Você está na página 1de 15

Revolução e

revolta das
vacinas
A bn er N° 1
C es ar N °7
Enz o N ° 10
Ma ri a E dua rda . C N °
Como eram os tempos antes das vacinas
e a
criação da primeira vacina

O m undo a nte s d a va ci na e ra u m mund o d e t ra g éd i as

A fi n a l , q ua n d o p e r d e m o s a l g u é m q u e a m a mo s , v i v e m o s u ma t ra g é d i a . A n t e s d a s
va c i na s , i s s o e ra c o mu m. Pa ra v o c ê c o n s e g u i r c r i a r e s s e c e n á r i o e m s u a c a b e ç a ,
p r e c i s a mo s v o l t a r a t é o a n o d e 1 7 9 6 . M a i s e x a t a me n t e , p a ra o mo m e n t o e m q u e …

… a Va rí ol a fo i de s co be r t a
E n t r e t a n t o, n ã o e ra u m a va r í o l a t ã o f a t a l . N a v e r d a d e , e l a a t i n g i a ma i s o g a d o d o
q u e a s p e s s o a s . M e s m o a s s i m, a s p ú s t u l a s q u e s ur g i a m n a s va c a s p o d i a m i n f e c t a r
o s f a z e nd e i r o s q u e a s t o c a s s e m.

E s s a i n f e c ç ã o, p o r s u a v e z , t i n h a u m r e s u l t a d o b e m s u r p r e e n d e nt e . E m v e z d e
a d o e c e r o s h u ma n o s , e l a g e ra va me m ó r i a i m u no l ó g i c a c o n t ra a va r í o l a h u ma n a .
D e s s a f o r ma , a p r i me i ra va c i n a s u r g i u .
Como seria o mundo atual sem
vacinas?
A r e s p o s t a é b e m s i m p l e s : s e r i a m a i s va z i o. É c l a r o q u e , s o m a d o s à s va c i n a s ,
t e m o s o u t r os b e n e f í c i os h o j e e m d i a p a r a n o s p r o t e g e r. S a n e a m e n t o b á s i c o,
a n ti b i ó ti c o, t ra t a m e n t o d e e s g o t o … Tu d o i s s o g a ra n t e q u e a g e n t e s
m i c ro s c ó p i c os n ã o c a u s e m m a i s e s t r a g o s n a e x i s t ê n c i a h u m a n a .

C o n t u d o, s e m a s va c i n a s , o m u n d o s e r i a m a i s va z i o. Pe n s e e m t o d a s a s d o e n ç a s
p a ra a s q u a i s t e m os va c i n a s a t u a l m e n t e . M e n i n g i t e , s a ra m p o, h e p a t i t e B …
E s s e s , é c l a r o, s ã o a p e n a s a l g u n s p o u q u í s s i m o s e x e m p l o s .

E m o u tra s p a l av ra s , a t a x a d e m o r t a l i d a d e s e r i a a b s u r d a m e n t e m a i or. Te r í a m o s ,
a s s i m , u m p l a n e t a m e n o s p o vo a d o p o r i d o s o s e c r i a n ç a s – e s s e s p a d e c e r i a m
com mais facilidade.

E n e m é s ó d e m o r t e s q u e p o d e m o s f a l a r. Po r e x e m p l o : vo c ê a p r o ve i t a s u a v i d a
a p r o p r i a d a m e n t e q u a n d o e s t á d o e n t e ? C o m c e r t e z a n ã o. S e m a s va c i n a s , e s s e
t e m p o e n f r e n t a n d o u m a d o e n ç a s e r i a m u i t o m a i o r. A l é m d i s s o, d o e n ç a s d e i x a m
consequências.
Como as vacinas são feitas?

O processo de produção de uma vacina é longo. Afi nal, estamos


lidando com vidas. Por essa razão, tudo é rigorosamente checado
para garantir que o resultado fi nal seja absolutamente seguro
para a população.

Por essa razão, a produção de vacina passa por três fases.


1 – Pesquisa

Um a do e n ç a s ur ge . A pó s e ss a co n sta ta çã o, é ho ra de ent en der mais s obr e


e la . O que é o c au sa do r da do en ça ? Qu al a co mpo si çã o do c au sa dor ? Co mo
e le age n o co rp o de um inf ect ado ? Q ue pa r t es do c o rpo s ão a fet ada s? Q ua is
s in to m as e s sa pes so a apr es ent a? S e h á mor te s, po r que e las o co rr em?

N e s sa e tapa , nã o há de tal he que fi que de fo ra. Co m t o das es sa s pe rgu nta s


r e sp on dida s, é po ss ível ent en der qua l a me lho r fo rma de dese nvo lver a
va cin a. N o rmalmen te , sã o us ada s a s par tes do pró prio mi cro rg ani smo
c a usa do r da do en ç a.

