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TEXTO ÁUREO

“Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos.” (Cl 3.9)

Comentário

Pelo fato de Jesus Cristo ser “a verdade” (Jo 14.6), os crentes devem
praticar a verdade em todas as áreas da vida. Eles não devem mentir uns
aos outros. Mentir aos outros quebra a unidade e destrói a confiança. A
mentira arrasa os relacionamentos e pode levar a sérios conflitos em uma
igreja. A mentira pode ocorrer tanto em palavras pronunciadas como em
palavras que não foram ditas. Os crentes não devem exagerar as
estatísticas, espalhar boatos ou fofocas, ou dizer coisas para aumentar a
sua imagem própria às custas dos outros. Antes, por já terem se despido
do velho homem com seus feitos, devem se comprometer a dizer a
verdade. O “velho homem” era cada pessoa antes de vir a conhecer a
Cristo. A pessoa estava escravizada pelo pecado, ligada à terra, sem
esperança. Mas os crentes já se vestiram do novo, que se renova para
o conhecimento. A “nova natureza”que vem de Cristo nos liberta do
pecado, faz os nossos corações buscarem as“coisas de cima” (3.1), e nos
dá a esperança da eternidade. Paulo estava recorrendo ao compromisso
que os crentes tinham feito, rogando que permanecessem fiéis à sua
confissão de fé. Cada cristão está em um programa educacional
contínuo. A renovação é constantemente necessária na batalha do crente
contra o pecado e a velha natureza. O que aprendemos é o conhecimento
pessoal de Cristo, que criou esta nova natureza dentro de nós. O objetivo
do aprendizado é a semelhança com Cristo. Quanto mais os crentes
conhecem a Cristo e a sua obra, mais eles estão sendo mudados para
serem como Ele. Pelo fato de este processo durar a vida inteira, jamais
devemos parar de aprender e de obedecer.
 

 VERDADE PRÁTICA

A mentira pode até dar flores, mas não produz fruto para o bem.

INTRODUÇÃO COMENTÁRIOS
 

A história de Ananias e Safira foi marcada negativamente pela mentira que o casal proferiu no início
da Igreja. Ao longo da história da igreja pós-pentecostes, no livro de Atos dos Apóstolos, um
sentimento amoroso de partilha a respeito dos pobres dominava na igreja cheia do Espírito Santo.

Para que os necessitados não tivessem carência, alguns dos novos convertidos, que tinham posses,
negociavam suas propriedades e depositavam o dinheiro recebido junto aos pés dos apóstolos para
a distribuição aos necessitados.

Nesse contexto, o casal, Ananias e Safira, deixou-se dominar pela inveja e o desejo de chamar a
atenção dos demais. Por isso, eles mentiram contra os apóstolos e a igreja. Nesta lição,
estudaremos o perigo que a mentira traz para a família cristã. Além de tragédia espiritual, ela
também traz uma tragédia familiar.

  

COMENTÁRIOS

  

A igreja que nasceu no Dia de Pentecostes estava cheia do Espírito Santo e dava os seus primeiros
passos. A experiência vivida naquele dia foi o suficiente para que todos os convertidos e os quase
120 discípulos continuassem a perceber a presença do Espírito Santo em tudo que faziam.

Na Porta Formosa do Templo de Jerusalém operou-se o grande milagre do coxo de nascença que
foi curado por intermédio de Pedro e João. Não muitos dias depois, a igreja estava reunida em
determinada casa em Jerusalém sendo doutrinada pelos apóstolos e fortalecendo o amor e a
unidade espirituais entre todos. Havia grande sensibilidade entre todos. O Espírito Santo operou um
amor solidário e todos se ajudavam mutuamente. De modo espontâneo, cada um daqueles cristãos,
principalmente os que tinham posses, faziam ofertas de amor para ajudar as famílias pobres.

Uma generosidade operada pelo Espírito Santo tornou-se um sentimento amoroso que passou a
dominar o coração daqueles crentes, e alguns deles vendiam suas propriedades, traziam o dinheiro
e o colocavam aos pés dos apóstolos. Um deles foi um levita chamado Barnabé, que vendeu uma
propriedade sua e, de coração aberto e amoroso, trouxe o dinheiro da venda e o colocou aos pés
dos apóstolos para ser distribuído aos pobres (At 4.34-37).

Foi a partir da ação generosa de Barnabé que o Diabo encheu o coração de Ananias e Safira, os
quais, por inveja, resolveram exibir a mesma generosidade, mas agindo com hipocrisia e mentira (At
5.3).

A história de Ananias e Safira, que formavam uma família da igreja, é marcada negativamente pela
mentira que escondia a verdadeira razão de suas atitudes: chamar a atenção por inveja. O casal
queria ser visto pelas pessoas da igreja. A igreja do pós pentecostes foi cheia do Espírito Santo e o
sentimento amoroso de partilha com os pobres dominava os novos conversos a Cristo.

Para que os pobres de Jerusalém não passassem necessidades alimentares, alguns dos novos
convertidos que tinham posses, negociaram seus bens e o dinheiro recebido era colocado junto aos
pés dos apóstolos, para que fosse distribuído aos pobres. Foi assim que o casal Ananias e Safira se
deixou dominar pela inveja e o desejo de chamar a atenção dos demais.

Eles deixaram-se dominar pela hipocrisia e pela mentira, e, por esse ato, Ananias e Safira pecaram
contra o Espírito Santo e contra a liderança espiritual da igreja. Discute-se até hoje se Ananias e
Safira tiveram, de fato, uma conversão a Cristo ou foram apenas atraídos pelo movimento espiritual
que estava acontecendo na cidade de Jerusalém.
Cabral. Elienai,. RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA Superando Desafios e Problemas com
Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pag. 184-186.

 A igreja recebe o poder do Espírito Santo e ao mesmo tempo provoca a fúria de Satanás. Ganha o
favor de Deus e ao mesmo tempo a oposição do mundo.

Três foram as tentativas de paralisar a igreja.

A primeira foi a perseguição (At 4), o ataque de fora para dentro.

A segunda foi a infiltração (At 5), o ataque de dentro para fora.

A terceira foi a distração (At 6), a perda das prioridades.

Os apóstolos enfrentaram esses três ataques com oração e intrépido testemunho da Palavra.

O texto em apreço nos oferece um profundo contraste entre a atitude de Barnabé e a conduta de
Ananias e Safira.

Todos eram membros da igreja. Todos venderam uma propriedade, levaram os valores e
depositaram aos pés dos apóstolos. A diferença entre eles era a motivação.

Barnabé foi inspirado pelo amor; Ananias e Safira, pelo egoísmo. Barnabé ofertou para a glória de
Deus; Ananias e Safira, para sua própria glória. Barnabé foi inspirado pelo Espírito Santo; Ananias e
Safira, por Satanás.

LOPES. Hernandes Dias. Atos. A ação do Espírito Santo na vida da igreja. Editora Hagnos. pag.
111-112.

Os crentes, movidos por amor cristão, vendiam seus imóveis espontaneamente. Faziam isto para
distribuírem a importância apurada conforme a necessidade de cada um. Provavelmente, o dinheiro
era trazido aos apóstolos num culto especial como ato de consagração. Barnabé, que era decerto
um homem de bens e de influência, vendeu um campo e publicamente depositou seu valor em
dinheiro aos pés dos apóstolos.

Este ato de consagração despertou a admiração dos crentes. Talvez tenha havido durante aquele
culto um derramamento poderoso do Espírito Santo. No meio daquele entusiasmo, Ananias e Safira
venderam uma propriedade. Ananias entrou em acordo com sua mulher e reteve parte do preço,
depositando o restante aos pés dos apóstolos.
Até ali, tudo havia sido glorioso na vida da igreja. Suas características típicas eram o amor fraternal,
a bondade altruísta, a coragem heróica e a real devoção a Cristo.

Não era, no entanto, nenhum Milênio espiritual. Satanás, longe de estar amarrado, trabalhava com
vigor! Não conseguiu destruir a Igreja através das perseguições vindas de fora. Procurou, então,
estragá-la por dentro, seduzindo alguns dos seus membros.

Não conseguindo destruir o trigo, semeou seu joio (Mt 13.24-30). Suas primeiras vítimas, aliás
indesculpáveis, foram Ananias e Safira. Daquele tempo para cá, a hipocrisia sempre tem seguido a
realidade da religião como uma sombra negra.

Myer Pearlman. Atos, E a Igreja se Fez Missões. Editora CPAD. Ed. 1995. pag. 59-60.

I – UMA CONVERSÃO DUVIDOSA


 

1- Por que uma conversão duvidosa?

 Porque as atitudes do casal não revelavam a transformação de vida alcançada pelo poder do
Evangelho (Rm 1.16). Embora atraídos pela prática da igreja, simpáticos à causa do Evangelho,
Ananias e Safira não corresponderam à obra de regeneração do Espírito Santo, ou seja, eles não
foram genuinamente transformados (Jo 3.3-7).

É importante enfatizar que, no início do movimento do Pentecostes, Ananias e Safira uniram -se à
igreja local, passando a fazer parte dela. Entretanto, a velha natureza se revelava na hipocrisia, na
cobiça e na mentira do casal.

