Você está na página 1de 6

UNIVERSIDADE DE VASSOURAS

Pró-Reitoria de Integração, Ciências Humanas, Sociais Aplicadas e Relações


Externas

CURSO DE PSICOLOGIA

Unidade Curricular: Psicodiagnóstico Período: 7º. Data: 02/05/2023


13/05/262016201
Alunos: Flávia Émille - 202010211 6
Lucas Coutinho - 202011314
Matheus Esteves - 202010137
Sheron França - 202010783
Vitória Barbosa – 202011248
Raiara Brandão – 202120029
Haidê Dutra - 201910789

Valor: 2,0 Trabalho P2 Nota:

PSICODIAGNÓSTICO E TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE

Diagnóstico clínico

O diagnóstico de TDAH (transtorno de déficit de atenção com imperatividade) não se


associa necessariamente a dificuldade na vida escolar, embora seja uma queixa frequente
de pais e professores.

O diagnóstico é inteiramente clínico com base nos sinais e sintomas.

Até o momento podemos dizer que não existem escalas comportamentais, testes
psicológicos ou exames clínicos que possam detectar o transtorno o diagnóstico correto e
preciso só pode ser feito através de uma longa anamnese com um profissional
especializado (psiquiatra, neurologista)

O diagnóstico clínico e baseado nos critérios operacionais que são definidos como: manual
diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM5) (APA, 2014) ou a classificação
internacional de doenças (CID-10) e também OMS (organização mundial da saúde)

Além de apresentarem nomenclaturas distintas - transtorno de déficit de


atenção/hiperatividade no DSM-5 e transtorno hipercinético no CID-10 - a CID exige a
presença de sintomas em todas as dimensões (hiperatividade, impulsividade e desatenção)
para o diagnóstico, enquanto DSM prevê a existência de apresentações clínicas distintas
de acordo com a predominância de sintomas de desatenção e hiperatividade-
impulsividade.

Assim, em resumo no DSM-5 (quadro 25.1) o diagnóstico é feito quando?

1. A) estiverem presentes seis ou mais sintomas de desatenção e/ou hiperatividade-


impulsividade por seis meses ou mais (para adultos, apenas cinco sintomas são
necessários ao invés de seis);

2. B) vários sintomas estiverem presentes antes dos 12 anos de idade;

3. C) os sintomas estiverem presentes em dois ou mais ambientes;

4. D) houver prejuízo no funcionamento social, acadêmico ou profissional; e

5. E) os sintomas não ocorrerem exclusivamente durante o curso de um transtorno


psicótico e não ser mais bem explicado por outro transtorno mental.

Avaliação dos sintomas

A avaliação dos sintomas é feita através da entrevista clínica, sendo assim, é importante
durante essa entrevista adaptar a situação de acordo com o púbico que está sendo
atendido, neste caso, se o paciente for uma criança, a entrevista poderá ser feita com os
pais ou responsáveis do sujeito, ou até mesmo se for adulto, poderá ser feita com pessoas
são da convivência da pessoa. Nesta linha de raciocínio, é importante a observação
minuciosa durante essas entrevistas, para que se entenda o que é dito e o que não é dito,
sempre com muita cautela e assertividade para não promover uma patologização sobre o
paciente, fato este que ocorre muito na atualidade. É de extrema importância entender a
contextualização da queixa que está sendo trazida como demanda, onde ocorre, como
ocorre, quando ocorre e porque ocorre, para assim, haver um aprofundamento e ampliação
sobre o que está sendo dito, além disso, também é usado de forma complementar escalas
de avaliação comportamental, que são amparadas pelas definições presente no DSM, para
assim, haver uma maior obtenção de informação sobre o sujeito, é mister salientar que
essas escalas de avalição comportamental são escolhidas de acordo com o a idade do
sujeito, para assim, uma obtenção de resultados fidedignos serem possíveis.

Dentro do que deve ser observado, quando se trata da avaliação em crianças devemos nos
atentar, por exemplo, a alterações de afeto e pensamento assim como desenvolvimento da
linguagem, relacionamento com os pais, entrevistador e brincadeiras. Além disso, vale
ressaltar que não se deve descartar o diagnóstico de TDAH mesmo que sintomas os
referentes a ele não estejam presentes no primeiro contato com o clínico, já que os
mesmos são variáveis. Como adultos tendem a minimizar os sintomas, é de extrema
importância a obtenção de informações a partir de pessoas que convivam consigo, e por
fim, a investigação da história clínica se faz significativa pois a partir dela podemos
determinar se os sintomas estão ou não relacionados a algum evento ou situação
específica.

INVESTIGAÇÃO DE DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Alguns transtornos psiquiátricos também podem ser caracterizados pela presença de


sintomas de desatenção, hiperatividade ou impulsividade, dificultando a realização de um
diagnóstico preciso.

