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É importante dizer, aqui aos nossos alunos que esta disciplina não tem o objetivo de ENSINAR
você a fazer o diagnóstico do autismo, isto porque somente profissionais da área médica são
indicados para realizar tal atividade.
O Autismo é assunto presente nas ultimas duas décadas e se intensificou nos últimos cinco
anos. Principalmente com a aprovação da Lei Berenice Piana que regulamentou o direito
destas pessoas frente as demandas sociais, econômicas, de saúde e de trabalho.
Desta forma, o debate sobre o que é o autismo está amplo e chegando aos diversos setores
sociais desde uma sala de educação infantil a uma roda de conversa entre amigos.
Durante muitos anos, e ainda é, o diagnóstico é o grande BICHO PAPÃO do autismo. Isto
porque ele provoca reações adversas nas famílias. Sua ausência e presença seja em laudos ou
apenas em suspeitas já são por si ingredientes para muito debate familiar, escolar e social.
Desta forma hoje, se tem um consenso entre médico, familiares, escola, autoridades da saúde
dentre outros como pesquisadores e cientista e até mesmo da OMS - organização mundial de
Saúde que o processo de diagnóstico precisa ser realizado na primeira infância. Sendo assim,
nesta disciplina vamos compreender como ele é feito no Brasil.
Para começar esta discussão lhe convidamos para assistir o filme abaixo (pelo menos a
primeira parte) . Nele observe como esta família buscou compreender as dificuldades do filho
e como eles chegaram ao resultado do diagnóstico de autismo.
O filme acima trouxe uma dura realidade norte americana nos anos 70, no filme abaixo vemos
uma família em busca do processo de diagnóstico quase trinta anos depois.
Vimos dois filmes. Duas famílias, em tempos diferentes num mesmo país, que é pioneiro no
tratamento do autismo. Que semelhanças e diferenças você observou? Pense, você precisará
responder esta pergunta e outra sobre estes filmes em sua avaliação.
Vamos em frente. No geral vimos que da busca das famílias ao resultado de um diagnóstico é
um caminho árduo, solitário e muitas vezes traumáticos para todos os envolvidos.
Estamos quase 50 anos depois do primeiro filme e vinte anos depois do segundo filme. Como o
processo de diagnóstico do autismo evolui?
Abaixo iremos compreender como este diagnóstico é feito no Brasil. Mas antes é preciso
deixar claro que a palavra diagnóstico aqui não está sendo usado no sentido de resultado, mas
sim de processo desde da busca de informação até o resultado.
Vamos ver alguns aspectos para que estes profissionais possam chegar a conclusão de que
uma pessoa tem autismo.
No vídeo abaixo o neuropediatra Dr. Clay Brites traz cinco passos para o diagnóstico do
autismo. Anote todos!
Muitos profissionais estão focando seu trabalho para pessoas, veja as dicas da Dra. Maria
Claudia dá no vídeo abaixo dos sinais que profissionais e famílias devem ficar atentos dentro
deste processo de identificação do autismo.
É importante que pais e mães relatem todos os episódios em que a suspeita da existência de
autismo seja levantada. Esta etapa é inicial, mas já determina uma investigação mais
aprofundada por parte do especialista. Os responsáveis pela criança devem falar ao
profissional se o pequeno apresenta determinadas atitudes presenciadas no dia a dia: falta de
contato visual, comunicação prejudicada, pouca ou nenhuma interação social, entre outras.
Pode ser que os relatos dados durante a entrevista não sejam suficientes para a abordagem do
especialista. Nesse caso, a dica é reunir materiais que utilizem imagens de foto e vídeo de
situações em que a criança esteja no ambiente doméstico, escolar ou qualquer outra que a
‘obrigue’ a estabelecer contato visual e interação com seu interlocutor; assim como ela se
comporta quando estimulada com objetos e tarefas lúdicas.
Para auxiliar os profissionais a identificar os sinais de autismo e a ter certeza que realmente é
AUTISMO, normalmente ultiliza-se escalas de avaliação que traçam um perfil do autismo. Elas
orientam de maneira mais específica a condução da entrevista. Outro detalhe aperfeiçoado
pelas escalas de avaliação é o fato de as escalas ajudarem a delimitar os sintomas mostrados
pela criança, o que contribui também para a proposição de intervenções ao caso analisado.
Vale ressaltar algumas das principais escalas. Lembrando que esses instrumentos são podem
ser encontrados traduzidos para o português. Vejam quais são elas:
- CARs -
dica de leitura:
http://www.jped.com.br/conteudo/08-84-06-473/port.asp
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572008000700001
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/12936/000634977.pdf
https://irp-cdn.multiscreensite.com/a12de2b1//files/uploaded/ESCALACARSIP.pdf
No vídeo abaixo a Dra. Dayse Serra explica como funciona a Escala CArs
Modified Checklist for Autism in Toddlers – M-CHAT (Escala para Rastreamento de Autismo
Modificada) – Robins DL, Fein D, Barton ML, Green JA, 2001.