 COMENTÁRIOS

 Ainda que o texto não diga nada da conversão ou não do casal, percebe-se na narrativa do texto
(At 5.1,2) que um homem chamado José, conhecido como Barnabé, tinha dado uma grande oferta
de amor. Essa atitude de Barnabé chamou a atenção de Ananias e Safira, que se encheram de
ciúme e inveja porque desejavam receber a admiração dos apóstolos tanto quanto Barnabé.

Esse comportamento de Ananias e Safira transpareceu simpatia com o novo grupo religioso, o casal
parecia estar convencido de que Cristo era o Salvador de todos os homens. Entretanto, suas
atitudes não os identificavam como pessoas transformadas pelo poder do evangelho. Haviam sido
atraídos pela igreja, mas as suas obras não correspondiam com a obra do Espírito Santo em suas
vidas.

O casal pareceu apenas simpático ao evangelho, os dois não permitiram em suas vidas uma
transformação como acontece quando o Espírito Santo regenera o pecador. Doutro modo, Ananias
e Safira poderiam ter experimentado o poder regenerador do Espírito Santo, mas deram lugar ao
Diabo para contaminar a pureza da comunhão, se deixando levar por um espírito de mentira e
fingimento perante os apóstolos e a igreja.

Possivelmente, o casal fez parte daquela multidão que ouviu a mensagem de Pedro e recebeu de
bom grado a Palavra pregada, mas ainda não tinham confessado seus pecados.

Como Ananias e Safira, existem muitas pessoas que gostam da igreja e até participam dos cultos,
mas não se convertem, não fazem confissão de fé. Inicialmente, no grande movimento do Espírito
no Dia de Pentecostes, Ananias e Safira se uniram aos discípulos e passaram a fazer parte da
comunidade dos crentes em Cristo.

Entretanto, os dois, marido e mulher, mantiveram alguns hábitos da velha vida e, por isso, não
tiveram dificuldades em fingir uma espiritualidade que não tinham. Os sinais da velha natureza
pecaminosa foram demonstrados em hipocrisia, cobiça e mentira.

Cabral. Elienai,. RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA Superando Desafios e Problemas com


Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pag. 186-187.

O fato do novo nascimento. “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que
aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. Jesus explica que Nicodemos não
pode filiar- se ao grupo dEle assim como uma pessoa filia-se a uma organização qualquer. Ser
discípulo de Jesus depende do tipo de vida que se leva. A causa de Cristo é a do Reino de Deus,
onde não se pode entrar sem passar por uma transformação espiritual.

O Reino de Deus era bem diferente daquilo que Nicodemos imaginava, e o modo de estabelecê-lo e
de chamar pessoas a serem seus cidadãos também Jesus salientou a necessidade mais profunda e
universal do homem: uma mudança radical e completa da totalidade da natureza e do caráter. A
natureza total do homem foi torcida pelo pecado, em decorrência da queda, e esta perversão se
reflete na sua conduta individual e nos seus vários relacionamentos.

Antes de poder viver uma vida que agrade a Deus, sua natureza precisa passar por uma mudança
tão radical que é nada menos do que um segundo nascimento.
O homem não pode efetuar semelhante mudança por si mesmo. A transformação deve vir de cima.

“Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a
entrar no ventre de sua mãe, e nascer?” Nicodemos tem razão ao tirar a conclusão de que é
necessário um milagre para alguém entrar no Reino de Deus, mas não entende como isso se faz.
Pensava, decerto: “Sou um homem com muitos anos de vida, com hábitos de pensar e viver bem
arraigados em mim, bem como muitas ligações sociais e costumes e ideias antigos que nossos
antepassados nos legaram.

O nascimento tal como tu falas é tão impossível quanto o nascimento físico de um homem de idade,
tão prepóstero quanto seria a ideia de entrar segunda vez no ventre da mãe para nascer de novo. A
natureza humana não pode ser mudada desta forma. Jeremias, afinal, declarou: ‘Pode acaso o
etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas?’ Se é esta a tua exigência para que se
possa entrar no teu Reino, quem poderá ser considerado candidato aceitável?”

Os meios do novo nascimento. “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que
não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Nascer da água significa
passar por uma profunda experiência de purificação (cf. Ef 5.26). Nascer do Espírito significa passar
por uma profunda experiência de receber a vida divina. A alma humana precisa ser lavada de toda
impureza e vivificada pela vida celestial, antes de estar pronta para o Céu. Deus nos salvou: 1) pela
“lavagem da regeneração e 2) da renovação do Espírito Santo” (Tt 3.5).

O ensino era novo e, ao mesmo tempo, antigo. “Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é
nascer de novo. Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso? Jesus respondeu, e disse-
lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?” (v. 7,9,10).

Jesus queria dizer: “Como você fica surpreso, como se eu pregasse alguma estranha doutrina?
Certamente, como ensinador da Lei e dos Profetas, deve ter lido da promessa de Deus anunciada
por Ezequiel: ‘Então espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados… porei dentro de vós o
meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos’, (Ez 36.25-27).

Você sabe muito bem que, embora Israel se tenha jactado de ser o povo de Deus, filhos de Abraão,
os membros da nação são impuros e, portanto, indignos do Reino de Deus. O profeta declara que
os israelitas, antes de poderem entrar no Reino de Deus, precisam ‘nascer da água’ e ‘nascer do
Espírito’, precisam ser purificados e receber vida nova. O que é verdade no que diz respeito a Israel,
é verdade para você, individualmente. Você deve nascer de novo”.

Myer Pearlman. João, O Evangelho do Filho de Deus. Editora CPAD. 2 Ed. 2020.

 2- A comunhão na igreja de Atos.


 Em Atos dos Apóstolos, está claro que uma das caraterísticas dos primeiros dias da igreja, entre
outras coisas, era a “comunhão” (At 2.42). Os convertidos a Cristo daquele tempo, advindos do
grande grupo dos quase três mil novos cristãos, tinham tudo em comum, pois o Espírito Santo gerou
no coração desses cristãos o amor generoso e voluntário.

A marca dessa igreja era a ajuda mútua, pois seus membros vendiam suas propriedades e
depositavam todo o valor arrecadado aos pés dos apóstolos. Esse dinheiro tinha o objetivo de
ajudar os mais pobres de Jerusalém (At 4.34,35).

Um exemplo desse “espírito” na primeira igreja foi um homem chamado Barnabé. Ele vendeu suas
terras e entregou todo o dinheiro, de forma voluntária, para suprir a necessidade dos cristãos
carentes (At 4.36,37).

 COMENTÁRIOS

 Uma das caraterísticas da Igreja Primitiva era o que está no texto de Atos 4.32: “E era um o
coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era
sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns”. Portanto, aqueles primeiros cristãos “tinham
todas as coisas em comum”, significando que havia um desprendimento interior de amor e
generosidade para ajudar uns aos outros. Na narrativa de Lucas em Atos dos Apóstolos, no capítulo
2 e versículo 42, está registrado que a comunhão fraternal era uma das caraterísticas dos primeiros
dias da igreja.

Todos os convertidos a Cristo, advindos do grande grupo dos quase três mil novos cristãos, tinham
tudo em comum, porque o Espírito Santo gerou no coração daqueles cristãos um amor generoso,
complacente e comunitário. Todos se ajudavam mutuamente e vendiam suas propriedades e
depositavam aos pés dos apóstolos o dinheiro de suas vendas, com o intuito de ajudar os crentes
mais pobres de Jerusalém. O exemplo negativo que Ananias e Safira deixaram para a igreja torna-
se positivo, no sentido de que ninguém pode enganar ao Espírito Santo.

Qualquer comportamento que possa corromper os sentimentos deve ser rechaçado no meio da
igreja. A Palavra de Deus é viva e eficaz, e ela ensina que as obra da carne são bombas explosivas
que Satanás lança sobre o crente para que este não faça as coisas do Espírito (Gl 5.19-21).

No versículo 21, a Escritura cita a “inveja” como uma das obras da carne que conduz o crente à
derrota espiritual. Porém, o apóstolo Paulo diz no versículo 17: “Porque a carne cobiça contra o
Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que
quereis”. Mas no versículo 16, que antecede essa batalha de carne e Espírito, o apóstolo, pelo
Espírito Santo, diz: “Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne”.

Cabral. Elienai,. RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA Superando Desafios e Problemas com


Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pag. 188-189.
 […] o amor traduzido em ação (4.32, 34,35). Lucas relata esse fato, como segue:

D a multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua
nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum […].

Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-
as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a
qualquer um à medida que alguém tinha necessidade (4.32,34,35).

Crentes cheios do Espírito têm o coração aberto e o bolso também. O amor não consiste naquilo
que falamos, mas no que fazemos. A comunhão passa pelo compartilhar. A unidade da igreja
transformou-se em solidariedade. Pessoas eram mais importantes do que coisas, pois os crentes
adoravam a Deus, amavam as pessoas e usavam as coisas.

