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AUTO-HEMOTERAPIA

Rafae l Chagas de P a ul a 1

Res umo: A M ed icina T er ap êutica tem cada v ez mais av an çado cien tificamen te
em suas técn icas con tr a p ossív eis do enças ou agentes in feccio sos . Ho je uma d as
terap ias mais conh ecid as, p orém s em aceitação d en tr e o s p ro fiss ion ais d a saúd e , é
a u tiliz ação da Hemo ter ap ia co mo meio de tr atamen to e p rev enção d ian te d e
en fermid ad es , d esd e u m p equ en o res fr iado até o con tro le do D iab etes o u até
mesmo taxas d e Co lestero l irr egu lar es . E é assim que p odemo s e qu er emos ter um
maior d esenv olv imen to cien tí fico p rin cip almen te n a ár ea d a p reven ção , atr av és d a
Auto- hemo terap ia, qu e é u ma técn ica ráp ida, fácil e d e b aixo cus to e qu e nos
p rop orcion a um maior p rogres so e manu ten ção d a saúd e em p ouco temp o d e
ap licação, p ois a saúde, qu e no Br asil é cur ativa, tem qu e p assar a ser p rev en tiv a .

P a l a v ra s - C h a v e : M e d i c i n a T erap êu t ica , H e mo t e r a p i a , T r a t a m e nt o ,
P r e ve n ç ã o , S a ú d e .

1 - INTRODUÇÃO
A A u t o - he m o t e r a p i a é u m a t é c n i c a q u e c o n s i s t e n a r e t ir a d a d o
p r ó p r io s a ng u e d o p a c i e nt e e a p l i c a ç ã o no mú s c u l o d o me s mo , o q u e
e s t i m u l a u m a u m e nt o na p r o d u ç ã o d a s c é l u l a s r e s p o n s á v e i s p e l a d e f e s a
o u l i m p e z a d o o r g a n i s mo , o s m a c r ó fa g o s .

N e s t e a r t ig o bu s c a mo s a t r a v é s d e i n fo r m a ç õ e s e r e l a t o s d e p e s s o a s
e a l g u n s m é d i c o s u m a no va fo r m a o u t é c n i c a d e t e r a p i a m é d i c a , c o mo
t a m bé m r e s u lt a d o s d e e x a m e s l a bo r a t o r ia i s r e a l i z a d o s a nt e s e d e p o i s d a
a p l i c a ç ã o d a h e mo t e r a p i a .

C o mo j á fo i d it o , o s ma c r ó fa g o s r e s p o ns á v e i s p e l a l i m p e z a d e
t udo , elimina m a s bact ér ia s, o s vír us, as cé lu la s c a ncero sa s, fa ze m u ma
l i m p e z a t o t a l, i n c l u s i v e a f i b r i n a q u e é o s a ng u e c o a g u l a d o . O a u m e nt o
d a p r o d u ç ã o d e m a c r ó f a g o s é d a d o p e l a m e d u l a ó s s e a , q u a nd o o s a ng u e
a p l i c a d o no m ú s c u lo f u n c i o na c o mo u m c o r p o e s t r a n ho e q u e é r e j e it a d o
p e lo S i s t e m a R e t í c u l o E n d o t e l i a l ( S R E ) . S e n d o a s s i m o S R E s e r á
s e m p r e a t i v a d o e nq u a nt o ho u ve r s a ng u e no m ú s c u lo , p o r vo lt a d e a t é
c i n c o d i a s , o nd e t e r m i n a e s s a a t i v a ç ã o m á x i m a .

N o r ma l m e nt e é e nc o nt r a d o 5 % d e m a c r ó fa g o s no s a ng u e , e c o m a
a u t o - he mo t e r a p i a e s s a t a x a é e l e v a d a p a r a 2 2 % d u r a nt e 5 d i a s , e d o
q u i nt o a o s é t i mo d i a e s s a t a x a c o m e ç a a d i m i n u i r , p o i s o s a n g u e
i n j e t a d o e s t á t e r m i n a n d o no mú s c u lo , d a í a r a z ã o d a t é c n i c a s e r r e p e t id a
d e 7 e m 7 d i a s , r e s u lt a nd o s i m p l e s m e n t e nu m e s t í m u lo i m u no ló g i c o .

