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Comportamento nas organizações

Papel do psicólogo organizacional: Desenvolver e melhorar o comportamento das


pessoas na empresa, sempre alinhado a missão, visão e valor da empresa. Criar
novas habilidades e desenvolver potências, para que gere competitividade,
empreendedorismo, motivação. Parte história da psicologia organizacional.
Começou antes da própria psicologia. Começaram com os testes psicotécnicos nas
indústrias.
 Era agrícola: pessoas eram recrutadas para trabalharem nas indústrias.
Inicio da industrialização, estabilidade, pouca mudança, regularidade.
 Era industrial: industrias tomaram conta sobre o próprio capitalismo, mais
em massa. Homem visto como máquina. Desenvolvimento industrial,
aumento de mudança, fim da previsibilidade, necessidade de renovação,
CLT.
 Era da informação: globalização, aceleração da mudança, imprevisibilidade.

Missão, visão e valores: como a empresa atua perante o mercado. O que


valorizam em seus funcionários. Contratar pessoas com esses valores.
 Missão: razão pelo qual a empresa existe. Foco de atuação.
 Visão: grande objetivo de longo prazo.
 Valores: como se porta no mercado e na sociedade.

Cultura: vem com a diretoria e gestores, que acabam refletindo nos funcionários.
CHA – Conhecimento, habilidades e atitudes. Através desse que pode montar o
perfil de uma vaga. Quais os conhecimentos técnicos, formação, habilidades, quais
experiências que elas têm. Quais as atitudes que ela tem. Devem trabalhar sempre
buscando melhorar. Olhar competências individuais, quanto em equipe e na
liderança.
 Conhecimento: saber adquirido, saber teórico.
 Habilidade: saber fazer. O que é aprendido e utilizado. Colocar em prática o
que se tem de teoria.
 Atitude; querer fazer. Está ligado a ação.
MOTIVAÇÃO
- Maslow: pirâmide das necessidades. Ser humano motivado pelas suas
necessidades (fora para dentro). Ações para saciar uma necessidade.
- McGregor: teoria XY. O homem tem preguiça de trabalhar, tem seus conflitos
perante o trabalho, mas depende muito do gerenciamento. A gestão traz uma
motivação para o trabalho. X: o homem tem preguiça do trabalho e precisa ser
controlado para que se esforce e cumpra os objetivos. Y: O homem é criativo e tem
potencial, mas as empresas devem proporcional meios para que estas pessoas
possam dar seu melhor.
- Hezberg: satisfação x insatisfação – Teoria dos dois fatores. Tem motivação
interna e externa. Ex: Posso estar motivada, feliz, faço bem minhas atividades, mas
a empresa também tem que dar boas condições para trabalhar, pois ela pode me
causar insatisfação. É importante analisar os dois fatores. A empresa tem que
fornecer o subsidio necessário para que a pessoa trabalhe motivado. Equilíbrio de
ambos para que o funcionário esteja motivado. Fatores higiênicos evitam que o
funcionário fique insatisfeito, mas ele não é capaz de fazer com que ele fica
completamente satisfeito.
- Mihaly/ Teoria do Flow: psicologia positiva. (teoria mais atual).
Psicologia positiva. Martin Saligman (presidente da APA).
Psicologia tem 3 missões:
1. Curar as doenças mentais
2. Tornar mais feliz a vida das pessoas
3. Identificar e cultivar talentos humanos.
Percebeu que a psicologia estava apenas focada no número 1, voltada apenas para
a doença. Criou com o Mihaly a psicologia positiva. – Olhar mais para saúde do que
para doença.
Psicologia positiva: estudo cientifico das forças e virtudes que permitem aos
indivíduos, organizações e comunidades atingirem seu desenvolvimento pleno. Ir
além, priorizando a saúde.
 Felicidade autêntica: consegue ter mais emoções positivas do que negativas.
Para atingir, é necessário: 1. ter uma vida prazerosa (maximizar as emoções
positivas. 70% de emoções positivas, você está com a saúde mental ok.
Prestar atenção e tentar modificar); 2. Vida engajada (vida com significada.
Motivação intrínseca – pela própria satisfação, fazer aquilo que você gosta);
3. Vida significativa (tem que ter um significado, ter um propósito maior que
você)