John Stott destaca que a venda de propriedades era voluntária e esporádica, à medida que surgia a
necessidade de dinheiro.141 Adolf Pohl diz que aqui não se ensaiava um novo modelo social nem
se definia um novo “conceito de propriedade”.

William Barclay é claro nesse ponto: “A sociedade chega a ser verdadeiramente cristã não quando a
lei nos obriga a repartir, mas quando o coração nos move a fazê-lo”.

O reformador João Calvino, já no século XVI, ao analisar o texto em questão, escreve de forma
vívida: Seria preciso que tivéssemos corações mais duros do que o aço para não sermos tocados
pela leitura desta narrativa. Naqueles dias os crentes davam abundantemente daquilo que era deles;
hoje, não nos contentamos em guardar egoisticamente aquilo que é nosso, mas, insensíveis,
queremos roubar os outros.

Eles vendiam os seus próprios bens naqueles dias; hoje, é o desejo de possuir que reina supremo.
Naquele tempo, o amor fez com que a propriedade de cada homem se tornasse a propriedade
comum para todos os necessitados; hoje, a desumanidade de muitos é tão grande que de má
vontade concedem que o pobre more nesta terra e desfrute a água, o ar e o céu juntamente com
eles.

LOPES. Hernandes Dias. Atos. A ação do Espírito Santo na vida da igreja. Editora Hagnos. pag.
112-113.

 A generosidade dos crentes de Jerusalém era tão grande, que não havia entre eles necessitado
algum. Abundantes doações resultantes da venda de terras ou casas eram trazidas aos apóstolos
para serem distribuídas entre aqueles que estavam em necessidade.

Tais doações eram expressões excepcionais de preocupação social pelos necessitados. Estes bons
tempos, entretanto, não durariam muito.
Uma escassez de alimentos (veja a profecia de Ágabo, em 11.28) acabaria fazendo com que a
igreja de Jerusalém ficasse dependente das doações dos crentes da Ásia (veja Rm 15.25-28; G1
2.10).

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. 2a Impressão: 2010. Vol. 1.


pag. 642.

 3- A inveja e a hipocrisia de Ananias e Safira.

 Quando viram o desprendimento generoso de Barnabé, Ananias e Safira encheram seus corações
de inveja. No lugar de agirem de maneira generosa, eles cultivaram um sentimento carnal, tramando
um plano para impressionar os apóstolos e a igreja (At 5.1,2).

O plano era o seguinte: vender uma propriedade e levar o dinheiro como oferta à igreja, mas reter
uma parte desse valor para eles mesmos e entregar a outra como se fosse o valor completo.
Ananias e Safira fingiram dar todo o dinheiro à igreja.

É muito triste quando a hipocrisia e o engano se instalam no coração do homem. Mais trágico ainda
quando essa realidade acontece no seio da família cristã. Devemos estar vigilantes, o Diabo age
para desfazer a unidade do Espírito na vida da família.

COMENTÁRIOS

Ora, em um grupo tão numeroso de crentes, entusiasmados com tudo o que estava acontecendo na
vida em comunidade daquela igreja, deveria haver, inevitavelmente, alguma ovelha rebelde.

Quando Ananias e Safira viram que Barnabé teve um desprendimento generoso, tendo sido
compungido pelo amor que o Espírito Santo colocou em seu coração, tomou a decisão.

Espontaneamente, vendeu uma propriedade que tinha, e, após vendida, trouxe o dinheiro e
depositou com alegria e desprendimento o seu valor total aos pés dos apóstolos.

Ananias e Safira deixaram-se encher o coração com inveja. Com esse sentimento negativo e carnal,
fizeram um conchavo de engano e mentira para impressionar os apóstolos e a igreja. Então os dois
trataram entre si de vender uma propriedade para levar a sua oferta à igreja, mas combinaram em
reter uma parte do valor para eles e entregar a outra parte restante como se fosse o valor completo.

Fingiram dar todo o dinheiro à igreja, acreditando que podiam enganar a todos com a mentira.
Fingimento, hipocrisia e engano foram colocados no coração do casal, e eles se sentiram confiantes
de que podiam enganar os apóstolos e a igreja.

Essa atitude de fingimento, hipocrisia e mentira era como um “míssil” para destruir a comunhão do
Espírito na igreja. Sem dúvida, é o que o Diabo faz para desfazer a unidade do Espírito na vida da
comunidade. A comunhão era uma caraterística muito forte na Igreja Primitiva, conforme Lucas
narrou: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão e nas
orações” (At 2.42).

Posteriormente, o apóstolo Paulo entendeu que a igreja só é igreja porque deve manter a
consciência de que “[fomos] chamados para comunhão de seu Filho Jesus Cristo” (1Co 1.9).

Cabral. Elienai,. RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA Superando Desafios e Problemas com


Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pag. 189-190.

[…] a hipocrisia disfarçada (5.1,2). Entretanto, certo homem, chamado Ananias, com sua mulher
Safira, vendeu uma propriedade, mas, em acordo com sua mulher, reteve parte do preço e, levando
o restante, depositou-o aos pés dos apóstolos. Ananias e Safira não eram pessoas desclassificadas.
Eram membros da igreja. Foram batizados. Viviam junto com os outros irmãos, cantavam e oravam.
Falavam a mesma linguagem da fé. Externamente eram crentes maravilhosos.

O exemplo de desprendimento de Barnabé os fascinou. Tiveram o ímpeto de imitá-lo, mas tentaram


jeitosamente o meio-termo. A dádiva deles não era produzida pelo amor. O amor deles era falso.
Estavam cheios de egoísmo. Buscavam louvores dos homens e reconhecimento por parte das
pessoas. Ananias e Safira estavam mancomunados na mentira. Queriam glórias pessoais.

Eram hipócritas e falsos filantropos.

A hipocrisia é a dissimulação deliberada, a tentativa de fazer com que as pessoas acreditem que
somos mais espirituais do que na realidade somos. O nome Ananias significa “Deus é cheio de
graça”, mas Ananias descobriu que Deus também é santo. Safira quer dizer “bela”, mas o pecado
tornou seu coração repulsivo.
LOPES. Hernandes Dias. Atos. A ação do Espírito Santo na vida da igreja. Editora Hagnos. pag.
115-116.

 A palavra mas faz a ligação com 4.36,37, onde Barnabé foi apresentado como um homem que tinha
feito doações generosas para os necessitados. No início da igreja, o costume de vender os próprios
bens para dar dinheiro aos necessitados mostrava a disposição dos crentes de ajudar outros
crentes. Nem todos estavam vendendo tudo, nem havia pressão alguma apara que isto acontecesse
(Maria, a mãe de João, ainda possuía a sua casa – 12.12).

As ofertas deste tipo eram voluntárias, e parecem ter sido praticadas somente aqui, na igreja
primitiva da Palestina.

Parece que a resposta positiva da igreja às doações de pessoas como Barnabé se tornaram uma
fonte de inveja para Ananias e Safira.

Eles também venderam uma propriedade.

Eles poderiam ter dado qualquer porcentagem do valor da venda, mas como aparentemente eles
desejavam obter o apreço que Barnabé tinha recebido, fingiram dar todo o dinheiro que tinham
recebido pelo campo. No entanto, eles retiveram parte do preço.

Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. 2a Impressão: 2010. Vol. 1.


pag. 643.

4- Quando a mentira e o engano enchem os corações.

Cheio do Espírito, incisivo e com autoridade espiritual, o apóstolo Pedro disse a Ananias: “Ananias,
por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do
preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que
formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5.3,4).

O apóstolo Pedro também tratou com a esposa de Ananias, sem ela saber que o esposo havia
caído morto na presença de todos: “Por que é que entre vós vos consertastes para tentar o Espírito
do Senhor?” (At 5.9a).
Portanto, vem os que a mentira e o engano dominaram o coração do casal para tentar ludibriar a
igreja e, consequentemente, a liderança apostólica. Ao tentar enganar a liderança local da primeira
igreja, na verdade, eles mentiram contra o Espírito Santo (At 5.3), voltando-se diretamente contra
Deus (At 5.4).

COMENTÁRIOS

O caso de Ananias e Safira ilustra as tentações a que os cristãos menos espirituais ficam expostos.
Nem na Igreja Primitiva, nem tão pouco nos tempos atuais se exige ou requer que os membros da
igreja vendam suas propriedades e entreguem o dinheiro à igreja.

Ninguém é obrigado a nada. O problema de Ananias e Safira não foi o valor que depositaram aos
pés dos apóstolos, pois eles poderiam reter o que quisessem para si e dar a outra parte para a
igreja. Mas eles preferiram dizer que estavam entregando o valor total da venda. O Espírito Santo,
então, revelou a trama de Ananias e Safira ao apóstolo Pedro por meio do dom de discernimento de
espíritos.

Pedro, cheio do Espírito Santo, foi incisivo e, com autoridade espiritual, disse: “Ananias, por que
encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da
herdade? […] Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a
Deus” (At 5.3,4). Algum tempo depois chegou Safira, e quando chegou diante dos apóstolos e da
igreja, sem saber que o seu marido havia caído morto na presença de todos, o apóstolo Pedro
disse: “Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor?” (At 5.9). Na
versão NVI, o texto diz assim: “Por que vocês entraram em acordo para tentar o Espírito do
Senhor?” (At 5.9).

