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O que é perfil comportamental

Como dissemos anteriormente, o perfil comportamental é a forma como


uma pessoa age no dia a dia, seja diante de situações corriqueiras ou não.
Uma avaliação que se aplica ao contexto profissional.
A descoberta do perfil de um profissional se baseia em quatro perfis
predominantes:

 executor;
 comunicador;
 planejador;
 analista.
Cada perfil comportamental indica um padrão ou uma tendência de
comportamento predominante.

Isso diz respeito a diferentes fatores como o desempenho profissional, as


habilidades socioemocionais e até o modelo de treinamento adequado para o
desenvolvimento do trabalhador.

Recomendamos que você confira o artigo em que apontamos os benefícios de


conhecer o perfil comportamental dos funcionários. A leitura te possibilitará
entender quais as características predominantes de cada perfil.
A importância do mapeamento
Um levantamento feito pela Page Personnel aponta que 9 em cada 10
trabalhadores são contratados pelo perfil técnico e demitidos pelo perfil
comportamental.
Com o passar dos anos, as empresas estão aprendendo a valorizar mais o
lado humano nas relações de trabalho.
Algo que, inclusive, tem modificado a gestão de pessoas e permitido a
existência de um RH mais estratégico.

As habilidades técnicas, conhecidas como hard skills, seguem sendo


importantes.
Entretanto, soft skills como inteligência emocional, adaptabilidade e empatia
têm sido cada vez mais apreciadas.
Um profissional com um excelente currículo pode, no fim das contas, não ter o
comportamento esperado pela empresa.

Algo que resulta em uma série de estresses até culminar na rescisão


contratual.

Entender a importância do mapeamento comportamental e aplicá-lo permite


que a empresa:

 tenha mais assertividade no seu processo seletivo para montar times


que atendam às necessidades da organização;
 contribua para o desenvolvimento dos talentos que já compõem o
quadro de funcionários, extraindo o máximo de seu potencial.
Está cada vez mais clara para a alta gestão a importância do capital
humano nas empresas.
O sucesso de um empreendimento depende diretamente das pessoas que
participam dele diariamente.

Por isso, escolher bem e direcionar melhor a atuação dos profissionais


contratados é fundamental. Algo que se torna possível a partir do
mapeamento comportamental.

Como fazer o mapeamento comportamental


Entendida a importância, é provável que você já queira saber como fazer o
mapa de perfil comportamental para descobrir que tipo de tarefa tem pela
frente, certo? Vamos lá!

O mapeamento tem três pontos essenciais:

1. observação;
2. aplicação das técnicas;
3. consolidação dos resultados.
A seguir, vamos apresentar algumas opções que sua empresa pode adotar.
Observe as atitudes dos funcionários
Nem sempre todas as características de um profissional são evidenciadas
em um teste ou entrevista comportamental. Por isso, observar o trabalhador
diante de uma situação real faz a diferença.
Com sua expertise, o RH deve estar preparado para aplicar técnicas de
avaliação e análise que não sejam facilmente burladas pelos profissionais.
Dizer isso não significa que um candidato ou funcionário vai, por má-fé, tentar
enganar a empresa.

A questão é que, quando sabemos que estamos sendo testados, nem


sempre agimos tão naturalmente.
Por isso, antes de qualquer coisa, uma das estratégias mais importantes para o
mapeamento comportamental é a observação.

Observar os funcionários em seu dia a dia de trabalho é fundamental para


conhecer sua forma de pensar e de agir.

O exercício permite avaliar fatores como organização, comunicação,


produtividade, relacionamentos e mais.

Dica! Dinâmicas de grupo e simulações podem ser um bom recurso para criar
melhores oportunidades de observação de comportamento para análise do RH.
Aplique um teste de perfil comportamental
O teste comportamental favorece tanto o autoconhecimento quanto uma
avaliação das tendências de comportamento e de cada profissional.
Trata-se de um diagnóstico comportamental que permite que a empresa:

 faça o mapeamento de perfis;


 identifique as habilidades necessárias para execução de atividades;
 avalie se há ou não compatibilidade entre o perfil de um profissional e
um cargo estratégico;
 promova a integração de funcionários com habilidades distintas para
formar uma equipe diversificada e produtiva;
 descubra novos líderes;
 ajude os funcionários a desenvolverem a inteligência emocional e
outras soft skills no trabalho a partir do autoconhecimento;
 direcione melhor as tarefas e responsabilidades em momentos mais
desafiadores, como uma eventual crise.
Os testes para mapeamento comportamental podem seguir diferentes
métodos, como questionários impressos ou o uso de softwares voltados para
esse fim.
Em todo caso, é possível contar com questões objetivas e/ou subjetivas, e até
complementar o teste com outras técnicas.

Cabe ao RH estudar melhor as possibilidades e definir qual caminho mais


adequado a seguir.

Faça uma entrevista comportamental STAR


A entrevista é, comumente, uma técnica utilizada durante processos seletivos.
A metodologia STAR pode ser escolhida para que o mapeamento
comportamental leve a contratações mais acertadas.

