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EBD – Lição 06: Desafios de ser

Família nos dias Atuais | 1° Trimestre


de 2024 | BETEL
TEXTO ÁUREO

“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis
qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12.2

VERDADE APLICADA

Família cristã aquela que crê no Senhor Jesus Cristo como Senhor e Salvador e procura viver de acordo com os princípios da
Palavra de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Mostrar os desafios da família na sociedade.


Diagnosticar os problemas que afetam o próprio lar.
Explicar como lidar com os problemas familiares.

TEXTO DE REFERÊNCIAS

1 CORÍNTIOS 6
12 Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei
dominar por nenhuma.

GÁLATAS 5
16 Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. COLOSSENSES 2 8. Tende cuidado para que
ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, Segundo a tradição dos homens, Segundo os rudimentos do
mundo, a não segundo Cristo.

INTRODUÇÃO

Esta lição objetiva mostrar as dificuldades de manter uma família estruturada, sólida e harmoniosa, conforme a Palavra de
Deus, nos dias de hoje. Não é fácil viver em família, mas devemos lutar pela nossa família.

1- OS DESAFIOS DA FAMÍLIA NA SOCIEDADE

Não é fácil ser família na atualidade. As rápidas mudanças sociais, costumes e hábitos, novas leis aprovadas contra a família
tradicional e outras leis em andamento; o desenvolvimento das comunicações e o avanço tecnológico nos trazem uma sensação
de progresso, mas, por outro lado, um lixo venenoso que aos poucos vai adentrando os lares e destruindo toda uma formação
moral a ética em que se fundamentam os valores cristãos. O homem de Deus deve fugir dos males, seguir a justiça, a piedade, o
amor e combater o bom combate da fé [ 1 Tm 6.11-12 ].
1.1. A mudança cultural pós-modernidade. A alteração cultural tão rápida nos padrões da sociedade tem preocupado
muito os pais de famílias cristãs. Pois a cultura não é algo estático ou imutável, mas, sim, algo dinâmico, que se modifica de
maneira constante, no meio em que vivemos e de acordo com as relações sociais. Já estamos vivendo a hipermodernidade, onde
as características marcantes são a ausência de valores, regras imprecisas, individualismo, pluralidade, mistura do real a do
imaginário ou virtual, relativismo exacerbado, espontaneidade e liberdade de expressão. O sistema baseado em ensinamentos
humanos [C12.22]. “Tempos difíceis, homens amantes de si mesmos, desobedientes, ingratos, mais amigos dos prazeres do que
amigos de Deus” [2Tm 3.1-5].

Sobre Romanos 12.2, Bíblia de Estudo Pentecostal: “

1- Devemos reconhecer que o presente sistema mundano mau [At 2.40; Gl 1.4], e que está sob o controle de Satanás [Jo
12.31; 1Jo 5.19];
2- Devemos resistir às formas prevalecentes e populares do proceder do mundo e em lugar disso proclamar as verdades
eternas aos padrões justos da Palavra de Deus, por amor a Cristo [ 1Co 1.17-24];
3- Devemos desprezar e aborrecer aquilo que é mau, amar aquilo que é justo 1 Jo 2.15-17 a não ceder aos vários tipos de
mundanismo que rodeiam a igreja (…);
4- Devemos conformar nossa mente à maneira de Deus (…) devemos permitir que nossos planos, alvos e aspirações
sejam determinadas pelas verdades celestiais e eternas a não por este presente século mau, profano e passageiro.

1.2. A interferência do Poder Público. As novas leis aprovadas ou a serem aprovadas no parlamento mexem diretamente
com a família: a “Lei da Maioridade” que impede os menores de dezoito anos de serem cobrados pelos delitos cometidos, porque
precisam ser protegidos; a “Lei da Palmada” que impede os filhos de serem corrigidos e disciplinados pelos pais, possivelmente
serão rebeldes; a “Lei do Trabalho Infantil” que impede os filhos de ganharem gosto pelo trabalho, nao estamos falando de
trabalho escravo; o aborto de forma criminosa e indiscriminado, a dessacralização da vida no ventre materno [Sl 139.16; Jr 1.5];
a sacralidade da família sendo banalizada e depravada por meio de uniões a estilos de vida que desagradam a Deus [Gn 1.27-28;
2.24; Mt 19.5; Rm 1.26-27]; legalização da prostituição; a pedofilia defendida por alguns; o incesto defendido por outros [Lv
18.6-18], e a descriminalização das drogas em estudos.

As cenas impróprias têm sido difundidas sem nenhum escrutínio através da internet e televisão. Distribuição de preservativos
indiscriminadamente. A união estável e contratos temporários, tipo contrato de aluguel. Estamos vivendo a era dos
relacionamentos descartáveis. A facilidade do divorcio de comum acordo. As consequências da separação são devastadoras;
guarda compartilhada dos filhos; nunca se desvencilhar do primeiro casamento; ocasionando traumas nos filhos e feridas de
difícil cicatrização. Os perigos dos padrastos e madrastas inescrupulosos, que investem contra os seus enteados Para maltratá-
los a cometerem delitos contra eles. Em alguns casos, com consentimento dos pais biológicos, o que é uma insanidade.