A palavra desígnio significa “intenção, propósito, vontade”. Portanto, a vontade carnal de Ananias e
Safira foi a de enganar a igreja e, especialmente, a liderança pastoral da igreja. Dessa forma, o
pecado deles não foi apenas contra o Espírito Santo, mas também contra a liderança da igreja.
Quem dá pastores à igreja é o Senhor Jesus (Ef 4.11) e, por isso, a igreja precisa respeitar a
autoridade espiritual desses servos de Deus.

Os pastores são homens da mesma espécie dos demais; entretanto, os homens que Jesus torna
pastores da sua igreja se tornam especiais porque foram consagrados para o exercício pastoral.
Naturalmente, quando um pastor não corresponde aos requisitos do ministério pastoral, será tratado
pelo Senhor. Nunca deverá ser tratado como um igual, porque não o é. Temor de Deus e respeito
pela autoridade delegada pelo Espírito Santo faltaram a Ananias e Safira, por isso, foram punidos
imediatamente com a morte física.
Cabral. Elienai,. RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA Superando Desafios e Problemas com
Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pag. 190-191.

 […] hipocrisia desmascarada (5.3,4).

Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito
Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido,
não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos
homens, mas a Deus. Satanás havia derramado suas sugestões malignas no coração de Ananias e
Safira.

O casal, em vez de resistir ao diabo, deu guarida às suas propostas. Caíram na sua armadilha e
resolveram hipocritamente mentir ao Espírito Santo e enganar a igreja. Adolf Pohl dá o seu brado de
alerta: “Que fato horrível: um coração anteriormente repleto do Espírito Santo de Deus agora está
cheio de Satanás! Isso é possível. Não temos direito a qualquer atitude autoconfiante”.

Ananias cometeu um pecado ainda mais grave do que mentir ao Espírito Santo (5.3). Literalmente
este texto diz: “Ananias, como é que Satanás encheu o teu coração para falsificar o Espírito
Santo?”.

O pecado dele não foi apenas mentir ao Espírito Santo, mas tentar falsificar o Espírito Santo,
buscando representar sua fraudulenta ação como divinamente inspirada. Assim, ele procurou fazer
com que o Espírito Santo participasse do seu horrendo crime. Ananias não teria cometido nenhum
pecado se não vendesse sua propriedade; ou se vendesse e não desse nada ou só a metade.

Seu pecado foi dar parte, dizendo que estava dando tudo. Seu pecado foi mentir ao Espírito e
enganar a igreja.

Por trás da hipocrisia de Ananias estava a atividade sutil de Satanás. O perverso inimigo que já
havia atacado a igreja através da perseguição, agora a ataca sedutoramente por meio da corrupção.

Quando Pedro declarou que Ananias reteve parte do dinheiro, emprega o verbo nosphizomai, que
significa “apropriar-se indevidamente”. A mesma palavra foi usada na Septuaginta em relação ao
roubo de Acã e, na única outra ocorrência no Novo Testamento (Tt 2.10), esse verbo significa
“roubar”. Devemos pressupor, portanto, que, antes da venda, Ananias e Safira assumiram algum
tipo de compromisso no sentido de darem à igreja todo o dinheiro.

Por causa disso, quando entregaram apenas parte do valor, em vez de tudo, tornaram-se culpados
de apropriação indébita.149 John Stott diz que o problema de Ananias e Safira foi falta de
integridade.
Eles não eram apenas avarentos, mas também ladrões e mentirosos. Queriam o crédito e o
prestígio da generosidade sacrificial, sem terem de arcar com as inconveniências. Assim, a
motivação do casal, ao dar, não era aliviar os pobres, mas inflar o próprio ego.

LOPES. Hernandes Dias. Atos. A ação do Espírito Santo na vida da igreja. Editora Hagnos. pag.
116-117.

 A Seriedade Do Caso

Primariamente, Ananias mentira a Deus, e não aos homens. Ele mentira ao Espírito Santo. Notemos
a distinção de pessoas divinas, dando a entender a base da doutrina da Trindade (ver notas
completas sobre o tema, em I João 5:6).

O pecado de Ananias, portanto, foi uma extrema hipocrisia, o que é uma exibição de egoísmo. Ele e
sua esposa desejavam impressionar aos outros, a fim de obterem glória pessoal. Não se
importavam realmente em ajudar ao próximo. O «amor» deles era falso. Era egoísmo disfarçado.

Satanás se conservou próximo deles o bastante para influenciá-los.

Esse é um outro elemento que mostra a seriedade do pecado que cometeram. Pretendiam estar
sendo guiados pelo Espírito, e assim fizeram uma suposta oferta de amor cristão. Na realidade,
porém, eram inspirados por Satanás para praticarem um ato egoísta, fingindo que era amor. (Ver
notas completas sobre «Satanás», em João 8:44; e sobre a «influência e possessão demoníacas»,
em Mat. 8:28).

Quão sério é esse pensamento! Os homens, na igreja, ao servirem aparentemente a Cristo, na


verdade podem estar servindo apenas ao seu próprioteu», e isso através de alguma influência
demoníaca! Todo egoísmo não passa de loucura. Mas também pode tornar-se uma atitude satânica.
Quase todos os nossos problemas podem ser atribuídos a alguma forma de egoísmo, o contrário
mesmo do amor.

O amor é prova de espiritualidade, segundo se vê em I João 4:7,8. O egoísmo, porém, é prova de


carnalidade.

Satanás é um adversário formidável dos crentes. Mas, a pergunta de Pedro, «…por que… ·
subentende que tal influência poderia ter sido repelida, tal como aprendemos em Tia. 4:7. Ê
especialidade de Satanás perverter a consciência e a vontade. Assim sendo, todos os homens estão
sujeitos a essa maligna influência.

O N.T. ensina por toda a parte a realidade, a individualidade e a personalidade de Satanás, o


príncipe do mal, que é o seu originador e principal perpetrador. (Quanto a notas expositivas sobre o
seu ser, ver Luc. 10:18 e João 8:44. No tocante aos demônios, ver Marc. 5:2; e quanto à possessão
demoníaca, ver Mat. 8:28).

O Espírito de Deus foi quem inspirou a Simão Pedro. O conhecimento que esse apóstolo
demonstrou possuir do coração de Ananias e Safira não pode ser explicado com base nos
fenômenos naturais, de conformidade com. as altas exigências do texto sagrado.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora


Hagnos. Vol. 3. pag. 111.

  

SINOPSE I
 

A igreja primitiva vivia uma verdadeira comunhão. Entretanto, Ananias e Safira dissimulavam nessa
comunhão com a mentira.

AUXÍLIO DEVOCIONAL

“À SUA DISPOSIÇÃO [Ananias e Safira]

Esse casal conspirou, e combinou que deveria vender suas propriedades, guardando uma parte do
dinheiro, m as fingiu dar tudo, colocando o dinheiro aos pés dos apóstolos, como os outros cristãos
tinham feito. A morte deles aconteceu imediatamente, não porque tivesse guardado o dinheiro, mas
porque o seu ato foi uma mentira: um engano para manipular a comunidade cristã e encobrir os
seus verdadeiros motivos.

O mais fascinante é o fato de que, se tivessem guardado todo o dinheiro, e o tivessem investido em
alguma atividade comercial […], provavelmente teriam vivido ‘felizes para sempre’.

Como disse Pedro, a propriedade não é deles, em primeiro lugar? O dinheiro não estava à sua
disposição? (v.5) Agora, antes que você fique com a impressão errada, este não é um devocional
sobre o modo de vida americano, ou uma exortação para ‘investir em riquezas’. É simplesmente
uma observação de que aquilo que você ou eu temos é nosso. O que nós possuímos, possuímos.

Quando temos dinheiro, ele está à nossa disposição. Os capítulos 4 e 5 de Atos não suscitam a
questão do comunismo cristão, de maneira alguma. Mas esses capítulos suscitam uma pergunta. A
pergunta é: nós estamos ou não à disposição de Deus?” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário
Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.725).

II – O PROBLEMA DA MENTIRA DENTRO DA


FAMÍLIA
 

1- A mentira produzida dentro da família.

Ananias e Safira imaginaram que poderiam tirar proveito do desconhecimento das pessoas da igreja
sobre a artimanha de esconder a verdade sobre a venda da propriedade, mentindo com o objetivo
de chamar a atenção para si mesmos (At 5.1). Isso fala a respeito de pessoas que se dizem cristãs,
mas mantêm velhos hábitos da vida mundana.

O Espírito Santo se entristece quando, dentro da família, esposo, esposa, filhos e filhas, ou outros
membros, fazem da mentira um estilo de vida. Por isso, o apóstolo Paulo exorta a não mentir uns
aos outros (Cl 3.9).

