Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SE
atualidade, Rafael López-Pedraza
iniciou, juntamente com James
Hillman, o estudo dos arquétipos, o
que resultou no que hoje chamamos
de Psicologia Arquetípica ou Psicologia
dos Arquétipos, como ele prefere
chamar.
Esses estudos começaram com a
leitura de um livro chamado Picatrix,
um tratado de magia talismânica. Esse
trabalho despertou-lhe emoções fortes
e moveu sua psique para o estudo e a
(
leitura de imagens, considerado por
ele como fundamental para podermos
nos aproximar dos arquétipos.
Apartir daí ele tomou um caminho
diferente dos estudos junguianos
AS EMOÇOí clássicos até então em voga.
NO PROCESSO Para López-Pedraza. o trabalho da
psicoterapia é manter a psique em
PSICOTf-RAPÊUTICO movimento, e isso se dá num
acontecer espontâneo que surge por
meio das imagens que se consteiam
na relação psicoterapetita-paciente.
Tais imagens contêm emoções, sendo
que através destas podemos conhecer
o psíquico.
Ele diz: “Entendo como mundo
psíquico o que se baseia no
emocional. Se a psicoterapia não toca
nos níveis emocionais, não toca no
psíquico profundo e, então, não há
transformação”.
Em As emoções no processo
psicoterapêutico o autor trata de
I emoções básicas e importantes que ele
A S EMOÇOES NO PROCESSO
PSICOTERAPÊUTICO
Coleçfio Reflexões Junguianas
López-Pedraza, Rafael
As emoções no processo psicoterapêutico /
Rafael López-Pedraza ; tradução de Roberto
Cirani - Petrópolis, R J : Vozes, 2010. -
(Coleção Reflexões Junguianas)
Título original: Emociones : una lista
Bibliografia
ISBN 978-85-326-3309-5
1. Comportamento - Análise 2. Comportamento
humano 3. Emoções 4. Pensamentos 5. Psicologia 6.
Reiações interpessoais 7. Sentimentos 8.
Subjetividade I. Titulo. II. Série.
09-12361 CDD-150
A S EMOÇÕES NO
PROCESSO
PSICOTERAPÊUTICO
Tradução de Roberto Cirani
EDITORA
VOZES
P etrópolis
© Rafael López-Pedraza
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou
transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico,
incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de
dados sem permissão escrita da Editora.
Diretor editorial
Frei Antônio Moser
Editores
Ana Paula Santos Matos
José Maria da Silva
Lídio Peretti
Marilac Loraine Oleniki
Secretário executivo
João Batista Kreuch
ISBN 978-85-326-3309-5
Introdução, 9
1 Aproximação às emoções, 11
2 A lista de Aristóteles, 25
Cólera, 25 • Satisfação, 33 « Vergonha, 34 • Inveja e
indignação, 43 ♦ Medo, 48 • Gratidão, 56 • Eros, 57
• Ódio, 63 • Pena, 68
estar ali ela morreu num tiroteio entre bandos de criminosos perto
da Ópera. Creio que isso é um ensinamento: devemos respeitar as
fobias, seja como for sua manifestação, pois nestes casos os níveis
de medo presentes nos assinalam aspectos misteriosos da condição
humana, os quais estão fora de nossas possibilidades e nunca os
compreenderemos inteiramente. Por isso, atrevo-me a chamar a
atenção para aquilo que podemos considerar como a repressão do
medo, ou sua racionalização, muito comum atualmente. Diz-se, por
exemplo, que o menino não deve ter medo. Ter medo é visto histori
camente como um viver pessimista e o assunto é considerado de
uma maneira extremamente superficial.
Em alguns casos, Aristóteles discutiu as emoções em relação
a um oposto que também é uma emoção. Para Aristóteles, por
exemplo, o oposto do medo é a coragem. Isto é verificado por um
estudioso moderno, William I. Miller: “Medo - da morte, da dor,
da desgraça - é o principal terreno da coragem7’2 (2002: 201).
