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Conceito de Rh
Necessidade de cuidar da força de trabalho empregada na empresa.
Função
Nomenclaturas
Objetivos
Criar estratégias de incentivo para desenvolvimento profissional;
Promover treinamento;
Disponibilizar capacitações;
Criar programas de desenvolvimento de carreira;
Avaliar o clima organizacional, através de pesquisa.
Consciência, engajamento, visão sistêmica e estratégica.
Subsistemas RH
1 Provisão
2 Aplicação
3 Manutenção
4 Desenvolvimento
5 Monitoramento
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RECRUTAMENTO, SELEÇÃO E INTEGRAÇÃO DE PESSOAS
Planejamento de Carreira
1 Saber até onde quer chegar e o 2 Definir a qualificação necessária
que esperar de seus empregados. para que os empregados possam
atingir as metas estabelecidas
Pré Descrição
Cargo: Composto de uma ou mais funções, com uma posição definida na estrutura
organizacional, isto é, no organograma.
Função: Conjunto de tarefas ou atribuições exercícios de maneira sistemática e
frequente por um ocupante de cargo. Pode ser exercido por uma pessoa sem
ocupar o cargo, assim desempenha provisória ou definitivamente uma função.
Tarefa: Procedimentos que se requer o esforço humano, seja mental ou físico para
determinado fim.
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Além disso, deve se conhecer a especificação do cargo, ou seja, verificar o que
ocupante deve ter ou conhecer para executar e pôr em pratica as tarefas exigidas pelo
cargo. Geralmente, concentra-se em 4 áreas de requisitos: mentais, físicas,
responsabilidade envolvidas e condições de trabalho.
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O processo produz subsídios essenciais para quase todas as atividades de RH, como:
O resultado gera uma classificação que será utilizada para definir o salário e faixa
salarial para cada cargo na cia.
Para fazer uma pesquisa e comparar com outros, é necessário considerar a
similaridade dos negócios, tipo: porte, faturamento, forma de transação etc. Impossível
comparar o cargo de assistente de rh de uma empresa pequena com a de uma
indústria de alimentos, por exemplo. As atividades, salários e posição do organograma
mudam de um cia a outra.
TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
Também conhecido como TD, é usado para determinar uma área ou subsistema de rh
que oferece soluções para capacitar pessoas. Atual, o treinamento é considerado um
meio de desenvolver competências nas pessoas, tornando as mais produtivas,
criativas e inovadoras de modo a contribuir melhor com os objetivos organizacionais.
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O treinamento é um processo contínuo, de 4 etapas:
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Execução do Programa de T&D
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Comumente profissionais de T&D utilizar o parâmetro HH (hora homem) e a avaliação
de reação. Entretanto, nem a avaliação de reação nem o HH possibilitam visualizar do
ponto de vista do investimento.
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Utilidades
Identificar os empregados que carecem de aperfeiçoamentos;
Definir o grau de contribuição (individual ou grupal);
Descobrir o surgimento de novos talentos;
Feedback;
Subsidiar programas de méritos, promoções e transferências;
Contribuir para adequação salarial.
Importância do Feedback
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Recompensas – AD indica o julgamento sistemático para justificar aumento salarial,
promoções, transferências e demissões;
Desenvolvimento – Cada colaborador saberá quais são os seus pontos fortes e
pontos fracos, além do que poderá aplicar mais intensamente no trabalho. Logo, o que
deverá ser objeto de melhoria através do treinamento;
Relacionamento – AD indica o cada um pode melhorar no seu relacionamento com
as pessoas ao seu redor, assim como aqueles avaliam seu desempenho;
Percepção – Proporciona meios para os funcionários tomaram ciência do que cada
pessoa ao redor pensa ao seu respeito. Objetivo melhorar auto percepção, assim
como a percepção social;
Potencial de Desenvolvimento – AD dá meios para conhecer em profundidade
potencial de desenvolvimento de seus funcionários de modo a definir programas de
T&D, sucessão, carreiras etc.;
Padrões de desempenho – Primeiramente, definir os critérios de avaliação para cada
cargo da estrutura, assim teremos os indicadores de desempenho. Cada critério é
determinado com uma descrição sumária, simples e objetiva. Sendo dimensionado
desde um desempenho insatisfatório até o excelente;
Responsabilidade sobre o processo de avaliação – É do líder imediato do
empregado avaliar e comunicar ao colaborador seus padrões e fornecer orientações
para manter e melhorar seus resultados.
Deve-se considerar que a AD para ser eficaz deve-se basear inteiramente nos
resultados da atividade do avaliado e nunca em suas características de personalidade.
As avaliações de desempenho geralmente acontecem a cada 1 vez ao ano,
frequentemente para todos ao mesmo tempo, ou nas datas de aniversário de
admissão do empregado. Outro ponto que merece ser enfatizado, diz respeito a
qualidade da comunicação existente em um processo de avaliação, se a comunicação
é boa, os avaliados reagem mais favoravelmente ao processo como participantes e
motivam-se a melhorar.
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Rotinas Trabalhista – São procedimentos que devem ser realizados com
regularidade em cumprimento à legislação e, se realizadas em atraso ou com erros,
podem gerar multas, reclamatórias trabalhistas e por vezes impactos na vida do
trabalhador.
Documentação Proibida
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Esta registro pode ser elaborado através de sistemas eletrônicos ou livros e até fichas
físicas, é uma obrigatoriedade prevista no art. 41 CLT: Em todas as atividades será
obrigatório para o empregador o registro dos respectivos trabalhadores, podendo ser
adotados livros, fichas ou sistema eletrônico, conforme instruções a serem expedidas
pelo Ministério do Trabalho. Naquela serão anotadas informações pessoais do
empregado e dos dados contratados com a empresa, como cargo, salários, horário,
data de admissão, período de experiencia entre outros.
Além disso, outras informações relevantes do contrato estarão presentes na CTPS,
informações do empregador, cargo, CBO, localização do empregado nos livros da
empresa, data de admissão, remuneração, condições especiais.
Após registros em 48h o empregador deve devolver a CTPS ao funcionário, art. 53
CLTA empresa que receber Carteira de Trabalho e Previdência Social para anotar e a
retiver por mais de 48 (quarenta e oito) horas ficará sujeita à multa de valor igual à
metade do salário-mínimo regional.
Quando o novo funcionário não tem cadastro no PIS deve encaminhar e incluir no
CAGED (cadastro geral de empregados e desempregados) e, anotações na CTPS.
Em setembro de 2019 por meio eletrônico foi disciplinada a emissão da CTPS,
denominada carteira de trabalho digital. De acordo com o calendário divulgado os
empregadores já cadastrados no e-social devem continuar a enviar os dados de seus
colaboradores. Agora, todos os dados do trabalhador estão no e-social que facilita os
processos nas empresas e reduz a burocracia. A partir desde momento o empregador
está dispensado de anotar na CTPS.
Controle de Horários
Cabe ao DP controlar os dados de frequência dos trabalhadores que são compilados
em um relatório mensal para fins de folha de pagamento, além de conferir se aquele
está cumprindo seu expediente, a partir dos registros é possível verificar e calcular
horas extras ou faltantespara que as devidas compensações sejam realizadas. O
registro do ponto é obrigatório para empresas com mais de 20 colaboradores, porém é
recomendável para todas as empresas.
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No momento da admissão negociou-se a carga horária que se deve cumprir e, esta
pode ser alterada no decorrer da relação de emprego, mediante negociação entre as
partes.
A jornada de trabalho define o tempo que cada profissional fica disponível para a
empresa. Por isso, é justo afirmar que ter esse controle feito de maneira eficiente
interfere diretamente na saúde da empresa como um todo. Em outras palavras,
remunerar e/ou compensar todas as horas trabalhadas desperta nos trabalhadores
sentimentos de justiça, segurança e, como consequência, impactam positivamente na
sua motivação.
Dentre os diversos formatos de registro da jornada há quatro modelos que são mais
utilizados:
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o relógio de ponto, caso a empresa já o tenha. Nesse sentido, basta que gestores e
colaboradores acessem seus usuários para fazer a gestão da equipe e os registros de
ponto. O perfil do gestor tem caráter administrativo, com total acesso às informações e
marcações de sua equipe. Já o perfil dos empregados permite apenas a marcação do
ponto e o acompanhamento de suas rotinas individuais. É uma solução bastante
efetiva para aqueles que trabalham em regime home office ou em atividades externas.
2) Biometria: uma das metodologias que também têm crescido nos últimos anos é o
sistema de biometria ou impressão digital. O funcionamento é bem similar ao do
relógio mecânico, com os horários de entrada e saída do colaborador estipulados e
previamente cadastrados no sistema pelo departamento pessoal. Esse modelo de
controle de jornada surge como uma evolução dos tradicionais modelos, que fazem
seus registros através de um crachá. A principal vantagem desse método é que os
registros de entrada ou saída é feito através com a inserção de um de seus dedos no
dispositivo. Isso evita, por exemplo, que um funcionário peça para o outro “bater” o
cartão para ele, enquanto sai mais cedo do trabalho. Afinal, as impressões digitais são
únicas e exclusivas de cada pessoa.
Folha de Pagamento
É o espelho das informações e atividades trabalhistas de cada funcionário durante o
mês, o pagamento do valor apurado nesta folha pode ser realizado até o 5° dia útil do
mês subsequente ao vencimento, conforme art. 459 CLT: O pagamento do salário,
qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período
superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e
gratificações. § 1º Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser
efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido.
Para a composição dos vencimentos líquidos que deverão estar na conta. Os valores
da folha são divididos em duas partes:
Proventos e; Descontos.
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Vale Transporte
Está amparado pela CLT sob a lei 7.418/85 (art. 4 § único) determina que o
empregador deve pagar as despesas de deslocamentos, casa-empresa vice-versa, se
houver o uso do transporte público. Será de até 6% o desconto do salário base,
conforme o custo com o trajeto. Caso, a cia ofereça transporte gratuito para equipe
está dispensada de conceder este benefício.