 COMENTÁRIOS

 “[…] vendeu uma propriedade e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher” (At 5.1,2). A
presença poderosa e soberana do Espírito na igreja era tão real que nada, nenhuma ação
perpetrada para corromper a comunhão espiritual, poderia afetá-la. Ananias e Safira mantinham
velhos hábitos da vida mundana e facilmente foram tentados pelo Diabo. A presunção de chamar a
atenção das pessoas imitando a ação de Barnabé era mais forte em suas almas.

Ora, as ofertas que os cristãos doavam à igreja para ajudar aos pobres eram espontâneas e livres, e
as pessoas doavam o quanto pudessem. Não havia regras para o ato, nem exigência de valores.

Esperava-se que tudo fosse feito com generosidade e sem trapaça.


Ananias e Safira mentiram para si mesmos e, pior, sua mentira afetava a santidade da igreja e a
autoridade dos apóstolos, por isso, seu pecado foi contra o Espírito Santo. É lamentável quando,
dentro da família, marido e mulher, filhos e outros mais fazem da mentira um modo de vida.

O apóstolo Paulo exortou a igreja em Colossos dizendo: “não mintais uns aos outros, pois que já vos
despistes do velho homem com os seus feitos” (Cl 3.9). O que Ananias e Safira tramaram em seus
corações fez da mentira um modo de engano e hipocrisia. Em Romanos 16.18, Paulo diz: “Porque
os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e, com suaves palavras e
lisonjas, enganam o coração dos símplices”.

Cabral. Elienai,. RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA Superando Desafios e Problemas com


Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pag. 196-197.

 Mentira é o falseamento a verdade. Quando um cristão mente, ele está cooperando e aliando-se
com Satanás, que é o pai da mentira. Espalhar contenda entre os irmãos é o pecado que a alma de
Deus mais abomina (Pv 6.16-19).

Russell Shedd alerta: As críticas aos nossos irmãos devem ser de tal modo dominadas pelo amor
que sempre expressem o desejo de encorajar, e nunca a intenção de destruir maliciosamente.
Cuidado com as fofocas e os comentários desnecessários que, ao invés de encorajar e abençoar,
amaldiçoam e desestimulam.

LOPES, Hernandes Dias. Colossenses. A suprema grandeza de Cristo, o cabeça da


Igreja. Editora Hagnos. pag. 169.

«.. .Não mintais…»

«Sem a honestidade, o fundo cai de todas as outras virtudes. O amor é aclamado como qualidade
suprema da vida cristã; mas Paulo, ao dizer isso sobre a fé, a esperança e o amor, afirma que a
maior delas é o amor, o qual deve ser sem hipocrisia. O amor sem genuinidade é pior que não ter
amor algum.

A honestidade é a essência d a coragem moral, conforme ficou demonstrado na vida de Jesus. Uma
mentira inocente poderia tê-lo salvado da cruz, mas ele não a quis proferir, apesar de sua vida estar
em perigo. Os primeiros cristãos deixaram profunda impressão sobre seus contemporâneos, não
meramente por causa do amor que exemplificavam, mas muito mais pela integridade de suas vidas
(ver Tia. 5:12)». (Macleod, in loc.).
Um criminologista norte-americano asseverou que a fraude é a ofensa criminal mais propagada nos
Estados Unidos da América, permeando todos os níveis da sociedade. É justo supormos que o
mesmo se dá em muitos outros países.

Como a sociedade encara sem seriedade a mentira, o que se vê no grande número de piadas que
se centralizam em redor dessa prática. Mas quão séria é essa questão, no N.T., por refletir uma
natureza desonesta e pervertida. Paulo adiciona essa maldade à sua pêntada de vícios, conforme
se vê no oitavo versículo. Este, tal e qual os outros vícios, pertence à natureza antiga, ao homem
velho e não-remido.

Tal vício, tal como aqueles outros, é incompatível com a nossa nova vida em Cristo. No entanto, não
é verdade que a maioria das pessoas, dentro e fora da igreja, diz o que pensa ser-lhes mais
vantajoso, sem importar se é uma verdade ou uma mentira, de tal modo que o teste real da conduta
é o teste «pragmático»? Serei beneficiado, se disser uma mentira? Se a resposta for «sim», então,
para essas, pessoas, a mentira é preferível à verdade.

«…vos despistes…» No grego temos o verbo «apekduomai», o qual, tal como o verbo do versículo
anterior, pode significar «despir uma roupa».

Portanto, o quase certo é que Paulo dá prosseguimento à sua metáfora do «despir-se» e do «vestir-
se», tendo empregado apenas um sinónimo.

Como Nos Despimos Do Velho Homem ?

Quando aplicamos os meios de desenvolvimento espiritual, desvencilhamo-nos das vestes velhas e


sujas que nos caracterizavam antes da conversão. (Isso é comentado no primeiro versículo deste
capítulo).

Esse despir-se é realizado por ocasião da conversão (ver João 3:3), e prossegue na santificação
(ver I Tes. 4:3). Ambas as coisas fazem parte da obra do Espírito.

Isso se cumpre através da nossa união com Cristo, por causa do que assumimos a sua natureza, e
assim nos tornamos um «novo homem».

O trecho de Efé. 4:22 encerra idêntica declaração, e ali são dadas notas adicionais que iluminam o
tema. O velho homem é representado pelas vestes velhas. Ele é a natureza antiga, não-convertido,
egoísta, carnal, dominado por motivos carnais e temporais. Cristo é a «nossa vida». Quando isso se
toma uma realidade, então nos tornamos novas criaturas, ou seja, temo-nos vestido de novas
vestes, metaforicamente falando.
«Torna-se perfeito no domínio próprio aquele que não somente se abstém dos prazeres do corpo,
mas alegra-se por poder fazê-lo; ao passo que aquele que se abstém mas se entristece com isso,
não tem o domínio próprio».

(Aristóteles):

A metáfora do «despojamento» nos leva de volta a todos os vícios mencionados, não aludindo
somente à prática da mentira.

O paralelo a este versículo é a passagem de Efé. 4:25, onde se lê: «Por isso, deixando a mentira,
fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros». Quando
mentimos para os irmãos, ferimos o corpo inteiro de Cristo, distorcendo-o e aleijando os seus
membros. O «velho homem» é a «veste antiga», que deve ser. posta de lado.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora


Hagnos. Vol. 5. pag. 139.

2- Quem faz uso da mentira está dominado pelo poder da carne.

Em Gálatas, o apóstolo Paulo escreve que a carne cobiça contra o Espírito, e este se opõe à carne
para que não façamos o que ela quer, ou seja, se espera dos cristãos que crucifiquem a sua carne
com suas respectivas paixões, isto é, vícios da alma; assim, devemos viver dominados pelo Espírito
(Gl 5.17,24,25).

Toda e qualquer mentira, por mais ingênua que possa parecer, tem sua fonte no Diabo, que é o seu
pai (Jo 8.44,45). Se ela domina o crente, significa que este não está mais no Espírito, mas na carne
(cf. Rm 8.1; 13.14).

  

COMENTÁRIOS

O apóstolo Paulo escreveu aos Gálatas no capítulo 5.17,24,25:


Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem- se um ao
outro; para que não façais o que quereis. E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas
paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.

A palavra “concupiscência” no grego bíblico é epithymia, que significa “anseio” (especialmente por
aquilo que é proibido). A mentira é aliada da concupiscência porque esta se alimenta de coisas
como a mentira para satisfazer a carne. Convivemos com as pequenas e ingênuas mentirinhas;
porém, nem grandes nem pequenas mentiras, porque toda mentira tem sua fonte no Diabo, que é o
pai da mentira (Jo 8.44,45).

Cabral. Elienai,. RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA Superando Desafios e Problemas com


Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pag. 197.

 […] o Espírito Santo nos capacita a triunfar sobre o pecado (8.13). Só há dois estilos de vida: viver
segundo a carne ou mortificar os feitos do corpo pelo Espírito. Os que vivem segundo a carne
caminham para a morte; os que pelo Espírito mortificam os feitos do corpo têm a garantia da vida.

Há aqui um paradoxo: os que vivem morrem e os que morrem vivem. Os que vivem na carne
morrem; os que morrem para o pecado vivem. Emprestamos as palavras de Stott: “Existe um tipo de
vida que leva à morte, e há um tipo de morte que conduz à vida”.

Uma pergunta solene precisa ser aqui encarada: O que é mortificação? Certamente não é
masoquismo (alegrar-se no sofrimento auto infligido) nem ascetismo (rejeitar e negar as
necessidades naturais do corpo), mas reconhecer o mal como mal e repudiá-lo veementemente. E
crucificar a carne com suas paixões e desejos (G1 5.24).

Se perguntamos “Como a mortificação acontece?”, a resposta do apóstolo Paulo é clara e incisiva.


O Espírito Santo e só ele pode capacitar-nos a mortificar os feitos do corpo.

Embora sejamos completamente passivos na justificação e na regeneração, somos participativos na


santificação. Embora o poder para o agir e o efetuar emane do próprio Espírito, somos convocados
a mortificar os feitos do corpo.

Jesus ilustrou essa mortificação: “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois
te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. E,
se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus
membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno” (Mt 5.29,30). John Stott corretamente diz que
precisamos ser inflexíveis em nossa decisão: não olhar; não tocar; não ir controlando assim a
própria aproximação do mal.

