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“Visto sob este ponto de vista [ o desenvolvimento integral do self ], o ser humano
parece lutar basicamente para afirmar e expandir sua autodeterminação. É um ser
autônomo, uma entidade que cresce por si mesma e que se faz valer de modo ativo,
ao invés de reagir passivamente como um corpo físico aos impactos do mundo que
o rodeia. Essa tendência fundamental expressa-se na luta da pessoa para consolidar
e desenvolver seu autogoverno, em outras palavras, para exercer sua liberdade e
organizar os itens relevantes de seu mundo a partir do centro de governo autônomo
que é o seu self. Esta tendência – que chamei de ‘propensão para autonomia
crescente’ – expressa-se na espontaneidade, na auto-afirmação, no esforço pela
liberdade e pelo domínio de si.
“Vista sob outra perspectiva, a vida humana revela um padrão básico bastante
diferente do acima descrito. Sob este ponto de vista, a pessoa parece buscar um
lugar para si numa unidade maior, da qual ela se esforça para tornar-se parte. Na
primeira tendência nós a vemos lutando pela centralização em seu mundo, tentando
moldar e organizar os objetos e eventos de seu mundo, trazê-los para sua própria
jurisdição e controle. Na segunda tendência, pelo contrário, a pessoa parece
entregar-se voluntariamente à busca de um lar para si e tornar-se UMA PARTE
ORGÂNICA DE ALGO QUE CONCEBE COMO MAIOR DO QUE ELA (sic). A unidade
supra-individual da qual a pessoa se sente parte, ou deseja tornar-se parte, será
formulada de diferentes formas, de acordo com sua formação cultural e com
compreensão pessoal” (Fadiman & Frager, 1986. pp. 283-284).
“Jung não imaginava o ser humano como se fosse uma máquina biológica.
Reconhecia que o processo de individuação [ maturação integral ] dos humanos
pode transcender os estreitos limites do ego e do inconsciente pessoal e ligar-se ao
Self, que é proporcional à humanidade toda e ao cosmos inteiro. Jung pode ser,
então, considerado o primeiro representante da orientação transpessoal em
Psicologia” (Grof, 1988, p. 139).
Portanto, nos parece que, pelo menos em parte, já ocorre, através da ACP e
da Psicologia Analítica Junguiana, no Brasil, um conjunto de psicoterapias de
aspecto transpessoal. O que parece agora ser necessário é o reconhecimento que
muitos dos eventos transcendentes que ocorrem nestas abordagens podem agora
ser devidamente enquadrado num campo coerente e mais desenvolvido para a
pesquisa e o estudo destes fenômenos em si. Este campo, ou abordagem, é a
Psicologia Transpessoal.
Resumo:
O Estudo da Consciência Humana.- William James, Carl Jung, Carl Pribram, Stanilav
Grof são alguns dos nomes mais conhecidos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Hall, C.S. & Lindzey, G. (1984). Teorias da Personalidade. São Paulo, EPU.
______ (1971). The Farther Reaches of Human Nature. New York, Viking Press.
1 Psicólogo clínico.