Você está na página 1de 32

EMOÇÕES NA TOMADA

DE DECISÕES
Com Maria Luzia Aquime Lourenço
SUMÁRIO

SOBRE O CURSO 3

PROFESSOR DO CURSO 4

AULA 1, PARTE 1 5

AULA 1, PARTE 2 9

AULA 1, PARTE 3 11

AULA 1, PARTE 4 13

AULA 2, PARTE 1 15

AULA 2, PARTE 2 17

AULA 2, PARTE 3 19

AULA 2, PARTE 4 21

AULA 3, PARTE 1 23

AULA 3, PARTE 2 26

AULA 3, PARTE 3 28

AULA 3, PARTE 4 30

2
SOBRE O CURSO

O QUE SERÁ ABORDADO N AS AUL AS?


O cérebro emocional: para que s er ve, em o ç õ es p r im á r ia s , f u n ç õ es
e compor tamentos, competên c ia em o c io n a l; O p a p el da em o ç ã o n o
compor tamento; A transmissão e p ro c es s a m en to da in f o r m a ç ã o s en sori al ;
Circuitos neurais relacionad os a o p ro c es s a m en to da s em o ç õ es ; A to mada de
decisão conceitos introdutórios ; O p a p el da s em o ç õ es ( p o s it iva s e n e gati vas)
na tomada de d ecisão; Proces s o s de to m a da de dec is ã o à lu z da n eu roci ênci a;
Heurísticas, vieses e percepção ; L im it es e ex a u s t ã o c o g n it ivo s ; O q u e nos
motiva a tomar decisões?

O QUE CONSTA NESTE E BOOK?


Neste material, você tem uma lin h a do t em p o c o m o s p r in c ip a is
acontecimentos d as videoaulas , c o m o f ra s es im p a c t a n t es do s p ro fessores,
conceitos impor tantes do merc a do , in dic a ç õ es de f ilm es e livro s , en t re
outros.

3
PROFESSOR DO CURSO

MARIA LUZIA AQUIME LOURENÇO

P S I C Ó L O G A E M E S T R A E M D E S E N V O LV I M E N T O E M E I O
AMBIENTE URBANO

Mestre em Desenvolvimento e M eio Am b ien t e Ur b a n o p ela Un iver si dade da


Amazônia (2011). Especia liz a ç ã o em Ges t ã o de R ec u r s o s Hu m a nos FG V
/ IDEAL (2001). Grad uação em Ps ic o lo g ia p ela Un iver s ida de da Amazôni a
(1997). Coach d e Carreira p ela So c ieda de Bra s ileira de Co a c h in g (2016) .
Analista de Recursos Hum a n o s Sen io r da Cen t ra is E lét r ic a s do Pará-
CELPA (2002-2007). Direto ra da In t eg R Ha r Co n s u lto r ia ( 2 0 0 7 - 2016) .
Docente d a Universid ade d a Am a zô n ia ( 2 0 0 3 - 2 0 1 6 ). Co o rden a do ra do Curso
de Psicologia (UN AM A- 2015 - 2 0 1 6 ). Direto ra da Fa c u lda de Un in a s sau- São
Lu is des de 2 0 1 6 .

4
AULA 1, PARTE 1
Maria Luzia Aquime Lourenço

PANORAMA

A professora Maria Luzia Panto ja Aq u im e L o u ren ç o , n es t a a u la , in ic ia as


principais discussões acerca d o t em a da s em o ç õ es n a to m a da de deci sões.
Para isso, apresenta o contexto h is tó r ic o do a s s u n to , o b ra s e p u b lic a ções
científicas impor tantes, definiç õ es , c o n c eito s , p r in c ip a is t eo r ia s e exe mpl os.

Introdução 00:34

A professora Maria Luzia Panto ja in ic ia o en c o n t ro s e a p res en t a n do e


explicando o que será ministra do n a a u la . M a r ia é f o r m a da em p s ic o logi a,
com pós-graduação em gestão de rec u r s o s h u m a n o s e do c ên c ia s u p e ri or e
saúde mental. A d isciplina bus c a dia lo g a r e ref let ir s o b re a im p o r t â n ci a das
emoções na tomad a de d ecisã o e en f a t iz a q u e, c a da vez m a is , a s p essoas
devem compreend er que as emo ç õ es f a zem p a r t e do n o s s o c o t idia n o. É
discutido sobre o cérebro emoc io n a l, p a ra q u e s er ve, em o ç õ es p r im á ri as,
funções e compor tamentos e c o m p et ên c ia em o c io n a l.