[…]  o Espírito Santo nos orienta como filhos de Deus (8.14). Paulo nos ensina duas grandes
verdades aqui.
A primeira é que a paternidade de Deus não é universal.

Nem todos os seres humanos são filhos de Deus, uma vez que só aqueles guiados pelo Espírito de
Deus são filhos de Deus. A segunda verdade é que a paternidade de Deus é real e experimental,
uma vez que podemos ter garantia de que, se somos guiados pelo Espírito de Deus,
verdadeiramente somos filhos de Deus.

O Espírito Santo não apenas habita em nós e nos capacita a triunfar sobre o pecado, mas também
nos toma pela mão e nos guia, dirige, impele pelo caminho da obediência.

O Espírito Santo nos constrange e nos compele a viver como filhos de Deus. Assim, não apenas nos
tornamos membros da família de Deus, mas também agimos como tal. Não apenas somos adotados
como filhos de Deus, somos também orientados a viver como seus filhos. Isso não significa que o
Espírito Santo coage, intimida ou violenta, tirando de nós, nossa liberdade de escolha. O que ele faz
é nos iluminar e nos persuadir, com sua doçura e poder.

O Espírito não nos aponta o caminho que devemos seguir

como um vendedor de mapas; ele nos toma pela mão e nos guia como um beduíno no deserto que
caminha com os viajantes pelos montes alcantilados e pelos vales profundos, conduzindo-os ao
destino desejado.

LOPES. Hernandes Dias. Romanos O Evangelho segundo Paulo. Editora Hagnos. pag. 288-290.

Mais uma vez Paulo coloca em primeiro plano a grande libertação de que todos os que creem
gozam em relação ao dever. Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se
constrangidos a viver segundo a carne. Obviamente poderíamos prosseguir positivamente: “porém
somos devedores de nosso Senhor” (Lc 17.7-10), mas Paulo está enfocando aqui nossa condição
de filhos, o que o leva a expressar-se de modo diferente. Antes de mais nada, duas frases com “se”
expõem dois tipos de concatenações de que devemos estar cientes: a ânsia enganadora pela vida
leva inevitavelmente à morte (v. 13a); unicamente o “matar” espiritual traz consigo a promessa de
vida (v. 13b).

Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes
os feitos do corpo, certamente, vivereis. Digno de morte não é o próprio corpo. Segundo Rm 12.1
ele deve ser oferecido como sacrifício vivo a Deus, assim como aqui, segundo o v. 11, também está
destinado à ressurreição. Contudo ele é um campo de luta entre carne e Espírito, podendo ser
conquistado para práticas que acontecem flagrantemente no antiespírito de Gl 5.19-21.
Quem não quiser morrer por intermédio delas, tem de matá-las. Isto significa: a partir da situação de
mortos declarada em 6.11, romper incondicionalmente as relações com essas ações. Jesus falava
em termos drásticos de amputar membros que nos seduzem (Mc 9.47). Com isso não visava o
mundo dos sentidos, mas da ação: Acabar com essas ações e em lugar delas realizar algo por meio
do Espírito (Rm 12.21). Sua presença é a verdadeira “novidade” (Rm 7.6) no campo de batalha. Ela
altera as condições e, em comparação com a condição desesperada de Rm 7.14-25, também
conduz a outros resultados (Gl 5.16).

Agora dá maior atenção à forma de ação do Espírito e a decifra como a experiência de ser filho.
Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. O Espírito guia, assim
como um pastor “conduz” as suas ovelhas, e elas o seguem (Jo 10.3; cf Sl 23.2,3), ou como Deus
“conduziu o seu povo pelo deserto” por meio de Moisés (Sl 136.16), ou como Jesus naquele tempo
“ia adiante dos seus discípulos” (Mc 10.32) e como aqui um Pai “conduz” seu filho.

Portanto, quem anda no Espírito não passa a caminhar, em puro enlevo, apenas na ponta dos pés.
Ele não está enfeitiçado. Por outro lado tampouco está continuamente super exigido, porém é
essencialmente alguém guiado. Isto significa que quem guia está nitidamente na condição superior
de senhor, porém cheio de previdência. Da parte do que é guiado vigora inegavelmente a
docilidade, mas cheia de obediência do coração (Rm 6.17), como de filhos de Deus.

Adolf Pohl. Comentário Esperança Romanos. Editora Evangélica Esperança. 1 Ed. 1999.

SINOPSE II
 

O uso da mentira revela a escravidão da carne. Conjugada com a hipocrisia, a mentira traz
consequências sérias para toda a família.

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ

O PECADO DE ANANIAS E SAFIRA

 
“ O pecado que Ananias e Safira cometeram não foi o da mesquinhez, por guardarem parte do
dinheiro; eles tinham a opção de vender ou não a terra; e, caso decidissem vendê-la, poderiam dar
quanto quisessem. O pecado deles foi mentir diante de Deus e do seu povo, dizendo que deram a
quantia total, quando, na verdade, guardaram parte para si; eles mentiram, a fim de parecerem mais
generosos do que realmente eram.

Tal pecado foi severamente julgado, porque a desonestidade, a cobiça e a avareza são destrutivas
para a Igreja, pois impede que o Espírito Santo trabalhe eficazmente. Toda mentira é ruim, mas
quando mentimos para tentar enganar a Deus e a seu povo sobre o nosso relacionamento com Ele,
destruímos nosso testemunho a favor de Cristo” (Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro:
CPAD, 2020, p.1486).

III – PROTEGENDO A FAMÍLIA DA MENTIRA E DA


HIPOCRISIA
 

1- Cuidado contra os defeitos morais no lar.

Quando se permitem certos defeitos morais como a prática da mentira, do fingimento e da hipocrisia
dentro de um lar, essa família está fadada ao fracasso.

Semelhantemente ao que aconteceu com Ananias e Safira, no Antigo Testamento, lemos a história
de uma família israelita, cujo chefe era Acã.

Dominado pela cobiça e pela hipocrisia, ele furtou certos objetos da cidade de Jericó, considerados
amaldiçoados e que, por isso, Israel não deveria tomar como despojo. Esse pecado de
desobediência trouxe maldição para todo o povo. A ira do Senhor se acendeu contra Acã e toda a
sua família (Js 7.1).

  

COMENTÁRIOS

  
Existem graus de mentira? Podemos classificar a mentira em “mentirinha” ou “mentirona”, ou
“mentira branca”? Que tipo de mentira Ananias e Safira praticaram? Não podemos classificar graus
de mentira. Mentira é mentira sem nenhum grau de proporção ou afetação.

Há um ditado popular que diz: “a mentira tem perna curta”, isso porque, mais ou mais tarde, será
desvendada. Mas a grande realidade de tudo isso é que a mentira tem um poder para causar
divisões, estragos morais na vida de pessoas inocentes, dividir famílias e separar bons amigos.

Quando se permite dentro de um lar que certos defeitos morais como a mentira, o fingimento e a
hipocrisia sejam praticados no dia a dia, essa família está fadada ao fracasso. Se voltarmos ao
Antigo Testamento, iremos nos deparar com a história de uma família israelita, cujo chefe era Acã, o
qual dominado pela cobiça e pela hipocrisia tomou posse de coisas consideradas anátemas e
proibidas.

Ele trouxe alguns objetos de valor da cidade de Ai, os quais eram considerados amaldiçoados, e
Israel não deveria tomar como despojo (Js 7.1). Seu pecado, não foi só a desobediência, mas
também o ato de esconder o que havia trazido de Ai e agir como se nada tivesse acontecido. O
pecado de Acã, acobertado pela própria família, trouxe maldição para todo o povo.

Acã foi punido com a morte, juntamente com toda a sua família. O pecado de Ananias e Safira foi
punido imediatamente com a morte física no local de reunião da igreja porque o pecado teve uma
gravidade maior: eles pecaram contra o Espírito Santo (At 5.9).

O apóstolo Paulo, ao ensinar sobre a Ceia, declarou que todos os que comem e bebem
indignamente na mesa do Senhor seriam culpados do corpo e do sangue de Jesus (1Co 11.27). Os
que não sabem discernir o corpo do Senhor na participação da Ceia vivem fracos, doentes e muitos
dormem (1 Co 11.30). Que tipo de julgamento o Senhor fez no caso de Ananias e Safira só compete
saber quando estivermos na sua presença no Tribunal de Cristo (2Co 5.10).

Cabral. Elienai,. RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA Superando Desafios e Problemas com


Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pag. 192-193.