Alimentação e PATI
A cia não é obrigada a ofertar reforço nutricional a equipe, salvo, quando têm 300
colaboradores. Ela deve manter um refeitório. Recebe incentivos fiscais e isenção ou
descontos em impostos quando participado do PAT (programa de alimentação do
trabalhador). Neste cadastrada, demanda que disponibilize acesso alimentação, seja
com restaurante próprio, cestas básicas ou cartões ou tickets.
Atrasos e Faltas
Adiantamento Salarial
Pensão Alimentícia
A justiça pode encaminhar para cia ordens de descontar dos vencimentos o valor da
pensão, tal deve ocorrer conforme decisão judicial.
Férias
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De acordo com a lei a cia é quem decide a melhor data para o funcionário sair de
férias. Situação que pode ser negociada entre as partes. Faltas sem justificativas por
mais de 6 vezes, passa a ter dias de férias descontados, sujeito a perder benefícios
por completo caso ausentou-se das funções por mais de 32 dias.
Além disso, são os Planos de Cargos e Salários que possibilitam a criação de um bom
plano de carreira, pois, com todas as atividades descritas e detalhadas, será mais fácil
de planejar um desenvolvimento de carreira para cada função. Estruturando o Plano
de Cargos e Salários
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A implantação de um Plano de Cargos e Salários costuma ser o primeiro passo que as
empresas dão para uma Gestão de Pessoas mais organizada e mais profissional. De
modo geral, ele pode ser estabelecido a partir das seguintes etapas:
A seguir, vamos detalhar os métodos mais usuais para coleta de dados dessa
natureza:
O formulário é uma forma prática, toma pouco tempo de todos (já que o trabalho é
distribuído) e facilita o trabalho de análise e revisão das descrições de cargo. É um
processo que exige a participação efetiva de todos os gerentes e supervisores.
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d) Experiência prévia do analista: consiste em utilizar o conhecimento prévio do
Analista sobre determinados cargos. Para facilitar o processo de descrição de cargo, o
analista prepara uma descrição preliminar e valida o conteúdo junto ao ocupante do
cargo e aos superiores hierárquicos.
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Os métodos de levantamento das informações dos cargos podem ser combinados
entre si para elevar a qualidade do levantamento, agilizar o processo e reduzir as
desvantagens de cada um. Pode-se, por exemplo, aplicar o questionário e, em posse
deste, entrevistar os ocupantes do cargo para esclarecer possíveis dúvidas,
complementar informações ou simplesmente validar o documento. É possível,
também, de posse do questionário observar o ocupante do cargo exercendo suas
funções no local de trabalho. A combinação do método deve considerar o ambiente, as
pessoas envolvidas, o orçamento e o tempo disponível.
Ao final desta etapa, teremos o descritivo de cada um dos cargos redigidos para fins
análise, avaliação e classificação. Há vários modelos de descritivo, porém os tópicos
básicos são: Nome do cargo, Missão, Atribuições, Responsabilidades e Requisitos do
cargo (escolaridade, conhecimentos, habilidades pessoais, experiência profissional,
dentre outros)
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Os dois formulários apresentados nesta seção podem ser utilizados para levantamento
de dados de quaisquer tipos de cargo. Sua construção, porém, deve considerar o
contexto empresarial, ou seja, as características da empresa, dos negócios e dos
cargos. Cada pergunta deve ser elaborada cuidadosamente para identificar com
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precisão e clareza as atribuições, as responsabilidades e os requisitos de cada
posição da estrutura. Por isso, em algumas situações, pode ser necessário a adoção
de modelos mais abrangentes.
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Descrevendo um cargo
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participar receber contatar supervisionar
pesquisar recomendar controlar treinar
planejar reportar representar verificar
preparar conduzir rever
prever consultar selecionar
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Ao final do processo de levantamento, o formulário é disponibilizado ao comitê de
avaliação de cargos descritivos para fins de análise e classificação. A seguir, há um
modelo fundamentado no Exemplo 3. Observe que, neste documento, não possui mais
a identificação do ocupante do cargo e, após aprovações, será um documento oficial
da empresa.
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2- Levantamento dos salários–Além dos cargos, também é necessário fazerum
levantamento dos salários de cada função. Isso é importante para conseguir
reorganizar quanto cada trabalhador ganha, conseguindo manter uma igualdade de
acordo com as atividades que cada um realiza.
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uma noção de como estão os valores e saber se a sua empresa está na média.
Empresas que pagam muito abaixo do valor de mercado, tendem a não conseguir
obter e nem reter colaboradores.
Esses gestores precisam conhecer o negócio como um todo e ter uma ideia das
responsabilidades e dos papéis de cada cargo analisado, garantindo assim coerência
em relação à classificação. Justamente por isso, em empresas de maior porte pode
ocorrer a composição de múltiplos comitês de avaliação, cada qual com uma
especialidade.
A existência do comitê contribui para que haja uma aceitação maior das avaliações
feitas. Além disso, possibilita a correta hierarquização dos cargos e cria envolvimento
das lideranças com a implementação do plano de cargos e salários, o que é essencial.
O comitê de avaliação deve ser composto por cinco a sete participantes. A adoção de
quantidade de integrantes em número ímpar além de evitar a ocorrência de empates
durante o processo, favorece o debate.
Método de Escalonamento
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A tarefa do membro do comitê é comparar cada um dos cargos entre si e indicar qual
considera mais importante, os quais se equivalem ou são de menor importância. Para
isso, a pessoa utilizará suas próprias percepções, o que pode levar à subjetividade.
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As letras A, B, C, D e E mostradas nas colunas representam os cinco avaliadores
participantes desse exemplo. Nas linhas, são identificados os cargos. Para calcular a
média, é feita a soma das contagens de cada cargo e de todos os avaliadores, e
divide-se o resultado pelo total de avaliadores. Chega-se ao escalonamento
considerando o resultado da média de maior ou menor aproximação do número inteiro.
Pesquisa Salarial
Nessa etapa, o salário oferecido pela empresa é comparado com práticas dos
principais concorrentes. A pesquisa salarial deve considerar organizações atuantes na
mesma região, do mesmo ramo e porte, atingindo um equilíbrio em relação aos preços
praticados pelo mercado.
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Dessa forma, a empresa tem uma oportunidade de se diferenciar positivamente de
suas concorrentes. Isso é possível porque há a construção de uma imagem de
valorização de seu funcionário e de um ambiente saudável de trabalho que está atento
às novas tendências.
A tabela é composta por várias faixas salariais. Faixas salariais, como você viu,
consistem na diferenciação de salários de um mesmo cargo. O rendimento vai
aumentando conforme a experiência e o desempenho do empregado na função.
Cada empresa determina a quantidade de faixas salariais que sua tabela terá. Isso é
uma decisão estratégica, que cada companhia adota de acordo com seu perfil.
Também não existe uma regra ou legislação específica no que se refere à evolução
salarial entre as faixas. O mais comumente aplicado pelas empresas se situa entre 5%
e 10%. O critério será o quanto a organização quer e/ou precisa ser
agressiva/competitiva na atração e na retenção de talentos.
No modelo acima, a coluna preenchida traz os valores pagos em média pelo mercado,
ou seja, os valores obtidos através da pesquisa salarial realizada. Neste formato,
significa dizer que a empresa definiu duas faixas salariais antes da média de mercado
e duas faixas acima. Tecnicamente, a empresa que adota este tipo de tabela salarial
tem uma postura moderada em relação ao mercado.
Dessa forma, a definição estrutural da tabela salarial diz respeito à maneira que a
empresa se posicionará frente ao mercado, o que traz impactos nos processos de
atração e retenção de funcionários
Em outro cenário, os valores praticados pelo mercado podem ser alocados na Faixa V,
nesta situação a estrutura de salário da empresa define que o valor máximo pago é
exatamente o que se pratica pelo mercado.
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Criação de Política do Plano
Agora é hora de criar uma política de crescimento, baseada no plano. Isso significa
determinar iniciativas para que os colaboradores consigam subir de cargo. Por
exemplo, se um profissional é colaborador e deseja virar gerente, é preciso que
existem pré-requisitos para que ele mude de função, pode ser tempo de casa,
competências técnicas ou comportamentais.
Por isso, fazer o levantamento dos cargos é tão importante, pois você já terá uma
base das competências necessárias para cada cargos, te ajudando na definição dessa
política.
Observe o modelo a seguir, ele traz critérios para evolução de faixas salariais:
• Faixa I – Salário de admissão.
• Faixa II – Salário após 3 meses de experiência.
• Faixa III – Salário após 9 meses do período de experiência.
• Faixa IV – Salário praticado após 1 ano e 6 meses de casa.
• Faixa V – Salário praticado após 2 anos de casa.
Note que criamos critérios para a promoção vertical em um cargo. Na tabela, a seguir,
é apresentado um exemplo de critérios para promoção horizontal:
Estamos exemplificando critérios que são parte integrante da política salarial. Quando
uma empresa elabora e mantém uma política salarial, pretende, com isso, ter um
instrumento que a ajude a atrair e reter talentos, potencializando assim seus
resultados. Afinal, uma empresa com bons profissionais em seu quadro funcional tem
mais chance de atingir mais rápido o sucesso. É, portanto, um diferencial, tanto para
que a organização se destaque e se posicione no mercado, como para o trabalhador,
que fica mais motivado e produtivo diante de uma remuneração adequada à sua
função e ao fato de trabalhar em uma empresa bem reconhecida pelo mercado.
Uma política salarial pode ser definida como o conjunto de normas, critérios e
procedimentos para a administração do plano de cargos e salários, formalizado em um
documento. Além de se moldar ao contexto empresarial para qual foi criada, essa
política deve trazer orientações para garantir a manutenção do equilíbrio interno, ou
seja, que os cargos estejam coerentemente remunerados e do equilíbrio externo,
com práticas salariais coerentes aos praticados no mercado.