Medo e coragem são o que o homem sente quando está em situa
ção de guerra ou de conflitos pessoais violentos, são a resposta da
alma às vicissitudes do viver. Ouvimos dizer: “Para viver, temos
que ter coragem”.
O medo também está na política e às vezes ocupa um espaço
na psique maior do que deveria ter, e tem uma forte relação com a
economia. Num mundo onde o homo oeconomicus está em pri
meiro lugar no cenário cotidiano, assunto sobre dinheiro produz
medo tanto no rico como naqueles que não são.
Porém, mais intimamente existe um medo psíquico que sem
pre sentimos e que nos faz conectar com nossa interioridade e
nosso aparato instintivo, básico para se viver com certo equilíbrio.
/
2. Muitos dos textos referidos são traduções ad hoc das obras em inglês utiliza-
das pelo autor.
Ai emoções no processo psicoterapêutico 17
N o que se refere a mim, devo dizer, e espero que isso seja tomado
m etaforicam ente, que sinto medo as vinte e quatro horas do dia e
isto me parece análogo àquele homem primordial que sobreviveu
graças ao m edo. Também quero dizer que, para mim, sobreviver e
morrer são normais e iguais.
Em psicoterapia, quando o psicoterapeuta sente medo do pa
ciente que tem diante de si, deve aprender a ler o que esta emoção
está lhe dizendo. Antes de tudo, tem que sentir medo da sombra
{do que não conhecemos de nós mesmos) com suas emoções que,
m uitas vezes, projetamos, e assim nos coloca numa situação im
possível de refletir.
Em outras situações maravilhamo-nos de ver pacientes que
nfio têm medo daquilo que lhes aflige nem do iminente perigo psi-
cossom ático que atravessam, e estes casos nos ensinam mais da
condição humana do que os textos que lemos.
Sabemos que o homem primordial vivia da caça. E a caça,
com o qualquer tarefa que nos impomos, produz ansiedade. Se le
varm os nossa imaginação um pouco mais além, vemos esse ho
mem que saiu para caçar e, ao cair a tarde, não conseguiu o básico
para subsistir, e sentimos que sua ansiedade aumenta; podería
m os dizer que surge um acréscimo de ansiedade que pode levar
ao pânico. Aqui relacionamos a ansiedade com uma urgência no
tem po, que chega até nossos dias com o dizer “time is money”. À
Importância da ansiedade no mundo atual pode ser vista pelo con
sum o brutal de ansiolíticos. Aquela ansiedade que afligia nossos
antepassados, como algo inerente à caça, aparece no homem atual
que tem que sair à rua para buscar seu sustento diário. E disto
nâo escapa qualquer classe social, desde o grande empresário até
o hom em comum, pois qualquer trabalho envolve ansiedade e o
excesso deste sentimento se relaciona com um tempo acelerado.
Aquilo que poderíamos chamar de um acréscimo de ansiedade se
18 Coleção Reflexões Junguianas
Cólera
S a tisfa çã o
V ergon h a
O coro nos passa assim uma imagem do estado de Fedra, que diz:
Amigas, sustentem-me e levantem minha cabeça;
A força de minhas extremidades se acabou.
Sustentem minhas brancas mãos e meus braços!
Este véu é um peso sobre minha cabeça! Tirem-no!
Agora deixem que meu cabelo caia sobre meus ombros
(v. 198-204).
filhos (“quero que meus filhos caminhem por Atenas de cabeça er
guida”); isto é o que Dodds (1960) vê no aidôs como “opinião pú
blica”. Não caminhar com a cabeça erguida em Atenas devia ser
algo tremendamente vergonhoso na vida da pólis. Terceiro: a ver
gonha acompanhada por uma emoção de dor psíquica (“me faz
sentir uma dor interna”)- E quarto: a vergonha pelos complexos
familiares (a relação de sua mãe com o touro de Minos, seu irmão
o Minotauro, e a união de sua irmã Ariadne com Dioniso).