 O pecado de Acã (v. 1). O primeiro versículo apenas faz uma menção geral do pecado de Acã.
Mais tarde, temos um relato pormenorizado da sua própria boca. O pecado aqui tinha que ver com o
anátema, em desobediência à ordem e em desafio à ameaça (cap. 6.18). No saque de Jericó, a
ordem era não poupar vidas nem tomar tesouro algum para si próprio. Não lemos acerca da quebra
da primeira proibição (eles não mostraram misericórdia a ninguém), mas da última:

A compaixão foi deixada de lado para ceder à lei, mas a cobiça foi tolerada. O amor do mundo é
essa raiz de amargura que de todas as outras é a mais difícil de ser arrancada. Contudo, a história
de Acã é uma notificação clara de que ele, entre todos os milhares de Israel, foi o único delinquente
nessa questão. Se houvesse mais pessoas culpadas do mesmo pecado, sem dúvida teríamos
ouvido falar disso. E é estranho que não tenha havido mais. A tentação era forte. Era fácil sugerir
que era pena ver tantas coisas valiosas

sendo queimadas. Qual a finalidade desse desperdício? Nas cidades saqueadas, cada homem
procurava ficar com tudo o que suas mãos conseguissem pegar. Era fácil prometer a si próprio sigilo
e impunidade. Contudo, pela graça de Deus, essas impressões eram deixadas na mente dos
israelitas pelas ordenanças de Deus, pela circuncisão e a Páscoa, das quais tinham sido
participantes ultimamente, e pelas providências de Deus em relação a eles, de maneira que ficavam
estupefatos em relação ao preceito e julgamento divinos, e generosamente se negavam a si
mesmos em obediência ao seu Deus.

E, embora fosse uma única pessoa que tivesse pecado, lemos que foram os filhos de Israel que
prevaricaram, porque alguém do corpo havia prevaricado, e ele ainda não havia sido separado
deles, nem repudiado por eles. Eles cometeram pecado, isto é, pelo que Acã fez, a culpa foi
colocada sobre toda a sociedade da qual ele era membro.

Isso deve ser uma advertência para nós para tomarmos cuidado com nossos próprios pecados, para
que muitos não acabem sendo contaminados ou prejudicados (Hb 12.15), e para acautelar-nos da
comunhão com pecadores e da aliança com eles, para que não compartilhemos da sua culpa.
Muitos negociantes acabaram falindo por causa de um sócio desleixado. Precisamos cuidar uns dos
outros para que o pecado seja evitado, porque os pecados dos outros podem resultar em nosso
dano.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Josué a Ester. Editora CPAD.


1 Ed. 2010. pag. 28.

Acã tinha ficado com certos objetos, como despojos, embora estes pertencessem exclusivamente a
Yahweh. Ele pôs em prática algo extremamente tolo, e isso foi fatal, porquanto ele e seus familiares
foram executados.

Observe o leitor o que se lê no primeiro versículo deste capítulo: “Prevaricaram os filhos de Israel”. A
solidariedade comunitária significava que um pecado cometido por algum de seus membros era
imputado a todos os membros. Foi exatamente por esse motivo que o exército de Israel sofreu
derrota em Ai.

Era mister remover o pecado, antes que a conquista da Terra Prometida pudesse prosseguir. O
autor sagrado ocupa dois capítulos do livro para contar-nos o incidente, o que mostra quão
importante foi essa questão aos olhos dele.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Hagnos. pag. 923.

2- Precisamos agir contra a hipocrisia e a mentira.

Ninguém está livre de se achar dominado pelas mesmas hipocrisias e mentiras que se acharam no
casal Ananias e Safira. Por isso, a Bíblia nos ensina que não podemos trocar a verdade de Deus
pela mentira, como fazem as pessoas dominadas pelo pecado (Rm 1.25).

Aos servos de Deus cabe fazer um autoexame diante dEle contra a hipocrisia (Mt 7.3,5). Sim, a
consequência direta da mentira é a hipocrisia. Esses dois vícios são obras carnais que podem
dilacerar uma família.

COMENTÁRIOS

  

Em conluio com sua mulher, Ananias reteve para si uma parte do dinheiro da venda de uma
propriedade e, com total fingimento, entregou o restante dinheiro aos apóstolos como se fosse o
total. O Espírito Santo revelou a Pedro a mentira de Ananias e o confrontou com a verdade. O juízo
punitivo de Deus foi imediato.

Fulminantemente, Ananias caiu diante de todos e morreu, causando grande comoção e


constrangimento. Não demorou muito tempo, três horas depois, apareceu sua mulher, Safira, com a
mesma atitude. Eles consideraram que podiam enganar os apóstolos e a igreja e, ainda, que podiam
fazer o que quisessem com o dinheiro.

O juízo do Espírito Santo veio imediatamente, e Pedro, com autoridade, declarou a Safira: “Eis aí à
porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti” (At 5.9). O problema não foi
ficar com um pouco daquele dinheiro, como já dito, e sim fingir que estavam dando o dinheiro todo.
Sua fraude foi descoberta imediatamente, porque o Espírito Santo revelou a Pedro a falsidade do
casal. Eles não estavam mentindo apenas à igreja e ao apóstolo, mas tinham mentido contra o
Espírito Santo.

Cabral. Elienai,. RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA Superando Desafios e Problemas com


Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pag. 193-194.
 «…a verdade de Deus em mentira…» é uma expressão que indica o conceito pagão inteiro da
divindade, ali reduzida a meros ídolos, embora esses sejam considerados deuses ou representantes
de uma multidão de deuses, os quais, na realidade, nem existem, mas não passam de mitos,
ficções, as «mentiras» criadas pela mente humana pervertida. No dizer de Bengel, esse é o preço
da mitologia. Pode-se observar uma declaração bíblica semelhante em II Tes. 2:11, que se refere ao
«anticristo», que será a grande mentira de Satanás.

O anticristo representará a idolatria mais avançada possível, quando, através dele, 0 próprio
Satanás será adorado pelos homens. As indicações de que dispomos parecem mostrar que o
anticristo surgirá com todo o seu poder antes do fim de nosso século XX; e muitos daqueles que
leem estas palavras terão de enfrentá-lo.

Quando ele aparecer no palco do mundo, todos os seres humanos terão de escolher entre se
fazerem aliados dele, ou serem seus adversários, por se terem apegado ao Senhor Jesus Cristo. Os
homens haverão de adorar não somente um homem não-regenerado, ao invés de Deus, mas
também adorarão ao homem mais pervertido da história. A esse nível tão vil é que a corrupção dos
homens pode degradá-los.

[…]A expressão «a verdade de Deus», tem recebido diversas interpretações, segundo alistamos
abaixo:

Seria a verdade revelada aos povos gentílicos, sobre a qual Paulo já havia falado como algo dado e
conhecido. Mui provavelmente isso faz parte do sentido tencionado.

Seria o verdadeiro conhecimento de Deus (a noção autêntica sobre a natureza divina), em contraste
com as opiniões das diversas formas de idolatria. Essa opinião concorda com os versículos
vigésimo terceiro e vigésimo quinto, os quais aludem especificamente à idolatria.

Também poderia ser a verdade ou realidade de Deus, que os homens pervertem, substituindo essa
verdade por uma doutrina estranha, que não passa de uma «mentira». Isso concorda com o
contexto geral da passagem. Todas essas três ideias, portanto, encerram alguma verdade.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora


Hagnos. Vol. 3. pag. 582.

Guiados pelo Espírito

Nessa seção da carta Paulo está nos dando um conselho pastoral. Ele está fornecendo informações
da revelação divina que deve acalmar nosso espírito e aumentar a nossa confiança no estado de
graça a que fomos chamados. Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne (v. 12). Não
devemos nada ao velho homem. Não estamos sob nenhuma obrigação de cumprir os desejos de
nossa natureza decaída. Somos devedores ao Espírito: Porque, se viverdes segundo a carne,
caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis
(v. 13).

Até esse ponto, essas não são boas notícias. Se podemos ter certeza de que somos salvos
somente colocando à morte todos os pecados da nossa came, então temos poucos motivos para ter
certeza da nossa salvação. Felizmente para nós, o apóstolo não para aí: Pois todos os que são
guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus (v.14). Se quisermos saber se estamos em estado
de graça, se quisermos saber se somos filhos de Deus, podemos procurar a resposta aqui. O
primeiro teste que temos para saber se somos filhos de Deus é se somos guiados pelo Espírito.

Se há algum conceito bíblico que foi totalmente confundido em nossos dias, esse conceito é o
conceito do que significa ser guiado pelo Espírito. Um perigo na comunidade cristã é que
inventamos e começamos a usar jargão cristão e esse jargão toma-se a regra que define a nossa
teologia, em vez da Palavra de Deus. Em muitos casos, a maneira pela qual o nosso jargão funciona
tem pouca relação com o modo como as mesmas palavras são usadas na Escritura. Com o enorme
impacto do movimento carismático durante o século passado, surgiu a ideia de ser guiado pelo
Espírito, razão pela qual esse conceito tem tanta importância no jargão cristão de hoje.

Quando as pessoas dizem, “O Espírito de Deus me levou a fazer isto ou aquilo”, o que normalmente
elas querem dizer é que foram guiadas ou estão sendo dirigidas pelo Espírito para irem aqui ou ali,
para aceitarem ou não aquele trabalho, para tomarem ou não esta ou aquela decisão.

Usamos a linguagem de “ser guiado pelo Espírito” para falar de uma orientação concreta, específica
de Deus, em que ele abre ou fecha as portas para nós. Não há nada de errado com a ideia de que
Deus dirige o seu povo para onde ele quer e ter as experiências que ele quiser, mas esse não é o
principal significado bíblico de ser dirigido pelo Espírito.

