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Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
1 fernandabarcella@hotmail.com
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Introdução:
Não existe uma cura para o TEA, e muito vem se estudando e pesquisando acerca
do transtorno. O termo autismo é datado de uso pela primeira vez em 1911, pelo
psiquiatra suíço Eugen Bleuler, para descrever sintomas de esquizofrenia infantil,
caracterizando sintomas de dissociação da criança e sua realidade de vida e
socialização. Porém, foi em 1943 que Leo Kanner, psiquiatra austríaco, realizou um
estudo com 11 crianças, quem descreveu clinicamente os sintomas apresentados por
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elas, nomeando de “autismo infantil precoce”, caracterizado por apresentação de
sintomas como ideias obsessivas, estereotipias, ecolalia e uma total falta de interação
com o meio – “fechamento em si” (CORDEIRO; DA SILVA, 2018).
Concomitante, Hans Asperger descreveu sintomas de ausência de empatia,
hiperfoco, poucas habilidades de socialização, e interesses direcionados e específicos, e
movimentos não coordenados (CORDEIRO; DA SILVA, 2018). Porém, foi somente a
partir da década de 80 que o autismo passou a ser compreendido e dissociado da
esquizofrenia infantil, sendo incluído na 3ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de
Doenças Mentais (DSM-III) e na quinta e atual edição do manual (DSM-V), neste sendo
ampliado para Transtorno do Espectro Autista (TEA), vinculado dentro dos transtornos
do neurodesenvolvimento.
Atualmente o TEA vem sendo foco de estudos científicos a fim de buscar respostas
e possibilidades. Mota et al. (2011, p. 375) afirma que:
(...) questionamentos sobre definições diagnósticas, possíveis causas,
comorbidades, características psicológicas, funcionamento cerebral e
possibilidades de intervenção vêm até os dias atuais inquietando pesquisadores,
profissionais e a população em geral.
Por não existir um fator e sim vários fatores que afetam o aparecimento do
transtorno, entende-se por uma condição multicausal, porém a certeza é que o autismo
é um assunto que merece espaço, visibilidade e atenção.
Psicomotricidade e o TEA
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aprendizagem. Assim como versado por Pinheiro et al (2022) e por Silva e Souza (2018)
a psicomotricidade compreende a capacidade do corpo em relação a:
Tonacidade: tônus muscular permitindo os movimentos;
Equilíbrio: dinamismo, deslocamento e estaticidade do corpo;
Esquema corporal/imagem corporal: consciência do próprio corpo e suas
possibilidades e expressões. Sentimentos e emoções acerca do seu próprio corpo;
Lateralidade: domínio de um lado do corpo na execução de tarefas;
Orientação espaço-temporal: movimentação e entendimento do corpo em relação
ao meio em que está;
Coordenação motora grossa e fina: movimentos complexos, de grande amplitude,
movimentos de manipulação.
A partir da compreensão dos conceitos supracitados, é visível a importância de
que a criança seja estimulada compreendendo as suas potencialidade em cada conceito
e suas fragilidades da mesma forma, e sua relação com o seu desenvolvimento
psicomotor, visto que os conceitos se inter-relacionam, se completam e complementam.
O psicomotricista deve compreender a multiplicidade de conceitos envolvidos em cada
uma das ações psicomotoras (SILVA; SOUZA, 2018). Além disso, é importante que as
atividades de intervenção possam proporcionar momentos positivos, prazerosos no
desenvolvimento da criança, corroborando para o seu desenvolvimento social.
Na intervenção com práticas psicomotoras, o profissional poderá atuar
promovendo o desenvolvimento de áreas acometidas pelo transtorno, atuando nos
sintomas particulares de cada caso.
A criança autista é capaz de evoluir algumas habilidades de modo intenso quando
possui acompanhamento psicomotor, do que quando não auxiliada. Embora não
há cura para o autismo, a psicomotricidade promove nessas crianças ganho nas
áreas psicomotoras como na coordenação motora grossa e fina, lateralidade e
organização temporal e espacial (DA SILVA et al, 2020, p. 30)
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necessário promover um trabalho, no qual, a criança possa sentir e viver seu
corpo, tirando-a dos estereótipos e incentivando-a a descobrir seu próprio
movimento na tentativa de possibilitar uma melhor qualidade de vida (FERREIRA,
2019, p.11)
Conclusão
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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