INVESTIGAÇÃO DE COMORBIDADES

A prevalência de comorbidades em pacientes com TDAH é alta, por isso, devemos


investigar a presença de outros transtornos. Na infância, as comorbidades mais comuns
são transtorno de oposição desafiante (cerca de 60%), transtorno da conduta (em torno de
15%), transtornos do humor – unipolar e bipolar (em torno de 25%), de ansiedade (cerca de
30%) e de aprendizagem (em torno de 25%). Já em adultos, além dos transtornos do
humor e ansiedade (com prevalência de cerca de 30 e 50%, respectivamente), também se
destacam a dependência de álcool e outras drogas (aproximadamente 30%) e o transtorno
da personalidade antissocial (em torno de 30%) (Biederman, 2005)
INVESTIGAÇÃO DA HISTÓRIA CLÍNICA

Também devemos investigar fatores pré e perinatais que são considerados de risco para
TDAH, especialmente a exposição ao álcool e ao cigarro durante a gestação e o baixo
peso ao nascer.
O histórico médico também deve ser questionado, pois sintomas de TDAH, especialmente
desatenção, podem estar presentes em algumas condições, como deficiências auditivas e
visuais, traumatismo craniencefálico, encefalopatia, hipertireoidismo e intoxicação por
chumbo.
A investigação da presença de psicopatologia na família é essencial. Estudos indicam que
o risco de ter TDAH é 2 a 8 vezes maior em pais e irmãos de indivíduos com o transtorno.
Também devemos investigar a organização familiar, pois ambientes desorganizados e
inconsistentes tendem a exacerbar os sintomas de pacientes com TDAH.

USO DE TESTES PSICOLÓGICOS

A avaliação psicológica das funções cognitivas não é necessária para o diagnóstico, mas é
recomendada quando há suspeita de limitações cognitivas, transtorno do desenvolvimento
intelectual ou transtorno específico da aprendizagem e para o entendimento do
funcionamento (áreas de força e dificuldades) neurocognitivo do paciente. Apesar disso, a
avaliação psicológica, envolvendo tanto testagem cognitiva quanto de personalidade e/ou
projetiva, pode ser útil no entendimento do caso, bem como na determinação dos
encaminhamentos e tratamentos necessários e no monitoramento do progresso do
paciente.

Avaliação cognitiva

A avaliação cognitiva do TDAH deve ser essencialmente clínica, feita por um profissional
capacitado, seu objetivo é avaliar a alteração da atenção do indivíduo.

A alteração da atenção pode ocorrer por uma desmotivação, inquietação ou impulsividade


do indivíduo.

Para a avaliação podemos levar em conta o histórico familiar do indivíduo, o social e o


físico, pois múltiplos déficit podem existir no mesmo, para uma avaliação mais abrangente
deve ser realizado técnicas com instrumentos que podem ser utilizados no processo
avaliativo, fazer entrevistas clínicas, fazer o uso de escalas, testes psicológicos e
neuropsicólogo pra ter o diagnóstico, é necessário fazer mais de um tipo de teste, para que
não acha erro dando um falso diagnóstico.

Tem os testes mais utilizados, um deles é o Stop Tash teste que é realizado no
computador;

Esses testes tem como objetivo ver o tempo resposta e reação do indivíduo;

“os déficits na variabilidade no tempo de reação e na velocidade de processamento


também estão presentes em indivíduos com TDAH. Esses construtos são mais bem
avaliados por meio de tarefas computadorizadas que possibilitam a mensuração do
tempo de reação em milissegundos. No entanto, a velocidade de processamento também
pode ser avaliada por meio dos subtestes Procurar Símbolos e Códigos das Escalas
Wechsler, do Stroop (estímulos congruentes), entre outros testes que requerem rapidez
de resposta.“

O modelo cognitivo energético é uma tentativa de reunir processos top-down e bottom-up


em uma mesma teoria, sendo eles respectivamente um funcionamento executivo e o outro
um processamento de informações, tendo, mas uma divisão, os fatores de estado. O pool
de excitação (arousal) pode ser definido como uma resposta fasica ligada ao momento do
estímulo.

A ativação é associada à prontidão fisiológica tônica para responder, ou seja, lá a


capacidade do indivíduo para adaptar-se a uma mudança na tarefa.

Indivíduos com TDAH tende ajustar o seu tempo de reação quando estímulo aparecem de
forma mais lenta por apresentarem um pouco mais de dificuldade. O esforço é o ajuste
necessário para adequar-se à demanda cognitiva e pode ser afetado pela motivação e pela
presença de recompensas ou punições. Em relação à inteligência geral, o TDAH pode
ocorrer em todas as faixas de quociente de inteligência (QI).

No entanto quando essa inteligência geral é analisada em pacientes com TDAH tende a ser
mais baixa, isso porque alguns testes de avaliação de QI incluem subtestes que avaliam
funções alterada nesse transtorno.
É importante destacar que os testes psicológicos podem apresentar validade ecológica
limitada. Escalas que avaliam comportamento relacionados a funções executivas, por
exemplo, não apresentam alta correlação com teste de desempenho. isso indica que os
testes não consegui capturar as dificuldades decorrentes e disfunções sexuais executiva.

Você também pode gostar