Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Osensaiosdestelivrobuscam, sempretendocomoreferência
teórica ouprismametodológicoasanáliseseprocedimentos
mt W mm _
dialéticosdosprimeirosautoresdaTeoria esclareceros
impactoseproblemassuscitadospelas
m mm — —
particularmentepelo
oucamposdeatividades:nocinema, naliteratura, nasartes,
noensinoenaescola, na vidacotidiana, naproduçãoteóricae
culturalcontemporâneas, naspráticassociaiseatémesmono
Estadoenapráticapolítica.
I SBN i ? â - Ô S - 7 ? 5 1 - C n b - 5
V 788577 510962
CAPES
Bruno Pucci
Renato Franco
Luiz Roberto Gomes
(Organizadores)
eoria Crítica na era digital: de
T safios, l ivro r e su l t an t e d a s at i vi
d a d e s d e p e sq u i sa d o s G e p s Te o
r i a Cr ít i c a e Ed u c a ç ã o ( U n i m e p ,
Uf sc ar ) e Teor i a Cr ít i ca: t e c n o l o gi a,
cul t ur a e f o r m a ç ã o ( Un e sp - Ar ) a l m e
j a, a p ar t i r d e p a r á m e t r o s m e t o d o
l ó gi c o s o r i u n d o s d a s o b r a s d o s a u
t o r e s d a p r i m e i r a g e r a ç ã o d a Te o
ria Cr ít i ca d a So c i e d a d e - q u e i n
cl ui p e n sa d o r e s c o m o Ad o r n o , Hor
k hei m er , M a r c u se e Be n j a m i n - r e
f l et i r so b r e a s q u e st õ e s c a n d e n t e s
e q u a se se m p r e c o m p l e x a s d e c o r
r e n t e s d a d i sse m i n a ç ã o e m e sc a l a
gl o b al d a s r e c e n t e s t e c n o l o gi a s d e
c o m u n i c a ç ã o . N e sse m o v i m e n t o ,
at u al i zam a p e r sp e c t i v a cr ít i ca e r a
d i c al m e n t e i n c o n f o r m i st a e m a n a d a
d a t e o r i a d i a l é t i c a o r i gi n a l m e n t e
c o n c e b i d a p o r t a i s au t o r e s.
N e ssa p e r sp e c t i v a, o s v á r i o s e n
sa i o s n e l e a p r e se n t a d o s a c e i t a m
o d e sa f i o d e q u e st i o n a r a s m a i s v a
r i ad as i m p l i caçõe s da nova t e c n o
l o gi a d i gi t al se m h e si t a ç õ e s e se m
r e c u a r d i a n t e d a e u f o r i a ( q u a se )
ge r a l p o r e l a s su sc i t a d a .
El e s t e n t a m d e l i n e a r o s i m p a c
t o s e p r o b l e m a s su sc i t a d o s p e l a s
t e c n o l o g i a s d i gi t a i s n a s m a i s d i f e
r e n t e s á r e a s o u c a m p o s d e at i vi -
d a d e s, se j a e n c a r a n d o d i r e t a m e n
t e o f e n ô m e n o d a gl o b a l i zaç ã o ,
se j a q u e st i o n a n d o o s c o n c e i t o s d e
t é c n i c a e d e t e c n o l o gi a a f ir n d e
e st a b e l e c e r u m a d i st i n ç ã o cr ít i ca
e f e c u n d a e n t r e e l e s, j á q u e a T e o
r i a Cr ít i c a n ã o se p o si c i o n a c o n t r a
a t écni ca, c o m o m u i t o s i nad ver t i
d a m e n t e c o n c e b e m . Co m c o r a ge m
ci vi l - r e q u i si t o p r é v i o p a r a a r ef l e
x ã o i n q u i e t a e e sc l a r e c e d o r a - r e
f l e t e m a i n d a so b r e o i m p a c t o c a u
sa d o p e l o u n i v e r so d i gi t al n o c i n e
m a, n a l i t e r a t u r a, n a s a r t e s, n o
e n si n o e n a v i d a e sc o l ar , n a v i d a
c o t i d i an a, na i n f ân ci a, na p r o d u ç ã o
t e ó r i c a e c u l t u r al c o n t e m p o r â n e a s,
n a s p r á t i c a s so c i a i s e a t é m e sm o
n a p o l ít i c a e n a c o n f i g u r a ç ã o d o
Est a d o Be l i ge r a n t e - n o â m b i t o d o
q u a l a s t e c n o l o g i a s d i gi t a i s r eve
l am se r p o d e r o so i n st r u m e n t o , j á
q u e p o ssi b i l i t a m t a n t o n o v a c o n f i
g u r a ç ã o d a a t i v i d a d e m i l i t ar e d a
gu e r r a q u a n t o o c o n t r o l e gl o b a l d a
v i d a so c i a l .
