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Biografia

Nascido Sigmund Schlomo Freud (em 1877 abreviou seu nome), aos quatro
anos de idade sua família transferiu-se para Viena por problemas financeiros.
Morou em Viena até 1938, quando, com a vinda do nazismo (Freud era judeu),
foge para a Inglaterra. Era um excelente aluno, porém, por ser judeu, só
poderia escolher entre os cursos de Direito ou Medicina, optando por este
último.

Sigmund Freud é filho de Jacob Freud e de sua terceira mulher Amalie


Nathanson (1835-1930). Jacob, um judeu proveniente da Galiza e comerciante
de lã, muda-se a Viena em 1860. Não recebe do pai uma educação
tradicionalista, embora já bastante jovem o garoto Sigmund tenha se
apaixonado pela cultura hebraica e pelas escrituras hebraicas, em particular
pelo estudo da Bíblia. Este interesse deixou traços evidentes em sua obra.

Os primeiros anos de Freud são pouco conhecidos, já que ele destruíra seus
escritos pessoais em duas ocasiões, a primeira em 1885 e novamente em 1907.
Além disso, seus escritos posteriores foram protegidos cuidadosamente nos
Arquivos de Sigmund Freud, aos quais só tinham acesso Ernest Jones (seu
biógrafo oficial) e uns poucos membros do círculo da psicanálise. O trabalho
de Jeffrey Moussaieff Masson pôs alguma luz sobre a natureza do material
oculto.

Freud teve seis filhos (Mathilde, 1887; Jean-Martin, 1889; Olivier, 1891; Ernst,
1892; Sophie, 1893; Anna, 1895). Um deles, Martin Freud, escreveu uma
memória intitulada Freud: Homem e Pai, na qual descreve o pai como um
homem reservado, porém, amável, que trabalhava extremamente longas
horas, mas que adorava ficar com suas crianças durante as férias de verão.

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Anna Freud, filha de Freud, foi também uma psicanalista destacada,
particularmente no campo do tratamento de crianças e do desenvolvimento
psicológico. Sigmund Freud foi avô do pintor Lucian Freud e do ator e escritor
Clement Freud, e bisavô da jornalista Emma Freud, da desenhista de moda
Bella Freud e do relacionador público Matthew Freud.

Por sua vida inteira Freud teve problemas financeiros. Josef Breuer foi um
aliado de Freud em suas idéias e também um aliado financeiro.

Nos tempos do nazismo, Freud perdeu quatro irmãs (Rosa, Dolfi, Paula, e
Marie Freud). Embora Marie Bonaparte tenha tentado retirá-las do país, elas
foram impedidas de sair de Viena pelas autoridades nazistas (fonte) e
morreram nos campos de concentração de Auschwitz e de Theresienstadt.

Divisão do Inconsciente

Freud procurou uma explicação à forma de operar do inconsciente, propondo


uma estrutura particular. No primeiro tópico de sua teoria ele estava
preocupado em estudar o que levava à formação dos sintomas psicossomáticos
(principalmente a histeria, por isso apenas os conceitos de inconsciente, pré-
consciente e consciente eram suficientes. Quando sua preocupação se virou
para a forma como a repressão ocorria ele descobriu a existência do id, do
ego e do superego.

 O id representa os processos primitivos do pensamento e constitui,


segundo Freud, o reservatório das pulsões, dessa forma toda energia
envolvida na actividade humana seria advinda do id e, portanto, de
origem sexual. O id é responsável pelas demandas mais primitivas e
perversas.
 O superego, a parte que contra-age ao id, representa os pensamentos
morais e éticos internalizados.

 O ego permanece entre ambos, alternando nossas necessidades


primitivas e nossas crenças éticas e morais. É a instância na que se
inclui a consciência. Um eu saudável proporciona a habilidade para
adaptar-se à realidade e interagir com o mundo exterior de uma
maneira que seja cômoda para o id e o superego.

Freud estava especialmente interessado na dinâmica destas três partes da


mente. Argumentou que essa relação é influenciada por factores ou energias
inatas, que chamou de pulsões. Descreveu duas pulsões antagónicas: Eros,
uma pulsão sexual com tendência à preservação da vida, e Tanatos, a pulsão
da morte, que levaria à segregação de tudo o que é vivo, à destruição. Ambas
as pulsões não agem de forma isolada, estão sempre trabalhando em
conjunto. Como no exemplo de se alimentar, embora haja pulsão de vida
presente, afinal a finalidade de se alimentar é a manutenção da vida, existe
também a pulsão de morte presente, pois é necessário que se destrua o

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alimento antes de ingerí-lo, e aí está presente um elemento agressivo, de
segregação.

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