A nossa experiência profissional e as nossas escolhas pessoais


estão sempre pautadas em uma emoção.

5
Sigmund Freud
(1856 – 1 9 3 9 )

Conhecido c o m o o p a i da p s ic a n á lis e, f o i u m médi co


neurolog is t a e p s iq u ia t ra a u s t r í a c o . Freu d in ic i ou
seus est u do s p ela u t iliz a ç ã o da t éc n ic a da h ip nose
no tratam en to de p a c ien t es c o m h is t er ia , c o m o forma
d e aces s o a o s s eu s c o n t eú do s m en t a is , a p a r t i r
d os qua is p o de f o r m u la r c o n c eito s rela c io n a dos
ao incon s c ien t e. Freu d t a m b ém é c o n h ec ido p e l as
teorias do c o m p lexo de édip o e da rep res s ã o
psicológic a .

É o quadro referencial das nossas emoções que vai balizar


muito do nosso processo de tomada de decisão.

António Rosa Damásio


(1944 – p res en t e)

Nascid o em L is b o a em 1 9 4 4 , é u m m édic o
neurolog is t a , n eu ro c ien t is t a q u e t ra b a lh a n o estudo
d o céreb ro e da s em o ç õ es h u m a n a s . Da m á s io é
professo r de n eu ro c iên c ia n a Un iver s ida de do Sul
d a Calif ó r n ia . Au to r da releva n t e o b ra "O E r ro de
Descar tes " em q u e m o dif ic o u a ideia da ju n ç ã o "da
razão e em o ç ã o".

6
Contexto histórico 10:26

A par tir da introdução sobre o t em a , a p ro fes s o ra t ra z u m a lin h a do


tempo para compreend er o surg im en to do s p r im eiro s es t u do s n a á rea
das emoções. Maria explica que Hip ó c ra t es , em IV- II a .C, já diz q u e “O
cérebro é a localização d a ment e” . Próx im o a es s a ép o c a já era m en c ionado
também sobre as funções men t a is do c éreb ro p o r diver s o s es t u dio s o s,
como Aristóteles e Galeno. Em 1 6 5 0 , Des c a r t es f a la s o b re u m du a lis mo de
mente e corpo, razão e emoção , q u e f o i u m m a rc o n es s a á rea de es t udo,
ser vindo d e base para novos es t u do s c o m o p a s s a r do s a n o s . M a r ia segue
apresentand o diversas contrib u iç õ es de p es q u is a do s c o m o Flo u ren s ,
Brenda Milner, Franz Gall e Kar l L a s h ley. At u a lm en t e, f a la - s e q u e es t amos
na década do cérebro, em que h á m u ito s es t u do s den t ro da á rea , c o m os
avanços tecnológicos, permitindo a a n á lis e de im a g en s de c o m p o r t a mento
do cérebro, pod endo id entifica r a s f u n ç õ es c ereb ra is .

Obras importantes 19:46

A professora Maria Luzia Panto ja , n es t e m o m en to , t ra z t rês o b ra s , da


década de 90, que foram cruci a is p a ra a s in ves t ig a ç õ es s o b re a m en te e as
emoções, são elas: “O Erro de Des c a r t es : em o ç ã o , ra z ã o e c éreb ro h u mano”,
de António Damásio (994), “Int elig ên c ia E m o c io n a l” , de Da n iel Go lem ann
(1995) e “O cérebro emocional : o s m is t er io s o s a lic erc es da vida em o ci onal ”,
de Joseph Led oux (1996).

O autoconhecimento hoje já é visto como um processo, é um


processo de que eu preciso olhar para mim e entender as minhas
emoções e o que elas suscitam no ambiente de trabalho.

7
Emoções primárias e secundárias 19:46

Neste momento, Maria explica s o b re em o ç õ es p r im á r ia s e s ec u n dá r ias e


fala sobre a impor tância de sab er diferen c iá - la s . Seg u n do Da m á s io , exi stem
emoções primárias e secundár ia s e s en t im en to s a s s o c ia do s à s em o ç ões.
As primárias envolvem as d ispo s iç õ es in a t a s p a ra res p o n der a c er t a s
classes de estímulo, send o as em o ç õ es m a is b á s ic a s do s s eres h u m anos.
Já as secundárias são emoçõe s m a is c o m p lex a s , q u e s ã o a p ren dida s e que
envolvem categorizações d e rep res en t a ç õ es de es t í m u lo s , a s s o c ia da s a
respostas passad as avaliad as c o m o b o a s o u r u in s .

Conhecer a relevância das emoções nos processos de raciocínio


não significa que a razão seja menos importante do que as
emoções, que deva ser relegada para o segundo plano ou que deva
ser menos cultivada.