A ideia da metodologia é permitir que o RH identifique como um candidato


reagiria a determinada situação. Veja:
 Situação: identificação do evento a ser encarado e seu contexto;
 Tarefa: a responsabilidade ou o papel do entrevistado diante do evento;
 Ação: como o entrevistado agiu (ou agiria) para lidar com o evento em
questão; quais foram os pensamentos, estratégias e atitudes;
 Resultado: quais foram os resultados e aprendizados diante de toda a
situação.
O objetivo da metodologia STAR em uma entrevista é saber como um
profissional pensa e se comporta.

Entende por que essa é uma boa técnica para o mapeamento


comportamental?

Vale saber, entrevistas também podem ser feitas com funcionários, pessoas já
contratadas pela empresa. A avaliação de perfis não se restringe ao processo
de contratação.

Realize uma análise comportamental DISC


A aplicação da metodologia DISC é uma escolha comum a quem deseja fazer
o mapeamento comportamental de funcionários.
Criada a partir dos estudos de William Moulton Marston, psicólogo americano,
a metodologia se baseia em perguntas objetivas.

Sua proposta é a descoberta de características como as forças e motivações


das pessoas, assim como as melhores formas de gerenciá-las, fortalecendo
sua autoestima, potenciando suas habilidades e reduzindo suas falhas.
É possível aplicar a metodologia por meio do teste de perfil DISC que avalia os
profissionais com base nas seguintes características:

 Dominância: perfil executor


 Influência: perfil comunicador;
 Estabilidade; perfil planejador;
 Conformidade: perfil analista.
A metodologia pode ser aplicada durante o processo seletivo e com o objetivo
de melhor gerir os funcionários e até de realocá-los na empresa, com base em
suas competências e habilidades.

Quais os benefícios para sua empresa


A importância do mapeamento comportamental é algo que fica mais claro
quando se entende os benefícios envolvidos.

Pelo que mostramos até aqui, você já deve ter percebido que o mapeamento é
interessante, mas não é tão simples de ser adotado. Por isso, temos alguns
pontos a destacar.

1. Aumento de produtividade
O mapeamento comportamental permite que funcionários, recém-contratados
ou não, tenham atribuições mais condizentes com seu perfil e habilidades.

Isso resulta em profissionais desempenhando tarefas que sabem fazer


bem, com mais confiança e motivação. Algo que impacta positivamente sua
produtividade.
2. Melhoria da motivação
Já que a mencionamos, vale destacar que o mapeamento comportamental leva
os funcionários a perceber que a empresa conhece seus pontos fortes e os
valoriza.

Esse reconhecimento, que se traduz na adequação das tarefas


desempenhadas, contribui para funcionários mais motivados.

3. Formação de equipes mais fortes


O mapeamento comportamental permite que o RH e as lideranças conheçam
melhor os funcionários da empresa.

Com isso, além de readequar tarefas, podem reestruturar equipes de forma a


deixá-las mais fortes por meio da união profissionais com competências
complementares.
4. Melhoria do fit cultural
O fit cultural diz respeito à capacidade que um profissional tem de se alinhar à
cultura da empresa, aos seus valores e à sua missão.
Quando o RH usa o mapeamento comportamental no processo de
recrutamento e seleção, aumenta as chances de promover esse alinhamento
com sucesso.

Assim, passa a fazer contratações mais certeiras que tenham impacto positivo
em toda a equipe.

5. Melhoria de processos de realocação


O recrutamento interno é um processo que permite à empresa manter seus
talentos, mas deslocá-los para outras funções.

A ideia passa por identificar potencialidades nos funcionários que os permitam


desempenhar novas funções com ainda mais qualidade.

O mapeamento de perfil torna esse processo mais acertado, evitando que


mudanças equivocadas prejudiquem os trabalhadores e a empresa como um
todo.

6. Sinalização da necessidade de treinamentos


O treinamento e desenvolvimento de pessoas também é uma atribuição do RH.
Ao conhecer melhor os funcionários por meio do mapeamento, é possível
identificar questões que precisam ser aprimoradas.
Se faltam executores em uma equipe, por exemplo, e algum funcionário
demonstra ter esse potencial, um programa de desenvolvimento pode resolver
o problema.

7. Aprimoramento da gestão de conflitos


O mapeamento comportamental ajuda o RH e as lideranças a entenderem
como lidar melhor com cada funcionário.
Com isso, torna-se possível definir estratégias mais adequadas para a gestão
de conflitos internos, e também para outras comunicações que se façam
necessárias.

O ponto é que a empresa passa a saber como se dirigir aos funcionários de


forma mais objetiva e eficaz.

8. Redução do turnover
Todas essas vantagens atreladas ao mapeamento comportamental aumentam
a satisfação dos funcionários e o clima organizacional.
Com isso, a empresa pode constatar uma redução do turnover já que um
ambiente mais agradável tende a evitar que os profissionais busquem novas
oportunidades.
Como utilizar o mapeamento na gestão

Nós já falamos sobre como fazer mapeamento comportamental sob a


perspectiva das ferramentas que a sua empresa pode usar.

