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ATIVIDADE 2 – DH 2

ALUNA: VITÓRIA C M LIMA

Compreensões teóricas sobre a adolescência

1- Quais as diferenças conceituais entre as teorias psicodinâmicas?


Freudiana: considerou a adolescência como um período filogenético,
evolucionista, ou seja, determinado geneticamente. No que tange á
puberdade, Freud a configura enquanto um momento singular no qual a
sexualidade humana aflora (VIEIRA E VORCARO,2014).Sendo assim, não
é algo que nasce com a puberdade, mas que desabrocha nesse período.
Rank: Segundo Macedo (1999, p 35), o principal conceito teórico de Rank é
a “vontade”, que se configura como “um fator positivo”, uma força que
ativamente forma o eu e modifica o ambiente. Rank descreve “vontade” como
sendo “uma organização positiva e uma integração que guiam o eu, e que
utiliza de forma criativa os instintos e, ao mesmo tempo, os inibe e os controla”,
dessa forma, no período da latência, “a vontade individual encontra a social”.
Segundo Macedo (1999), para Rank, é necessário que o adolescente vivencie
etapas evolutivas para, então, desenvolver sua vontade.
Mead: defendeu que por ser um sujeito social, o jovem enfrenta os desafios
que lhe surgem no mundo, justamente porque ocupam um lugar na sociedade
e porque se sentem como sujeitos nesse mundo (FERNANDEZ,2015).
Aberastury: a adolescência se configura como um momento decisivo no
processo de desprendimento, que teve início no nascimento.
Knobel: a partir das ideias da sua colega Aberastury, afirma que o adolescente
vivencia 3 lutos:
- o luto pelo corpo infantil perdido
- o luto pelo papel e identidade infantis, que o obriga a uma renuncia da
dependência e a uma aceitação de responsabilidades que muitas vezes
desconhece...
- o luto pelos pais da infância, os quais persistentemente tenta reter na sua
personalidade, procurando o refúgio e a proteção que eles significam...

2- Compreender o contraponto da teoria desenvolvida por Mead em


relação á teoria de abordagem freudiana.

R= Para Freud, a questão principal é que a sexualidade não se


inaugura na puberdade, ela é vivida, de diferentes formas, desde o
nascimento; e Mead lança luz sobre a importância do meio sociocultural
no desenvolvimento da adolescência, questionando os padrões
universais defendidos pelas teorias de Freud e Stanley Hall.

3- Analisar criticamente o conceito de síndrome normal da adolescência.

R= Mais do que entender os motivos de tantas modificações, é de suma


necessidade saber conduzir este momento da vida de forma mais
adequada. A palavra “normal” nesse contexto, refere-se á anormalidade
de comportamentos comum entre os 12 e os 18 anos de idade.
A psicoterapia ajuda os adolescentes a perceberem as mudanças por
que passam, aprendendo a inibir os comportamentos indesejados. “É
preciso ter em mente que as transformações ocorrem a todo momento,
por isso o diálogo é a melhor forma de conduzir o adolescente com
segurança e tranquilidade, neste momento de sua vida”.
Também o papel dos pais é fundamental, porque a sua postura diante
dos filhos será determinante na frequência dos sintomas da Síndrome
da Adolescência Normal. “Estudos comprovam que, adolescentes que
vivem em ambientes familiares com regras mais claramente
estabelecidas, os sintomas aparecem de forma mais contida. Já nos
adolescentes que vivem sob menos regras familiares, os sintomas
tendem a vir de forma mais prejudicial, provocando sofrimento”, explica
a neuropsicóloga Edinalva Borges – terapeuta cognitivo-comportamental
e especialista em adolescência.
Acredito que a adolescência pode ter sim períodos de muita crise, ou
para muitos adolescentes é uma fase totalmente de crise. Porém, não
generalizo porque conheço pessoas que não passaram ou nem lembram
de ter sido um adolescente com “todos os sintomas da síndrome normal
da adolescência”.

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