O cérebro e o corpo encontram-se indissociavelmente


integrados por circuitos bioquímicos e neurais recíprocos
dirigidos um para o outro.

8
AULA 1, PARTE 2
Maria Luzia Aquime Lourenço

Emoções básicas 00:00

As emoções básicas são inata s a o s s eres h u m a n o s e es t ã o p res en t es em


todas as culturas. Ao longo d o s a n o s , f o ra m o b s er va da s rep et iç õ es n a
expressão das pessoas, sendo a s s im , a s em o ç õ es b á s ic a s f o ra m a g r upadas
em um conjunto de seis emoções : a leg r ia , ra iva , t r is t ez a , s u r p res a , n ojo e
medo (Possebom, 2017). Atualm en t e, c o m m a is es t u do s , a s u r p res a passou
a não ser mais trabalhada com o em o ç ã o b á s ic a , s elec io n a n do - s e c in co
emoções ao todo que são univer s a lm en t e rec o n h ec ida s e c o n f ir m a da s
pela neurociência e psiquiatria, s en do ela s : a leg r ia , ra iva , m edo , t r is t eza e
aversão. Na sequência, a profe s s o ra ex p lic a q u e a s em o ç õ es s ã o dife rentes
de sentimentos, send o as emo ç õ es u m a ex p res s ã o in s t in t iva , rea ç õ es
psico-orgânicas sensíveis a perc ep ç õ es ex p er ien c ia is n ã o c o n s c ien t es,
comandadas pela mente, mas n ã o p o r ela c o n t ro la da s . Seg u n do Da m ási o
(2006), o sentimento é a experiên c ia m en t a l s u b jet iva da exc it a ç ã o
emocional, isto é, a representaç ã o , a vivên c ia , a m em ó r ia , a c o n s c iên ci a da
emoção.

As secundárias são mais complexas porque têm outro


componente, elas, além de fazerem parte das primárias, têm
algumas ligações sistemáticas com o próprio sentimento.

9
A mente comanda a minha emoção, mas não a controla.

A ansiedade nada mais é do que um pensamento acelerado


acerca de um futuro que nem chegou.

Por que ansiedade está em uma linha da cognição? Porque é a


linha do pensar, pensamento é cognição.

Emoções positivas e negativas 19:26

Segundo a professora, a respeito da s c a ra c t er í s t ic a s p o s it iva s e n eg ati vas


das emoções básicas, apenas u m a é c o n s idera da p o s it iva : a a leg r ia . As
demais emoções básicas com o ra iva , m edo , t r is t ez a e aver s ã o , s ã o vistas
como negativas. A emoção d a a leg r ia t ra z rea ç õ es f avo ráveis , p ro m ovendo
o bem-estar físico e psicológico , t en do es t reit a rela ç ã o c o m a c o g n iç ão. Já
as emoções negativas, promovem a t en s ã o e es t a do s de a n s ieda de. Nessa
perspectiva, a professora explic a q u e, s eg u n do Davis ( 2 0 1 7 ), n o a m b iente de
trabalho, a alegria representa a b a s e do en g a ja m en to o rg a n iz a c io n a l e, também,
quando as tarefas relacionada s a o t ra b a lh o s ã o es t im u la n t es , é m a is provável
que as pessoas encontrem satis f a ç ã o p s ic o ló g ic a n ela s .

As emoções nem sempre são exteriorizadas, mas elas são


sentidas, e isso não é bom.

10
AULA 1, PARTE 3
Maria Luzia Aquime Lourenço

Emoção e sentimentos 00:00

Maria Luzia Aquime explica com m a is det a lh es a s diferen ç a s en t re e moção


e sentimentos. Emoção represen t a u m a ex p er iên c ia m a is b reve, q u e
oferece combustível para que a lg o s eja feito p a ra a p rox im a r, p res er var ou
mudar o mundo ao seu redor. Já o s s en t im en to s s ã o es t a do s a fet ivos mai s
duradouros e estáveis, uma es p éc ie de em o ç õ es de m a io r du ra ç ã o .

Inteligência emocional
Segundo Daniel Goleman a in t elig ên c ia em o c io n a l rep res en t a “a
capacidade d e identificar os n o s s o s p ró p r io s s en t im en to s e o s dos
outros, d e nos motivarmos e de g er ir b em a s em o ç õ es den t ro de nós e
nos nossos relacionamentos ” .