Enf i m , o s e n sa i o s d e sse l ivro pi o
n e i r o e i n st i ga n t e p r o c u r a m a p o n
t a r e i n t e r p r e t ar o s a sp e c t o s c o n
t r a d i t ó r i o s d o u n i v e r so d i gi t al a f i m
d e ver if icar em q u e m e d i d a e l e s
a p r e se n t a m u m p o t e n c i al e m a n c i -
p at ór i o ou se, a o cont r ár i o, r ef or çam
a a d a p t a ç ã o r e p r e ssi v a o u a s f or
ç a s so c i a i s h o st i s, r e sp o n sá v e i s
pela m a n u t e n ç ã o da b ar b ár i e no
p r e se n t e .
R en a t o Fr an c o
T EO RIA CRIT ICA NA ERA DIGITAL:
DESA FIO S
Copyright © 2014, dos autores
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL, DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
Γ Ϊ 288
Teoria crítica na era digital desafios / organização Bruno Pucci. Renato Franco,
Lui/ Roberto Gomes 1. cd. Sao Paulo: Nankin. 2014.
312 p, : il.; 23 cm. íTeoria crítica; I)
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-7751-096-2
NANKIN EDITORIAL
Rua Tabatinguera, 140, 8Uandar,
conj. 803 - Centro - São Paulo
CEP 01020-000
Tel. (0 * * 1 1 ) 3106-7567, 3105-0261
Fax (0 * * 1 1 )3 1 0 4 -7 0 3 3
www.nankin.com.br
nankin@nankin. com. br
2014
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Br u n o Pu c c i
R en a t o Fr an c o
L u i z R o b er t o G o mes
( Or gan i zad o r e s)
1. Gl o b a l i za ç ã o na e r a d i g i t a l . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
O sw al do G iac ó ia J u nio r
2. T e o r i a c r ít i c a , t é c n i c a e t e c n o l o g i a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Mar il ia M el l o Pisani
3. T h e o d o r A d o r n o e a f r i e z a b u r gu e sa e m t e m p o s d e
t e c n o l o g i a s d i g i t a i s. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Br u no Puc ci
4. L e m b r a n ç a s d a i n f â n c i a e h i st ó r i a d e v i d a e m Inf ânci a em
Ber l i m d e W a l t e r Be n j a m i n : c o n t r a st e c o m a s n a r r a t i v a s d a
r e d e so c i a l . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
SlEGLINDE JORNITZ
5. O Est a d o b e l i g e r a n t e e a t e c n o l o g i a d i g i t a l . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Débo r a C. Car v al h o
6. O c c u p y T e c h n o l o gy : u m a l e i t u r a m a r c u se a n a d a r e l a ç ã o
e n t r e t e c n o l o g i a e o p o t e n c i a l p a r a m u d a n ç a so c i a l . . . . . . . . . . 95
A r n o l d L. Far r
7. Míd i a , t e c n o l o g i a e r e c u sa : o d e sa f i o à
e d u c a ç ã o de M a r c u se . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
Ro bespier r e de O l iv eir a
8. Co n t r i b u i ç ã o a c r ít i c a d e c i n e m a: o n e ga t i v o r e v e l a d o
ent r e o novo e o v e l h o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Gust avo Chât aignier Gadel h a
9. A e m a n c i p a ç ã o d as i m a ge n s f íl m i c a s: m o n t a ge m e m
T h e o d o r W. Ad o r n o e Al e x a n d e r K l u g e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141
YosHiKAZu T akemine
10. A t e o r i a d o f i l m e d e Al e x a n d e r Kl u ge r e c o n st r u íd a c o m o
“ t eoria d i d át i c a” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151
Mar io n Po l l manns
11. Me m ó r i a e e l a b o r a ç ã o d o p a ssa d o n o c i n e m a d e
Al e x a n d e r Kl u ge e na f i l o so f i a d e T h e o d o r Ad o r n o . . . . . . . . 171
Ro bso n Lo u r eir o
12. Al e x a n d e r Kl u ge : o q u e n o s se p a r a d o p a ssa d o n ão é
um a b i sm o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197
J o sé Pedr o A nt unes
14. Cr o n o s a c o r r e n t a d o ? No t as so b r e a t e m p o r a l i d a d e na