É possível que a repressão da vergonha à qual me referi te
nha a ver com a repressão sistemática do emocional como uma ca
racterística do Ocidente e a imposição da culpa como instrumento
religioso. Porém, o exemplo que apresenta Eurípides ajuda a visua
lizar o que sugeri antes: a vergonha como uma força interior tão
abrumadora que, no caso de Fedra, por sua situação trágica, con
duz à destruição. Isto permite refletir sobre o ponto de vista que
estou tentando expor: a valorização da vergonha como força inte
rior oposta à loucura repetitiva do complexo de culpa, que é como
frequentemente se apresenta esta última em psicoterapia. Uma
força que, se é exposta, pode ser valorizada como reconhecimento
e assimilação da sombra que contém o que está reprimido e é ver
gonhoso, como no caso de Fedra. O aparecimento da vergonha
em psicoterapia é, para mim, índice de uma consciência psíqui
ca em movimento.
Com este último comentário, trato de mostrar a importância
da introspecção no fato vergonhoso. No grupo de estudos jungui
anos, que temos chamado “Clube dos sábados”, dedicamo-nos a
estudar a psicose por mais de dois anos. Muitos dos participantes
disseram ter sofrido episódios ou temporadas psicóticas, mas ne
nhum confessou o vergonhoso que acompanhava essa psicose.
Assim aconteceu com Fedra, que falou à ama que a mataria dizer
a origem de sua vergonha. Em psicoterapia também é muito difícil
42 Coleção Reflexões Junguianas
In v e ja e in d ig n a çã o
a natureza que temos, como tal, mas que se persegue uma ideali
zação da beleza e também a expectativa mágica de que a vida vai
recuperar o valor pela magia de permanecer jovem. Isso mostra
que não se aceita a idade que se tem e se idealiza patologicamente
a prolongação da juventude.
A inveja aparece constantemente em psicoterapia e é muito
difícil de tratar. Também é difícil que apareçam maneiras indiretas
no terapeuta que tornem possível mobilizar a paralisia psíquica
dessa emoção. Porém, a relação de inveja tanto entre mulheres
como entre homens está muito mais presente do que queremos
admitir, pois pertence à condição humana. Para mim, o proble
ma psicológico central da inveja é que, ao se manifestar, o ego se
identifica com outra pessoa de qualquer classe que for, e nes
sa identificação há uma perda total da individualidade.
Mas os gregos davam maior importância à provocação da in
veja do que o invejar os bens de outros. Para eles, o maligno era (e
continua sendo assim para os gregos) a provocação da inveja, que
tem maiores conseqüências tanto culturais como na psique indivi
dual. Provocar inveja na comunidade da Grécia Clássica podia tra
zer como conseqüência o ostracismo do provocador. Inclusive
hoje em dia, na Grécia, praticamente não existe o novo-riquismo,
pelo menos da maneira tão profusa que acontece, por exemplo,
em nosso país, onde abertamente se deseja mostrar qualquer tipo
de riqueza com o fim de provocar inveja nos outros; e a profusão
desses casos é interminável. Na Grécia podem-se ver ainda pes
soas imensamente ricas nas quais, salvo por algumas exceções,
predomina um tom de humildade.
Num trabalho inédito sobre Michelângelo Buonarroti refi
ro-me à projeção de inveja. Michelângelo, um artista que viveu uma
vida muito sóbria, sem maior provocação, faz-nos pensar que há na
turezas que despertam inveja. Esse foi seu caso desde muito jovem.
46 Coleção Reflexões Junguianas
Medo
não tenha medo algum nem consciência do risco que corre. Te
nho visto mais de um caso em que o aparecimento da motocicleta
num sonho é importante e está ligado ao suicídio ou a situações
perigosas, isso devido ao excesso de velocidade psíquica que o in
divíduo vive.
