Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A n d e ry
A lfre d o N a ffa h N e to J o s é R. T . Reis
A n to n io d a C. C ia m p a M a rília G. d e M ira n d a
Iray C a ro n e S ilvia T . M . Lane (org.)
J o s é C. L ib ân eo W a n d e rle y C o d o (o rg .)
PSICOLOGIA SOCIAL
o h o m e m e m m o v im e n to
8?
e d iç ã o
editora brasiliense
C oleçào P rim eiros Passos
Parte 1
Introdução
A Psicologia Social
e uma nova concepção
do homem para
a Psicologia
S ilvia T a tia n a M a u rer L a n e
“Q u a se n e n h u m a ação h u m a n a te m p o r su je ito u m in d i
víd u o isolado. 0 sujeito da ação é u m g r u p o , u m 'Nós',
m e s m o se a e str u tu r a a tu a i da s o c ie d a d e , p e lo fe n ô m e n o
d a reifiçaçao, te n d e a en co b rir esse ‘N ó s ’ e a tra n sfo rm á -lo
n u m a som a d e vã ria s in d iv id u a lid a d e s d is tin ta s e fe c h a d a s
u m a s às outras. ” L ucien G o ld m a n , 1947.
Decorrências metodológicas:
a pesqufea-ação enquanto práxis
A p a r tir d e u m en fo q u e fu n d a m e n ta lm e n te interdisciplinary
o p e s q u is a d o r-p ro d u to -h istó ric o p a r te de u m a v isão d e m u n d o e do
h o m e m n e c e ssa ria m e n te c o m p ro m e tid a e n e s te se n tid o n ã o h á
p o ssib ilid a d e de se g e ra r u m c o n h e c im e n to “ n e u tro ” , n e m u m
c o n h e c im e n to d o o u tro q u e n ã o in te rfira n a s u a ex istên cia. P e sq u i
s a d o r e p e s q u is a d o se d efin e m p o r rela çõ es so ciais q u e ta n to p o d em
ser re p ro d u to ra s com o p o d e m se r tra n s fo rm a d o ra s d a s condições
sociais o n d e am b o s se in serem ; d e sta fo rm a , co n sc ie n te s o u n ã o ,
sem p re a p e s q u is a im p lic a in terv en ção , a ç ã o de u n s so b re outros* A
p e s q u is a em si é u m a p rá tic a social o n d e p e s q u is a d o r e p e sq u isa d o
se a p re s e n ta m e n q u a n to su b je tiv id a d e s q u e se m a te ria liz a m n as
relaçõ es desenvolvidas, e o n d e os p ap éis se c o n fu n d em e se
a lte rn a m , a m b o s o bjetos de an álises e p o r ta n to d escrito s e m p iri
c a m e n te . E s ta re la ç ã o — o b je to d e an á lise — é c a p ta d a em seu
m o v im en to , o q u e im p lic a, n e c e ssa ria m e n te , p e sq u isa -a ç ã o .
P o r o u tro la d o , as condições h istó ric as so ciais d o p esq u isa d o r
e d e p e s q u is a d o s q u e re sp o n d e m p elas relaçõ es sociais q u e os
id e n tific a m co m o in d iv íd u o s p e rm ite m a a c u m u la ç ã o de co n h ec i
m e n to s n a m e d id a em q u e as condições sã o a s m e sm a s, o n d e as
esp ecificid ad es in d iv id u a is a p o n ta m p a ra o c o m u m g ru p a i e social,
ou seja, p a r a o p ro cesso h istó rico , q u e, c a p ta d o , nos p ro p ic ia a
c o m p re e n s ã o do in d iv íd u o com o m a n ife sta ç ã o d a to ta lid a d e social,
ou seja, 0 In d iv íd u o c o n cre to .
E s te c a r á te r ac u m u la tiv o d a p e sq u isa faz d o c o n h e c im e n to
u m a p rá x is , o n d e c a d a m o m e n to em p íric o é re p e n s a d o n o co n fro n to
com o u tro s m o m en to s e a p a r tir d a refle x ão c ritic a novos c am in h o s
d e in v e stig açã o são tra ç a d o s, q u e p o r su a vez levam a o reex am e de
to d o s os e m p írico s e an álises feitas, a m p lia n d o se m p re a co m
p re e n sã o e o âm b ito d o co n h ecid o . P e s q u is a -a ç â o é p o r excelência a
p rá x is cien tífica.
IN TR OD U Ç ÃO 19