A s d o e nç a s i n f e c c i o s a s , a l é r g i c a s , a u t o - i m u n e s , o s c o r p o s
e s t r a n ho s c o mo o s c i s t o s o va r i a no s , m i o m a s , a s o b s t r u ç õ e s d e va s o s
s a n g u í n e o s s ã o c o m b a t id a s p e lo s m a c r ó fa g o s , q u e q u a d r u p l i c a d o s

1
Graduado em Biomedicina pela Unipac – Universidade Presidente Antônio Carlos, Faculdade de Ciências
Sociais, Letras e Saúde de Uberlândia. Pós-Graduando em Hematologia Clínica, Laboratorial e Molecular pela
Academia de Ciência e Tecnologia de São José do Rio Preto.
c o n s e g u e m a s s i m v e n c e r e s t e s e s t a d o s p a t o ló g i c o s o u p e l o m e no s ,
a br a n d á - lo s . N o c a s o p a r t ic u l a r d a s d o e nç a s a u t o - i m u n e s a a u t o -
a g r e s s ã o d e c o r r e nt e d a p e r ve r s ã o d o S i s t e m a I m u no ló g i c o é d e s v i a d a
p a r a o s a ng u e a p l i c a d o no m ú s c u lo , m e l h o r a nd o a s s i m o p a c i e nt e .

E m 1 9 2 4 , a p a r t ir d e u m a t e s e d e d o u t o r a d o a p r e s e nt a d a p e l o D r .
A l b e r t o C a r lo s D a v i d n a F a c u l d a d e d e M e d i c i n a d a U n i v e r s i d a d e d o
P o r t o , P o r t u g a l, é c o m p r o va d o q u e a t é c n i c a é u s a d a d e s d e a p r i m e i r a
m e t a d e d o s é c u lo X I X e a p r e s e nt a c a s o s q u e c o mp r o va m a c u r a a t r a vé s
do seu uso .

“A au to-h emo ter ap ia ap resen ta sob re os método s congêner es a


van tagem d a simp licid ad e d a su a técn ica; A p er sistência n o
tr atamen to mesmo ap ó s a cur a é u ma causa essen cial p ar a se
ob ter em b ons r esu ltados; A au to -h emo terap ia na qu as e
to talid ad e dos caso s n ão tem acid en tes e qu ando o s tem são d e
p ouca imp or tância e d e p equ ena dur ação; A p atog enia d a au to -
hemoter ap ia é aind a desconhecid a .” (Dr. Alb erto C arlos Dav id ,
http ://rep osito rio-ab er to .up .p t/hand le/1 0216/17607 )

2 – R E L A T O S E R E SU L T A D O S

E x i s t e m m i l h a r e s d e u s u á r i o s q u e s e p r o nu n c i a m a t r a vé s d e
fó r u n s , s it e s , b lo g s e i m p r e n s a , r e l a t a nd o s o br e a t é c n i c a u t i l i z a d a e
s e u s r e s u lt a d o s o bt i d o s e m p o u c o t e mp o . Aq u i va m o s r e l a t a r a l g u n s . U m
d e p o i m e nt o ba s t a nt e c o m e nt a d o fo i o d e D . A lt i v a , d e 8 4 a no s , q u e f a z
a t e r a p i a há t r ê s a no s s e m p a r a r e d i z t e r mu i t a a l e g r i a . E l e r e a l i z a a
cad a c inco d ia s a t éc n ica, se nd o sua d o se de 1 0 ml, o que po ssib ilit o u a
mo r t e d e u m c â nc e r ba s o c e l u l a r , m e l h o r o u a p e l e e o f u nc io na m e nt o d o
c o r a ç ã o . N u nc a g r i p o u , m e s mo s e m t o m a r a v a c i n a . E nu n c a t e v e
n e n hu m e f e it o ne g a t i vo c o m a s a p l i c a ç õ e s .

