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Capitulo V de O Capital O Processo de Trabalho
Capitulo V de O Capital O Processo de Trabalho
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283 Ga n ilh , em seu escr it o, de r est o m iser á vel, T h éorie d e l’É con . Polit., P a r is, 1815, con fr on t a
a cer t a da m en t e os fisiocr a t a s com a la r ga sér ie de pr ocessos de t r a ba lh o qu e con st it u em o
pr essu post o da pr ópr ia a gr icu lt u r a .
284 E m R éflexion s su r la Form ation et la Distribu tion d es R ich esses (1766) Tu r got desen volve
bem a im por t â n cia do a n im a l dom est ica do pa r a os in ícios da cu lt u r a .
285 As pr ópr ia s m er ca dor ia s de lu xo sã o, de t oda s a s m er ca dor ia s, a s m en os sign ifica t iva s pa r a
a com pa r a çã o t ecn ológica de diver sa s época s de pr odu çã o.
286 Not a à 2ª ediçã o. P or pou co qu e a h ist or iogr a fia a t é a gor a con h eça o desen volvim en t o da
pr odu çã o m a t er ia l, a ba se, por t a n t o, de t oda vida socia l e por isso de t oda ver da deir a
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H ist ór ia , pelo m en os dividiu -se o t em po pr é-h ist ór ico com ba se em pesqu isa s da s ciên cia s
n a t u r a is e n ã o da s ch a m a da s h ist ór ica s, em ida de da pedr a , do br on ze e do fer r o, segu n do
o m a t er ia l da s fer r a m en t a s e da s a r m a s.
287 Lu ga r pa r a fica r . (N. dos T.)
288 P a r ece u m pa r a doxo, por exem plo, con sider a r o peixe qu e a in da n ã o foi pesca do m eio de
pr odu çã o da pesca . Ma s a t é a gor a n ã o se in ven t ou a a r t e de pesca r em á gu a s on de n ã o
h a ja peixes.
289 E ssa det er m in a çã o de t r a ba lh o pr odu t ivo, t a l com o r esu lt a do pon t o de vist a do pr ocesso
sim ples de t r a ba lh o, n ã o ba st a , de m odo a lgu m , pa r a o pr ocesso de pr odu çã o ca pit a list a .
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2. O p ro c e s s o d e v a lo riza ç ã o
O pr odu t o — a pr opr ieda de do ca pit a list a — é u m va lor de u so,
fio, bot a s et c. Ma s, em bor a a s bot a s, por exem plo, con st it u a m de cer t o
m odo a ba se do pr ogr esso socia l e n osso ca pit a list a seja u m decidido
pr ogr essist a , n ã o fa br ica a s bot a s por ca u sa dela s m esm a s. O va lor de
u so n ã o é, de m odo a lgu m , a coisa qu ’on aim e pou r lu i-m êm e. 296 P r o-
du zem -se a qu i va lor es de u so som en t e por qu e e n a m edida em qu e
seja m su bst r a t o m a t er ia l, por t a dor es do va lor de t r oca . E pa r a n osso
ca pit a list a , t r a t a -se de du a s coisa s. P r im eir o, ele qu er pr odu zir u m
va lor de u so qu e t en h a u m va lor de t r oca , u m a r t igo dest in a do à ven da ,
u m a m er ca dor ia : Segu n do, ele qu er pr odu zir u m a m er ca dor ia cu jo va lor
seja m a is a lt o qu e a som a dos va lor es da s m er ca dor ia s exigida s pa r a
pr odu zi-la , os m eios de pr odu çã o e a for ça de t r a ba lh o, pa r a a s qu a is
a dia n t ou seu bom din h eir o n o m er ca do. Qu er pr odu zir n ã o só u m va lor
de u so, m a s u m a m er ca dor ia , n ã o só va lor de u so, m a s va lor e n ã o só
va lor , m a s t a m bém m a is-va lia .
De fa t o, t r a t a n do-se a qu i de pr odu çã o de m er ca dor ia s, con side-
r a m os, a t é a gor a , eviden t em en t e a pen a s u m la do do pr ocesso. Com o
a pr ópr ia m er ca dor ia é u n ida de de va lor de u so e va lor , seu pr ocesso
de pr odu çã o t em de ser u n ida de de pr ocesso de t r a ba lh o e pr ocesso
de for m a çã o de va lor .
Con sider em os o pr ocesso de pr odu çã o a gor a t a m bém com o pr o-
cesso de for m a çã o de va lor .
Sa bem os qu e o va lor de t oda m er ca dor ia é det er m in a do pelo qu an -
tu m de t r a ba lh o m a t er ia liza do em seu va lor de u so, pelo t em po de
t r a ba lh o socia lm en t e n ecessá r io à su a pr odu çã o. Isso va le t a m bém pa r a
o pr odu t o qu e n osso ca pit a list a obt eve com o r esu lt a do do pr ocesso de
t r a ba lh o. De in ício, t em -se por t a n t o de ca lcu la r o t r a ba lh o m a t er ia liza do
n esse pr odu t o.
Seja , por exem plo, fio.
P a r a a fa br ica çã o do fio pr ecisa -se, em pr im eir o lu ga r , de su a
m a t ér ia -pr im a , por exem plo, 10 libr a s de a lgodã o. Nã o é n ecessá r io
in vest iga r o va lor do a lgodã o pois o ca pit a list a o com pr ou n o m er ca do
pelo seu va lor , por exem plo, 10 xelin s. No pr eço do a lgodã o já est á
r epr esen t a do o t r a ba lh o exigido pa r a su a pr odu çã o, com o t r a ba lh o ger a l
socia l. Su pon h a m os a in da qu e a m a ssa de fu sos desga st a da n o pr o-
cessa m en t o do a lgodã o, qu e r epr esen t a , pa r a n ós, t odos os ou t r os m eios
de t r a ba lh o em pr ega dos, t en h a u m va lor de 2 xelin s. Se u m a m a ssa
de ou r o de 12 xelin s é o pr odu t o de 24 h or a s ou 2 dia s de t r a ba lh o,
segu e-se, de in ício, qu e n o fio est ã o objet iva dos 2 dia s de t r a ba lh o.
