deus em todas as épocas. A Igreja,
porém, está inserida no Reino de Deus.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
JESUS VOLTARÁ
“O ensino sobre a Segunda Vinda de Cristo
também estimula o serviço cristão. Os crentes
que ardentemente aguardam a volta de Cristo,
reavaliam constantemente as prioridades que lhes
governam a maneira de viver. Sempre colocam,
em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua
justiça. Não querem ser surpreendidos tendo as
mãos vazias. Eles sabem que, um dia, todos
teremos de comparecer ante o Tribunal de
Cristo. Por isso alertam constantemente seus
parentes, amigos, conhecidos e os demais
pecadores, a que estejam preparados à vinda do
Senhor (Mt 24.45,46; Lc 19.13 e 2 Co 5.10, 11).
Mas como Jesus voltará? Ele voltará
pessoalmente (Jo 14.3; 21.20-23; At 1.11) e de
forma inesperada (Mt 24.32-51; Mc 13.33-37). Ele
voltará em glória (Mt 16.27; 19-28 e Lc 19.11-27)
e de maneira visível como o anunciou o anjo à
multidão no monte da Ascensão: ‘Esse Jesus, que
dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir
assim como para o céu o vistes ir’ (At 1.11). O
retomo real, visível e literal do Senhor Jesus
Cristo a esta terra, exclui qualquer interpretação
espiritualizada, como se a sua vinda tivesse
ocorrido quando da descida do Espírito no
Pentecoste, ou quando da conversão de alguém,
ou ainda por ocasião da morte do crente”
(MENZIES, Willian W.; HORTON, Stanley M.
Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Fé
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 178).

CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos um pouco mais sobre o
Reino de Deus. Como disse alguém, a Igreja não é
idêntica ao Reino de Deus, pois este é maior do
que ela; todavia, a Igreja é o instrumento
presente do reino e herdará o reino (2 Pe 1.11).
Assim, o Reino de Deus, em sua plenitude, ou na
sua manifestação final, incluirá todos os crentes
que professaram e professarão sua fé em Cristo, o
Filho de Deus.
- Concluímos afirmando que a igreja precisa entender com urgência o
seu papel no mundo, empenhando todas as suas forças para cumprir a
sua missão: fazer missões “enquanto é dia; a noite vem, quando
ninguém pode trabalhar” (Jo 4.34) como disse o Senhor Jesus. Que
Deus, em sua infinita graça, ajude-nos a cumprir com alegria e
seriedade o ministério que recebemos do Senhor e não sejamos
achados em falta no último dia.

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