O u t r a u s u á r i a é M a r i a R a i m u n d a d e O l i v e i r a , 5 5 a no s , r e v e l a q u e
a t r ê s a no s s o fr i a c o m a r t r o s e s q u a s e e m t o d a s a s j u nt a s , c o n d r o ma l a c i a
no s j o e l ho s , e a l g o m u it o s é r i o no s p u l s o s q u e i m p e d i a d e s e g u r a r a t é
me smo u ma ca ixa de sa bão e m pó . Ela in ic io u a s ap lic a çõ es e u m d ia
q u a nd o s o fr e u u m a q u e d a e m s u a c a s a e f i c o u c o m d o r e s no s br a ç o s , fo i
a o mé d i c o e e l e p e d i u e x a m e s e e nt ã o nã o fo r a m d e t e c t a d o s o s
p r o b l e m a s q u e e r a m p r e s e nt e s n a s a r t i c u l a ç õ e s d o s br a ç o s , e r e p e t i n d o
o s e xa m e s , ho u ve a c o n f i r m a ç ã o d e q u e nã o h a v i a m a i s n a d a no s b r a ç o s .
M e s mo a s s i m a i n d a ho j e s e m s e nt ir a s d o r e s q u e s e nt i a , e l a c o nt i nu a o
t r a t a m e nt o , po i s n ã o g r ip a m a i s , s e s e n t e fo r t e e s a u d á v e l .

E xa m e s l a bo r a t o r ia i s t a m b é m d e t e c t a m a m e l ho r a m e s m o q u e
p e q u e na , m a s p r e s e nt e , no s v a lo r e s d e c o le s t e r o l, d i a b e t e s e o u t r o s
e xa m e s , c o mo mo s t r a m a s f i g u r a s a s e g u i r :
Exame laboratorial realizado dia 01/04/2009 na paciente DCAV de 25 anos onde são
notados valores acima ou no limite da referência adotada pelo laboratório:
 Colesterol total: 315,0 mg/dl, sendo desejável inferior a 200mg/dl;
 Glicose Jejum: 96,0 mg/dl, sendo normal de 70 a 99 mg/dl.
E t e mo s a q u i a p ó s 1 a no e 2 m e s e s o u t r o e xa m e r e a l i z a d o e m
o u t r o l a bo r a t ó r io , n a m e s m a p a c i e nt e D C A V e a g o r a c o m 2 6 a no s , o nd e
no t a - s e m u d a n ç a no s v a lo r e s d e c o l e s t e r o l e g l i c o s e , i s s o a p ó s 1 a no d e
r e a l i z a ç ã o d a a u t o - he mo t e r a p i a :
 C o le s t e r o l t o t a l: 1 8 8 , 0 m g / d l, s e n d o d e s e j á v e l m e no r q u e
200 mg/d l;
 G l i c o s e J e j u m : 7 0 , 0 m g / d l , s e nd o no r m a l d e 6 0 a 9 9 m g / d l.

3 - C ON C L U SÃ O

At u a l m e nt e v e mo s c a d a v e z m a i s p e s q u i s a s e e s t u d o s p r e o c u p a d o s
c o m a s a ú d e , p r o c u r a nd o a s s i m no v a s f o r m a s , t é c n i c a s e m e d i c a m e nt o s
p a r a u m m e l ho r t r a t a me nt o e p r e v e nç ã o d e d o e nç a s e e n f e r m i d a d e s . E é
n e s t e c a m i n h o q u e t e nt a mo s a l i b e r a ç ã o d a t é c n i c a d e a u t o - he mo t e r a p i a
c o mo m e io d e t r a t a me nt o e p r e v e nç ã o , ma s q u e e m c o nt r a p a r t id a o
M i n i s t é r io d a S a ú d e s e m n e n h u m a ba s e q u e j u s t i f i c a s s e , s i m p l e s m e nt e
d e t e r m i no u a p r o i b i ç ã o d a t é c n i c a p o r mé d i c o s e q u a l q u e r p r o f i s s io n a l
d a s a ú d e c o m c o n s e q u ê n c i a d e p e r d a d a l i c e nç a d e t r a b a l ho e a t é d o
d i p lo m a d e p r o f i s s io n a l. S e nd o a s s i m t ir a mo s p o r c o nc l u s ã o q u e n ã o s ó
a p o p u l a ç ã o e s t á p e r d e n d o p o r nã o p o d e r u t i l i z a r d a t é c n i c a c o m o
p r e ve n ç ã o e a t é c u r a , c o mo t a m bé m o M i s t é r io d a S a ú d e p e r d e p o r t e r
q u e g a s t a r a lt í s s i m a s ve r b a s c o m a a q u i s i ç ã o d e m e d i c a m e nt o s q u e
p o d e r i a m s e r d i s p e n s a d o s o u p e lo m e n o s d i m i n u i r o s g a s t o s .