c u l t u r a d i g i t a l . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225
A r i Fer nando Maia
16. Mu t a ç õ e s na p r á t i c a c r í t i c a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 249
Fabio A kcel r ud Dur ão
17. No v a s m íd i a s e i d e o l o gi a: so b r e a c r ít i c a d o
e sc l a r e c i m e n t o d i g i t a l i z a d o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265
W o l f g ang Fr it z Bo ck
18. A v i d a m o r a l é p o ssív e l ? Re f l e x õ e s so b r e u m a q u e st ã o d a
Te o r i a c r i t i c a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291
Do u g l as Gar c ia A l ves J unio r
Eduar do G u e r r e ir o B r it o L o sso
Un i ve r si d ad e Fed er ai Rur al do Rio de Janei r o (UFRRJ)
1. I n t r o d u ç ã o
E ssas p alav ras to cam precisam ente no núcleo da questão e m erecem ser
c o m e n ta d a s em d e ta lh e . E le c o m p a ra o trab alh o de C an d id o e A dorno, o
que é um tan to ex trav ag an te e ao m esm o tem po absolutam ente necessário:
cai para n o ssa d isc u ssã o co m o um a luva. Schw arz está sendo entrevistado
p o r se r um d o s m a io re s c rític o s lite rá rio s b ra sile iro s e. en q u an to tal, foi
um dos p rim eiro s leitores de A dorno em território tropical e serve-se m uito
do lra n k fu rtia n o em seus en saio s. M as ele quer violentar o m otivo m esm o
da e n tre v is ta . S e e la foi fe ita p a ra e n a lte c e r o filó so fo alem ão , ele q u er
c o m p a rá -lo co m o g ran d e c rític o literário brasileiro que foi seu professor,
a fa v o r d o m esm o . T ra ta -s e de um a m era m arcação de terren o ! Sim . p o
rém , p o r m ais g ro sse ira q u e soe, é leg ítim a, p recisam en te pelos m otivos
que fo rn e c e : m e sm o q u e A n to n io C an d id o escrev a no tom m en o r de um
o lh ar c o n c e n tra d o na peri feria e A dorno trabalhe com questões universais,
m esm o q u e C a n d id o d e te n h a -se na literatu ra (ainda que tenha seus traba
Ihos em so c io lo g ia ) e A d o rn o seja um filósofo ex trem am en te eru d ito que
ten h a e sc rito so b re so cio lo g ia, p sican álise, literatura, m ú sica etc.. A dorno
não d i/ a v erd ad e so b re aq u ilo que é o b jeto do investim ento de ( andido e
S ch w arz, p o r m ais que ten h a até aju d ad o o últim o. Por isso. ( andido e seu
fiel alu n o são m ais m odestos e precisos do que A dorno e, co m p arato am en
te sao bem m enos pro blem áticos. N ão scria essa a lò g ica de um “esp ecia-
lisino ' O que o p en sam en to da p e rife ria te n a a d iz e r para o c e n tro é que
o centro deve “ b aix ar a bola” , ser m ais m o d esto e esp e c ífic o ? S ch w arz vai
m a i s longe: a virtude da especificidade dos p eriféricos pode fo rn e cer o rien
ta rã o para a u n iv ersalid ad e que a ela m esm a falta, e n q u a n to que a u n iv e r
salid ad e e u rope ia não se ap lica in te g ra lm e n te em te rritó rio p e rifé ric o . A
inversão é o u sad a sem d eix ar de co n serv ar sua m o d eração . P o d eriam o s até
levar a lógica da arg u m en taçã o a suas ú ltim as c o n se q u ê n c ia s e c o m p le ta r
aq u ilo que o p ro fe sso r b ra sile iro não ch eg o u a e v id e n c ia r, c o n tu d o , é um
d ado im p lícito q u e está c la m a n d o para ser ex p lícito : o q u e falta a A d o rn o
para dar “o rien tação sobre o m u n d o ” está em A n to n io C an d id o . É só saber
retirar dali. P orém , nem C a n d id o nem m esm o S c h w a rz d e ra m esse novo
passo. A obra de Schw arz foi um aprofundam ento dos cam inhos abertos pelo
seu professor na leitura da periferia. Ele está d izen d o isso para os q u e virão.
í) apelo se ju stifica, e. ao que tudo indica, alg u n s n o m es e stã o se aven-
y»
3. I n f e r n o e m p í r i c o