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CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA

CURSO DE PSICOLOGIA

RESENHA
ENCONTROS E DESENCONTROS NAS PERSPECTIVAS EXISTENCIAIS EM
PSICOLOGIA.

Giulia Simionato de Oliveira – 2004497


Vitória Betim Malaquias – 2002386

JUNDIAÍ
2022
Ana Maria Lopez Calvo de Feijoo e Cristine Monteiro Mattar, articulam os
encontros e desencontros nas perspectivas existenciais em Psicologia,
resgatando a história e os primórdios deste acontecimento, juntamente com os
autores que fizeram parte deste movimento.
Rollo May, psicólogo norte-americano, definiu as Psicologias como Psicologia
Existencial-Humanista, em suas elaborações essas Psicologias eram
influenciadas pelo movimento Humanista e pela Filosofia da existência. Sendo
assim, a Psicologia Humanista foi chamada de terceira força, se opondo às
práticas Behavioristas e Psicanalistas. Greening afirma que a Psicologia
Humanista foi engrandecida pela Fenomenologia e Existencial. Contudo, é de
via de análise a questão de docentes de Psicologia, estudantes e indivíduos
que buscam ajuda na clínica, a complexidade em diferenciar perspectivas
Existencial-Humanista e Fenomenológico-Existencial.
Podemos citar que essas perspectivas se consolidam em razão ao mesmo
opositor comum, mas não por uma identidade de perspectivas, o que pode
causar imagens negativas. O artigo realiza uma crítica sobre a possível
hipocrisia da Psicologia Humanista, na qual seu anseio é romper com ideias
deterministas, mas dedicando-se a ideia de um potencial ao crescimento, na
qual passamos por ele em cada fase de nossas vidas.
O artigo irá abordar como surgiu a Psicologia Existencial-Humanista, como
houve essa mesclagem, embasado nisso temos o interesse de filósofos
europeus e psicólogos norte-americanos, pela existência. Podemos citar Rollo
May, na qual teve influência do filosofo e teólogo Paul Tillich, na qual o
apresentou o pensamento do filosofo existencialista Soren Kierkegaard,
brevemente May publica sua obra sobre ansiedade com influencias de
Kierkegaard.
Acreditando que as duas perspectivas possuíam ideias e tratativas
semelhantes, Rollo May cria um nome que integra o Humanismo e o
Existencialismo, levantando alguns questionamentos dessa mesclagem com
duas perspectivas que possuem ideias distintas.
A terceira parte deste artigo irá retratar como a Psicologia Humanista vingou-
se como a terceira força em Psicologia. Em 1971, Maslow, Murphy e Rogers
tiveram sua obra Psicologia Humanista publicada, trazendo a expressão
terceira força e apresentando temas fundamentais.
Maslow afirmou que era um antidoutrinário, não sendo contra a Psicanálise e
Behaviorismo, mas compreende que essas duas perspectivas eram primazias,
promovendo um encontro com todas as perspectivas divergentes com o intuito
de criar uma terceira força em Psicologia, destinada ao Humanismo, uma forma
diferente de se pensar sobre a natureza humana.
A terceira força incorporou a abordagem centrada na pessoa, Gestalt-terapia,
psicodrama, psicoterapias corporais e Psicologia Existencial.
A Fenomenologia foi uma pauta descrita detalhadamente pela autora, na qual
nos é apresentado inicialmente por dois autores dessa metodologia. Edmund
Husserl foi um filósofo e matemático alemão, precursor da Fenomenologia,
possuindo fortes críticas sobre o positivismo, empirismo e idealismo moderno,
aspectos esses encontrados na linha Behaviorista e Psicanalítica.
A Psicologia Tradicional e Moderna também foram alvos de análises de
Husserl, descrevendo como elas possuíam diferenças ao olhar para o
indivíduo. Jean-Paul Sartre, filósofo representante do Existencialismo,
compreendeu o termo “consciência intencional”, de Husserl, como uma
explosão na qual explode quando conhecemos algo. O principio de
intencionalidade descreve que a consciência é sempre consciência de algo,
dirigida a um objeto.
Martin Heidegger, discípulo de Husserl, foi um filósofo alemão que seguiu
mais a diante que seu mestre, dizendo que o próprio Existir é uma
intencionalidade, trazendo o termo Dasein em seus textos e obras, um ser-no-
mundo que é lançado na existência com várias possibilidades de Ser.
Heidegger, em seu primeiro seminário de Zollikon, afirma que se desprenderia
de termos como pessoa, psiquismo, sujeito e interioridade, dando espaço para
o Dasein. Conforme a leitura deste artigo, percebemos a preocupação desse
filósofo com os profissionais clínicos, a fim de mostrar que os fenômenos
psíquicos devem aparecer em sua originalidade, sem crenças determinantes.
Filósofo também nomeado neste artigo foi Soren Kierkegaard, existencialista.
Kierkegaard defende que somos vulneráveis e que nossa existência é algo
indeterminado, o Eu surge a partir do desespero, no mesmo momento em que
tentamos achar uma resolução, resultando na tensão permanente entre
diversas possibilidades, acarretando em angústia e liberdade.
A Fenomenologia é um método aplicável e a Existencial uma corrente
filosófica, na qual se fundem e estruturam a perspectiva fenomenológico-
existencial, que possui o caráter de indeterminação, o Ser possui diferentes
possibilidades de Ser no mundo, podendo sofrer com a angustia, desespero,
desamparo e liberdade.
Em conclusão deste breve texto, podemos pensar na consideração de
Maslow (1968), a terceira força é apropriada para aquelas perspectivas em
Psicologia que se opunham ao Behaviorismo e Psicanálise, contestava os
métodos que eram aplicados.
Temos ainda algumas divergências entre as perspectivas humanistas,
existências e fenomenológicas, mas ambas se aproximam contra um opositor
comum, a primazia na Psicologia. Essas perspectivas tendem a olhar mais
para o ser humano com infinitas possibilidades de Ser no mundo.

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