Agora, vamos falar de como utilizar esse mapa na gestão de pessoas, ou seja,
trazer uma visão mais prática da aplicação desse recurso pelo RH.

Recrutamento e seleção
Ao longo do post, mencionamos diferentes pontos que se encaixam na junção
entre o processo de recrutamento e seleção e o mapeamento comportamental.

Encontrar bons candidatos pode ser um grande desafio. Além das


competências técnicas, o RH precisa encontrar profissionais cujo perfil se
adequa ao da equipe e à cultura da empresa.

Por isso, temos um post que ensina como utilizar o perfil comportamental no
processo seletivo, já que isso pode fazer toda a diferença.
Relacionamentos internos
O capital humano, ou seja, os funcionários, são o foco da gestão de pessoas
feita por um RH estratégico.
Compreender as necessidades de cada profissional e saber o que a empresa
pode fazer para atendê-las é importante.

A ideia não é simplesmente agradar, mas criar condições para que cada
trabalhador alcance seu potencial máximo.
Com o mapeamento de perfil comportamental, o RH passa a conhecer
melhor todos os trabalhadores, podendo direcionar melhor o
relacionamento entre funcionários e empresa.
Isso aumenta a sensação de bem-estar entre o time, favorece o clima
organizacional e a motivação. Como consequência, melhora os resultados.

Produtividade
Motivação e capacidade de produzir andam lado a lado. Por isso, um RH
precisa saber que é possível incentivar a produtividade a partir do perfil
comportamental dos funcionários.
A ideia passa por pontos que já apresentamos e que têm a ver com descobrir
como cada trabalhador pode contribuir mais e melhor para a empresa.

Planejamento e integração
Como já dito, o mapeamento comportamental permite que o RH monte equipes
mais fortes.

Os conhecimentos sobre o perfil de cada um faz com que seja mais fácil
planejar as equipes considerando a proposta de combinar competências.

Outro fator que pode ser considerado são os valores e os perfis comuns com o
objetivo de favorecer a integração e o trabalho em equipe.

Autoconhecimento e autoavaliação
Por último, mas não menos importante, os testes para o mapeamento de perfil
comportamental são ótimas ferramentas de autoavaliação.

Por meio deles, os profissionais podem se conhecer melhor, ter mais clareza
quanto à sua personalidade e como ela influencia no dia a dia de trabalho.

Assim, podem começar a entender melhor suas próprias competências, forças


e fraquezas e saber como usá-las ou o que aprimorar.

Ferramentas, práticas e dicas


Para além de toda teoria, um RH vai aprender a lidar com o mapeamento
comportamental quando começar a adotá-lo.

Naturalmente, ajustes serão feitos até que o setor entenda como melhor
empregar essa abordagem com base em seus objetivos.

Para tentar ajudar um pouco mais, separamos algumas ferramentas, práticas e


dicas para você. Acompanhe!

DISC e Profiler
Entre as ferramentas para o mapeamento comportamental, destacamos a
metodologia DISC, já indicada, e o Profiler.
O Profiler é uma ferramenta baseada na metodologia DISC que tem 97% de
precisão na identificação de perfis.
Em cerca de cinco minutos, entrega uma avaliação de perfil comportamental
com mais de 50 informações com índices situacionais, pontos fortes e fracos
de cada funcionário ou candidato.

Perfil ideal
Seja para preencher uma vaga ou para realocar um funcionário, antes de fazer
o mapeamento ou recorrer a ele, o RH pode traçar um perfil ideal.
Para tanto, o RH deve fazer uma lista das habilidades técnicas e não técnicas
que um trabalhador precisa ter para atender às expectativas da empresa.

Isso pode ser feito considerando, inclusive, as melhores contratações


anteriormente feitas. Competências e postura devem ser levadas em conta.

Com base nesse perfil ideal, o RH pode fazer comparativos e buscar aqueles
que melhor se encaixam à vaga em aberto.
Gestão de pessoas
Para finalizar, uma dica: o RH deve se lembrar que o comportamento de um
funcionário pode ser influenciado pelo clima e pela cultura
organizacional.
Pode ser que um profissional tenha um perfil mais executor, mas não esteja
agindo de forma condizente no dia a dia.

Com isso, é importante analisar se há fatores inibindo um comportamento que


pode ser positivo.

Entender se há algo a ser feito para melhorar o ambiente e, então, ver um perfil
se destacar da forma esperada é a melhor saída nesse caso.

Conclusão
O mapeamento de perfil comportamental é um recurso poderoso que o RH tem
em suas mãos para tornar a gestão de pessoas mais humana e certeira.

Conhecer bem os profissionais traz vantagens para a empresa do processo


seletivo à redução do turnover. Para tanto, porém, é preciso fazer um
mapeamento adequado.
Esperamos que, com o post, você tenha a base de conhecimentos necessária
para começar a aplicar o mapeamento comportamental em sua empresa.

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