Os itens que vão constar nesse documento não seguem um padrão. Não há uma
“fórmula” a ser adotada estritamente. Mas, é claro, existem informações que são
essenciais – e que, por isso, precisam estar no texto da política salarial, a qual precisa
estar devidamente homologada no Ministério do Trabalho e Emprego.
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Objetivo
3. Conceitos Gerais
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5. Evoluçãode Cargos e Salários O Plano de Cargos e Salários está estruturado de
forma a propiciar o crescimento profissional (vertical) de seus colaboradores.
Requisitos
Existência de vaga no quadro de pessoal da área.
Preenchimento dos requisitos essenciais definidos na descrição do cargo.
Tempo mínimo de permanência de 18 meses na função atual para cargos de nível
Júnior, 24 meses para nível Pleno e 36 meses para nível Sênior.
Tempo mínimo de permanência de 48 meses na função atual para cargos de nível
supervisão. • Tempo mínimo de permanência de 60 meses na função atual para
cargos de nível gerencial.
Para os demais cargos, tempo mínimo de permanência de 1 ano no cargo atual
para que o colaborador possa se candidatar à vaga existente.
Cabe ressaltar que devem ser observados os parâmetros legais com relação à
existência de paradigma.
7. Anexos
Descrições de cargos.
Tabela de cargos e salários.
Tendências em Remuneração
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exigidos em lei, o trabalhador pode fazer a composição da forma que melhor atenda
às suas necessidades e interesses.
De um lado, deve ser formulado para atrair e reter talentos. De outro, o plano deve
proporcionar ao funcionário a possibilidade de se desenvolver cada vez mais. É
através do plano de carreira que o profissional pode saber por quais etapas passará
na hierarquia da empresa e quanto tempo ficará em cada uma delas.
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O desenvolvimento da carreira engloba a administração da carreira e o planejamento
da carreira. O planejamento da carreira é o processo pelo qual o empregado identifica
e implementa os passos necessários para atingir as metas da carreira. E, por seu
turno, na administração da carreira a organização seleciona, avalia, dá atribuições e
desenvolve os empregados, para obter um grupo de pessoas qualificadas a atender às
necessidades futuras.
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PREVIDÊNCIA SOCIAL: ASSISTÊNCIA E BENEFÍCIOS
É um seguro social, que visa garantir renda ao segurado e contribuinte quando ele
perde a capacidade do exercício do trabalho por variados fatores, como doença,
invalidez, idade avançada, desemprego, maternidade e reclusão. O contribuinte pode
requerer aposentadoria por tempo de contribuição determinado pelos cálculos
previdenciários.
Aposentadoria por Idade: a partir dos 65 anos para os homens e 60 anos para as
mulheres, os trabalhadores urbanos podem solicitar o benefício da aposentadoria. Já
os trabalhadores rurais podem solicitar o benefício mais cedo. Os homens aos 60 anos
e as mulheres aos 55.
Auxílio Acidente: benefício recebido quando o trabalhador sofre um acidente que tem
como consequência uma redução permanentemente na capacidade de trabalho.
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Auxílio Reclusão: benefício pago aos dependentes de um segurado durante o
período em que permanecer preso.
Para ter acesso a esse direito, é preciso que a renda média por pessoa do grupo
familiar seja menor que um quarto do salário-mínimo em vigor. Para fazer a conta, é
preciso somar os rendimentos de todos e dividir pelo número de pessoas.
Os Benefícios Eventuais são um tipo de proteção social que se caracteriza por sua
oferta de natureza temporária para prevenir e enfrentar situações provisórias de
vulnerabilidade decorrentes ou agravadas por nascimentos, mortes, vulnerabilidades
temporárias e calamidades. Como exemplo, podemos mencionar o auxílio emergencial
que atualmente é pago pelo Governo Federal.
Benefícios espontâneos: são concedidos por liberalidade das empresas, uma vez
que não são exigidos por lei, nem por negociação coletiva, tais como: gratificações,
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transporte, complementação da aposentadoria, seguro de vida em grupo, refeição, etc.
2. Quanto a sua natureza –Os planos podem ser classificados em monetários ou não
monetários, conforme sua natureza.
Os benefícios sociais são essenciais para garantir que os profissionais sintam maior
segurança, satisfação e se identifiquem com a empresa. Para a organização, essas
vantagens são fundamentais para atrair e reter bons talentos, aumentar a
produtividade, maximizar os ganhos e manter o bom clima organizacional. A seguir
elencamos as principais vantagens tanto para a empresa, quanto para o indivíduo.
Para a empresa
Eleva o moral dos empregados; Aumenta a produtividade e diminui o custo
Reduz o Turnover (isto é, a entrada e saída unitário de trabalho;
de recursos humanos na empresa); Demonstra as diretrizes e os propósitos da
Eleva o nível de lealdade do empregado empresa para com os empregados;
para com a empresa; Reduz distúrbios e queixas;
Aumenta o bem-estar do empregado; Promove relações públicas com a
Facilita o recrutamento e a retenção do comunidade.
pessoal;
Para o Empregado
Oferece conveniências não quantificáveis Oferece assistência disponível na solução
em dinheiro; de problemas pessoais;
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Aumenta a satisfação no trabalho; Oferece oportunidades adicionais de
Contribui para o desenvolvimento pessoal e assegurar status social;
bem-estar individual; Oferece compensação extra;
Oferece meios de melhor relacionamento Melhora as relações com a empresa;
social entre os empregados; Reduz as causas de insatisfação.
Reduz sentimento de insegurança;
Se um de seus funcionários corta o dedo, mas não precisa ficar afastado, é necessário
emitir o CAT. Igualmente, deveria ser emitido caso houvesse alguma doença causada
pela atividade profissional e o funcionário ficasse longe da empresa. Outro quadro em
que o preenchimento do CAT é obrigatório é quando há um acidente com o
profissional a caminho da empresa: seja responsabilidade da instituição ou não. O
formulário CAT serve para garantir que os colaboradores terão acesso aos seus
direitos previdenciários, como as licenças remuneradas.
Preencher o formulário CAT ficou muito mais simples há alguns anos. Até pouco
tempo, esse documento só podia ser entregue em vias manuais, o que exigia muita
atenção e cuidado da parte do departamento de Recursos Humanos, para garantir que
não havia nenhuma irregularidade com a peça — o que poderia fazê-la ser rejeitada
sem notificação.
O primeiro pode ser arquivado e utilizado como simulação para que, na hora de
submeter o CAT, se disponha de todas as informações necessárias para que ele
esteja completo.
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Alguns dos dados que precisa ter em mãos para emitir o CAT são:
Dados da empresa (razão social, Data, hora e tipo da ocorrência
CNPJ, CNAE, endereço e contato); (acidente, doença ou acidente de
Dados do acidentado (nome, nome trajeto);
da mãe, data de nascimento, Descrição da ocorrência;
número da CTPS, identidade, PIS, Atestado médico, se emitido.
endereço e informações de
contato);
Nota: Na agência do INSS, o responsável pela entrega do documento deve sempre ter
em mãos algum tipo de identificação (como a identidade, com número do CPF, ou a
carteira de motorista). Serão emitidas quatro vias desse documento, sendo uma
pertencente ao INSS, outra ao segurado, a terceira ao sindicato do trabalhador e a
quarta à empresa.
A CAT deve ser elabora pelo Engenheiro ou pelo Técnico de Segurança do Trabalho,
sendo que na ausência destes, pelo RH. Seu preenchimento é bastante simples. O
prazo para o cadastro da CAT é de até 1 dia útil, como vimos acima.
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Os sindicatos e as entidades representativas de classe poderão acompanhar a
cobrança, pela Previdência Social, das multas previstas para o descumprimento desta
obrigatoriedade.
Cabe lembrar que o segurado que sofreu acidente de trabalho, tendo recebido auxílio-
doença acidentário, tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção do
seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do benefício,
independentemente da percepção de auxílio-acidente, conforme dispõe o art. 118 da
Lei 8.213/1991.
Além de garantir que o profissional esteja apto para iniciar suas atividades na empresa
ou continuar exercendo uma função, a empresa fica protegida ao obter os relatórios
que asseguram que, de fato, este colaborador está pronto para o trabalho. De outro
lado, também resguarda o trabalhador ao identificar o nível de saúde dele antes,
durante e depois de ocupar um determinado cargo.
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Os exames devem ser realizados em períodos semestrais, anuais ou bienais,
conforme especificado a seguir:
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PCMSO, causadores do surgimento ou do agravamento de doenças ocupacionais e
para os trabalhadores que são portadores de doenças crônicas, que exijam
acompanhamento periódico.
Exames Bienais: para os funcionários que não estão sujeitos a exposição aos riscos
ocupacionais, com idade entre 18 e 45 anos. Apesar dos prazos previstos na
legislação, o médico do trabalho poderá por reduzir esses períodos devido a alguma
situação ele observada
No art. 168 da CLT, estão previstos alguns exames médicos obrigatórios para
colaboradores. Sendo assim, o descumprimento desta ação pode acarretar multas e
processos para sua empresa. Abaixo, informamos quais são estes exames para que
possam aplicá-los em sua empresa, evitando quaisquer ações trabalhistas.
É importante realizar esse exame, pois protege tanto o trabalhador quanto a empresa.
Se caso tenha ocorrido algum acidente antes do colaborador deixar a empresa, ele
pode ser indenizado. E a empresa fica protegida, caso aconteça algo fora do local de
trabalho e o colaborador queira responsabilizá-la.
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O médico responsável, em qualquer um dos tipos de exames que mencionamos
acima, poderá pedir exames complementares antes de atestar as condições de seu
colaborador, principalmente quando sua atividade laboral apresentar riscos ou forem
estipulados pelo Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
Alguns exemplos de exames complementares:
Além disso, a empresa precisa, ainda, apresentar anualmente um relatório geral sobre
a saúde de suas equipes para a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
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Medicina e Segurança do Trabalho
São um conjunto de práticas que visam garantir a saúde e integridade dos
trabalhadores. Previstas na legislação pertinente, atribui responsabilidades às
empresas, trabalhadores e entidades do Governo.