Pode ser utilizada em todas as crianças durante visitas pediátricas, com objetivo de identificar
traços de autismo em crianças de idade precoce.
Os instrumentos de rastreio são úteis para avaliar pessoas que estão aparentemente bem, mas
que apresentam alguma doença ou fator de risco para doença, diferentemente daquelas que
não apresentam sintomas.
A resposta aos itens da escala leva em conta as observações dos pais com relação ao
comportamento da criança.
Essa escala é uma extensão da CHAT, consistindo em 23 questões do tipo sim/não, que deve
ser autopreenchida por pais de crianças de 18 a 24 meses de idade, que sejam ao menos
alfabetizados e estejam acompanhando o filho em consulta pediátrica.
O formato e os primeiros nove itens do CHAT foram mantidos. As outras 14 questões foram
desenvolvidas com base em lista de sintomas freqüentemente presentes em crianças com
autismo.
Resultados superiores a “3” (falha em 3 itens no total) ou em “2” dos itens considerados
críticos (2,7,9,13,14,15), após confirmação, justificam uma avaliação formal.
Atualmente, o instrumento de identificação precoce do TEA recomendado pela Sociedade
Brasileira de Pediatria é a escala M-CHAT.
O teste é composto por 23 questões do tipo sim/não, que devem ser respondidas pelos pais de
crianças entre 16 e 30 meses de idade que estejam acompanhando o filho em uma consulta
pediátrica.
A Escala M-CHAT foi traduzida e adaptada para português no Brasil, por Mirella Fiuza Losapio e
Milena Pereira Pondé, 2008.
Dica de Leitura
http://www.sopape.com.br/data/conteudo/arquivos/MCHATESCALA.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81082008000400011
https://download.neurosaber.com.br/m-chat-pais-e-educadores.pdf
https://sites.google.com/site/marciocandiani/escala-cars-para-avaliacao-de-autismo
No vídeo abaixo Dr. Clay Brites fala sobre o M- chat fique atento:
Esta escala, embora não tenha o escopo de avaliar especificamente uma função psíquica, é
utilizada para avaliação de uma das patologias mais importantes da Psiquiatria Infantil – o
Autismo. Seu ponto de corte é de 15. Pontua-se zero se não houver a presença de nenhum
sintoma, 1 se houver apenas um sintoma e 2 se houver mais de um sintoma em cada um dos
36 itens, realizando-se uma soma simples dos pontos obtidos.
Instituto de Pesquisa de Autismo – 4182 Adams Avenue, San Diego, CA 92116 – USA. Fax: (619)
563-6840 www.autism.com
Esta escala não tem padronização brasileira, portanto não é uma escala reconhecida pelo
Conselho Federal de Psicologia.
Para responder a Escala ATEC no link oficial dos USA com tradução para o português:
https://www.autism.org/autism-treatment-evaluation-checklist/
A análise da escala propõe 17 itens comportamentais pontuados com nota 4, que são
considerados altamente indicadores de autismo, 17 itens pontuados com nota 3, 16 itens
pontuados com nota 2, e 7 itens comportamentais com nota 1, considerados pouco
indicadores de autismo.
https://pt.scribd.com/document/369930015/Escala-Ica-ABC-Pagina-55
comunicação/linguagem
comportamentos estereotipados/restritivos;
2 = anormalidade clara/distinta.
A pontuação 7 é eventualmente usada para indicar comportamento anormal, mas que não é
abrangido pela codificação.
Esta escala não tem padronização brasileira, portanto não é uma escala reconhecida pelo
Conselho Federal de Psicologia.
A aplicação da ADI, que deve ser administrada junto aos pais, com o objetivo de obter
descrições detalhadas dos comportamentos que são necessários para o diagnóstico diferencial
de TEA. A versão original da ADI foi planejada com propósitos de pesquisa e visando completar
a avaliação comportamental de sujeitos com idade cronológica de 5 anos, e idade mental de
pelo menos 2 anos. A versão revisada, foi resumida e modificada para adequar-se a crianças
com idade mental de aproximadamente 18 meses até a vida adulta, e está vinculada aos
critérios do DSM-V e da CID-10.
A ADI-R, consiste numa entrevista estruturada com 93 questões, que permite aos profissionais
analisar, através dos pais ou cuidadores, a sintomatologia relacionada com as perturbações do
espectro autista.
