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INTRODUÇÃO

Observamos, no momento atual, uma crise generalizada, na qual, em nome da paz, da


religião, ou do que é considerado certo, são deflagradas guerras, terrorismos e atos de
barbárie que causam muita dor e sofrimento a milhares de seres humanos. Apesar
desses fatos, as pessoas, na grande maioria, declaram desejar o bem e a paz, quando
deixam pairar, nessa informação, uma grande contradição e interrogação:
- Que espécie de seres somos nós, que criamos uma sociedade com tantos
paradoxos? Enquanto o desenvolvimento tecnológico avança a passos largos, com
incríveis descobertas na ciência; nem por isso, criam-se seres mais felizes, em paz
consigo mesmo, com o outro e com o Planeta

PSICOLOGIA TRANSPESSOAL: ABRAHAM HAROLD MASLOW


há um destaque para Abraham Harold Maslow (1968), como o grande responsável por
introduzir uma nova linguagem conceitual dentro da psicologia. “Pertence a Maslow o
crédito pela formulação explícita dos princípios da Psicologia Transpessoal” (Grof,
1988, p. 143)
uma literatura vasta, que nos obriga a delimitar, além de nosso objeto de pesquisa, o
foco dessa área. Os textos são, muitas vezes, perspassados por várias disciplinas
como: Filosofia, Física, Antropologia, Sociologia, Neurologia, Biologia, entre outras,
com uma infinidade de conceitos e descrições envolvidos no movimento transpessoal,
em diferentes momentos na América e Europa

Em relação as disciplinas temos a Psiquiatria Transpessoal a qual se concentra no


estudo das experiências e fenômenos transpessoais, enfocando, particularmente, seus
aspectos clínicos e biomédicos. A Antropologia Transpessoal a qual refere-se ao
estudo transcultural dessas experiências e da relação entre a consciência e a cultura;
a Sociologia Transpessoal estuda as dimensões e expressões sociais desses
fenômenos e a Ecologia Transpessoal aborda as repercussões e aplicações
ecológicas dos mesmos

A Psicologia Transpessoal é o estudo e prática psicológica dessas experiências na


saúde, educação, organizações, instituições, incluindo não só sua natureza,
variedades, causas e efeitos, seu desenvolvimento, bem como a sua manifestação na
filosofia, arte, cultura, educação, religiões. Essas definições delimitam o ponto de vista
e o objetivo principal de cada uma das disciplinas transpessoais citadas

Pierre Weil define a Psicologia Transpessoal como: Um ramo da Psicologia


especializada no estudo dos estados de consciência, lida mais especificadamente com
a “experiência Cósmica” ou estados ditos “Superiores” ou “ampliados” da consciência.
Estes estados de consciência consistem na entrada numa dimensão fora do espaço-
tempo tal como costuma ser percebida pelo nossos cinco sentidos. É uma ampliação
da consciência comum com visão direta de uma realidade que se aproxima muito dos
conceitos de física moderna (Weil, 1999, p. 9).
O termo “transpessoal” foi referendado, pela primeira vez, na área da psicologia, por
Carl Gustav Jung, utilizando a palavra überperson, em 1916, e uberpersönlich, em
1917, que significam supra pessoa e supra pessoal respectivamente (Simões, 1997, p.
48). Como uma nova abordagem em Psicologia, a Transpessoal foi anunciada, no ano
de 1968, por Maslow, no prefácio da Segunda edição de seu livro “Toward a
Psychology of Being”, quando era presidente da Americam Psychological Association
e presidente do Conselho do Departamento de Psicologia de Brandeis University
(gestão de 68/69).

Ao evidenciar a temática Psicologia Transpessoal, ciência e valores, surge, de


imediato, um primeiro questionamento: a Psicologia Transpessoal é ciência? Tal
questionamento existe para a própria Psicologia, desde que ela se posicionou com
status de ciência independente, no final do século XIX.

Ao evidenciar a temática Psicologia Transpessoal, ciência e valores, surge, de


imediato, um primeiro questionamento: a Psicologia Transpessoal é ciência? Tal
questionamento existe para a própria Psicologia, desde que ela se posicionou com
status de ciência independente, no final do século XIX.
Fundamentos e origem

Principais exopoentes

O que fala a Psicologia Transpessoal

Como se da atuação do psicólogo mesmo sabendo das fificuldades

Hoje como está o campo

Vera Saldanha

Freud, Jung, Moreno

Eliezer Mendes, médico baiano, parapsicologia clínica. (Subpersonalidade,

personalidade intrusa, focado mais a parapsicologia e não a psicologia)

Pierre Vaio (Cosmo drama, Psicodrama da esfinge) coloca como disciplina

Pai da Psicologia da Psicologia Transpessoal: Abraham Maslow, Stanislav Grof


Conceitos

A Psicologia transpessoal tem como objeto o estudo da Consciência e de seus Estados


não ordinários e, neste sentido, congrega vários Recursos Técnicos como a Hipnose,
a Meditação, o Relaxamento, e (no campo da pesquisa) experiência com alucinógenos
(Grof, Huxley), além dos Estados Místicos de Tradições Espirituais. Vários autores
como Ken Wilber, e Stanislav Grof, propõem Cartografias da Consciência. A Abordagem
transpessoal tem atraído cientistas de diferentes áreas como Goswami e Rocha Filho, que
fazem a conexão entre o conhecimento científico padrão e as observações e proposições
transpessoais.