Sonia Lyubomirsky: O que determina a felicidade? (pesquisa dentro do aspecto


biopsicossocial). 1. Fator genético (50% variação dos níveis de felicidade), 2.
Circunstâncias (10%), 3. Atividades intencionais – conseguir mudar (40%)

 Atividades intencionais: pensamentos, comportamentos, forma de lidar, nível


de criatividade, modo de agir, onde posso fazer mudanças nas coisas que
estou realizando.

Teoria do flow: Vida engajada. (a sua motivação intrínseca)


- O fluxo é um estado psicológico de êxtase que resulta de uma integração de
processos cognitivos, de características da tarefa e de estados emocionais múltiplos.
- Oferecer metas claras e atingíveis e feedbacks contínuos no processo de
desenvolvimento da atividade
- Permitir que a pessoa tenha controle dos processos, ao reconhecer que suas
habilidades e potencialidades estão sendo mobilizadas para o exercício da atividade.
(mais habilidade e controle, mais ela atinge o flow)
- Minimizar os fatores de distração, de modo que haja intensa concentração no que
está fazendo, o que repercute na percepção subjetiva do tempo e na sensação de
perda temporária dos limites do eu.
- Identificar as situações capazes de provocar na pessoa esse estado de fluxo.

Flow: estado de fluxo da consciência – concentração mais profunda. A pessoa está


tão concentrada no que está fazendo, e isso lhe dar prazer, que a pessoa apenas
faz, esquecendo da dor, das necessidades fisiológicas etc.
Motivação: estado de curta duração e alta motivação. Êxtase, alta concentração,
clareza cognitiva, autocontrole.
HIGIENE DO TRABALHO
Está ligada ao diagnóstico e à prevenção das doenças ocupacionais, a partir do
controle do homem e seu ambiente de trabalho.

Qualidade de vida no trabalho: engloba vários aspectos: físicos, mentais e sociais.


Conjunto de ações que a empresa adota para melhorar o grau de satisfação de um
colaborar com a sua função e com o ambiente de trabalho, visando os impactos que
este bem-estar pode trazer os resultados positivos da organização.

Elaboração de programas de QVT


(deve olhar para todos esses critérios)
 Compensação justa e adequada: salário justo.
 Condição de trabalho: jornada de trabalho razoável. Ambiente físico e seguro
e saudável. Ausência de insalubridade.
 Uso e desenvolvimento de capacidades: autonomia, autocontrole relativo.
Funcionário deve fazer o que está fazendo.
 Oportunidade crescimento e segurança: possibilidade de carreira,
crescimento pessoal, perspectiva de avanço salarial. (funcionário faz o
trabalho por algum propósito).
 Integração social na organização: ausência de preconceitos, igualdade,
mobilidade.
 Constitucionalismo: direitos de proteção ao trabalhador, privacidade pessoal,
liberdade de expressão, direitos trabalhistas.
 Trabalho e o espaço total de vida: equilibrar o trabalho e a vida pessoal
(lazer). Poucas mudanças geográficas (trabalhos que fazem com quem você
se desloque).
 Relevância social do trabalho: imagem da empresa. Reponsabilidade social
da empresa. Práticas de emprego.

SEGURANÇA NO TRABALHO
Prevenção de acidentes, incêndios e de roubos.

Inspeção do ministério do trabalho: condições ambientais (são padronizadas).


- Iluminação, temperatura, ruído, biológicos, tóxicos, químicos.

Trabalhos em que há alto nível de periculosidade: avaliar a personalidade


(tendencioso a depressão etc), habilidades motoras, falta de habilidades especiais,
se tem tendência a assumir riscos (impulso), esquecimento, desconcentração,
motivação, inteligência.