Os cinco domínios de aptidões 04:50

Neste momento da aula, a profes s o ra M a r ia Pa n to ja ex p lic a o s c in c o d omíni os


de aptidões, desenvolvidos por Go lem a n ( 1 9 9 5 ), s u g er ido s p o r Sa love r y, que
contribuem para a formação de u m s u jeito em o c io n a lm en t e in t elig en te, sendo
eles: conhecer as próprias emoç õ es , lida r c o m em o ç õ es , m o t iva r - s e, reconhecer
emoções nos outros e lid ar com rela c io n a m en to s . N es s e s en t ido , Go le man
explica que a infância e a ad oles c ên c ia s ã o f u n da m en t a is n a det er m inação de
hábitos emocionais básicos qu e s erã o u t iliz a do s a o lo n g o da vida . Ta mbém, é
obser vado que a inteligência e m o c io n a l p o de s er des en vo lvida n o s u jei to.

11
Dialogar conosco é mais difícil do que dialogar com o outro.

A decisão tem que ser nossa, nós não podemos deixar que o
outro faça escolhas por nós.

Eu diria que o sentimento é atemporal. Ele não tem tempo de


acontecer.
AULA 1, PARTE 4
Maria Luzia Aquime Lourenço

A teoria das emoções 02:51

As teorias d as emoções são a g r u p a da s em t rês p er s p ec t iva s ( f is io ló gi ca,


neurológica e cognitiva), em qu e s u a t ip if ic a ç ã o é res u lt a n t e do m o do em
que os estudiosos percebem a s m a n ifes t a ç õ es da s em o ç õ es :

• Fisiológica: a par tir de respos t a s c o r p o ra is ;

• Neurológica: d ecorrente d e at ivida des c ereb ra is ;

• Cognitiva: oriundas de pensam en to s e o u t ra s a t ivida des m en t a is q ue


desempenham papel essencia l n a f o r m a ç ã o da s em o ç õ es .

A sensação emocional vem depois de uma excitação fisiológica.

Os autores estão falando que você tem uma reação fisiológica,


neurológica e também cognitiva [...] o pensar, o sentir e o agir
junto para trabalharmos as emoções.

13
O medo faz com que a gente possa melhorar, que possa ir
buscar algo.

As 5 emoções são universais, mas cada um de nós tem uma


representação diferente delas.

14
AULA 2, PARTE 1
Maria Luzia Aquime Lourenço

PANORAMA

Nesta aula, a professora perco r re o s c o n c eito s in t ro du tó r io s da to m a d a de


decisão, o papel d as emoções p o s it iva s e n eg a t iva s , a s f u n ç õ es vit a is das
emoções, os processos d e tom a da de dec is ã o p a u t a n do - s e n a n eu ro ci ênci a
e reflexões sobre a aplicação des s es t em a s n o a m b ien t e o rg a n iz a c io nal .

As funções vitais das emoções 02:09

Nesse momento, Maria Luzia Aq u im e lis t a a s f u n ç õ es vit a is da s em o ções,


enfatizando que é fund amental o c o n h ec im en to de c a da u m a dela s :

• Função orientad ora no mund o ;

• Função de comunicação;

• Função preventiva;

• Função de sinalização e d e prep a ra ç ã o p a ra a a ç ã o .

Na sequência, a professora d isc o r re s o b re a din â m ic a s da s em o ç õ es na


vida profissional, explicand o q u e s o m o s in evit avelm en t e en vo lvido s pel as
relações afetivas d esenvolvida s n o a m b ien t e de t ra b a lh o .

15
Na tomada de decisão no ambiente de trabalho, a gente é sim
comumente afetado por essas reações afetivas.

As emoções estão presentes na nossa vida, não estão só na


nossa vida pessoal, familiar, mais íntima, mas, principalmente,
estão na nossa vida profissional.

A emoção é social, ela é compartilhada, experienciada e dividida


em um grupo ou determinado grupo social.

Cada tomada de decisão tem uma complexidade diferente, tem


aquelas que eu vou pelo impulso e tem aquelas que muitas
pessoas vão pelo instinto.

Emoções e tomada de decisão 22:57

Nas últimas d écad as, a neuroc iên c ia o b t eve f o c o n a a n á lis e da s em o ções e


a sua relação com os processo s dec is ó r io s , em q u e f o i o b s er va do , a par ti r
da aplicação de d iversos método s in c lu in do o de im a g em f u n c io n a l e outras
técnicas fisiológicas, que as em o ç õ es in f lu en c ia m de f a to n o s p ro c es sos
decisórios e na própria racionalida de. N a s eq u ên c ia , a p ro fes s o ra
aponta que o cenário dos ambien t es p o de a t u a r c o m o im p u ls io n a do r d e
manifestações emotivas e d e d ec is ã o , s en do a s s im , m u da n ç a s n o a m bi ente
organizacional e interpessoal rever b era m n o s p ro c es s o s dec is ó r io s
estratégicos das organizações .