Para cumprir os critérios diagnósticos esboçados pela CID-10 e pelo DSM-V, o sujeito tem que
satisfazer os critérios em cada um dos três domínios citados anteriormente (comunicação,
interação social e comportamentos estereotipados), obtendo a pontuação mínima em cada
um dos domínios, bem como exibir alguma anormalidade em pelo menos um destes domínios
até os 36 meses de idade, obtendo uma pontuação mínima de ”1”.
Além disso, os itens da entrevista que recebem pontuação igual a ”3”, e quando pontuados no
algoritmo recebem nota ”2”, para evitar julgamento impróprio de qualquer sintoma único.
Esta escala não tem padronização brasileira, portanto não é uma escala reconhecida pelo
Conselho Federal de Psicologia.
Neste link abaixo poderá encontrar a escala para comprar em Portugal, o valor é de 174,66 €
http://livros01.livrosgratis.com.br/cp087135.pdf
http://www.scielo.br/pdf/anp/v70n3/a06.pdf
O ASQ consiste em 40 questões extraídas da ADI-R, que foram modificadas para tornarem-se
mais compreensíveis aos pais. Há questões sobre as áreas abordadas pela ADI-R relativas à
interação social recíproca, comunicação e linguagem, padrões de comportamento
estereotipados e repetitivos, além de questões sobre o funcionamento atual da linguagem.
Duas versões do questionário foram projetadas, uma para crianças menores de 6 anos e outra
para crianças com 6 anos ou mais. As questões recebem pontuação “0” para ausência de
anormalidade ou “1” para a presença dela.
A pontuação total varia de “0” a “39” para indivíduos com linguagem verbal e até “34” quando
as questões sobre linguagem forem inaplicáveis. A nota de corte “15” é considerada
pontuação padrão ótima para a diferenciação do transtorno do espectro autístico, e acima de
“22” pode diferenciar autismo de outros diagnósticos.
Este questionário foi avaliado e validado para o Brasil por Sato et al. em 2009.
http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/1132535/DLFE-205901.pdf/1.0
Esta fase é muito importante porque além de coletar informações a respeito da criança e sua
família, é o momento de discussão e elaboração do processo de intervenção domiciliar ou
escolar. Esta escala é valida no Brasil.
https://www.skoob.com.br/livro/pdf/o-inventario-portage-
operacionalizado/165127/edicao:184191
http://universoautista.com.br/oficial/2015/08/09/o-pep-r/
A sua aplicabilidade é bastante vasta, justificando-se a sua utilização sempre que seja
necessária uma avaliação da funcionalidade do sujeito. Através da Vineland-II é possível avaliar
o comportamento adaptativo de indivíduos com:
Déficit intelectual
Déficit ao nível do desenvolvimento
Transtorno do Espectro Autista
Transtorno De Déficit Atenção e Hiperatividade
Traumatismo crânio-encefálico
Doença de Alzheimer/Parkinson
Esta escala não tem padronização brasileira, portanto não é uma escala reconhecida pelo
Conselho Federal de Psicologia.
Neste link abaixo poderá encontrar a escala para comprar em Portugal, o valor é de 365 €
oficinadidactica.pt
https://www.passeidireto.com/arquivo/1729544/escala_comportamentos_adaptativos_sofia_
santos
https://mundoautista.files.wordpress.com/2010/04/17-vineland-escala-de-comportamento-
adaptativo.pdf
Além dessas ferramentas de avaliação citadas acima, ainda existem outras escalas:
As respostas aos itens da escala levam em conta observações dos pais com relação ao
comportamento do filho. A soma total dos pontos vai indicar a presença de sinais do TEA, mas
não necessariamente confirmam o diagnóstico preciso.
Em caso de pontuação elevada, é fundamental que a criança siga para uma avaliação com um
médico especialista e uma equipe multidisciplinar.
https://autismoerealidade.org.br/wp-content/uploads/2019/05/M-CHAT-
R_F_Brazilian_Portugese.pdf
QUADRO RESUMO:
Por último, mas não menos importante vamos falar sobre a análise nos histórico familiar é um
passo que também pode ser dado, tendo em vista que pesquisas já evidenciaram uma
provável ligação entre transtornos de desenvolvimento e neuropsiquiátrico na família com
uma possível existência de autismo em uma criança. Não que isso seja uma regra, mas existe
essa possibilidade. Além disso, essa análise do histórico familiar pode esclarecer as condições
do parto da criança, assim também como peso ao nascer e se houve problemas significativos
naquele momento.
Você viu que o processo de diagnóstico no Brasil é realizado basicamente por escalas
internacionais, histórico familiar e relato familiar ou de equipe multiprofissionais referente a
vida diária do indivíduo em investigação.
Para enriquecer seu conhecimento vamos ouvir o Psiquiatra Dr. Ricardo Lugon sobre o
processo de diagnóstico do autismo.