A g r a nd e p r o v a d e q u e a a u t o - he mo t e r a p i a t e m d a d o r e s u lt a d o é a
e x i s t ê n c i a d e u m a p e s q u i s a q u e e x i s t e d e s d e 9 d e d e z e m b r o d e 2 0 0 7 no
B r a s i l q u e v e m r e u n i n d o i n fo r m a ç õ e s i m p o r t a n t e s s o br e o u s o d a t e r a p i a
e q u e j á u lt r a p a s s a m o nú m e r o d e 1 0 0 0 q u e s t io n á r io s r e s p o nd i d o s o n -
l i n e c o m d a d o s ba s t a nt e r e ve l a d o r e s . J á fo r a m c it a d a s 1 4 1 e n f e r m i d a d e s
d i f e r e nt e s , s e nd o q u e 9 7 % d o s p a r t ic i p a nt e s i n fo r m a m s o br e va nt a g e n s
o bt id a s e d e nt r e e s t e s , 9 6 , 9 9 % r e l a t a m n ã o t e r e m s e nt i d o e f e it o s
c o la t e r a i s , e nq u a nt o q u e 3 , 0 1 % f a z e m r e fe r ê nc i a a t a i s e f e it o s , p o r é m
s e m m a i o r e s c o ns e q u ê nc i a s . S e t e nt a e c i n c o p o r c e nt o ( 7 5 % ) d o s
p a r t ic i p a nt e s a p r e s e nt a m s e u s r e l a t o s . N a a v a l i a ç ã o g e r a l , 9 7 , 9 % d o s
p a r t ic i p a nt e s a t r i bu ír a m no t a s d e 7 a 1 0 p a r a a t é c n i c a , s e nd o q u e
8 2 , 3 5 % d e r a m no t a 1 0 e 8 , 0 2 % d e r a m no t a 9 .

S e g u nd o os dados a p r e s e nt a d o s no link:
www.orientacoesmedicas.com.br/resultado_da_pesquisa_virtual_sobre_auto-hemoterapia.asp,
a auto-hemoterapia é utilizada por pessoas de todas as faixas etárias e todos os níveis de
escolaridade ou de sua falta: analfabetos a pós-graduados, onde 53% dos usuários são homens
e 47% são mulheres, e entre as profissões citadas, estão Advogado, Administrador de
Empresas, Assistente Social, Ator, Biólogo, Cantor, Dentista, Enfermeiro, Fisioterapeuta,
Jornalista, Médico, Nutricionista, Pastor, Pedreiro, Professor, Radialista, Teólogo, e
Vendedor, dentre outros. O tempo de aplicação dos participantes é de 34 meses, num total de
366 municípios, e sabe-se que o uso da técnica se dá em todas as regiões do país, e foram
registrados até agora casos de pessoas que usam a AHT em doze países, como Brasil,
Portugal, Estados Unidos, Itália, Bélgica, Suíça, Angola, Austrália, Bulgária, Japão, Noruega
e Reino Unido, havendo relatos freqüentes do seu uso também na Rússia, Argentina, México,
Alemanha, Espanha, França e muitos outros países.
A p a r t ir d a r e a l i z a ç ã o d e u m a c a m p a n h a i nt e r n a c io n a l q u e c o n c l u o
d ize ndo :

“A Org an ização Mund ial de Saúd e e gov ernos d e todos os


p aíses d ev em ado tar a auto -hemo ter ap ia como técn ica b ásica
em saúd e p úb lica . Esta é a p rop osta en caminh ada p elo
jorn a li s t a Ub erv a l t er Coi mb ra , que ap re s e nt amo s à AVAA Z ,
suger ind o a r ealiz ação , em 2 01 2 , de uma camp anh a em d efes a
da au to-h emo ter ap ia. A p rop osta r esp o nde a p ed ido d e
suges tões feito p ela p róp ria entid ad e. N a resp osta en fatizamo s
que a Organiz ação Mund ial d e Saúde ( OMS) e os gov ernos v êm
fug indo d e su as resp onsab ilid ades em ap ontar técn icas co mo a
au to-h emo ter ap ia, qu e ajud arão p rin cip almen te os mor ador es
dos p aíses mais p ob res”. (Walter Med eiros, 0 8 .01 .2012 ,
Camp anh a In tern acion al p ela au to -h emo terap ia)

4 - REFERÊNCIAS
HTPP://WWW.RNSITES.COM.BR/AUTO-HEMOTERAPIA.HTM

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