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RESUMO SIMPLES: INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO

PSICOLÓGICA

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA EM CASOS DE SUSPEITA DE


TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

DOCENTE: Maria Solange de Santana Palmeira

COMPONENTES DA EQUIPE(AUTORES):
Alessandra Barreto Oliveira
Beatriz Dias da Silva
Fabyane Alves da Silva
José Carlos Trindade
Laís Borges Lima Dias
Maria de Fátima Nunes Marfuz
Patrick Santos de Santana
Valéria Nascimento Bomfim

Itabuna- BA
1- INTRODUÇÃO

A Avaliação Psicológica identifica os desvios qualitativos e quantitativos nas


habilidades psicológicas, cognitivas, comunicação, linguagem, interação social e do
nível adaptativo do indivíduo. Dentro do contexto de suspeita do Transtorno do
Espectro Autista (TEA) é importante a escolha de instrumentos que avaliem as áreas
de cognição social, flexibilidade cognitiva, funções executivas e sensório-motoras
atentando-se à idade do indivíduo, bem como ao nível de linguagem receptiva para
que o processo de avaliação ocorra de maneira mais eficaz. Urge ressaltar que o
diagnóstico de TEA é clínico, dessa forma, é necessário averiguar se há a presença
de comportamentos atípicos e se estes ocorrem precocemente desde a primeira
infância, correspondendo a todos os critérios do DSM-V. Logo, a observação infantil
em contextos lúdicos é indispensável, pois este contexto possibilita o estabelecimento
da interação social entre avaliador-criança, e assim, auxilia a investigação de fatores
de risco e possíveis sinais do transtorno. Em se tratando do diagnóstico, evidencia-se
a existência de uma variabilidade sintomatológica em vista do “espectro” que o TEA
engloba, assim sendo, para que não haja erro diagnóstico ou subdiagnóstico em
gênero, raça e classe social, é imprescindível que o profissional possua um nível
elevado de conhecimento a respeito do transtorno e de estratégias de avaliações
específicas que se adequem às necessidades do avaliado de forma individualizada,
contemplando-se então, as particularidades de cada ser.

2- MÉTODO

Para o processo de construção do resumo simples em questão e dos slides à


apresentação utilizou-se dois artigos científicos e um livro técnico sobre
psicodiagnóstico do autor Cláudio Hutz, estes foram:
- Avaliação psicológica da criança com suspeita de transtorno do espectro autista:
desafios para o avaliado (SEIMETZ, Giovanna Dornelles, 2018). Site:
https://lume.ufrgs.br/handle/10183/193377 . Descritores: Autismo. Avaliação
Psicológica. Psicodiagnóstico. Transtorno do Espectro Autista.
- Os desafios do Transtorno do Espectro Autista: da suspeita ao diagnóstico.
(SIQUEIRA, Bianca Nayara Leite; PRAZERES, Áurea Christina de Lima Ferreira;
MAIA, Allyssandra Maria Lima Rodrigues, 2020). Site:
https://cdn.publisher.gn1.link/residenciapediatrica.com.br/pdf/pprint339.pdf.
Descritores: Transtorno do Espectro Autista. Pediatras. Diagnóstico.
- Livro Psicodiagnóstico: Entrevista lúdica diagnóstica (HUTZ, Claudio Simon et al.
2016) Site: Editora Artmed. Descritores: Autismo. Psicodiagnóstico. Entrevista
lúdica. Hutz.

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3- DISCUSSÕES DOS RESULTADOS

O processo de Avaliação Psicológica em suspeita de TEA exige o uso de diversas


ferramentas que auxiliam no diagnóstico. Inicialmente é realizada uma anamnese com
os responsáveis para investigar o histórico médico, clínico e desenvolvimental do
paciente. Durante a avaliação, o profissional assume uma posição de análise e
observação clínica além de utilizar escalas e/ou Inventários padronizadas para
rastreamento do TEA, sendo eles restritos ao SATEPSI ou complementares (acesso
público). Dentre os instrumentos pesquisados, os referidos abaixo se fizeram
relevantes para o uso profissional do rastreio de autismo, sendo eles:
M-CHAT: Modified Checklist for Autism in Toddlers (Lista Modificada para Autismo em
Crianças Pequenas) Escala de rastreamento com o objetivo de identificar traços de
TEA em crianças de idade precoce. Deve ser aplicada nos pais e/ou cuidadores da
criança. Ideal para criança a partir de 16 meses. Seu uso é obrigatório para crianças
em consultas pediátricas de acompanhamento realizadas pelo Sistema Único de
Saúde (SUS), segundo a lei 13.438/17.
CARS: Childhood Autism Rating Scale (Escala de Avaliação do Autismo na Infância)
Escala com 15 itens que auxiliam no diagnóstico e na identificação de crianças com
TEA e outros atrasos no desenvolvimento. Ideal para crianças a partir de 2 anos de
idade.