16
AULA 2, PARTE 2
Maria Luzia Aquime Lourenço

A tomada de decisão 00:41

A tomada de d ecisão acontece a p a r t ir do dia g n ó s t ic o de u m p ro b lem a, seja


bom ou ruim, para serem encon t ra da s a s m elh o res a lt er n a t iva s e s o luções,
buscando o caminho que oferec e m a is b en ef í c io s . Seg u n do R o b in s ( 2005) ,
identifica-se uma incompatibili da de en t re o es t a do a t u a l da s c o is a s e o
estado desejável delas, em que ex ig e u m a c o n s idera ç ã o s o b re c u r s o s de
ação alternativos.

As lideranças precisam tomar decisões entendendo a


comunicação, emitindo feedbacks, porque isso é que vai dar o
diferencial e é isso que vai provocar, muitas vezes, motivação.

Emoções esperadas e imediatas 10:21

Loewenstein & Lerner (2003) d es en vo lvem o c o n c eito de em o ç õ es


esperadas e imediatas. As emoç õ es es p era da s s er ia m a q u ela s q u e s ão
antecipadas como resultad o da s c o n s eq u ên c ia s a s s o c ia da s a diferen tes
direções de ações. J á as emoç õ es im edia t a s s ã o viven c ia da s n o m o mento
da escolha.

17
Às vezes é como se a gente quisesse expulsar da mente essas
emoções desagradáveis, mas nem sempre vai ser possível,
porque elas também nos fazem crescer e amadurecer.

Pessoas com emoções positivas tendem a reduzir a


complexidade no processo decisório.

Quanto mais a gente toma uma decisão no desconhecido, a


possibilidade de frustração [...] é muito maior.

18
AULA 2, PARTE 3
Maria Luzia Aquime Lourenço

Ambiente organizacional 00:00

Maria explica que, no ambiente o rg a n iz a c io n a l, n a m a io r ia da s vezes ,


as pessoas são “convid adas” a es c o n derem a s s u a s em o ç õ es . N es s a
perspectiva, quem coloca as su a s em o ç õ es n o c o n t ex to do t ra b a lh o
frequentemente é visto como f ra c o , f rá g il o u vu ln erável. A p ro fes s o ra
ressalta a impor tância d e se b u s c a r a lt era t iva s p a ra q u e a s p es s o a s
possam de fato se expressar, c o m eq u ilí b r io , den t ro do m u n do p ro f is si onal .

O processo decisório 09:06

Neste momento, a professora ex p lic a q u e o p ro c es s o dec is ó r io é


composto por d ois tipos de d ec is õ es g eren c ia is : dec is ã o p ro g ra m a da e
não programad a. Montana e C h a m ov ( 2 0 1 0 ) a f ir m a m q u e s e p o de a p li car
uma decisão programad a quan do o c o r re u m p ro b lem a ro t in eiro , b em
estruturado, compreend id o e rep et it ivo . Já u m a dec is ã o n ã o p ro g ra m ada
pode ser melhor utilizável quan do o p ro b lem a n ã o es t á b em es t r u t u rado ou
compreendido e não é rotineiro e rep et it ivo .

19
Etapas do processo de tomada de 18:35
decisão
Segundo Andrad e e Amboni (200 7 ), o p ro c es s o de to m a da de dec is ã o é
classificado em fases que envo lvem o s s eg u in t es p a s s o s :

• Qual é o problema?

• Quais são as alternativas?

• Qual é a melhor alterativa?

Segundo Chiavenato (2010) o pro c es s o dec is ó r io é c o m p lexo e s e


desenvolve ao longo de seis et a p a s , q u e s ã o a s s eg u in t es : 1 . Iden t if icar
a situação; 2. Obter informação s o b re a s it u a ç ã o ; 3 . Gera r s o lu ç õ es o u
cursos alternativos d e ação; 4. Ava lia r a s a lt er n a t iva s e es c o lh er a s o l ução
ou curso de ação preferido; 5. Tra n s f o r m a r a s o lu ç ã o o u c u r s o de a ç ão
escolhido em ação efetiva; 6. Ava lia r o s res u lt a do s o b t ido s .

Você tem que seguir [as etapas do processo decisório]


para que possa de fato a decisão não ter nenhum outro
comprometimento negativo.