Pe s qu is a rea liz ada, o s c ien ti sta s po de m pa r t ir p ara o des envo lvi me nt o da


va cin a.
2 – Desenvolvimento

O d e s e nv o l v i m e n t o d a va c i n a de p e n de do s e u c a u s a d o r – e da s r e s p o s t a s p a ra a s
p e r g u n t a s a n t e r i o r e s . N o s c a s o s do s v í r u s , p o r e xe m p l o, a s va c i na s p o d e m s e r
f e i t a s a p a r t i r d e l e s p r ó p r i o s , e m v e r s õ e s m o r t a s , e m p e d a ç o s o u e n f ra q u e c i d a s .

À s v e z e s , e n t r e t a nt o, o pr o bl e m a n ã o é o m i c r o r g a n i s mo e m s i , m a s a t ox i n a qu e
e l e l i b e ra . L o g o, a va c i n a pr e c i s a n e u t ra l i z a r e s s a t ox i n a . E m o u t r o s c a s o s , o
p r o b l e m a é a q u a n t i da d e de mi c r o r g a n i s m o s e m n o s s o c o r p o. D e s s a f o r m a , o
o b j e t i v o é , e n t ã o, i m p e d i r a s u a mu l t i p l i c a ç ã o.

Po r i s s o, p o r e xe mp l o, n ã o h á a i n d a u m a va c i n a p a ra o H I V. E s s e v í r u s t e m u m
m e c a n i s m o d e e s c a p e d o s i s t e m a i mu no l ó g i c o. O u s e j a , fi c a d e n t r o d e u m a c é l u l a
d e f o r m a q u e o s i s t e ma i mu n o l ó g i c o n ã o i de n t i fi c a . A l é m d i s s o, p o d e p a s s a r de
u m a c é l u l a p a ra o u t ra s e m t e r c o n t a t o c o m o s a n t i c o r p o s e m a ç ã o.
3 – Aprovação

O d e s e n v o l v i m e n t o n ã o é a e t a p a fi n a l d a va c i n a . M u i t o p e l o c o n t r á r i o ! A n t e s d e c h e g a r
à p o p u l a ç ã o, e l a p a s s a p o r d i v e r s o s t e s t e s q u e g a r a n t e m a s u a e fi c á c i a e s e g u r a n ç a .
Os testes, por sua vez, são:

• Te s t e s e m a n i m a i s : c h e c a m s e h á a l g u m c o m p o n e n t e t ó x i c o d e m a i s e s e g e ra m
resposta do sistema imunológico;

• Te s t e s c o m 1 0 a 1 0 0 p e s s o a s : a va l i a m a r e a ç ã o e m h u m a n o s ;

• Te s t e s e m c e n t e n a s d e p e s s o a s : c h e c a m a d o s e , o e s q u e m a d e va c i n a ç ã o e s e a
va c i n a r e a l m e n t e p r o t e g e c o n t r a a d o e n ç a ;

• Te s t e s e m m i l h õ e s d e p e s s o a s : a p l i c a d o s e m c i d a d e s c o m g r a n d e p o p u l a ç ã o p a r a
t e r m i n a r a a va l i a ç ã o d e e fi c á c i a e s e g u r a n ç a d a va c i n a .
O que foi a Revolta da Vacina

A Revolta da Vacina foi uma revolta de caráter popular que


aconteceu no Rio de Janeiro, em 1904. Sua motivação foi a
insatisfação da população com a campanha de vacinação
obrigatória contra a varíola implantada na cidade por meio de
Oswaldo Cruz. Houve grande destruição material na cidade e
saldo de 31 mortos.
Motivo do ocorrido(Causas)

A Revolta da Vacina teve como principais causas o contexto de


higienização e reforma urbana presente na cidade do Rio de
Janeiro, em conjunção com a campanha obrigatória e forçada de
vacinação da população.
Como terminou a Revolta da Vacina?

Seis dias após ter se iniciado, chegava ao fi m a Revolta da


Vacina, em 16 de novembro de 1904. Em decorrência do
confl ito, o governo suspendeu a obrigatoriedade da vacinação,
declarando estado de sítio. Exército, Marinha e Polícia foram
para as ruas, repreendendo o confl ito, e restabeleceram a ordem
no Rio de Janeiro.

É interessante observar que, durante a Revolta, os militares


tentaram usar a massa popular insatisfeita como um pretexto
para a tentativa de um golpe, que não obteve sucesso, contra o
presidente Rodrigues Alves.
No fi m, a Lei da Vacina Obrigatória teve seu texto modifi cado,
tornando o uso da medicação facultativo. Pouco tempo depois, a varíola
f oi erradicada do Brasil.

Movimentos populares como a Revolta da Vacina ajudam a contar a


história do Brasil, demonstrando o contexto em que estão inseridos e a
maneira como esses confl itos se dão. Mais do que uma insatisfação
contra a Lei da Vacina Obrigatória, a Revolta simboliza o período
conturbado pelo qual passou o Rio de Janeiro, principalmente
pelo caráter higienista e excludente adotado pelos governos da época.

Você também pode gostar