1.3. A inversão de valores. Negação ou substituição de verdades absolutas da Palavra de Deus; mudar a essência pelo
secundário. Quando não seguimos ou infligimos as ordenanças bíblicas, o resultado é desastroso. Quando o certo passa a ser
errado, o positivo passa a ser negativo, o moral passa a ser imoral, o justo passa a ser injusto, o verdadeiro passa a ser falso ou
vice-versa em todos os sentidos [Is 5.20]. A inversão de valores dentro das famílias, o que era proibido entre o casal está sendo
liberado, o que era proibido entre os solteiros está sendo ensinado invertido, o que se gosta tomou o espaço do certo, o que não
era licito ao cristão, principalmente na área da sexualidade, tem sido ensinado por muitos escritores evangélicos a palestrantes
inescrupulosos.

A inversão de valores passa pela troca de papéis dos casais, em nome dos famosos “direitos iguais” O homem desempenhar o
papel da mulher e a mulher passar a ser a provedora do lar não é aconselhável, a não ser em casos esporádicos e de exceção. A
submissão da mulher, às vezes, mal explicada, que coloca as mulheres como estrado dos pés ou subservientes, uma vez que a
submissão da mulher e estar debaixo da missão do homem, que foi colocado como cabeça do casal, isto é, liderar sem ser
déspota, antes de bater o martelo procurar o acordo. Quando o homem a relapso nas suas responsabilidades, então a mulher vai
tomando espaço e assumindo disfarçadamente a liderança familiar.

2- OS PROBLEMAS QUE SURGEM DENTRO DO LAR


Normalmente jogamos a culpa só na sociedade, mas temos culpa no cartório, também. O individualismo, casais andando só
separados; casados querendo viver a vida de solteiro; casados dormindo em quartos diferentes, por qualquer conflito; alguns
vivendo até em tetos diferentes. A disciplina familiar entregue a terceiros, deixando muito a desejar. A falta de planejamento
financeiro, causando dissensões na família.

2.1. A falta de disciplina familiar. Disciplina se refere a obediência aos preceitos, as regras, respeito a uma autoridade
destinada a manter a boa ordem. Hoje, estão confundindo autoridade com amizade, está faltando ensinamentos, faltando
normas ou a cobrança das normas [Pv 29.17- 18]. A disciplina começa com o casal atendendo os deveres conjugais [Ef 5.22-33].
Depois passa para a família, atendendo os deveres de pais e filhos [Ef 6.1-4]. Se os pais não forem auto disciplinados, como
disciplinaram os seus filhos? Antes de serem amigos, devem ser pais. Quem trata os filhos como amigos anula a frustra a
responsabilidade como pais. A disciplina e educação dos filhos não podem ser transferidas para a igreja, para a escola, para a
babá, para a creche, para os parentes, para os vizinhos, para a sociedade.

Pr. Jaime Kemp: “Não basta gerar um filho, suprir suas necessidades físicas a materiais e prepará-lo para ganhar a vida. Deus
requer que os pais estejam presentes e participem da vida de seus filhos dedicando-lhes tempo de qualidade, orientando-os,
conduzindo-os para perto do Senhor, corrigindo-os quando necessário, dando-lhes afeto, compreensão e atenção e sendo um
exemplo a ser imitado:’

2.2. O choque de gerações entre pais e filhos. O que era, não mais. Os filhos chamam os pais de quadrados obsoletos,
arcaicos. Os pais não entendem os filhos. Uma geração tem que entender e respeitar a outra. Os filhos não aceitam o “não” será
explicação. Não adianta proibir, há necessidade de ensinar, colocar a responsabilidade sobre eles, ensiná-los a usar a
consciência, pois cada um dará conta de si mesmo [Ez 18.20; Rm 14.12]. Há falta de comunicação, ausência de diálogo entre pais
e filhos. Os filhos são instruídos pelos meios de comunicação, pela Internet, na rua, na escola, pelos amigos. Os pais não
influenciam mais os filhos, nem dão exemplo para os filhos seguirem. Em muitos lares os filhos que estão influenciando os pais.
Chegam a dar ordem para os pais.

Norm Wakefield: “Recorde as emoções mais profundas e as tentações mais fortes que você sentiu quando criança e multiplique
por dez. Isto pode dar-lhe uma ideia de como ser criança na cultura de hoje:’

2.3. A má gestão financeira na família. Um dos maiores desafios para o casamento são as finanças, nem sempre o dinheiro
sobra ou dá para comprar tudo aquilo que queremos. Nunca se deve gastar mais do que se ganha. Quando não se pode otimizar
as entradas financeiras, corta-se as saídas de caixa. Necessário fazer o orçamento mensal e colocar por prioridade o que é
essencial. O orçamento é uma ferramenta do planejamento para acompanhar as entradas e saídas de caixa. Se o orçamento está
apertado, compre um bem de cada vez. Evite o consumismo, mesmo que haja dinheiro disponível. Todos os nossos recursos
foram dados por Deus. Por isso, devem ser administrados da melhor maneira possível [Ec 5.19]. O diálogo entre o casal na área
das finanças é de suma importância para a harmonia no casamento [Pv 15.16; 17.1].