A neurociência enfatiza que as emoções desempenham um


papel fundamental na tomada de decisão, sendo responsáveis
por coordenar o nosso comportamento a maior parte do tempo.

20
AULA 2, PARTE 4
Maria Luzia Aquime Lourenço

Heurísticas e vieses cognitivos 00:00

As heurísticas, representam “at a lh o s ” c r ia do s p elo c éreb ro a f im de


simplificar o processo d ecisório . Sã o def in ido s c o m o m ec a n is m o s
cognitivos adaptativos que podem redu z ir o t em p o e es f o rç o s , f a c ilit ando
a tomada d e d ecisão, mas tam b ém p o dem leva r a er ro s e vies es de
pensamento. Nessa perspectiva , a p ro fes s o ra ex p lic a q u e u m viés c o gni ti vo
é um erro sistemático d e pensa m en to q u e o c o r re q u a n do a s p es s o a s
estão processand o e interpretan do in f o r m a ç õ es q u e a fet a m a s dec is ões
e seus julgamentos. Maria exp lic a q u e es s e c o n c eito de viés c o g n it ivo foi
introduzido por Amos Tversky e Da n iel Ka h n em a n n em 1 9 7 2 . N a s eq u ê nci a,
a professora apresenta alguns exem p lo s de vies es c o g n it ivo s q u e p o dem
distorcer o pensamento, são eles : viés de a t en ç ã o , efeito de f a ls o c o nsenso,
efeito de d esinformação, viés d e c o n f ir m a ç ã o , viés de o t im is m o , viés de
egoísmo, viés da afinidade, vié s do es t ereó t ip o e viés da a p a rên c ia .

Os vieses cognitivos geralmente são o resultado da tentativa do


seu cérebro de simplificar o processamento de informações.

21
O excesso de otimismo vai influenciar talvez negativamente na
minha tomada de decisão.

Esses vieses são todos da ordem do inconsciente, eles não


estão na nossa consciência.

Dicas para superar vieses 33:50

Neste momento, são trazidas a lg u m a s dic a s p a ra a s u p era ç ã o de vieses


que podem influenciar os pens a m en to s e a to m a da de dec is ã o :

• Estar ciente do viés;

• Considerar os fatores que inf lu en c ia m s u a s dec is õ es ;

• Desafiar seus vieses.

Desafiar seus vieses pode torná-lo um pensador mais crítico.

22
AULA 3, PARTE 1
Maria Luzia Aquime Lourenço

PANORAMA

Na última aula d a disciplina d e E m õ ç õ es n a to m a da de Dec is õ es , a


professora Maria Luzia Aquime t ra z u m M a p a Co n c eit u a l da In t elig ên ci a
Emocional, explica mais d etalh a da m en t e s o b re n eu ro c iên c ia e t ra z c oncei tos
como os d e tomad a de d ecisão in t u it iva , ra c io n a l, c o m b a s e em va lo res,
colaborativa e especializada.

Ninguém vai aqui desprezar a racionalidade e a importância


dela no processo de tomada de decisão; [...] o que a gente está,
também aqui recorrentemente, falando é da importância do
emocional ser olhado, ser visto, ser sentido.

Mapa Conceitual da Inteligência 05:54


Emocional
A professora apresenta um map a c o n c eit u a l p a ra a u x ilia r n o p ro c es s o
de compre ensão d o conteúd o vis to a t é en t ã o , c o lo c a n do n o c en t ro deste
mapa a inteligência emocional, q u e é im p o r t a n t e p a ra o eq u ilí b r io da
racionalidade e da emoção. Sab e- s e q u e a s p es s o a s p o s s u em , n o c érebro,
lados emocionais e racionais; c o n h ec er a s em o ç õ es , a s s im c o m o c o n trol ar
a automotivação, a empatia, as h a b ilida des s o c ia is e a s p ró p r ia s em oções,
são aspectos fundamentais pa ra a lc a n ç a r o eq u ilí b r io en t re ra z ã o e
emoção. Neste contexto, a impo r t â n c ia da in t elig ên c ia em o c io n a l s e dá
pelo fato de que ela auxilia o m o n ito ra m en to e a reg u la ç ã o da s em o ç ões
dos outros e d o próprio indivídu o .

23
A inteligência emocional é uma capacidade de monitorar e
regular. Você consegue, através dela, monitorar e regular os
sentimentos seus e das outras pessoas.

Uma coisa é você estar cansado fisicamente; você dorme e se


recupera. A outra é você estar cansado emocionalmente; você
não se recupera com facilidade.

