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Desmistificando

conceitos: o que é a
Antroposofia
A doutrina filosófica, também conhecida como “ciência espiritual”, é a prova de
que a ciência e a fé podem caminhar juntas

A antroposofia[1] ou antropossofia ("antrop(o)", "homem" + "sof(o)", "sábio" +


"ia", "qualidade, estado, profissão") é uma doutrina filosófica e mística fundada
pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner (1861-1925).[2] Segundo Steiner, a
antroposofia é a "ciência espiritual". Ele a apresenta como um caminho em
busca da verdade que preenche o abismo historicamente criado desde a
escolástica entre fé e ciência. Na visão de Steiner, a realidade é
essencialmente espiritual: ele queria ajudar as pessoas a superar o mundo
material e entender o mundo espiritual através do eu espiritual, de nível
superior. Segundo Steiner, há um tipo de percepção espiritual que opera de
forma independente do corpo e dos sentidos corporais.[3]

A aplicação da antroposofia em áreas como medicina, biologia e agricultura


biodinâmica tem sido classificada como pseudociência

Steiner coloca que, ao se pensar sobre o pensar, começamos a ter acesso a


uma consciência diferente da cotidiana. A primeira experiência que podemos
ter de um conceito que não encontra correspondente nas percepções do
mundo é a vivência do próprio Eu. É a primeira instância de uma experiência
no puro pensar. A partir daí, muito mais pode ser vivenciado no puro pensar,
como vários conceitos que não encontram correspondentes em percepções
físicas. Mas, para isso, Steiner diz ser necessário ampliar a capacidade de
nossa consciência e apresenta exercícios para tal.

A base epistemológica da antroposofia está contida na obra A Filosofia da


Liberdade, assim como em sua tese de doutorado, Verdade e ciência. Estes e
vários outros livros de Steiner anteciparam a gradual superação do idealismo
cartesiano e do subjetivismo kantiano da filosofia do século XX. Assim como
Edmund Husserl e Ortega y Gasset, Steiner foi profundamente influenciado
pelos trabalhos de Franz Brentano, e havia lido Wilhelm Dilthey em detalhe.
Por meio de seus primeiros livros, de cunho epistemológico e filosófico, Steiner
tornou-se um dos primeiros filósofos europeus a superar a ruptura entre sujeito
e objeto que Descartes, a física clássica, e várias forças históricas complexas
gravaram na mente humana ao longo de vários séculos.[carece de fontes]

Steiner definiu a antroposofia como "um caminho de conhecimento para guiar o


espiritual do ser humano ao espiritual do universo." O objetivo do antropósofo é
tornar-se "mais humano", ao aumentar sua consciência e deliberar sobre seus
pensamentos e ações; ou seja, tornar-se um ser "espiritualmente livre".

Steiner ministrou vários ciclos de palestras para médicos, a partir dos quais
surgiu um movimento de medicina antroposófica que se espalhou pelo mundo
e que, agora, inclui milhares de médicos, psicólogos e terapeutas, e que possui
seus próprios hospitais e universidades médicas [carece de fontes]. Outras
vertentes práticas da antroposofia incluem: a arquitetura orgânica (a sede da
Sociedade Antroposófica Geral — veja Seção "Ligações externas", o
Goetheanum, em Dornach, na Suíça, é uma amostra dessa arquitetura), a
agricultura biodinâmica, a educação infantil e juvenil (pedagogia Waldorf), a
farmácia antroposófica, que é uma extensão da homeopática (Wala, Weleda,
Sirimim), a nova arte da euritmia ("o movimento como verbo e som visíveis"), e
a pedagogia curativa e terapêutica social, em que se destacam os centros
denominados Vilas Camphill.
A obra completa de Steiner, toda publicada, contém cerca de 350 volumes com
seus livros e ciclos, com as mais de 6 000 palestras que foram estenografadas
(veja Seção "Ligações externas").

Rompimento com a teosofia

De 1902 a 1912, Steiner foi presidente da Sociedade Teosófica da Alemanha.


[3] O rompimento de Steiner com a teosofia foi por os teosóficos não tratarem
Jesus Cristo ou o cristianismo como algo especial, porém Steiner continuou
aceitando conceitos hinduístas como carma e reencarnação na antroposofia.[3]

História da humanidade

Segundo Steiner, a humanidade habita o planeta Terra desde sua criação,


existindo sob a forma de espíritos e assumindo diversas formas. Atualmente,
estaríamos vivendo no Período Pós-Atlântida, que começou com o
afundamento da Atlântida em 7227 a.C. O período Pós-Atlântida se divide em
sete épocas, sendo a atual a época Euro-Americana, que durará até o ano de
3573. Após esta era, os homens vão recuperar os poderes de clarividência que
tinham no período anterior aos gregos antigos.

