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O humanismo é considerado a terceira grande força da psicologia.

Surgiu na década de 1950, onde o cenário da época era psicanálise (Freud) e


behaviorismo (Pavlov e skinner), por isso a denominação de terceira força. Um grupo de
psicólogos que não estavam contentes com a divisão da psicologia, resolveram pensar em um
novo modo de entender o mundo.

Carl Rogers, Abraham Maslow e Clark Mounstakas se destacavam dentre os não


contentes, a proposta central deles, era entender as coisas que ajudavam as pessoas em
processos de mudança, não focados na cura de doenças mentais.

Marcos da psicologia humanista

• 1961 - Criada a Associação Americana de Psicologia Humanista.


• 1962 - Publicado o livro Introdução à Psicologia do Ser de Maslow (considerada a
introdução oficial do que Maslow chamou de “terceira força” na Psicologia) *a
psicanálise e o behaviorismo sendo a primeira e a segunda força*.
• 1971 - A Psicologia humanista ganhou sua própria divisão na American Psychological
Association (APA)

Para a psicologia humanista, as pessoas são mais do que a soma de duas partes; para
entender as pessoas você deve olhar para elas dentro do seu contexto humano, sabendo do seu
lugar no universo; os seres humanos são conscientes, bem como conscientes desta consciência;
humanos tem a capacidade de fazer suas escolhas, mas escolhas trazem responsabilidade;
intencionalidade na existência.

Pontos fundamentais

• O humanismo é contra o determinismo


• É subjetivo (o comportamento pode ser explicado somente pelo próprio sujeito e por
suas características)
• O comportamento não se restringe ao presente ou ao passado
• Todo conhecimento é produção subjetiva
• A ciência é construída justamente a partir da concordância entre dois observadores
• Denominou de verificação intersubjetiva a forma como criamos conceitos que são
aceitos pela maioria das pessoas
• Busca negar o mito da neutralidade na ciência e na psicologia

Influência da fenomenologia

• Valorização da subjetividade e das inter-relações;


• Veículo de comunicação para o Humanismo e a ciência psicológica;
• A consciência é o centro da análise e só por meio do próprio sujeito é possível intervir;
• Superação da dicotomia (sujeito-objeto);
• Totalidade do ser (cliente);
• Terapeuta ativo no processo (não neutro);
• Compreensão de aqui-agora;
• Ir ao fenômeno, voltar ao começo;
• Abertura, totalidade e presença;
• O método fenomenológico ou científico para o Humanismo.

Influência do existencialismo

Humanista existencial ou existencial humanista

• Identidade e experiência da identidade;


• “O existencialismo assenta na fenomenologia, isto é, usa a experiência pessoal e
subjetiva como fundação sobre a qual o conhecimento abstrato é construído.”
• Vir a ser (realidade e potência);
• Mudança e escolha de si;
• Conceitos como: solidão, responsabilidade, escolha, formação do eu, autonomia;
• Retorno a experiência concreta;
• A questão do tempo futuro (devir) para Psicologia (reviver o passado);
• Crítica ao pessimismo existencialista – segundo Maslow.

Maslow X Rogers

São fundadores da psicologia e do movimento humanista, cada um possui sua própria


abordagem. Diferem em um aspecto central da teoria de autorrealização. (Maslow – sujeito para
si – socialmente reconhecido/ Rogers – os outros em relação a mim e o que eu faço com isso).

Referências
Castañon, G. A. Psicologia humanista: a história de um dilema epistemológico. Memorandum, 12, 105-124, 2007.Dispovível em:
http://www.fafich.ufmg.br/~memorandum/a12/castanon01.pdf

Rogers, C. R. Terapia centrada no cliente. Boston: Houghton-Mifflin, 1951.

GLASSMAN, W. E. e HADAD, M. A Abordagem Humanista em Psicologia. Artmed 4ª ed, 2006

HOLLANDA, A. F. Fenomenologia, psicoterapia e psicologia humanista. Revista Estudos de Psicologia, 1997, vol.14, nº 2, 33 - 46.

MASLOW, A. H. Introdução à Psicologia do Ser. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Livraria Eldorado Tijuca, s/d.

BRANCO, C. C. P., & BRITO SILVA, L. (2017). Psicologia Humanista de Abraham

Maslow: Recepção e Circulação no Brasil. Revista da Abordagem Gestáltica: Phenomenological Studies, XXIII (2), 189-199.

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Warner, M. S. (2009). Defense or actualization? Reconsidering the role of processing, self and agency within Rogers’ theory o f
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