Aristóteles observa que poderíamos ser insensíveis (apathei)
àquilo que nos provoca medo de três maneiras diferentes. Ou não
temos experiência do perigo (como no exemplo da motocicleta)
ou contamos com os recursos para enfrentá-lo ou temos certa con
fiança em nós.
Aristóteles também assinalou que o medo surge de uma im
pressão (phantasia), mas deixa claro que não é a impressão de um
sofrimento presente, mas num futuro que parece iminente. 0 catali
sador dominante do medo pode ser então a força superior do outro
bando, o que em psicoterapia junguiana poderia ser visto como
aquilo que pertence à sombra; neste caso, o que não conhecemos
do mundo exterior. Enquanto que a confiança (to tharsos) que Aris
tóteles caracteriza como oposta ao medo poderia provir de nosso
conhecimento de que o rival que temos à nossa frente é débil ou de
que tem uma disposição amistosa ou de que temos aliados mais for
tes do nosso lado. Aristóteles acrescenta que a confiança é inspira
da por inferência e comparação. Assim, teremos confiança se acre
ditamos que derrotamos outros que são iguais e até mais fortes que
nossos inimigos ou que temos mais riqueza, amigo, terra e material
de guerra. Indubitavelmente, os comentários de Aristóteles se refe
rem ao medo ou à confiança que surgem diante do inimigo numa si
tuação de guerra, porém poderiam servir de metáfora para sermos
mais conscientes do medo que sentimos.
Também temos que levar em conta o complexo papel que de
sempenha a racionalização no conceito aristotélico de medo. E
isto é algo que nos interessa muito a partir do ponto de vista psk
As emoções no processo psicoterapêutico 51
Aristóteles disse ainda que o medo faz com que as pessoas se
jam deliberativas (Retórica, 1383a: 7). Isto se aproxima da possibi
lidade de que em psicoterapia alguém considere mais profunda
mente um estado emocional que, por suas complexidades, está
cheio de medo.
Um exemplo clássico do medo é o confronto pessoal entre
dois guerreiros protagonistas da Ilíada, tal como é referido no já
citado livro de David Konstan. O referido autor descreve a cena
culminante da obra de Homero: o duelo entre Aquiles e Heitor no
começo do livro XXII:
Heitor está sozinho, fora das muralhas de Troia, es
perando nervoso Aquiles após a última luta depois
da morte de Pátroclo. A mãe e o pai de Heitor trata
ram em vão de dissuadi-lo de enfrentar um adversá
rio mais poderoso, mas Heitor está decidido, mesmo
que seja só por orgulho militar. Poderia ter se retira
do à segurança da cidade, mas sente vergonha pelas
perdas que ele causou aos troianos ao conduzi-los à
batalha depois do retorno de Aquiles. Heitor, após
vacilar, em vez de recolher-se detrás das muralhas
com os homens e mulheres troianas, decide con
frontar-se com Aquiles. Preso entre a vergonha e o
medo, entrega-se a divagações, imaginando que se
oferecer a Aquiles a devolução de Helena e entre-
gar-lhe os tesouros de Troia o conflito se resolveria.
Mas também sabe que o enfrentamento pessoal en
tre ele e Aquiles transcende os motivos originais da
guerra e pensa que Aquiles o mataria, sem vergo
nha alguma, como a uma mulher nua. Então decide
lutar. O medo diante de um oponente mais podero
As emoções no processo psicoterapêutico 53
Gratidão
Eros
Ódio
tro casal que, durante toda a sua vida, manteve um nível social
bastante elevado e uma boa relação, mas depois que ingressaram
num retiro de velhos começaram a odiar-se mutuamente.