Nã o n os deve descon cer t a r a cir cu n st â n cia de qu e o a lgodã o m u -
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297 "No va lor da s m er ca dor ia s n ã o in flu i a pen a s o t r a ba lh o n ela s dir et a m en t e a plica do, m a s
t a m bém o t r a ba lh o a plica do n os in st r u m en t os, fer r a m en t a s e edifícios qu e a póia m o t r a ba lh o
dir et a m en t e despen dido." (RICARDO. Op. cit., p. 16.)
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306 "Tu do pelo m elh or n o m elh or dos m u n dos possíveis." Afor ism o do r om a n ce sa t ír ico de Volt a ir e
Can d id e, ou l’Optim ism e. (N. da E d. Alem ã .)
307 "Com o se t ivesse a m or n o cor po" — als h aett’es L ieb im L eibe — cit a çã o m odifica da de
Goet h e. Fau sto. P a r t e P r im eir a . “Adega de Au er ba ch , em Leipzig.” (N. da E d. Alem ã .)
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310 A difer en ça en t r e t r a ba lh o su per ior e t r a ba lh o sim ples, sk illed e u n sk illed labou r, ba seia -se,
em pa r t e, em m er a s ilu sões ou pelo m en os difer en ça s qu e h á m u it o t em po cessa r a m de
ser r ea is e só per du r a m em con ven ções t r a dicion a is; em pa r t e ba seia -se n a sit u a çã o de-
sa m pa r a da de cer t a s ca m a da s da cla sse t r a ba lh a dor a , sit u a çã o qu e lh es per m it e m en os
qu e a s ou t r a s exer cer pr essã o pa r a obt er em o va lor de su a for ça de t r a ba lh o. Cir cu n st â n cia s
a ciden t a is desem pen h a m n o ca so u m pa pel t ã o im por t a n t e qu e os m esm os t ipos de t r a ba lh o
in ver t em su a s posições. On de, por exem plo, a su bst â n cia física da cla sse t r a ba lh a dor a est á
en fr a qu ecida e r ela t iva m en t e esgot a da , com o em t odos os pa íses de pr odu çã o ca pit a list a
desen volvida , os t r a ba lh os em ger a l br u t a is, qu e exigem m u it a for ça m u scu la r , se t or n a m
ger a lm en t e su per ior es em con fr on t o com t r a ba lh os m u it o m a is delica dos, qu e descen dem
a o n ível de t r a ba lh o sim ples, com o, por exem plo, n a In gla t er r a , o t r a ba lh o de u m brick layer
(pedr eir o) ocu pa u m n ível m u it o m a is a lt o qu e o de u m t ecedor de da m a sco. P or ou t r o
la do, o t r a ba lh o de u m fu stian cu tter (t osa dor de velu do) figu r a com o t r a ba lh o “sim ples”,
em bor a exija m u it o esfor ço físico e fa ça , a lém disso, m u it o m a l à sa ú de. De r est o, n in gu ém
deve se ilu dir qu e o ch a m a do sk illed labou r r epr esen t e u m a pr opor çã o qu a n t it a t iva m en t e
sign ifica t iva do t r a ba lh o n a cion a l. La in g ca lcu la qu e n a In gla t er r a (e P a ís de Ga les) a
exist ên cia de m a is de 11 m ilh ões ba seia -se em t r a ba lh o sim ples. Depois de descon t a r 1
m ilh ã o de a r ist ocr a t a s e 1,5 m ilh ã o de m en digos, va ga bu n dos, cr im in osos, pr ost it u t a s et c.
da popu la çã o de 18 m ilh ões qu e exist ia a o pu blica r -se su a obr a , fica m 4,65 m ilh ões pa r a
a cla sse m édia , in clu sive pequ en os r en t ist a s, fu n cion á r ios, escr it or es, a r t ist a s, pr ofessor es
et c. P a r a ch ega r a esses 4 2/3 m ilh ões, ele in clu i n a pa r t e t r a ba lh a dor a da cla sse m édia ,
a lém de ba n qu eir os et c., t odos os “t r a ba lh a dor es de fá br ica ” m a is bem r em u n er a dos! Ta m bém
os brick layers n ã o fa lt a m n essa ca t egor ia de “t r a ba lh a dor es pot en cia dos”. Rest a m -lh e en t ã o
os r efer idos 11 m ilh ões. (LAING, S. N ation al Distress et c. Lon dr es, 1844. [p. 49-52 passim .])
“A gr a n de cla sse qu e, em t r oca de a lim en t o, n a da m a is pode da r qu e t r a ba lh o com u m , é
a gr a n de m a ior ia do povo.” (MILL, J a m es. No a r t igo “Colon y”. In : S u pplem en t to th e E n -
cyclop. B rit. 1831.)
311 "Qu a n do se fa la de t r a ba lh o com o pa dr ã o do va lor , su ben t en de-se n ecessa r ia m en t e det er -
m in a da espécie de t r a ba lh o (...) a pr opor çã o em qu e a s ou t r a s espécies de t r a ba lh o est ã o
em r ela çã o a ela é fá cil de a ver igu a r ." (CAZE NOVE , J . Ou tlin es of Polit. E con om y. Lon dr es,
1832. p. 22-23.)
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