A antroposofia foi criada no início do século XX pelo filósofo, educador, artista e


esoterista austríaco Rudolf Steiner - também fundador da pedagogia Waldorf, da
agricultura biodinâmica, da medicina antroposófica e da euritmia. Há até mesmo um
Instituto dedicado à disseminar suas mensagens e ensinamentos.
Segundo a Sociedade Antroposófica do Brasil , ela pode “pode ser caracterizada como
um método de conhecimento da natureza do ser humano e do universo, que amplia o
conhecimento obtido pelo método científico convencional, bem como a sua aplicação
em praticamente todas as áreas da vida humana.”
Justament
e por ser tão ampla é que ela pode ser aplicada em diversas frentes, como educação,
agricultura, arquitetura e até na medicina. A palavra vem do grego e significa
“conhecimento humano”, e é feita de conceitos que dizem respeito à capacidade do ser
humano moderno de pensar e compreender o mundo.

A Antroposofia busca entender a relação que o mundo ao nosso redor exerce sobre nós
Essa busca pela verdade permeia entre a fé e a ciência, mas define basicamente que a
realidade é essencialmente espiritual: ajuda-se o indivíduo a superar o mundo material
para então entender o mundo espiritual. Esse entendimento é de suma importância pois,
segundo a Antroposofia, há um tipo de percepção independente, não atrelado ao seu
corpo, que foge do nosso entendimento físico.

Indo além

Para Steiner, o simples fato de termos consciência do nosso pensar - pois sabemos
quando estamos pensando - já demonstra que temos acesso à um outro tipo de
consciência, incapaz de ser “rastreada” de maneira física. Em um exame, por exemplo,
você consegue atestar movimentações cerebrais durante o processo do pensamento, mas
não consegue capturá-lo em si.

Em seus escritos, o filósofo definiu a corrente de pensamento como "um caminho de


conhecimento para guiar o espiritual do ser humano ao espiritual do universo." Portanto,
quem está disposto a mergulhar nessa linha, deve saber que seu objetivo principal é
“tornar-se ‘mais humano’, ao aumentar sua consciência e deliberar sobre seus
pensamentos e ações; ou seja, tornar-se um ser ‘espiritualmente livre’.”

É fato que o estudioso deixou um grande legado para as diferentes áreas citadas no
começo dessa matéria, uma vez que os conceitos dessa filosofia podem ser aplicados de
diferentes maneiras. Sua obra toda publicada conta com mais de 350 livros, alguns
escritos, e outros frutos de suas mais de 6.000 palestras.

Ele chegou até mesmo a ser presidente da Sociedade Teosófica da Alemanha, corrente
que “busca o conhecimento da divindade para alcançar a elevação espiritual”. Mas
rompeu com o grupo por considerar que os mesmos não tratavam o Cristianismo e a
própria figura do Jesus Cristo com a importância que lhe competiam.

Antroposofia e ciência

Uma das grandes expectativas da Antroposofia é que haja uma renovação das pesquisas
científicas, ainda assumindo o antropocentrismo (homem no centro de tudo), mas
admitindo também a interferência da natureza. Trazer essa espécie de sensibilidade para
os estudos mais complexos pode ser muito vantajoso para a ampliação de teorias,
sobretudo na produção de novos medicamentos.
Com o aumento dos estudos acerca do tema, aumentou-se também as possibilidades de
aplicação - uma delas, no campo da saúde
E pode-se dizer que isso já está sendo feito. A medicina antroposófica, por exemplo,
tem ganhado cada vez mais terreno e adeptos, e consequentemente estudos voltam-se
para ela. Dentro das práticas dessa medicina, estão incluídos processos terapêuticos
como massagens, exercícios, acompanhamento psicológico e alguns medicamentos mais
naturais.

A existência dessa corrente aplicada às práticas medicinais geram controvérsias e


polêmicas, pois não há nenhum estudo científico que comprove sua eficácia, somente
testemunhos de pacientes e algumas análises clínicas. O indicado é que as técnicas
antroposóficas sejam complementares à outros tratamentos. Você confere no vídeo a
seguir, feito pela Associação Brasileira de Medicina Antroposófica, a explicação do
médico Bernardo Kaliks sobre um pouco mais desse universo.

Por fim,
os antroposóficos insistem que a corrente não é misticismo, ou seja, “baseado em
sentimentos e em visões imagéticas sem que sejam acompanhados de um pensamento
cognitivo”, mas sim, “fruto de observações permeadas por um pensamento consciente, e
é transmitida sob forma de conceitos”.

Ele também não se denomina como religião, não emprega práticas do mediunismo e não
possui caráter secreto. A Antroposofia dispensa o que chamam de moralismo, renega a
Teosofia (explicada anteriormente) e não pretende ser uma sociedade fechada, mas sim,
uma expansão de conhecimento para todos. E você, acredita que fé e ciência podem
andar juntos?

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