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TRANSTORNO DO

ESPECTRO AUTISTA
Prof(a). Me. Larissa Kühl Izidoro Pereira
INSTRUMENTOS DE RASTREAMENTO

 Protocolo de Avaliação para Crianças com Suspeita de Transtorno do


Espectro do Autismo (PRO-TEA): Idealizado pelo Núcleo de Estudos e
Pesquisas em Transtorno do Desenvolvimento - NIEPED/UFRGS, em 1998,
e aprimorado em 2007.
 É de rápida aplicação por meio da observação direta da criança em
interação com um adulto (pais e/ou profissional), os materiais são
brinquedos de baixo custo, os itens do protocolo contemplam a tríade de
comprometimentos, considerando a frequência, intensidade e peculiaridade
dos sintomas, assim como registros qualitativos, a partir de resultados de
pesquisas na área.
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 O Protocolo de Avaliação Comportamental para Crianças com
Suspeita de Transtorno do Espectro Autista - Revisado (Protea-R)
 É um instrumento de observação, com 17 itens, destinados a avaliar a
qualidade e a frequência de comportamentos característicos do TEA,
em crianças pré-escolares (18 a 48 meses). A avaliação acontece em
três sessões de observação com 45 minutos de duração cada,
envolvendo uma brincadeira livre e uma estruturada.
 Nessa versão há uma atenção especial para crianças não verbais.

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 Há também o instrumento brasileiro - Indicadores Clínicos de Risco para
o Desenvolvimento Infantil - IRDI, validado para uso de profissionais da
saúde, para observação dos comportamentos entre mãe-bebê, no
período de 0 a 18 meses de idade. Seu objetivo é identificar risco para o
desenvolvimento infantil, ele não é especificamente para o TEA, porém,
foi adaptado para rastreamento de casos de TEA.
 É em formato de questionário para os pais, com 31 indicadores
observáveis, de caráter retrospectivo, indicado para ser aplicado em
crianças de 18 meses a 7 anos. Ele é indicado pelo Ministério da Saúde
do Brasil, como instrumento de rastreamento do TEA junto com o M-
Chat. (MACHADO; PALLADINO; CUNHA. 2014).

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OS PROCESSOS FORMATIVOS DE
AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO
 Além dos instrumentos de rastreamento é necessário realizar exames
físicos, com o objetivo de identificar a presença de neurofibromatose,
esclerose tuberosa e traços dismórficos. Deve ser realizado avaliação de
audição, fala e linguagem, avaliação neurológica e a avaliação genética em
alguns casos. “Exames complementares geralmente não ajudam no
diagnóstico, mas podem ser úteis para definir a etiologia do TEA.”
(MONTENEGRO, et al. 2021. p. 2)
 A equipe que irá desenvolver o processo diagnóstico precisa ter experiência
clínica e não se limitar a aplicação de testes e exames.

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 Apenas o uso de instrumentos não é o suficiente para fechar diagnóstico
de TEA, eles servem como bons rastreadores de possíveis casos de TEA.
É necessário o trabalho da equipe multidisciplinar.
 A falta de iniciativa preconizada como um padrão de rastreamento do TEA
no SUS, para captar os sinais precoces, e constatar o diagnóstico, leva à
mercê de uma possível detecção dos pais.
 Dificuldade no diagnóstico precoce do TEA porque muitos pais reportam
conhecimento limitado sobre TEA, principalmente se forem pais de
"primeira viagem”, pois não sabem ao certo qual o parâmetro de
comportamento de uma criança neurotípicas.
 O pediatra pode ser o primeiro a perceber os sinais de TEA na criança.
Com o diagnóstico tardio e intervenção protelada, os prejuízos no
desenvolvimento da criança tendem a se acentuar.
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TRATAMENTO

 Atualmente não há tratamento farmacológico para os sintomas


centrais do TEA. Por ter uma complexa natureza etiológica, um
tratamento benéfico é a inclusão da criança em equipes de
reabilitação multidisciplinar, compostas por especialistas de
diversas áreas, como médicos, psicopedagogos, psicólogos,
fonoaudiólogos, terapeuta ocupacional, entre outros.
 Os tratamentos e intervenções também irão variar de acordo com
os graus de gravidade do TEA (um, dois e três) por isso o plano de
tratamento deve ser individual.
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 Tratamentos alternativos: Os mais populares são as dietas e
suplementações vitamínicas.
 A dieta mais difusa é a sem glúten e caseína. Glúten é a
proteína do trigo, cevada e centeio. A Caseína é encontrada
principalmente em laticínios.
 A suplementação alimentar tem sido considerada uma opção
de tratamento para o TEA, ao contrário da dieta, a ideia da
suplementação é a de que alguns sintomas do TEA poderiam
ser revertidos com a suplementação de determinadas
substâncias, as mais recomendadas são ômega 3, piridoxina e
magnésio.
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 O tratamento do TEA continua sendo um desafio para as
famílias, mesmo quando há acesso a profissionais
experientes. Por isso, a utilização de tratamentos
alternativos é muito comum em pacientes com TEA,
ocorrendo em mais de 80% dos casos, os profissionais
precisam saber orientar, explicando sobre a ausência de
base científica, os riscos de efeitos colaterais, além de
gastos desnecessários.

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REFERÊNCIAS

 MONTENEGRO, M. A.; et al.. Transtorno do Espectro Autista - TEA


Manual prático de diagnóstico e tratamento. Thieme Revinter. 2018.
 SEIZE, M. M.; BORSA, J. C. Instrumentos para Rastreamento de
Sinais Precoces do Autismo: Revisão Sistemática. Psico-USF,
Bragança Paulista, v. 22, n. 1, p. 161-176, jan./abr. 2017.
 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de
Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento. Triagem precoce
para Autismo/ Transtorno do Espectro Autista. 2017.

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Obrigado(a)!
Prof. Ms. Larissa Kühl Izidoro Pereira
Contatos: larissakuhl@hotmail.com

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