Vários aspectos relevantes, não só para a empresa ou para o trabalhador, mas para
toda a sociedade são relacionados aos programas de segurança e saúde do trabalho
no âmbito da empresa:
a) aspectos sociais – o ônus pelo acidente do trabalho reflete em toda a nação; é ela
quem paga, através da arrecadação de impostos, ao incapacitado com a família da
vítima de um acidente fatal o Seguro Social a que tem direito.
b) aspectos humanos – embora não se possa representar em números, o aspecto
humano é o mais importante, pois não há dinheiro que pague o preço de uma vida.
Não existe um valor corresponda a perda de uma mão, de um braço ou de qualquer
parte do corpo mutilado em um acidente.
c) aspectos econômicos – a queda na produção de uma empresa e da nação como
um todo, decorrente de acidente de trabalho, é um aspecto que deve ser considerado,
pois, além do custo final dos produtos, o acidente acarreta gastos com atendimento
médico, transporte, remédios, indenizações, pensões, etc.
Nota: Atualmente, o Brasil é o quarto país com maior número de acidentes de trabalho
no mundo. Segundo estimativas do Ministério do Trabalho e entidades que atuam com
segurança e saúde ocupacional, uma nova ocorrência é registrada a cada 48
segundos nas empresas brasileiras. As instituições alertam, ainda, que um trabalhador
perde a vida a cada 3h38 no país.
No ano de 2018, foram registrados cerca de 800 mil acidentes de trabalho no Brasil,
além disso, de 2012 a 2019 foram perdidos mais de 347 milhões de dias de trabalho.
Uma pesquisa feita pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) estima
que por ano são gastos 100 bilhões de reais com acidentes ocupacionais.
Talvez nem todas as empresas tenham em mãos os custos dos afastamentos por
acidente de trabalho ou doença ocupacional, mas certamente vale a pena fazer essa
análise.
46
Acessando Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, é possível ter
acesso a dados relacionados a acidente de trabalho e afastamentos por doenças
ocupacionais. O acesso pode ser feito através do link: https://smartlabbr.org/sst.
De acordo com item 4.4 da NR 04, são apresentados os profissionais que fazem parte
do SESMT.
A NRº 04 item 4.1 define as organizações (públicas, privadas e, até mesmo, órgãos
públicos) que tenham profissionais contratados pelo regime CLT adotem o SESMT.
Ela também determina a obrigatoriedade da manutenção de acordo com o
enquadramento, que é definido pelo Dimensionamento, ou seja, cruzamento do nível
de risco das empresas com a quantidade de funcionários que ela possui. A tabela é
muito simples e pode ser facilmente interpretada e também lista os profissionais
devem compor o corpo, especificando também sua qualificação. Quadro 2 -
Dimensionamento dos SESMT (Alterado pela Portaria SSMT nº 34 de 11 de dezembro
de 1987)
O SESMT tem como objetivo tornar os locais de trabalho mais seguros, realizando
avaliações periódicas dos setores da empresa e desenvolvendo projetos de melhorias
ao ambiente profissional.
47
trabalho. Na seção XV, art. 200, foi atribuída ao Ministério do Trabalho e Emprego a
responsabilidade de estabelecer diretrizes complementares às normas de segurança e
da medicina do trabalho.
A seção I do art. 155 CLT indica que compete ao órgão de âmbito nacional em
segurança e medicina do trabalho:
estabelecer normas sobre a aplicação dos preceitos deste Capítulo, com destaque
para os referentes ao art. 200.
coordenar, controlar, orientar e supervisionar a fiscalização e as atividades
relacionadas com segurança e medicina do trabalho em todo o Brasil.
conhecer todos os recursos das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do
Trabalho, em matéria de segurança e em medicina do trabalho.
48
Atualmente temos 36 NRs vigentes, cada qual normatizando um assunto específico,
conforme listamos a seguir:
NR 1 – Disposições Gerais NR 20 – Segurança e Saúde no Trabalho
NR 2 – Inspeção Prévia com Inflamáveis e Combustíveis
NR 3 – Embargo ou Interdição NR 21 – Trabalho a Céu Aberto
NR 4 – Serviços Especializados em NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional
Engenharia de Segurança e em Medicina na Mineração
do Trabalho NR 23 – Proteção Contra Incêndios
NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de NR 24 – Condições Sanitárias e de
Acidentes Conforto nos Locais de Trabalho
NR 6 – Equipamentos de Proteção NR 25 – Resíduos Industriais
Individual (EPI) NR 26 – Sinalização de Segurança
NR 7 – Programas de Controle Médico de NR 27 – Revogada pela Portaria GM n.º
Saúde Ocupacional (PCMSO) 262, 29052008 Registro Profissional do
NR 7 – Nota Técnica Técnico de Segurança do Trabalho no MTB
NR 8 – Edificações NR 28 – Fiscalização e Penalidades
NR 9 – Programas de Prevenção de Riscos NR 29 – Segurança e Saúde no Trabalho
Ambientais Portuário
NR 10 – Segurança em Instalações e NR 30 – Segurança e Saúde no Trabalho
Serviços em Eletricidade Aquaviário
NR 11 – Transporte, Movimentação, NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho
Armazenagem e Manuseio de Materiais na Agricultura, Pecuária Silvicultura,
NR 12 – Segurança no Trabalho em Exploração Florestal e Aquicultura
Máquinas e Equipamentos NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho
NR 13 – Caldeiras, Vasos de Pressão e em Estabelecimentos de Saúde
Tubulações NR 33 – Segurança e Saúde no Trabalho
NR 14 – Fornos em Espaços Confinados
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres NR 34 – Condições e Meio Ambiente de
NR 16 – Atividades e Operações Perigosas Trabalho na Indústria da Construção e
NR 17 – Ergonomia Reparação Naval
NR 18 – Condições e Meio Ambiente de NR 35 – Trabalho em Altura
Trabalho na Indústria da Construção NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho
NR 19 – Explosivos em Empresas de Abate e Processamento
de Carnes e Derivados
NR 5
É lembrada por exigir a formação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
(CIPA) e orientar a sua operação. Essa comissão é constituída por empregados e
representantes do empregador, foi um dos primeiros e mais importantes marcos da
Segurança do Trabalho e faz parte das obrigações legais das empresas desde 1944.
49
A CIPA tem como principal atribuição impedir que haja a incidência de acidentes e
doenças do trabalho no ambiente laboral por meio da adoção de medidas preventivas,
e que também possam promover a saúde do colaborador enquanto este exerce suas
atividades.
Todas as empresas que possuem acima de 20 funcionários em seu efetivo, devem ter
uma equipe dedicada às atividades da CIPA. O dimensionamento é determinado pelo
quadro da CIPA da NR 5 e dependerá da atividade econômica exercida pela empresa
bem como a quantidade de funcionários. Assim, quanto maior o número de
funcionários e maior for o grau de risco da atividade, maior será o quadro de membros
da CIPA.
50
que o trabalho da CIPA seja realizado. Não criando empecilhos para o trabalho dos
cipistas. Alguns funcionários enxergam a CIPA somente como uma forma de
assegurar estabilidade no emprego, porém essa visão deve ser expurgada. É
importante que a empresa deixe bem claro que a CIPA é um meio de garantir a
segurança dos empregados
O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas
diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa e poderá ser
ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de trabalhadores ou
por profissional que possua conhecimentos sobre os temas ministrados. A CIPA será
ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à entidade ou profissional
que o ministrará, constando sua manifestação em ata, cabendo à empresa escolher a
entidade ou profissional que ministrará o treinamento.
Quando comprovada a não observância dos itens relacionados ao treinamento, a
unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, determinará a
complementação ou a realização de outro, que será efetuado no prazo máximo de
trinta dias, contados da data de ciência da empresa sobre a decisão.
51
membros da CIPA devem cumprir umas séries de obrigações, dentre elas: participar
das reuniões ordinárias realizadas mensalmente pela comissão.
O número de faltas que o membro pode ter sem justificativas é de no máximo quatro.
Acima disso o membro perderá o cargo e será substituído pelo seu suplente.
O empregado que foi eleito para cargo de direção da Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes (Cipa), tem até um ano de estabilidade após seu mandato e se aplica
também ao suplente eleito.
Além de atuar em diversas atividades no campo da segurança do trabalho, como a
identificação dos possíveis riscos de acidente de trabalho, elaboração do mapa de
riscos e criação de um plano de ação para reduzir esses acidentes, a CIPA atua na
promoção de uma cultura de prevenção dentro das empresas, auxilia na
implementação da OHSAS 18001 e em demais atividades que se estendem para fora
da empresa, sempre com o objetivo de incentivar cuidados com a saúde e meio
ambiente em geral.
A título de atualização, é relevante fazer uns parênteses para destacar que a OHSAS
18001, que como vimos, é a norma de certificação voltada para Saúde e Segurança
do Trabalho que, assim como a CIPA, é baseada nas diretrizes da Organização
Internacional do Trabalho (OIT). Atualmente ela está sendo substituída pela norma
ISO 45001 com o objetivo de ter maior alinhamento entre os padrões de sistema de
gestão da ISO e facilitar ainda mais a implementação integrada dessas normas nas
empresas. Então, em um primeiro momento, estes dois termos estarão permeando as
empresas.
Ainda, a CIPA é que realiza anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes
de Trabalho (SIPAT), em que, durante uma semana, são promovidas atividades
diversas, com o envolvimento de todos os funcionários da empresa cujo intuito é a
divulgação de mais informações sobre segurança no trabalho e a como evitar
acidentes.