A Psicologia transpessoal se propõe a dialogar com a Física quântica, na busca da


compreensão dos fenômenos que ultrapassam o conceito da física clássica e dos
princípios energéticos e temporais que são estudados em linhas de pesquisa diferenciadas
como Física e Psicologia, ainda que, haja pouca ou nenhuma relação comprovada
cientificamente entre as duas áreas, e isso faz com que a área se relacione com
o misticismo quântico, que é um conjunto de crenças pseudocientíficas em torno da física.
A disciplina busca a integração entre aspectos espirituais e transcendentais da experiência
humana, com a estrutura da psicologia moderna. Questões consideradas na psicologia
transpessoal incluem o auto-desenvolvimento espiritual, o "além do ego", experiências de
pico, experiências místicas, transe, crises espirituais, evolução espiritual, conversão
religiosa, estados alterados de consciência e práticas espirituais diversas.
Durante a década de 1950, nos EUA, havia um grande descontentamento com as escolas
de pensamento Behaviorista e Freudiana, muito em função do baixo retorno às questões
sociais em face do reducionismo característico dessas abordagens clássicas da
Psicologia. Maslow era um dos principais críticos, que enfatizava que o Behaviorismo,
estudando o comportamento humano comparativamente ao comportamento animal, era
incapaz de abarcar toda a complexidade do fenômeno humano. Ele destacou a
necessidade de que, além do comportamento, a consciência também devia ser estudada.
Quanto à Psicanálise, Maslow dizia que era excessivamente centrada nos aspectos
sexuais e patológicos da natureza humana.
Abraham Maslow e Anthony Sutich fundaram a Associação de Psicologia
Humanista, lançando uma revista acadêmica para divulgar a escola. A proposta foi muito
bem aceita por um grande número de psicólogos, tanto que muitos contribuíram com suas
teorias naquela mesma época. A saber: Carl Rogers, com sua Abordagem Centrada na
Pessoa (ACP); Viktor Frankl, com a Logoterapia; Fritz Perls e sua Gestalt-Terapia;
e Alexander Lowen, com a Bioenergética. A ênfase destas teorias humanistas está no
presente, no aqui e agora, e na capacidade de mudança, de escolha, baseado nas escolas
filosóficas Fenomenologia e Existencialismo, respectivamente. Maslow afirmava que a
Psicologia Humanista era apenas o berço de uma escola mais abrangente, a Psicologia
transpessoal.
Os trabalhos de Tabone (2003), "A Psicologia Transpessoal: Introdução à nova visão da
Consciência em Psicologia e Educação", e Boainain Jr. (1998), "Tornar-se Transpessoal:
Transcendência e Espiritualidade" na obra de Carl Rogers apresentam respectivamente
uma visão geral de algumas das principais abordagens transpessoais e um histórico do
movimento.

Principais temas

 Lajoie e Shapiro (1992) revisaram quarenta definições de Psicologia Transpessoal


citadas na literatura entre 1969 e 1991 e selecionaram os cinco principais temas
encontrados nessas definições. 1) Estados alterados de consciência; 2) o Eu superior;
3) além do ego ou além do self pessoal; 4) transcendência e 5) espiritualidade.
 Walsh e Vaughan (1993) fizeram críticas a muitas das definições de psiclogia
transpessoal, por estarem carregadas de pressupostos ontológicos e metodológicos.
Eles também desafiaram as definições que ligam a Psicologia transpessoal apenas a
estados saudáveis, ou à Filosofia Perene. Esses autores definiram a Psicologia
transpessoal como um ramo da psicologia ligado às experiências transpessoais e
fenômenos correlatos, destacando que "Esses fenômenos incluem as causas, efeitos
e outros correlatos de experiências transpessoais, bem como as disciplinas e práticas
inspiradas por esses fenômenos" (Walsh & Vaughan, 1993, p.203).

 V
 As bases epistêmicas da Psicologia transpessoal podem contribuir para ampliar o
diálogo da psicologia com outras racionalidades "médicas", possibilitando que os
profissionais contribuam para a construção de Políticas públicas, como por exemplo
a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), que dão
espaço para o uso de práticas holísticas e que não possuem comprovação científica
de eficácia.[4]

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