Ergonomia: empresa deve fornecer o mínimo de equipamento necessário para que


a pessoa possa trabalhar. Deve estar adequado para que a pessoa consiga
trabalhar com conforme. Ergonomia é normatizada através de NR’s (normas
regulamentadoras).
- Envolve segurança do trabalho, fisioterapeuta e psicólogo organizacional (trazer
consciência e mudar o comportamento).

SAÚDE NO TRABALHO

Sofrimento psíquicos no trabalho:


- Falta de trabalho ou a ameaça de perda do emprego.
- Trabalho desprovido de significação
- Fracassos, acidentes ou rebaixamento de cargo
- Impossibilidade da comunicação espontânea
- Jornada longas de trabalho, com muitas horas extras
- Pressão muito grande por produtividade, além do possível realizável.
- Níveis altos de concentração em períodos integrais e sem interrupções.

Doenças/transtornos relacionados ao trabalho:


- Transtorno do sono e sensação de estar acabado (síndrome de Burnout/síndrome
do esgotamento profissional).
- Alcoolismo crônico
- Estresse pós-traumáticos
- Neurastenia (síndrome da fadiga crônica)
- Neurose profissional
- Depressão e ansiedade (maiores causas de afastamento)
Síndrome de Burnout: fenômeno ligado ao trabalho e que afeta a saúde.
1. Deve estar ligado ao trabalho.
2. Esgotamento físico e psíquico, indiferença e perda de personalidade, dor de
cabeça frequente, insônia, dificuldade de concentração, sentimento de
fracasso e insegurança, negatividade constante, sentimentos de derrota,
desesperança e incompetência, alteração repentinas de humor, isolamento,
fadiga, pressão alta, dores musculares, problemas gastrointestinais, alteração
nos batimentos cardíacos.

Ambiente psicológico de trabalho: relacionamentos humanos agradáveis, tipos de


atividade agradável e motivadora, estilo de gerencia democrático e participativo,
eliminação de possíveis fontes de estresse, ter um bom envolvimento pessoal e
emocional.

LIDERANÇA
Poder: Para influenciar o comportamento das pessoas.
 Poder legitimo: hierarquia organizacional. Local especifico ocupado por uma
pessoa dentro da organização. Referente ao cargo. Ex: pessoa se tornou
gerente (mas se deixar de ser gerente, ela deixa o poder no cargo)
 Poder de recompensa: variedade de recompensa para motivar o funcionário.
Relacionado à estrutura organizacional. Os gerentes influenciam o
comportamento através do uso de recompensas.
 Poder coercitivo: capacidade do gerente de punir como meio de influenciar o
comportamento de outras pessoas. Ex: demitir para intimidar.
 Poder de especialização: capacidade de influenciar pelo conhecimento,
habilidade e experiência, mas é necessário que as pessoas notem esse
conhecimento.
 Poder de referência: poder de influenciar o outro pela força do seu carisma
ou por características pessoas que são admiradas e servem como referência.
Liderança: grupal e influência intencional. Depois da segunda guerra houve mais
estudos sobre o assunto. Conjunto de fatores: líder, liderados e a situação que isso
ocorre.

 Para ser líder é necessário ter determinados traços (alguns teóricos).


 Teóricos que irão ver como se comportam

Kotter: a pessoas que nascem lideres e há outras que aprendem a desenvolver sua
liderança.

Teoria dos traços: seus pesquisadores propunham que os lideres deveriam possuir
determinados traços de personalidade especiais. Nasce líder. Pensava-se que o
líder que possui um conjunto de algumas características comportamentais especiais
lideraria sempre. “Dom divino”
 Fator físico: peso, altura, aparência pessoal, idade
 Habilidade especificas: inteligência, fluência verbal, escolaridade e
conhecimento.
 Gama mais complexa de traços de personalidade: moderação, introversão,
extroversão, dominância e ajuste pessoal.
Critica: perceberam que não tinha sentido.

Teoria dos estilos: Procurou-se descrever a forma como o líder se comporta


usando como metodologia a observação de diferentes tipos de comportamentos
adotados por ele. Pesquisas realizadas em ambientes reais, estudando pessoas que
já ocupavam posição de liderança, dessa forma, as pessoas poderiam ser treinadas
para exibirem um comportamento eficaz como líder.
 Os lideres possuem estilos próprios, então vamos treinar as pessoas para se
tornarem líder.