NR 06
A NR 06 refere-se ao uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) dentro do
ambiente de trabalho e estabelece várias obrigações, tanto para o empregador quanto
para o empregado, com a finalidade de preservar a segurança e o conforto em todos
52
os postos de trabalho. Todos os trabalhos de risco devem ter sua real necessidade
avaliada: caso seja dispensável, deve ser evitado e, caso seja indispensável, deve ser
obrigatoriamente executado com o uso do EPI correspondente. Vale destacar,
também, que esse fornecimento é de responsabilidade do empregador, deve ocorrer
de forma totalmente gratuita, conforme normatizado pela NR. Alguns exemplos de
EPIs incluem:
NR 07
Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, com o objetivo de
promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. O PCMSO
tem caráter preventivo, pois faz o mapeamento precoce e diagnóstico dos agravos a
saúde dos trabalhadores, além da constatação dos casos de doenças profissionais ou
danos irreversíveis causados por riscos do trabalho, ou quaisquer situações ligadas ao
ambiente de trabalho
NR 17
Estabelece parâmetros que permitam a adaptação da ergonomia no trabalho. Tem
como principal objetivo especificar parâmetros classificados como satisfatórios para a
execução de atividades de trabalho em um determinado local. Nesse sentido, a NR
determina ser o ambiente de trabalho que deve se adequar ao trabalhador, e não o
contrário. Para isso, a norma traz regras importantes sobre postura, cargas individuais,
iluminação e temperatura dos ambientes, entre outros
NR 24
Disciplina preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais de
trabalho, especialmente no que se refere a banheiros, vestiários, refeitórios, cozinhas,
alojamentos e água potável, visando a proteção à saúde dos trabalhadores. O objetivo
dessa norma é garantir um ambiente que ofereça conforto e atenda às condições
sanitárias necessárias para proteger a saúde do trabalhador. Além disso, a oferta de
espaços adequados para descanso, alimentação e práticas de higiene pessoal
também é fundamental para o bem-estar no local de trabalho, beneficiando todas as
partes.
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É preciso ter um banheiro a cada 20 trabalhadores, separados por sexo, exceto nos
casos de funções comerciais ou administrativas com até 10 empregados, que poderá
disponibilizar apenas uma instalação com uso comum entre os sexos, desde que
ofereça plenas condições de privacidade.
Sobre as Cozinhas, as empresas que contarem com cozinhas em sua estrutura devem
garantir que elas estejam anexas aos refeitórios, construídas em alvenaria e com
revestimento de materiais impermeáveis e laváveis, a fim de facilitar a higienização.
Também é necessário que contenham boa ventilação, prezem pela higiene dos
funcionários da cozinha, com itens para lavar, secar as mãos, lavatório e sanitários
para uso exclusivo dos empregados que manipulam os alimentos, separados por sexo
e demais.
NR 26
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Tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para
prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando
áreas, identificando as canalizações empregadas nas indústrias para a condução de
líquidos e gases, bem como advertir contra riscos. Além disso, a norma estabelece a
realização de treinamentos para a compreensão da rotulagem preventiva, da ficha e
sobre os perigos, riscos, medidas de precaução para a manipulação segura e
procedimentos em emergências.
Acidente de Trabalho
De acordo com o artigo 19, da Lei 8.213/91, “acidente do trabalho é o que ocorre pelo
exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo
exercício do trabalho dos segurados, provocando lesão corporal ou perturbação
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funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho”.
A partir desse conceito, acidente de trabalho é uma consequência do exercício da
atividade laboral e que pode resultar lesão corporal, perturbação funcional, perda ou
redução da capacidade para o trabalho ou morte do empregado, excluindo-se,
portanto, eventuais doenças preexistentes ou congênitas.
O acidente do trabalho será caracterizado tecnicamente pela perícia médica do INSS,
mediante a identificação do nexo entre o trabalho e o agravo.
De acordo com o art. 337, § 3º do Decreto 3.048/1999, considera-se estabelecido o
nexo entre o trabalho e o agravo quando se verificar nexo técnico epidemiológico entre
a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade, elencada
na Classificação Internacional de Doenças - CID em conformidade com o disposto na
Lista C do Anexo II do referido decreto.
Considera-se agravo para fins de caracterização técnica pela perícia médica do INSS
a lesão, doença, transtorno de saúde, distúrbio, disfunção ou síndrome de evolução
aguda, subaguda ou crônica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive morte,
independentemente do tempo de latência, nos termos do art. 337, § 4º do Decreto
3.048/1999.
Reconhecidos pela perícia médica do INSS a incapacidade para o trabalho e o nexo
causal entre o trabalho e o agravo, ou seja, o que liga o dano sofrido pelo empregado
ao trabalho realizado por ele, então serão devidas as prestações acidentárias a que o
beneficiário tenha direito. Caso contrário, não serão devidas as prestações.
Quanto a comunicação do acidente de trabalho, o artigo 22, da Lei 8.213/91 afirma
que o empregador deve “comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o
primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à
autoridade competente”.
Além disso, cabe ao empregador apurar o quadro de saúde do funcionário para
averiguar se é devido seu afastamento por mais de 15 dias, a fim de que seja inserido
no auxílio-doença acidentário.
56
Qualidade de Vida no Trabalho
O conceito de Qualidade de Vida (QVT) varia de pessoa para pessoa e tende a mudar
ao longo da vida de cada um. Há, porém, um consenso em torno da ideia de que são
múltiplos os fatores que determinam a qualidade de vida tanto das pessoas quanto
das comunidades. A combinação desses fatores que moldam e diferenciam o
cotidiano das pessoas, resulta em uma rede de fenômenos e situações que,
abstratamente, pode ser chamada de qualidade de vida. (NAHAS, 2003)
Guiselini (2004) complementa, destacando que qualidade de vida é ter uma vida
saudável, prazerosa e harmoniosa. Apesar dos fatores serem percebidos de forma
diferente, a saúde, o prazer e o equilíbrio são fundamentais para que qualquer pessoa
viva bem.
Portanto, o conceito qualidade de vida envolve tanto aspectos físico e ambiental, como
psicológicos do local de trabalho. Pressupõe criar, manter e melhorar o ambiente de
trabalho quer seja em suas condições físicas, psicológicas ou sociais, com o objetivo
de tornar a experiência do trabalhador mais agradável e amigável, gerando impactos
positivos sobre a sua qualidade de vida. (Chiavenato, 2014)
QVT é um constructo complexo que envolve uma grande gama de fatores, como:
satisfação com o trabalho executado, as possibilidades de futuro na organização, o
reconhecimento com os resultados alcançados, o salário recebido, os benefícios
auferidos, o relacionamento humano dentro da equipe e da organização, o ambiente
psicológico e físico de trabalho, a liberdade de atuar e responsabilidade de tomar
decisões e a possibilidade de estar engajado e de participar ativamente na
organização.
57
conhecimento de todos os processos da empresa, só assim serão capazes de
observar os pontos críticos e encontrar a melhor forma de solucioná-los.
58
É a relação entre pagamento e condições de trabalho. Qualidade de vida no trabalho
considerando a remuneração salarial de acordo com a atividade executada pelo
funcionário. Observa-se: Remuneração adequada: o salário de acordo com o
mercado e padrões aceitáveis pela sociedade. Compensação justa: pagamento deve
ser justo de acordo com as atividades executadas por cada cargo, comparando
sempre com a média de pagamento de outras empresas.
Constitucionalismo
Dentro das empresas existem tomadas de decisões que podem favorecer interesses
pessoais e prejudicar o trabalhador. Nessa perspectiva, deve haver o
constitucionalismo nas organizações a fim de proteger os trabalhadores de algumas
ações arbitrárias. Esses critérios de proteção são: privacidade, liberdade de
expressão, equidade e igualdade entre os trabalhadores perante a lei.
Relevância Social
Com base nas dimensões e critérios propostos por Walton, é possível elaborar um
questionário para avaliar a qualidade de vida do quadro de funcionário:
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Após aplicação e apuração dos resultados, é possível tomar ações para potencializar
os resultados positivos e trabalhar os pontos de insatisfação. De posse do resultado, o
RH terá uma importante jornada.
60
2. Retenção de talentos – Um cenário de baixo turnover associado a ações de
qualidade de vida no trabalho gera impactos positivos para a Retenção de Talentos. A
valorização dos colaboradores torna-se essencial para a redução de custos e também
garante que a realização dos processos seja feita por profissionais experientes e
alinhados aos objetivos empresariais.
Essa tríade serve como caminho para os gestores das organizações, propiciando a
interação com o meio ambiente, visando garantir o acesso das futuras gerações aos
recursos naturais e com o mercado, para preservar a competitividade e continuidade
da organização; e com seus colaboradores, considerar a responsabilidade social.
61
foco no trabalho voluntário, treinamentos sobre sustentabilidade e qualidade de vida
são elementos que favorecem a prática social e contribuem para a sobrevivência das
organizações.
No que diz respeito ao nível externo, podemos definir a gestão ambiental de acordo
com Cabral-Cardoso (2006), que a determina como o processo de administração do
exercício de atividades econômicas e sociais de forma a utilizar de maneira racional os
recursos naturais, sendo eles renováveis ou não. Da mesma forma, a empresa que se
preocupa em implementar ações norteadas pelos princípios da responsabilidade
social, no que diz respeito ao meio ambiente, solidifica uma boa imagem, além de
contribuir para a preservação dos recursos naturais e evitar uma série de
inconvenientes, conforme veremos a seguir
62
Responsabilidade Ambiental é um conjunto de atitudes, individuais ou empresariais,
voltadas para o desenvolvimento sustentável do planeta. Ou seja, estas atitudes
devem considerar o crescimento econômico ajustado à proteção do meio ambiente na
atualidade e para as gerações futuras, garantindo a sustentabilidade.
Mas, muitas vezes, não são vistas pelo próprio gestor de pessoas dessa forma. Outro
aspecto bastante importante da sustentabilidade que está sob o chapéu de RH é a
diversidade, um assunto mais debatido em relação ao equilíbrio entre os gêneros e à
garantia de direitos iguais para as mulheres, mas que vai muito além disso e hoje
atinge, inclusive, direitos de parceiros do mesmo sexo a benefícios da empresa.