Neurociência 22:57

A neurociência vem d esenvolven do es t u do s vo lt a do s à c o m p reen s ã o dos


mecanismos neurais responsáveis p ela s es c o lh a s , b u s c a n do res p o s t a s
subjacentes, aos julgamentos e a ç õ es h u m a n a s . O p r in c ip a l o b jet ivo d a
neurociência, por tanto, é d ecifra r o s c o m a n do s e a s f u n ç õ es c ereb ra is.
Dentre as abord agens d este ca m p o , in c lu em - s e:

1. Entender como a tomada de dec is õ es n o s h u m a n o s s e dá


comparativamente aos animais;

2. Entender qual a sua função a da p t a t iva ;

3. Elencar quais funções cognit iva s dã o s u p o r t e a es s e c o m p o r t a m en to.

24
A neurociência avança no sentido de entender as nossas
escolhas, nossos julgamentos, nossas memórias afetivas (e
outras memórias); entender esse processo todo cognitivo e
como ele interfere no processo de tomada de decisão.

Isso é o que nós todos queremos: que sempre uma decisão


possa ser um ensinamento, ser uma aprendizagem.

25
AULA 3, PARTE 2
Maria Luzia Aquime Lourenço

Entenda dessa forma: você foi ali e deu o seu melhor. Se eu


não fosse, eu não teria a experiência que eu tive; [...] eu ficaria
sempre imaginando, idealizando.

Tomada de decisão intuitiva 07:19

A professora contextualiza como o c o r re o p ro c es s o de to m a da de deci são


dentro de uma empresa, explic a n do diferen t es t ip o s de a b o rda g em .To mada
de decisão intuitiva é um d os t ip o s m a is c o m u n s , t a n to den t ro q u a n to fora
do contexto organizacional. Um a dec is ã o des t a m o da lida de é, b a s ic a mente,
aquela que é tomad a a par tir d e in ferên c ia s a dvin da s da p ró p r ia in t u ição do
indivíduo; a d ecisão intuitiva sã o o s s in a is q u e rec eb em o s de u m a s ensação
interna que temos, favorecendo det er m in a do p o n to em det r im en to de outro.
A professora ressalta que, princ ip a lm en t e n o c o n t ex to o rg a n iz a c io n a l,
este tipo de d ecisão nem sempre é o m elh o r rec u r s o a s er u t iliz a do . É
impor tante contar com fatores e a n á lis es m a is c o n s is t en t es .

Ela [a intuição] precisa ter outros elementos. Ela é


extremamente subjetiva e muitas vezes pautada no
inconsciente.

26
Tomada de decisão racional 20:18

A decisão racional ocorre a par t ir da o b s er vâ n c ia do s a s p ec to s ló g ic os


dos fatos, isto é, é pautad a em u m a a n á lis e da rea lida de, vis a n do o b ter
subsídios mais sólid os para d ec idir p o r a lg o o u n ã o . Des t a f o r m a , p o d e-
se dizer que a decisão racional é a q u e va i c o n t rá r ia à dec is ã o in t u it iva, e
por ser uma tomada de d ecisã o c o m m a io r em b a s a m en to , a p o ia n do - se em
fatos, a racional é aquela que a m a io r ia da s p es s o a s des eja a p lic a r em seu
dia a dia.

Tomada de decisão com base em 29:22


valores
Para este tipo d e d ecisão, o in diví du o leva em c o n s idera ç ã o o s va lo re s que
formou ao longo d e tod a sua v ida p a ra dec idir o u n ã o p o r a lg o . To da s as
pessoas possuem uma bagagem , q u e in c lu i s u a s ex p er iên c ia s , vivên c i as,
formação e d iversos outros fato res , q u e c o n t r ib u em p a ra f o r m a r o s val ores,
sejam eles pessoais ou profiss io n a is .

27
AULA 3, PARTE 3
Maria Luzia Aquime Lourenço

Tomada de decisão colaborativa 02:18

Este tipo de d ecisão é, em muito s m o m en to s , o m o delo idea l e q u e deve


ser colocado em prática com ma io r f req u ên c ia n o a m b ien t e o rg a n iz a c i onal .
Um dos aspectos mais vantajos o s des t e t ip o de dec is ã o é q u e c o n t empl a
pontos de vista diversos, ao invés de s er u m a es c o lh a is o la da de u m
indivíduo (que pod eria ser tomada a p a r t ir de s eu s va lo res , o u de s u a
intuição, por exemplo). Assim, n a dec is ã o c o la b o ra t iva , diver s o s p o n tos de
vista agreg am posicionamentos p a ra q u e, em c o n ju n to , s e b u s q u e a s ol ução
da mesma questão. Esta modalida de eviden c ia q u e o p ro c es s o de es c ol ha
não precisa ser necessariamen t e s o lit á r io .