Outras teorias de liderança:


Comecou-se a pensar que o “o estilo de liderança exibido pelo líder determina o
nível de desempenho atingido pelo grupo por ele comandado”.
Deve olhar esses dois fatores:
Líder voltado para a tarefa: dirige suas ações mais no sentido de conseguirem que
o trabalha “saia”.
Líder voltado para as pessoas: percepção e atendimento das necessidades de
seus subordinados e procuram oferecer o apoio necessário para eles possam
satisfazer suas expectativas pessoais em um clima de comunicação aberta.

Rensis Likert: modelo de produção (autocrático) e modelo voltado para


consideração (democrático, o líder atua de maneira amigável, de apoio, mostrando
preocupação)

Chiavenato defende a existência de três fatores de liderança, que influenciaram na


capacidade de liderar pessoas:
- Posição hierárquica: decorrente da autoridade em relação aos subordinados.
Quanto mais alta a posição hierárquica, maior a fora de liderança oferecida pela
estrutura organizacional.
- Competência profissional: é resultante dos conhecimentos gerai e específicos que
o administrador possui. Quanto maior a competência profissional, maior a força de
liderança que o próprio líder possui.
- Personalidade: decorrente das qualidades pessoais do líder, como seu
temperamento, caráter, relacionamento humano, inteligência, compreensão.

Liderança situacional: efetividade do comportamento do líder na dependência da


condição situacional denominada nível de maturidade (prontidão ou
desenvolvimento dos membros da equipe)
- Comportamento diretivo (tarefas), comportamento apoiador (voltado para
relacionamentos), maturidade (capacidade das pessoas assumir responsabilidade
para dirigir seu próprio comportamento em dada situação).
COMUNICAÇÃO

 Fonte: origem da ideia – individual ou grupal. “Vou falar o quê?” >


Codificador: transformo a ideia pela forma que vai ser representada >
Mensagem: Pronta para ser enviada ao receptor > Canal: como vai ser
enviada > Decodificador: mensagem transformada em linguagem apropriada
ao receptor > Realimentação: emissor toma conhecimento dos resultados de
sua mensagem.

Obstáculos:
 Personalidade: estado emocional geral e momentâneo
 Linguagem: acontecimento (não se discute), opinião (modo de ver as coisas),
observações (oferece certezas mais absolutas)
 Técnicas: falhas no canal de emissão da mensagem.
Falhas:
 Humanas: nascem dos preconceitos
 Hereditariedade, educação, meio, experiências autossuficiência: o sujeito
não aprende o que já julga saber.
 Congelamento das avaliações: houve mudanças e o grupo não vai receber
a mensagem do mesmo jeito.
 Diferenças entre aspectos objetivos e subjetivos do comportamento: o
comportamento exteriorizado nem sempre corresponde ao que existe.
 Tendência a complicação: complicar o que não é entendido.
 Semântica:

Vantagens de quem ouve:


 Disposição de melhores informações
 Economiza tempo (não precisa repetir)
 Estimula o interlocutor a falar

Uma boa empresa deverá possuir um sistema de comunicação eficiente e adaptado


as necessidades de nosso mundo atual. Por meio da comunicação, é possível definir
objetivos da equipe ou da organização, avaliar progressos, observar a existência de
falhas, integrar pessoas. Todo problema que enfrentamos na empresa começa pela
comunicação. De alguma maneira, direta ou indiretamente, a comunicação é
responsável por todo o problema que a empresa passa no momento, seja ele de
pequena ou grande medida.

3 possíveis problemas quando a comunicação não se estabelece ou não se realiza;


- Filtragem: escutar o que quer.
- Bloqueio: a mensagem é enviada, mas a comunicação não é estabelecida, pois
não há compreensão dos fatos.
- Ruído: quando a mensagem é distorcida ou mal interpretada. Ex: fofoca, telefone
sem fio.

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