A vaidade excessiva ou a inveja de outros possuírem leva ao estrangulamento das finanças. Não é porque a outra pessoa tem que
você precisa ter também. Comprar a prazo além da capacidade de pagar traz consequências desagradáveis: suja o nome, perde a
credibilidade e recebe o nome de mau pagador. Todo cuidado é pouco com os cartões de créditos, os cheques especiais, as
financeiras e os agiotas. Todos eles praticam juros exorbitantes. Lembrete: não seja liberal demais, mas também não seja mão
fechada demais, tenha equilíbrio e viva bem [Pv 22.26-27].

3- A CONSCIÊNCIA DO CASAL DIANTE DOS DESAFIOS

Antes, a cultura anticristã vinha só da sociedade, dos meios de comunicação, agora alcança o seio da igreja com pensamentos
liberais, favoráveis à liberdade e abolição conservadora. Liberdade total em nome do amor, da grata e da misericórdia.

3.1. O divorcio por incompatibilidade de gênios. Quem disse que precisa ter uma compatibilidade total das duas
personalidades para que o relacionamento dê certo? Se todas as incompatibilidades de gênios levassem ao divorcio, não
teríamos mais ninguém casado. As diferenças são desafios inevitáveis no casamento. A compreensão do ponto de vista um do
outro e papel fundamental. As diferenças dão o colorido e a diversidade ao sabor. Já pensou se todos pensassem iguais ou
tivessem os mesmos sabores e gostassem das mesmas cores; o mundo seria monótono. As diferenças são as oportunidades de
crescermos uns com os outros [Ml 2.15-16; Mt 19.7-9].

O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “Quanto mais o número de divórcios aumenta em um país, mais isso se torna
um escândalo para essa nação aos olhos de Deus. Este deve ser o significado das palavras de Malaquias sobre o divorcio [Ml
2.14-16] . Ao que parece, um número considerável de maridos na Judá pós-exílio estava sendo desleal e se divorciando
facilmente de suas esposas. Essa deslealdade consistia não apenas em desconsideração dos votos matrimoniais, mas também
representava deslealdade ao Senhor.”

3.2. Os ataques vêm de todos os lados para desconstruir os valores cristãos. Ataques da sociedade organizada;
ataques dos congressistas com leis esdruxulas; ataques da justiça [Is 64.6]; ataques do inimigo de nossas almas [1Pe 5.8].
Devemos vigiar e orar, porque os ataques são frequentes e o mundo jaz no maligno [ 1 Jo 5.19]. Precisamos de igrejas fortes
[ 1Tm 3.15]; para serem guardiãs dos princípios éticos e morais fundamentais, contra os ataques a família.

Estamos assistindo de perto os nossos maiores tesouros (casamento e família) serem arruinados, desprezados e ridicularizados.
A Igreja é o único divisor de águas nesse momento de crise. Precisamos ser a diferença e fazer a diferença como Igreja do Senhor
Jesus aqui na terra. Não podemos abrir mão de nossos princípios e de preservar a nossa instituição sublime e divina.

3.3. Meios para contornar os problemas conjugais.

a) Precisamos tolerar as diferenças;

b) Precisamos pensar para falar e agir;

c) Precisamos saber que “toda ação gera uma reação”;

d) Precisamos de acordo [Am 3.3];

e) Precisamos entender que nem todos os nossos sonhos serão realizados;

f) Precisamos compreender que nem tudo será do nosso gosto ou jeito;

g) Precisamos nos conscientizar que nem tudo acontece no nosso tempo, mas no tempo de Deus [Ec 3.1];

h) Precisamos tratar dos assuntos diários sem atacar física, moral e psicologicamente a pessoa amada ou a sua família.
Ser treinados e capacitados em palestras e encontros de casais não terá nenhum valor se não colocarmos em prática o
aprendizado.

A inversão de papéis não é saudável. A falta de tempo com qualidade para o cônjuge e filhos pela correria do dia a dia. A
ausência dos pais prejudica a criação dos filhos; muitos convivem com pessoas que não têm a menor capacidade para educá-las.
A falta de diálogo, a falta de clareza, educação, respeito e verdade. A falta de amor e carinho. A falta de reconhecimento e elogios
pelas coisas boas feitas. A falta de paciência e explosão por coisas mínimas. A falta de exemplo entre o casal ou para os filhos; o
exemplo e um dever dos cônjuges perante a Palavra de Deus.

CONCLUSÃO

Os desafios são evidentes e enormes, mas recai sobre cada um de nós a responsabilidade de fazer a nossa parte, para proteger a
família e dar uma resposta adequada a sociedade, dentro dos princípios da Palavra de Deus. Precisamos enfrentar os desafios de
cabeça erguida, perseverando em nossas crenças e valores a buscando a ajuda e direção do Espírito Santo.

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