David Konstan {2006:186-187) diz que Aristóteles tem razão,
como era de se esperar, em seu comentário sobre o uso grego do
termo ódio em referência a tipos mais do que a indivíduos, pois,
na prática, o verbo to misein na maioria das vezes expressava des
prezo pela categoria ou classe de pessoas, não por indivíduos em
particular. Mas talvez isto tenha também alguma relação com o
pano de fundo da filosofia prática de Aristóteles, que era formar
para a vida na pólis, para um fim coletivo. Segundo disse Martha
Nussbaum, na ideia aristotélica da reflexão filosófica sobre temas
éticos e políticos, os quais têm uma finalidade prática, “a presença
do grupo e a identificação de cada indivíduo com o grupo são par
tes importantes do processo. O que se busca é ter uma visão mais
clara do fim comum” (2003: 85).
No Hipólito de Eurípides, Fedra diz: “Odeio as mulheres ca
sadas verbalmente, mas que secretamente se enredam em feias es
capadas”. E Hipólito, por sua vez, anuncia que odeia uma mulher
sábia e, um pouco mais adiante, a todas as mulheres indiscrimina
damente. Estas mesmas declarações, num tom menos trágico do
que Eurípides, aparecem coloquialmente na vida e também na psi
coterapia quando, por exemplo, uma mulher diz ao terapeuta:
“Bom, você sabe como são os homens”. Ou em homens nos quais
aparece a misoginia e qualificam todas as mulheres de “putas".
Isto é, há um tom menor de ódio que se expressa, como em Hipóli
to, num nível genérico e coletivo, venha de mulheres ou de ho
mens. E tanto em Hipólito como em nossa vida cotidiana, assim se
escapa da emoção que corresponderia ao individual. Também no
Prometeu acorrentado, de Ésquilo, Prometeu diz a Hermes: “Aprerí^
di a odiar os traidores”.
As emoções no processo psicoterapêutico 65
Pena
3.Arepa = comida típica venezuelana: bolinho de milho que pode ser comido
puro ou recheado com carne ou queijo [N.T.].
As emoções no processo psicoterapêutico 69
Ciúme
seis anos; pelos menores de seis anos, o luto será de um mês. Pelo
marido, pode-se guardar luto por dez meses, parentes próximos
por oito. Qualquer um que contravenha estas restrições será obje
to de desaprovação pública”. Dá-nos o que pensar que o luto seja
assunto do Estado e de repercussões coletivas. Indubitavelmente,
os romanos eram regidos por leis que o coletivo acatava, e assim
acabaram criando as leis pelas quais o mundo ocidental é regido.
/
4 Alegria, tristeza,
ressentimento e
sofrimento
Alegria e tristeza
Ressentimento j
Sofrimento
***
NATHANSON, D.L. (1992). Sham e and Pride: Affect, Sex and the
Birth on the Self. Nova York: Routledge.
248 páginas _
A EDITORA
▼ VOZES
,'SPr^
r c k s /
& EDITORA
#' /
H i; y
CULTURAL
A dm inistração - Antropologia - Biografias CATEQUÉTICO PASTORAL
C om unicação - Dinâm icas e Jogos
Ecologia e M eio-A m biente - E d ucação e P e dagogia
Filosofia - História - Letras e Literatura C a teq u ese - Pastoral
O bras de referência - P o lítiG a -P sic o lo g ia;, ..E n s in o religioso
Saú d e e Nutrição - Serviço. Social <3 T rab§
TEOLOGICO ESPIRITUAL
VOZES NOBILIS
PRODUTOS SAZONAIS
O autor
Rafael López-Pedraza (1920, Cuba)
entre 1963 a 1974 viveu em Zurique,
onde trabalhou no C.G. Jung Institute.
Quando regressou a Caracas, onde
reside, começou a trabalhar como
psicoterapeuta e, entre 1976 e 1989,
foi professor de Mitologia na Escola de
Letras da Universidade Central da
Venezuela. É membro da Associação
Internacional de Psicologia Analítica e
publicou em português os seguintes
livros: Hermes e seus filhos; www.vozes.com.br
Ansiedade cultural; Dioniso no exílio
- Sobre a repressão da emoção e do
corpo. Outros livros de sua autoria:
EDITORA ISBN 978-85-326-3309-5