A responsabilidade social corporativa também passa pelo RH e já é velha conhecida
da maior parte dos profissionais da área, já que muitas empresas delegam à área a
gestão de projetos e de programas de voluntariado. Nem sempre, no entanto, quem
está no dia a dia da gestão de pessoas tem uma visão tão clara de quanto suas
atividades estão relacionadas com a sustentabilidade.
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NOÇÕES DE DEPARTAMENTO PESSOAL
Por força de lei, os empregadores devem conceder aos empregados alguns intervalos
dentro da jornada laboral. Como essas pausas não integram a jornada de trabalho,
elas não são remuneradas. Veja como funcionam os intervalos:
Vale destacar que existem algumas atividades profissionais que contam com períodos
de descanso computados na jornada, como as exercidas por médicos, profissionais
que atuam em câmaras frigoríficas e que trabalham nos serviços subterrâneos.
64
Em casos de não concessão de intervalo intrajornada, o empregador é obrigado a
remunerar o funcionário pelo período correspondente, com adicional de pelo menos
50%.
Nota.: A CLT também regulamenta, através do art. 66, o intervalo entre duas jornadas
diárias de trabalho, que deve ser de pelo menos 11 horas consecutivas para a maior
parte das atividades profissionais. Alguns ramos, entretanto, contam com um intervalo
maior entre jornadas.
Semana-Inglesa
A expressão semana-inglesa se refere a jornada de trabalho de oito horas de segunda
a sexta-feira e de quatro horas pela manhã do dia de sábado havendo, portanto,
descanso no período do sábado à tarde e o dia de domingo, totalizando 44 horas
semanais de trabalho.
A expressão semana-inglesa era utilizada pelos movimentos sindicais para identificar
a proibição do trabalho nos sábados à tarde, nos dias de domingos e feriados,
principalmente nos movimentos dos trabalhadores do comércio e da indústria. Os
estabelecimentos comerciais e industriais não deveriam trabalhar no período da tarde
de sábado e respeitar o descanso de domingos e feriados.
Mais recentemente, com o objetivo de motivar e reter os trabalhadores, muitas
empresas passaram a compensar as horas do sábado, de forma que se trabalhasse
mais de segunda a sexta-feira e convertendo o sábado em descanso. Essa prática
consiste, basicamente, em acrescer alguns minutos ou horas de trabalho em alguns
dias da semana para descontar em outros dias da mesma semana.
Cada contratante pode estabelecer o horário de seu funcionário da forma que achar
melhor, basta somente respeitar o limite de 2 horas a mais diárias. O artigo 59 da
CLT dispõe ainda em seu § 6º (acrescido pela Lei 13.467/2017), que, para fins de
adoção do regime de compensação de jornada, é necessário o estabelecimento de
acordo individual, tácito ou escrito.
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Tipos de Jornada de Trabalho
Existem diversos tipos de jornada de trabalho que são previstas pelas normas
trabalhistas. Dentre elas, podemos destacar as mais utilizadas:
Jornada integral: é a mais comum, caracterizada por 8 horas diárias, 44 horas
semanais e 220 horas mensais.
Jornada em turnos ininterruptos: é a situação em que os colaboradores fazem um
revezamento para manter a atividade da companhia, trabalhando de manhã, tarde e
noite.
Jornada de tempo parcial: é a jornada de até 25 horas semanais laboradas,
equivalendo a 110 horas mensais.
Jornada Intermitente: Pode ser conhecida, também, como “freelancer”, e se
caracteriza por contrato de trabalho em que a prestação de serviços não é contínua.
Jornada parcial: é estabelecida por um contrato de trabalho de no máximo 30 horas
semanais.
Escala de Trabalho 4x2 – Essa escala é realizada por quatro turnos de 11 horas
seguidos, com dois dias de descanso. O que faz com que o funcionário atue por vinte
dias de cada mês e folgue por dez dias, totalizando 220 horas de trabalho, com direito
à remuneração de 30 horas extras.
Escala 5x1 – Nessa escala, o trabalhador atua por cinco dias consecutivos e folga um.
A jornada de trabalho diária costuma ser de 7 horas e 20 minutos, e ao menos um
domingo deve ser garantido como descanso. Vale lembrar que essa escala só pode
ser aplicada por meio de convenção coletiva de trabalho ou acordada com o
funcionário por contrato.
Escala 5x2 – Essa é uma escala bastante comum às empresas que não atuam aos
sábados, assim, os trabalhadores fazem as 44 horas semanais durante cinco dias de 8
horas e 48 minutos e, assim, folgam aos finais de semanas.
No entanto, nessa escala, os trabalhadores também podem ter suas folgas de forma
intermitente, desde que trabalhem no máximo cinco dias por semana.
Escala 6x1 – Essa escala é bem aplicada ao tipo de jornada normal, sugerida pela
CLT, com seis dias de trabalho e uma folga aos domingos. Entretanto, essa folga pode
ser alternada para qualquer outro dia da semana, mas nesse caso, o trabalhador tem
direito a um domingo de descanso a cada sete semanas.
No entanto, nessa escala, os trabalhadores também podem ter suas folgas de forma
intermitente, desde que trabalhem no máximo cinco dias por semana.
Escala 12x36 – Nesse esquema, o funcionário trabalha por 12 horas e tem direito à 36
horas de descanso ininterruptas. Essa é mais uma escala que só pode ser aplicada
por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho.
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No entanto, nessa escala, os trabalhadores também podem ter suas folgas de forma
intermitente, desde que trabalhem no máximo cinco dias por semana.
Vejamos essas duas situações: A primeira corrente advoga que a remuneração é igual
à soma das comissões recebidas na semana divididas pelo número de dias úteis
nessa mesma semana.
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Logo: Se um empregado comissionista recebeu R$ 500 em comissões em uma
semana com seis dias úteis, na qual trabalhou apenas cinco, basta dividir R$ 500 por
6 para obter um Descanso Semanal Remunerado de R$ 83,33.
A segunda corrente prega que a remuneração é igual à soma das comissões
recebidas na semana dividias pelo número de dias trabalhados na semana,
independentemente do número de dias úteis.
Jornada Noturna
Alguns empregadores precisam que seus funcionários trabalhem no período noturno.
Isso é comum na indústria, no setor de saúde, no segmento de entretenimento, dentre
outros.
Hora ficta (hora noturna) – A hora ficta, ou hora noturna, conforme art. 73 da CLT, tem
a extensão de 52 minutos e 30 segundos, ao contrário da hora diurna que possui 60
minutos. Ou seja, os trabalhadores que realizam suas atividades no período noturno
recebem o valor de uma hora de trabalho a cada 52 minutos e 30 segundos
trabalhados. Isso faz com que uma jornada de 8h durante o dia corresponda a uma
jornada de 7h durante o período noturno.
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Hora Extra – Em suma, toda hora excedente, além da sua jornada de trabalho normal
é considerada como hora extra e conforme art. 59, § 1º da CLT, o empregado tem
direito ao pagamento de hora extra com acréscimo de, no mínimo, 50%, de segunda a
sexta-feira, e 100% aos domingos e feriados.
Para calcular a hora extra, primeiro você deve ter em mãos o valor da hora trabalhada
do colaborador. Este cálculo é simples, basta dividir o salário do colaborador pela sua
carga horária mensal. Para ilustrar, vamos considerar o salário-mínimo e a carga
horária máxima estipulada pela CLT. Ou seja, R$ 1.045 e 220 horas mensais.
O cálculo fica assim: 1.045 ÷ 220 = R$ 4,75 reais por hora trabalhada. Agora, com o
valor da hora trabalhada, podemos calcular a hora extra propriamente dita. Para isso,
faremos duas simulações:
Com base nessa informação e ainda considerando R$ 4,75, o valor da hora do salário-
mínimo, e imaginando que o colaborador tenha realizado 7 horas extras no mês,
teríamos:
- 1.045 ÷ 220 = R$ 4,75 (por hora trabalhada.)
- 50% de 4,75 = R$ 2,37 (adicional de 50%)
- 4,75 (por hora trabalhada.) + R$ 2,37 (adicional de 50%) = R$ 7,12 (valor da hora
extra)
- 7,12 (valor da hora extra) x 7 (horas extras trabalhadas) = R$ 49,87
Logo, nesse mês o funcionário receberá R$ 49,87 a título de horas extras de 50%.
2) Hora extra em domingos e feriados. Toda vez que o funcionário trabalha aos
domingos ou feriados, tem o direto a um adicional de, no mínimo, 100% sobre o valor
da hora normal. Com base nessa informação e ainda considerando R$ 4,75, o valor da
hora do salário-mínimo, imaginando que o colaborador tenha realizado 6 horas extras
no mês, teríamos:
» 1.045 ÷ 220 = R$ 4,75 (por hora trabalhada.)
» 100% de 4,75 = R$ 4,75 (adicional de 100%)
» 4,75 (por hora trabalhada) + R$ 4,75 (adicional de 100%) = R$ 9,50 (valor da hora
extra)
» 9,50 (valor da hora extra) x 10 (horas extras trabalhadas) = R$ 95,00
Logo, nesse mês o funcionário receberá R$ 95,00 a título de horas extras de 100%.
A Hora Extra Noturna – Nesse caso, a porcentagem da hora extra também depende
do dia da semana. No exemplo, imaginamos que o tempo adicional foi trabalhado
durante os dias úteis. Porém, caso tenha sido em feriados ou finais de semana, deve-
se considerar 100%, ao invés de 50.
69
Em geral, esse adicional é de 20% acima da hora comum. Porém, também depende
do sindicato da área.