A pergunta que ouço mais do que qualquer outra dos cristãos é: “Como posso saber a vontade de
Deus para minha vida?”. Explico que temos que fazer uma distinção na Bíblia entre várias ideias da
vontade de Deus.

Por um lado, há a vontade soberana e eficaz de Deus a que nós às vezes nos referimos como a sua
vontade oculta, que Deus, em última análise, tem em vista para a nossa vida e destino. Quando as
pessoas vêm até mim e perguntam: “Como posso saber dessa vontade para a minha vida?’, eu
digo: “Você não pode. Pare de se preocupar com isso porque não é da sua conta. Se fosse, não
seria a vontade oculta de Deus”. Deus escolheu não revelar certas coisas.

Quando a Bíblia fala da vontade de Deus para nossa vida, ela faz isso de maneira muito diferente do
que ouvimos no jargão cristão: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação” (lTs 4.3). Se
gastarmos menos tempo nos preocupando se devemos casar com Jane ou Mabel ou Ellen e mais
tempo colocando em prática a revelação bíblica que Deus quer do seu povo, seríamos muito mais
felizes e frutíferos como cristãos.

A Bíblia não é mágica. Não é uma bola de cristal pela qual pedimos ao Espírito para nos guiar em
lugares escondidos. Para onde o Espírito guia o seu povo é o caminho da justiça para a santidade.
Paulo tem em mente aqueles cujas vidas estão sendo direcionadas para a justiça de Deus. Se
nossa vida está sendo dirigida pelo Espírito, isso é um sinal certo e determinado de que somos
filhos de Deus, porque é isso que o Espírito que habita em nós faz. Ele inclina o nosso coração. Ele
nos dá fome e sede para obedecer a Cristo. Ele nos dá um sentimento pelo qual respondemos à
declaração de Jesus, “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14.15).

Devemos perguntar a nós mesmos se temos qualquer inclinação para seguir a orientação do
Espírito em obediência a Jesus. Se perguntarmos se nosso coração está total e absolutamente
disposto a seguir o Espírito à santidade, a única resposta que podemos dar é não, mas se há um
sentido em que nosso espírito é direcionado às coisas de Cristo – qualquer que seja – é nos
assegurar que o Espírito de Deus habita em nós.

A carne nunca é inclinada para as coisas de Deus. Aqui é onde nossa teologia é tão importante em
termos de obter a garantia. Se conhecemos a condição de alguém que não é nascido do Espírito e a
condição do outro que é nascido do Espírito, podemos discernir a diferença entre os dois padrões.

Sproul., RC. Estudos bíblicos expositivos em Romanos. 1° Ed 2017. Editora Cultura Cristã. pag.
241-243.

3- Não deixe o Inimigo agir na família.

O versículo 3 diz: “Ananias, porque encheu Satanás o teu coração? […]”. É indiscutível que Satanás
age ativamente na Terra e, especialmente, contra as famílias da Igreja de Cristo.

Ele trabalha contra essa importante instituição, investindo contra os seus membros. Infelizmente,
como Ananias, há muitos que permitem a Satanás encher seus corações para desestabilizar a
família.

Por isso, cabe-nos estar em oração e vigilância (Mt 26.41). Então, podemos fazer o que a Bíblia diz:
“Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).
 

COMENTÁRIOS

 O apóstolo Pedro deixou claro que Satanás havia entrado no coração do casal para que mentissem
ao Espírito Santo. Satanás é o opositor da igreja. Ele comanda seus demônios para que atuem no
mundo, especialmente no meio da igreja, para enfraquecer sua força e seu poder contra as hostes
da maldade. Nos idos de 1954, na cidade de Itajaí, Santa Catarina, aconteceu algo extraordinário
num culto de Santa Ceia.

A igreja era viva e nada ficava escondido na presença do Senhor. O pastor Francisco Germano
Miranda (de saudosa memória) dirigia o culto e, ao ministrar o cerimonial da Ceia do Senhor, ao
tomar o pão nas mãos, notou que o pão estava duro como pedra. Ele sabia que o pão sempre vinha
fresquinho e maleável, mas naquela noite o pão estava duro como pedra.

O Espírito Santo lhe falou que havia pecado não confessado e que a pessoa em pecado ia tomar o
pão e o vinho, símbolos do corpo de Cristo. Falou à igreja e disse que se sentia impedido de
continuar a Ceia enquanto não houvesse confissão de pecado. Todos oraram com fervor, até que
uma irmã veio à frente e confessou o seu pecado. O pastor Miranda orou por essa mulher e houve
comoção entre todos. Ao voltar para a mesa da Ceia, o pastor Miranda tomou o pão e percebeu que
estava macio como tinha vindo para a mesa da Ceia. O Espírito de Santidade é que opera a
santificação, e quando um crente não se submete a Ele, o Espírito acusa o pecado e opera o
quebrantamento.

É fato indiscutível que Satanás está ativo na Terra e age especialmente contra a Igreja de Cristo,
que é a força maior contra o seu domínio. Ele trabalha não só contra a Igreja coletivamente, mas
Satanás age investindo em pessoas.

Quando Pedro pergunta a Ananias “Por que encheu Satanás o teu coração” (ARC) ou, como está na
NVI, “Ananias, como você permitiu que Satanás enchesse o seu coração” (At 5.3), mostra que o
pecado de Ananias e Safira foi um pecado estimulado por Satanás, indicando que, se ele não puder
atingir a igreja, por meio de ataques externos, se infiltrará na casa de Deus nos corações que
permitam a sua entrada. E quando Satanás consegue entrar no coração de um crente, sem dúvida,
usará de sua força para induzir o crente a pecar contra o Espírito Santo.

Cabral. Elienai,. RELACIONAMENTOS EM FAMÍLIA Superando Desafios e Problemas com


Exemplos da Palavra de Deus. Editora CPAD. 1ª edição: 2023. pag. 194-195.

 
Em contraste com Jesus e os discípulos, que estão cheios do Espírito (Lc 4.1; At 2.4), Ananias está
cheio de Satanás. Entregando-se a Satanás, ele mente ao Espírito Santo, o que é idêntico a mentir
a Deus (w. 3,4).

Esta história indica a relação do Deus trino com a Igreja. Este casal mentiu ao Espírito Santo e
Deus, e colocou em teste o Espírito do Senhor Jesus. A Trindade Santa — Pai, Filho e Espírito
Santo — está ativa na vida da comunidade cristã.

Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Editora CPAD. 4 Ed 2006. pag. 650.

 […] Na Igreja Primitiva, havia uma esplêndida vida em conjunto. A comunhão de bens era a
expressão de corações inflamados pela comunhão com Deus. Era a demonstração do amor divino
que nutriam uns pelos outros.

Hoje, o “comunismo”, nome dado à falsificação feita pelo diabo, finge ter algo a ver com esta vida
em comum. Mas é inspirado pelo ódio e não pelo amor. E este ódio é expressado em toda a sua
fúria contra tudo quanto é de Deus.

A grande necessidade é a transformação dos corações humanos. Porque é do coração que


procedem as coisas que arruínam qualquer sistema de economia. A história bíblica mostra que
Israel, pela dureza de coração, não conseguia fazer as leis de Deus atingirem seu alvo.

Myer Pearlman. Atos, E a Igreja se Fez Missões. Editora CPAD. Ed. 1995. pag. 66.

SINOPSE III
 

É preciso estabelecer uma camada de proteção na família cristã contra os instrumentos da mentira e
da hipocrisia.

  

CONCLUSÃO
 
Como aconteceu com Ananias e Safira, que foram punidos pelo Senhor com morte instantânea,
membros da família, que praticam a mentira, podem experimentar consequências gravíssimas por
causa dessa prática.

A Bíblia diz que a Igreja é a coluna e a firmeza da verdade (1Tm 3.15). Portanto, ainda que, num
primeiro momento possa parecer difícil, o caminho da verdade sempre é o melhor.

REVISANDO O CONTEÚDO
 1- Segundo a lição, por que se pode dizer que a conversão de Ananias e Safira foi duvidosa?

Porque as atitudes do casal não revelavam a transformação de vida alcançada pelo poder do
Evangelho (Rm 1.16).

2- Qual era o plano do casal?

Vender uma propriedade e levar o dinheiro como oferta à igreja, mas reter uma parte desse valor
para eles mesmos e entregar a outra como se fosse o valor completo. Ananias e Safira fingiram dar
todo o dinheiro à igreja.

3- O que a mentira de Ananias e Safira, com o objetivo de chamar a atenção para si mesmos, pode
ilustrar?

Isso fala a respeito de pessoas que se dizem cristãs, mas mantêm velhos hábitos da vida mundana.

4- Que história no Antigo Testamento pode ser comparada à de Ananias e Safira?

Semelhantemente ao que aconteceu com Ananias e Safira, no Antigo Testamento, lemos a história
de uma família israelita, cujo chefe era Acã.

 
5- O que cabe à família cristã?

Cabe estar em oração e vigilância (Mt 26.41).

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