Tomada de decisão especializada 11:30

A tomada de d ecisão com base em a ju da es p ec ia liz a da c o n t a c o m


indivíduos verdadeiramente prep a ra do s , c o m c o n h ec im en to s es p ec í f icos
e informações concretas sobre o m erc a do e o n eg ó c io c o m o u m to do ,
para obter soluções eficientes e q u e a p res en t em o s res u lt a do s a lm ejados.
Quando a intuição falha, ou a c o la b o ra ç ã o e a ra c io n a lida de t a m b ém não
são suficientes para elaborar um a s o lu ç ã o p a ra det er m in a da s it u a ç ã o , a
e scolha pela tomad a de d ecisã o es p ec ia liz a da p o de f a c ilit a r es t e p ro cesso
na organização.

28
Tomar decisão mexe com todos nós, drena as nossas energias.

Não dá para fugir. Mas a gente, muitas vezes, acontece de fugir.


E a fuga não deixa de ser uma decisão. Tudo acaba fluindo, indo
para o processo decisório.

Dicas para a habilidade de tomar 28:00


decisões
Maria lista algumas dicas para des en vo lver a h a b ilida de de to m a r deci sões:

• Escolha o que simplesmente t e s a t is f a z ;

• Limite as suas opções;

• Pergunte para os outros;

• Defina prazos para d ecidir;

• Use seu passad o como guia.

29
AULA 3, PARTE 4
Maria Luzia Aquime Lourenço

Decisão é uma palavra de muito impacto, motiva e estimula


algumas pessoas e assusta outras.

Motivação 01:50

Neste momento, Maria d iscute s o b re o q u e é a m o t iva ç ã o , elu c ida n do que


o termo representa uma força q u e s e en c o n t ra n o in t er io r da s p es s o a s
e que pode estar ligada a um des ejo . Um a p es s o a n ã o c o n s eg u e m o t ivar
outra, apenas pod e estimular ela . N es s e s en t ido , a p ro b a b ilida de de que
uma pessoa siga uma orientaç ã o de a ç ã o des ejável es t á diret a m en t e
ligada à força de um d esejo. Ain da , M a r ia dem o n s t ra q u e m o t iva ç ã o é
uma das temáticas mais discut ida s n o a m b ien t e o rg a n iz a c io n a l, p elo fato
das organizações perceberem q u e, p a ra s e m a n t er em u m m erc a do t ão
competitivo, é preciso reconhe c er a s n ec es s ida des da s p es s o a s , a f im de
buscar manter uma boa relaçã o c o m s eu s c o la b o ra do res . Seg u n do R obbi ns
( 2002), “As pessoas possuem nec es s ida des diferen t es , m a is qu e is to , é
compreend er o que é impor tant e p a ra c a da u m” .

O que nos motiva na tomada de decisão? É a busca por


satisfação daquele desejo primeiro.

30
Se a gente se pauta no desconhecido, é mais difícil a gente
se manter no equilíbrio, e isso vale para qualquer processo
cognitivo, para qualquer processo direcionado que tenhamos;
vale para a nossa vida.

Inteligência emocional 19:00

Neste momento, Maria d iscute s o b re o q u e é a m o t iva ç ã o , elu c ida n do que


o termo representa uma força q u e s e en c o n t ra n o in t er io r da s p es s o a s
e que pode estar ligad a a um des ejo . Um a p es s o a n ã o c o n s eg u e m o t ivar
outra, apenas pod e estimular ela . N es s e s en t ido , a p ro b a b ilida de de que
uma pessoa siga uma orientaç ã o de a ç ã o des ejável es t á diret a m en t e
ligada à força de um d esejo. Ain da , M a r ia dem o n s t ra q u e m o t iva ç ã o é
uma das temáticas mais discut ida s n o a m b ien t e o rg a n iz a c io n a l, p elo fato
das organizações perceberem q u e, p a ra s e m a n t er em u m m erc a do t ã o
competitivo, é preciso reconhe c er a s n ec es s ida des da s p es s o a s , a f im de
buscar manter uma boa relação c o m s eu s c o la b o ra do res . Seg u n do R obbi ns
(2002), “As pessoas possuem nec es s ida des diferen t es , m a is qu e is to , é
compreend er o que é impor tant e p a ra c a da u m” .

O lugar do adulto é o lugar da maturidade, da compreensão,


mas é o lugar também da disciplina.

31

Você também pode gostar