Processo Admissional
No módulo 4, quando falamos do registro trabalhista, mencionamos como o processo
admissional deve ser conduzido e os principais documentos exigidos. Neste trecho,
iremos resgatar alguns dos pontos vistos para detalhar os cuidados e os deveres que
o profissional de RH deverá ter em cada uma das etapas em observância a legislação
pertinente.
A admissão de funcionários, também conhecido como onboarding, é o conjunto de
procedimentos para formalizar a contratação de um novo colaborador na empresa. A
lei que rege o processo de admissão de funcionários é regida pela CLT e determina os
direitos e os deveres que as empresas e os empregados devem seguir.
70
Antes de tratar das etapas do processo de admissão, é importante conhecermos os
principais tipos de contrato de trabalho, pois cada um deles é regulado por um ou mais
artigos da CLT.
A CLT define em seu art. 442: o contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou
expresso, correspondente à relação de emprego. Apesar de haver a possibilidade de
acordo verbal e baseado na confiança entre ambas as partes e sem a presença de um
documento que comprove tal ação, as práticas presentes na maioria das empresas
preveem o contrato escrito. A seguir apresentaremos os principais tipos de contrato
individual de trabalho vigentes na atualidade.
Todo empregado em experiência deve ser registrado na empresa e ter sua Carteira de
Trabalho anotada. Conforme determina o § único do art. 445 CLT O contrato de
experiência não poderá exceder de 90 dias, e de acordo com o art. 451 (O contrato de
trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de
uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo), pode ser prorrogado uma vez
desde que esse prazo seja respeitado. Significa dizer que o prazo de experiência
poderá ser dividido em períodos.
Dessa forma, a empresa firma o contrato com um único período de experiência de até
90 dias, ou com período de experiência inicial de 20 dias e depois prorrogá-lo por mais
70, ou começar com 30 e depois renovar por mais 60 dias. Ou pode negociar com o
trabalhador que o contrato por experiência será de 45 dias com prorrogação de mais
45 dias, ou pode usar outra combinação de períodos que melhor lhe convier. Em todos
os casos, a renovação tem de ser feita obrigatoriamente por escrito, em contrato.
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Terminado o primeiro período da experiência, o contratante deverá avaliar se prorroga,
efetiva ou desliga o funcionário.
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documento precisa ser firmado entre as partes até o último dia do primeiro período de
experiência.
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De outro lado, a empresa também pode optar por não renovar o contrato de
experiência. Nesse caso, precisará comunicar o trabalhador formalmente até o último
dia do período de experiência. Para esse fim, poderá usar o modelo a seguir para
informar o encerramento da experiência. Esse mesmo formulário poderá ser utilizado
tanto ao término do primeiro do período quanto do segundo.
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B) Contrato por Prazo Determinado – É um tipo de contrato de trabalho em que a
duração é prefixada, ou seja, o colaborador já sabe quando ele será rescindido no
momento da contratação. O contrato por prazo determinado não pode exceder a
duração de dois anos. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
esse contrato é válido nas seguintes hipóteses: -contratação de serviço cuja natureza
justifique a predeterminação do prazo do contrato; -contratação de atividades
empresariais de caráter transitório; -contratação de colaborador em caráter de
experiência. É importante destacar que o contrato de trabalho por tempo determinado
não garante ao trabalhador o recebimento de aviso prévio, multa de 40% do Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), bem como Seguro-Desemprego.
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C) Contrato por tempo indeterminado – É o modelo de contrato de trabalho mais
comum, pois não existe um período preestabelecido de vigência. Quando finalizado o
contrato de experiência (e não havendo dispensa por parte do empregador ou o
pedido de dispensa por parte do funcionário), inicia-se o período de contrato por tempo
indeterminado. Portanto, caso não haja rescisão após o período de experiência, o
contrato automaticamente passa a ser indeterminado. Em regra, a maioria dos
contratos tem duração indeterminada. É definida apenas uma data de início para as
atividades profissionais, mas a rescisão pode ocorrer a qualquer momento desde que
haja aviso prévio de uma das partes (empregador ou funcionário). Em situações
assim, quando não há falha na conduta do colaborador (justa causa ou culpa
recíproca), o trabalhador tem assegurado o direito ao recebimento de 40% de multa
sobre o valor do FGTS, Seguro-Desemprego e aviso prévio. Com a Reforma
Trabalhista de 2017, poderá ser feito acordo entre a empresa e o trabalhador, para
finalizar o contrato. A partir dessa decisão, então, a organização deve pagar ao
funcionário a metade do aviso prévio e a metade da multa dos 40% sobre o saldo do
FGTS.
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D) Contrato de trabalho temporário – É considerado como temporário o trabalho
prestado por pessoa física, visando o atendimento a uma necessidade transitória de
substituição do quadro de pessoal ou pelo aumento de serviços.
Seguindo o que está previsto em lei, o empregado temporário deve ter os mesmos
direitos do empregado efetivo, o que inclui a assinatura da sua carteira de trabalho,
pagamento dentro do salário da categoria, jornada de trabalho diária de 8 horas,
quitação de horas extras (se esse for o caso), vale-transporte, adicionais, dentre
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outros benefícios. Além disso, o profissional temporário também deve ter à disposição
as mesmas ferramentas de um trabalhador convencional no cotidiano da empresa,
como, por exemplo, a utilização de refeitórios, armários e dependências internas.
A empresa contratante é responsável por zelar para que esse profissional trabalhe em
um ambiente com condições seguras, saudáveis e higiênicas. O uniforme, caso esteja
dentro dos parâmetros da contratação, também deve ser cedido pelo empregador.
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Esse modelo de contrato pode ser efetivado com prazo determinado, indeterminado,
temporário, eventual ou intermitente, assim como se aplica ao jovem aprendiz e
estagiário. A sua característica principal é o exercício da função fora das
dependências da contratante.
G) Jovem aprendiz
A Lei N.º 10.097, de 19 de dezembro de 2000, conferiu aos jovens com idade entre 14
e 18 anos a oportunidade de iniciar sua carreira no mercado de trabalho como Jovem
aprendiz. Já no dia 23 de setembro de 2005, entrou em vigor a Lei 11.180 que, por
meio do seu artigo 18, elevou o limite etário do aprendiz de 18 até 24 anos.
Nessa modalidade de contrato, é possível capacitar o jovem para o trabalho e
combinar formações práticas e teóricas para o seu desenvolvimento profissional que
durará até dois anos no total.
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H) Estágio
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I) Contrato intermitente
Também nesse tipo de contrato, o trabalhador fará jus a direitos como férias, FGTS,
13º salário de forma proporcional ao trabalhado pelo colaborador.
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J) Pessoa Jurídica
As informações mais importantes do contrato também constarão na carteira de
trabalho e previdência social. A partir da entrega do documento, a empresa terá 48
horas para registrar as informações as seguintes informações:
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Nesse caso, não são concedidos os direitos relativos ao modelo de CLT, mas tanto
funcionário como empregador gozam de algumas vantagens como flexibilidade de
horários e personalização em acordos.
Lembre-se também de que é possível negociar tudo o que não for proibido pela
legislação. Prêmios, comissões, planos de saúde e outros benefícios podem compor
as cláusulas do contrato. Além disso, o termo é uma boa oportunidade para informar
as regras de conduta da empresa.
2º Anotar a CTPS
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etiquetas e colar no local indicado na carteira de trabalho, evitando assim informações
confusas ou o trabalho de escrever à mão.
Exame Admissional
Para garantir o cumprimento da legislação trabalhista, é importante que o profissional
de RH conheça como a lei orienta a realização do exame admissional. O art. 168 da
CLT, define com bastante clareza que esse exame médico, assim como outros
durante a relação de emprego, são obrigatórios e devem correr por conta do
empregador. O artigo detalha ainda os tipos de exames e testes que devem ser feitos.
Exames como o de visão e audição não são obrigatórios a todas as funções, apenas
se exigidos para os cargos e de acordo com a Norma Regulamentadora. No entanto,
em qualquer função, exames como o de gravidez ou HIV não podem ser solicitados. O
principal objetivo é comprovar se o profissional está realmente apto para exercer as
atividades propostas pelo empregador. Vale ressaltar que a avaliação médica deve ser
realizada periodicamente durante a vigência do contrato. O exame admissional é um
benefício de mão dupla, já que promove uma jornada mais segura para contratante e
contratado. Enquanto a empresa fica com a certeza de que o candidato não tem
nenhuma doença pré-existente, o futuro colaborador garante seus direitos
indenizatórios.
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Benefícios de um Processo de Admissão Bem Estruturado
A organização do fluxo de documentos, das etapas que deverá efetivar e dos prazos
que deverá cumprir, torna o processo de admissão mais eficiente e favorece os
objetivos da empresa. Há, pelo menos, cinco vantagens que podemos perceber com
certa facilidade:
1) Redução dos Custos; 2) Minimizar o risco jurídico; 3) Apoia o desenvolvimento das
estratégias do negócio; 4) Reduzir o turnover; 5) Contribui para a imagem da empresa.
4) Errar nas etapas anteriores: tudo o que dá errado nos estágios anteriores
“deságua” na admissão. Logo, um processo de seleção ineficiente será a porta de
entrada para uma série de problemas. É o caso de contratações realizadas às pressas
ou que optaram pelo recrutamento tradicional, em que a análise do perfil
comportamental do candidato foi negligenciada.
6) Não ter um plano de integração: a empresa deve deixar claro qual será o papel do
colaborador e esclarecer as normas internas de conduta. Além disso, é importante que
o líder participe do processo, contribuindo para evitar o turnover.
Processo de Desligamento
Baixo desempenho, crises financeiras, condutas inadequadas, entre outros, são
alguns dos motivos que podem levar uma empresa a demitir colaboradores. Da
mesma, forma a qualquer momento qualquer um desses funcionários pedir o seu
desligamento. Como vimos no módulo 4, independentemente do motivo ou da
iniciativa, o processo de desligamento, demissão ou offboarding é um assunto bem
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delicado e deve ser tratado com todo o cuidado para que não gere repercussões
negativas. É fator-chave do sucesso adotar uma política para demissões, a qual define
os procedimentos a serem seguidos, orienta ações e posturas a serem adotadas
durante todo o processo de desligamento de um funcionário: antes, durante e depois.