ABC: Autism Behavior Checklist (Lista de Comportamento Autista) Questionário


constituído por 57 itens elaborados para avaliação de comportamentos do TEA em
pessoas com deficiência intelectual.

ATA (AVALIAÇÃO DE TRAÇOS AUTÍSTICOS): Questionário utilizado para averiguar


a possibilidade da presença de TEA em crianças. Pode ser aplicada a crianças a partir
dos 2 anos de idade e pode ser preenchida pelos pais.

SRS-2 (ESCALA DE RESPONSIVIDADE SOCIAL): Escala destinada a mensurar


sintomas associados ao TEA, bem como a classificá-los em níveis leves, moderados
ou severos. Sua avaliação se faz de forma global e específica, já que agrupa os
sintomas em subcategorias. (Editora Hogrefe)
INVENTÁRIO PORTAGE OPERACIONALIZADO: Instrumento para avaliação e
acompanhamento do desenvolvimento infantil em crianças de 0 a 6 anos de idade.
Pode ser aplicada para constatação e acompanhamento de TEA e qualquer
deficiência. Consiste em uma listagem de 580 comportamentos de crianças de 0 a 6
anos para as áreas de Desenvolvimento Motor, Linguagem, Cognição, Socialização,
Autocuidados e uma área específica para bebês de 0-4 meses denominada de
Estimulação Infantil. (Juruá Editora)

Vineland-3: Ferramenta para avaliação de crianças e adultos que apresentam atrasos


no seu desenvolvimento, sendo possível medir o comportamento adaptativo de
indivíduos com TEA, Deficiência Intelectual e de Desenvolvimento, Transtorno de

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Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), lesão cerebral pós-traumática,
Deficiência Auditiva e Visual, Doença de Alzheimer. (Editora Person)
PROTEA – R: Instrumento para rastrear a presença de comportamentos inerentes à
sintomatologia do TEA e identificar riscos para o desenvolvimento infantil. Pode ser
aplicada em crianças em torno de 24 a 60 meses de idade, especialmente àquelas
não verbais, com suspeita de TEA e outros transtornos da comunicação. (Editora
Vetor)

Manual LABIRINTO: É a 1ª avaliação para o TEA totalmente brasileira. Avalia os


sintomas centrais, sintomas associados e as alterações somáticas associadas.
(Diálogos Editorial)

4- CONCLUSÃO
Reiterando-se aos pontos supracitados, é fato que o diagnóstico de autismo é clínico,
sendo ele feito por meio de uma avaliação multiprofissional (Neuropediatra, Pediatra,
Psicólogo, Fonoaudiólogo, Psicopedagogo), entretanto, é importante salientar que o
laudo clínico de validação legal é restrito ao profissional da medicina, os demais
profissionais podem realizar a hipótese diagnóstica/psicodiagnóstico que facilitam à
análise médica. Adentrando-se aos desafios diagnósticos, alguns fatores influenciam
na dificuldade diagnóstica: a precariedade de identificação de marcadores biológicos/
exames específicos para o TEA, a diferença da manifestação de características
autísticas entre meninos e meninas, a negligência e falta de conhecimento do
profissional que avalia e da família do indivíduo acerca do TEA, além da variação de
sintomas, que por vezes, apresentam-se de forma sutil na criança, principalmente as
que possuem autismo nível 1 de suporte, dificultando o diagnóstico caso o profissional
não tenha um olhar mais clínico e sensível para com o indivíduo.

5- REFERÊNCIAS

SEIMETZ, Giovanna Dornelles. Avaliação psicológica da criança com suspeita de


transtorno do espectro autista: desafios para o avaliado. 2018. disponível em:
https://lume.ufrgs.br/handle/10183/193377

SIQUEIRA, Bianca Nayara Leite; PRAZERES, Áurea Christina de Lima Ferreira;


MAIA, Allyssandra Maria Lima Rodrigues. Os desafios do Transtorno do Espectro
Autista: da suspeita ao diagnóstico. 2020. Disponível em:
https://cdn.publisher.gn1.link/residenciapediatrica.com.br/pdf/pprint339.pdf
Krug, J. S., Bandeira, D. R., & Trentini, C. M. (2016). Entrevista lúdica diagnóstica. In
C. S. Hutz, D. R. Bandeira, C. M. Trentini, & J. S. Krug (Orgs.), Psicodiagnóstico. Porto
Alegre: ArtMed.

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