Costumo dizer que, especificamente no transtorno do espectro autista, o tempo não está a
nosso favor, ou seja, quanto mais o tempo passa e não iniciamos uma intervenção terapêutica
correta, menores as nossas chances de termos bons resultados com aquela criança.
E é obvio que, para iniciarmos tratamento precoce, precisamos de um diagnóstico precoce.
Nesse ponto começa um dos mais graves problemas das crianças com autismo e de suas
famílias no Brasil: o diagnóstico geralmente é tardio… e não é um pouco tardio… é muito
tardio!
Há muitos anos nós sabemos que o desenvolvimento cerebral ocorrido nos primeiros anos de
vida determinará a evolução futura de nosso comportamento, de nossa comunicação, de
nossa capacidade de compreensão e de todas as demais funções cognitivas e emocionais
necessárias para uma vida saudável. Portanto, os primeiros anos de vida são considerados
fundamentais para dar o suporte necessário ao APRENDIZADO no futuro.
Atualmente, nós sabemos também que a forma clássica do autismo decorre de fenômenos
geneticamente mediados, sendo, portanto, uma condição presente desde as fases inicias da
vida das crianças. Em algumas, esses sintomas são mais evidentes do que em outras, mas eles
sempre estão ali… basta que sejamos capazes de identificá-los.
É cada vez mais claro para a neurociência que, quanto mais precoce for a intervenção, mais
eficaz. Isso não significa que não possamos ter resultados satisfatórios quando iniciamos
tratamento em crianças mais velhas, mas certamente esses resultados serão piores.
Não é raro que no Brasil o diagnóstico do autismo seja firmado após quatro, cindo ou até seis
anos de idade, o que é considerado muito tardio. Tardio porque a “fase de ouro” para a
intervenção foi desperdiçada.
Bom, resta a pergunta… Se todos sabemos o quanto é importante diagnosticar e tratar desde
muito cedo essas crianças, por que então estamos falhando nesse ponto?
Uma destas respostas é que uma grande parte dos médicos não apresenta a qualificação
técnica necessária para o diagnóstico até que os sinais e sintomas sejam absolutamente
óbvios. E, quando isso ocorre, tempo demais já se passou.
É claro que não esperamos que médicos de todas as especialidades sejam capazes de
estabelecer um diagnóstico precoce do transtorno. Mas todos os médicos deveriam ser
capazes de levantar esta hipótese diagnóstica e encaminhar a criança precocemente a um
especialista.
Outro aspecto relevante é que nem todos os pediatras estão verdadeiramente aptos para
estabelecer esse diagnóstico em tempo razoável. Assim, seria muito importante o
estabelecimento de uma política nacional forte e eficaz na capacitação dos médicos pediatras
para a identificação dos sintomas do autismo mesmo nos bebês pequenos.
Um outro enorme problema que enfrentamos é a crença de que “cada criança tem o seu
tempo”. ISSO NÃO É VERDADE! Existe uma “velocidade de desenvolvimento” na infância que é
considerado padrão, ou seja, normal. Evidentemente, esse desenvolvimento sofre uma certa
variação para mais e para menos, como todas as demais variáveis biológicas de nosso
organismo, mas sempre haverá um desenvolvimento considerado padrão.
Vamos dar um exemplo com o desenvolvimento do “andar”, para ficar mais claro: a média das
crianças nascidas a termo e com desenvolvimento neurológico típico andam sem apoio ao
redor de 12 meses de vida. Mas como sabemos que existe uma variação natural e que, ainda
assim, é considerado normal, caso um bebê esteja andando com 11 meses ou caso venha a
andar com 15, todos podem ser considerados dentro da variação da normalidade.
Agora, se uma criança, aos 24 meses de idade, ainda não é capaz de andar sem apoio, nós não
podemos dizer à família: “Fiquem tranquilos, pois cada criança tem o seu tempo”. Isso é um
erro técnico, atrasa o diagnóstico, atrasa o tratamento e coloca a saúde das crianças em risco.
É claro que, quando utilizamos como exemplo o “andar”, tudo fica mais fácil de ser
compreendido. Entretanto, exatamente a mesma lógica vale para o desenvolvimento do
comportamento social e do comportamento verbal na infância. Portanto, se o comportamento
de uma criança está desviando da normalidade, perceber isso precocemente também é
obrigação do médico que a assiste.
É comum que médicos diferentes possam ter avaliações diferentes sobre determinados
aspectos do desenvolvimento infantil.
“Se você não está satisfeita com as explicações a respeito do comportamento de seu filho; se
você acredita que ele apresenta desenvolvimento diferente das demais crianças, siga em
frente buscando ajuda; siga em frente buscando outras opiniões”.
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