Antes
Decisão final: o comunicado sobre a demissão ao funcionário deve ser apenas após a
decisão do desligamento ser efetivamente tomada. Portanto, é importante avaliar bem
a situação e ter a certeza que é a melhor alternativa. Tomada a decisão, faça isso o
mais rápido possível, pois a possibilidade de você mudar a forma como trata a pessoa
é bem grande e o funcionário que será desligado facilmente perceberá e isso poderá
causar constrangimentos para todo mundo.
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Proteção da empresa: por mais que um funcionário desligado seja considerado
confiável e seja muito conhecido por sua equipe, a empresa precisa tomar todos os
cuidados no processo de demissão. Realize backups de todos os arquivos do ex-
empregado antes de comunicar a demissão e suspenda seu acesso às informações
da organização. Após a demissão efetivada, é importante desvincular o acesso físico e
eletrônico do funcionário.
Durante
Não contrate empresas terceirizadas: o processo de desligamento de um
funcionário é uma tarefa muito pessoal e não deve ser delegado a outro departamento
ou empresa terceirizada, deve ser feita pelo chefe direto do funcionário com o auxílio
do RH da própria empresa.
Após
Documente a reunião: o RH deve realizar o registro oficial da reunião para tudo ser o
mais organizado possível.
Comunique toda a equipe: para evitar que rumores se espalhem, é importante que
uma declaração oficial seja realizada pela liderança da equipe, esclarecendo os
motivos do desligamento do colaborador e respondendo as possíveis perguntas que
possam surgir.
Avaliação interna: é importante ressaltar que, na maioria das vezes, o erro não foi
apenas da pessoa demitida, a empresa pode ter sua parcela de culpa em relação a
seus processos, como o procedimento admissional, a motivação da equipe, entre
outros. Portanto, é necessário fazer reflexões. Avalie o que pode melhorar para reduzir
casos futuros de demissão.
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Fatores Impeditivos da Demissão
Durante as dicas que sugerimos para conduzir o processo de desligamento,
mencionamos a importância de o RH consultar previamente se há algum fator que
possa impedir o desligamento que se deseja fazer. De fato, há algumas situações que
geram estabilidade provisória e que impedem a movimentação do funcionário.
A estabilidade no emprego é o direito do empregado em permanecer empregado
durante certo período, mesmo contra a vontade da empresa. Enquanto perdurar, o
trabalhador somente poderá ser despedido por justa causa ou devido a uma situação
especial, que detalharemos mais à frente.
Geralmente, esses casos estão ligados a alguma situação administrativa ou a um
estado de saúde. É preciso se atentar nessas situações para que a empresa não
tenha prejuízos financeiros e até judiciais.
2. Gravidez ou aborto involuntário (art. 391 CLT Não constitui justo motivo para a rescisão do
contrato de trabalho da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de
gravidez.)
3. Dirigente sindical (art. 543 CLT O empregado eleito para cargo de administração sindical ou
representação profissional não poderá, por motivo de serviço, ser impedido do exercício das suas
funções, nem transferido sem causa justificada, a juízo da Comissão Nacional de Sindicalização, para
lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho da comissão ou mandato )
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representação dos trabalhadores e seus suplentes sejam dispensados, desde a
candidatura ao cargo de direção até um ano após o término do mandato.
4. Funcionários em pré-aposentadoria
Os funcionários que estão próximos da aposentadoria não podem ser demitidos. Mas,
essa quarta situação abrange apenas funcionários assistidos em normas e
convenções coletivas da aposentadoria. Os “quase aposentados” têm seu emprego
assegurado por um ou dois anos antes do início da aposentadoria, conforme prevê a
convenção da sua categoria.
A lei prevê algumas situações em que, mesmo estável, o empregado pode ser
demitido:
O primeiro caso diz respeito às situações em que a demissão ocorre por justa causa.
Casos previstos em lei, nos quais o funcionário comete uma falta grave. Nesse caso, é
fundamental que sua empresa mantenha cópias de documentos que comprovem os
fatos que levaram à demissão e comunicações ao funcionário, as quais devem estar
assinadas por ele. Nessas comunicações, ele afirma ter ciência dos fatos que levaram
à sua demissão.
O art. 482 da CLT detalha os motivos que podem levar a demissão por justa causa,
dentre eles as situações mais comuns estão a condenação criminal, embriaguez no
serviço, insubordinação, indisciplina e abandono do emprego.
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4. Pedido do empregado (art. 500 da CLT) O empregado pode renunciar ao período
de estabilidade e solicitar a sua demissão. Como a prerrogativa visa protegê-lo de
demissões injustas e perseguições, não há o que se falar em proteção contra as
atitudes do próprio trabalhador.
Demissões Controvérsias
Existem ainda alguns casos que geram dúvidas na aplicação prática: Portadores do
vírus HIV e Funcionários com depressão (Sumula 443 do TST)
Como toda regra tem sua exceção, o funcionário com depressão que receber
benefício de auxílio-doença do INSS terá direito à estabilidade, conforme
mencionamos acima. Como pudemos observar, muitos fatores podem afetar o seu
processo de demissão e não conhecê-las pode causar prejuízo e dor de cabeça para
sua empresa. Por isso, é importante estar atento a atualizações das leis e a outras
condições que podem constar na convenção coletiva dos trabalhadores que a
empresa emprega, porém, essa decisão precisa ser avisada a outra parte, com pelo
menos, 30 dias de antecedência, isso configura o “aviso prévio”.
Aviso prévio trabalhado Como o nome já indica, o empregado exerce suas funções na
empresa. No entanto, sob algumas condições, dependendo da iniciativa.
A rescisão deve ser paga no primeiro dia útil após o término do contrato de trabalho,
ou seja, após o último dia do aviso do prévio.
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2. Quando o funcionário pede demissão – Caso o funcionário tenha tomado a
iniciativa de se desligar da empresa, deverá cumprir o aviso pelos próximos 30 dias.
Também nesse caso, se ele não trabalhar durante esse período ou faltar, corre o risco
de ter o salário descontado nas quitações da rescisão. A rescisão também é paga, no
dia seguinte ao término do aviso do prévio.
Aviso prévio proporcional – A Lei do Aviso Prévio (Lei nº. 12506/2011) foi
sancionada no dia 11 de outubro de 2011 e altera o aviso prévio de 30 (trinta) dias
para até 90 (noventa) dias em caso de demissão sem justa causa. A lei estabeleceu,
quando devido o aviso, o direito ao acréscimo de três dias para cada ano trabalhado
na empresa, sem prejuízo do período mínimo de 30 dias. No caso de pedido de
demissão, o tempo é fixo e de apenas 30 dias.
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A estabilidade provisória durante o aviso prévio – Assim como acontece durante o
período de contrato de trabalho, a CLT garante ao trabalhador as mesmas condições
de estabilidade provisória durante o aviso prévio.
No caso de gravidez durante esse período, a lei garante à colaboradora estabilidade
no emprego por até cinco meses após o parto. Já para os funcionários que sofreram
algum tipo de acidente de trabalho ou doença ocupacional ao longo do aviso, têm sua
estabilidade garantida pelo período de um ano.
Tipos de Desligamento
Antes da CLT sofrer as últimas atualizações alterações, existiam acordos trabalhistas
entre empregado e empresa, mas com a atualização das leis trabalhistas os processos
de desligamento se tornaram mais exigentes. Confira a seguir as principais formas de
desligamento em vigor no país atualmente.
1. Demissão por justa causa (art. 482 da CLT) – Esse processo de demissão ocorre
quando o colaborador comete atos graves que justifiquem seu desligamento da
empresa. Nessa situação, o trabalhador perde praticamente todos os seus direitos,
restando apenas o saldo de salário dos dias trabalhados no mês, eventuais férias
vencidas acrescidas de 1/3 referente ao abono constitucional. Mesmo que um
funcionário tenha cometido uma falha grave que sirva como motivo de sua dispensa, o
empregador não possui o direito de fazer referência ao assunto em sua carteira de
trabalho. O prazo da empresa para realizar o pagamento das verbas rescisórias se dá
até o décimo dia após a notificação de demissão.
Os principais motivos que geram a demissão por justa causa por parte do colaborador
são: Incontinência de conduta ou mau procedimento;
Ato de improbidade; Insubordinação ou indisciplina;
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Embriaguez em serviço; Condenação criminal.
Ainda dentro dessa modalidade demissional, é importante dizer que existe também a
demissão por justa causa que ocorre quando a empresa não cumpre com seus direitos
e obrigações previstos no contrato de trabalho. Os principais motivos que justificam
esse tipo de pedido de demissão por parte do trabalhador são:
Quando esse tipo de rescisão acontece, o empregado tem direito ao aviso prévio,
eventuais férias proporcionais, com acréscimo de 1/3, multa do FGTS, além do
seguro-desemprego.
4. Acordo entre as partes – Essa modalidade não está prevista na CLT, mas é muito
praticada no mercado de trabalho. Ela ocorre quando o colaborador quer ser demitido
por alguma razão, mas não a empresa não quer dispensá-lo.
Para manterem uma boa relação, o empregador e o empregado entram em um acordo
e combinam uma demissão sem justa causa, porém, com condições diferentes. O
colaborador saca o seu Fundo de Garantia, mas devolve a multa à empresa, para que
ela não fique no prejuízo.
100
aviso prévio, 20% da multa do Fundo de Garantia e a possibilidade de movimentação
de até 80% do saldo do FGTS. Mas, por outro lado, o empregado perde o direito de
receber o seguro-desemprego.
Recisão Contratual
No primeiro dia útil após o cumprimento do aviso prévio, a empresa deve realizar o
pagamento das verbas de rescisão:
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