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Dosha

P IT TA

E stilo de V ida, Be m -estar e Lon g


evidade
Dosha K a p ha

S umário

1. Princípios Básicos do A yu r v eda

• B r e v e história do A yu r v e da

• M é todo Cie n tífi c o X

A yu r v e da

• A yu r v e da c omo Lingua g em

• Os Gunas, as qualidades

dos Eleme n tos


• Princípios Essenciais do

A yu r v e da

2. O Caminho do dosha P i tta

• E n tendendo o M eu B iotipo

• Dosha P i t ta: defini ç ão e princípios


• Dosha P i t ta: Estilo de V ida e R otina
• Dosha P i t ta: E x e r cícios e Y oga
• Dosha P i t ta: Alime n ta ç ão

• Dosha P i t ta: F i tote r ápi c os

• Dosha P i t ta: I n te r v en ç ões T e r apêuti c as

3. Conside r ações F inais e P


articularidades

• Como mensu r ar meu p r og r esso ou r ee quil í bri o ?

• D ev o utilizar essas r ec omenda ç ões pa r a semp r e ?


• Como ajudar as pessoas ao meu r e dor a se r ee quil i b r ar també
m?
P r e f ácio

a u tor:

D a vid L e ys

T e r apeuta A yu r v é
di c o e massote r
apeuta.

Desde a cria ç ão do nosso blog, d e di c ado i n tei r


ame n te ao A yu r v e da, se n timos a n ec essidade da
cria ç ão de um m a terial de c onsulta r ápida, que
ajudasse as pessoas no c otidiano, no se n tido de
alinhar a r otina e os háb i tos c om o seu biotipo psi co
f ísi c o ( dosh a ).
N esse liv r o, criado pa r a ser b r e v e e essencial, abo
r da r emos asp ec tos bási c os que pode r ão guiar
mesmo a queles que ainda são lei g os nos assu n tos
discutidos à luz do A yu r v e da, pa r a uma r otina
simples que l ev e a um bem- estar todos os dias, t r a z
endo de f orma úni c a os principais p r ec e i tos a yu r
v é di c os pa r a o seu dia.

A c ompanhe-nos nessa b r e v e jornada ao seu biotipo,


e ap r enda r apidame n te c omo se se n tir melho r ,
ter mais disposi ç ão, ad e quar planos e p rá ti c as e e
v i tar doen ç as, vi v endo mais e melho r .
Dosha P i tta
A vis o d e isençã o d e
responsabilidade:

P o r f a v o r , pe r c eb a qu e a s in f orma ç õe s c o
n tida s neste liv r o sã o apena s pa r a f in s e
ducacionais . T od o es fo r ç o foi fe i t o pa r a f orn e
ce r in f orma ç õe s p r e cisas , a tualizadas, c on f i á
vei s e c ompl e tas . N enhum a ga r a n ti a d e
qualquer tip o é e xp r ess a o u implíc i ta . O s le i to
r e s a c e i ta m qu e o a uto r nã o est á f orn e c end
o p r estaç ã o d e a c onselhame n to jurídi c o , f inan
c ei r o , m é di c o o u p r o f issional.
A o le r est e docume n to , o le i to r c on co r d a qu e
sob nenhum a ci r cunstânci a somo s r espons á vei s
por quaisque r pe r das , di r e ta s o u indi r e tas , qu
e o cor r am c om o r esultad o d o us o d e in f orma ç
õe s c o n tida s neste docume n to , incluindo , ma s
nã o lim i tad o a er r os, omissõe s o u imp re cisões.
Ed i to r a I
ndiam e d Sã o P
a ulo , B r asil 2
º Edi çã o - 2 0
22
IS B N 978-65-994669-2-2
P ARTE 01
RI N CÍ P I OS B ÁS I COS
DO A YU R VE D A
P r a quem
esse
l i v r o é di r ecionad o
?

T odo o c o n teúdo desse liv r o f oi di r e


cionado pa r a o biotipo P IT T A da lingua g
em a yu r v é di c a, também c onh e cido c
omo Dosha P i t ta. E n tendemos dessa f
orma que v o c ê já c onsultou um te r
apeuta pa r a saber o seu dosha, ou ao
menos r e ali z ou ao menos o nosso
Questionário Online de Doshas , pa r a saber
qual o seu biotipo essencial.

N o diagnósti c o online ou no diagnósti c o p


r esencial c om o seu te r apeuta, há dois
tipos de biotipo: p r akr i ti e vikr i ti.
P r akr i ti é o seu biotipo de nas c en ç a, e
vikr i ti c onh ec emos c omo o seu biotipo a
tual, já analisando o seu des e quil í brio apa
r e n te. P r e cisamos deixar cla r o que esse
liv r o é v oltado pa r a pessoas c om biotipo
de nas c en ç a Kapha, ou seja: P RAKRITI P
IT T A . P r e cisamos e xpli c ar isso
principalme n te po r que abo r da r emos a
qui as di v ersas impli c a ç ões dos di f e r e
n tes tipos de des e quil í brio de uma pessoa
que nas c e e se r ec onh ec e c omo P IT T A.
Se v o c ê ainda não r e ali z ou a sua c
onsulta c om o T e r apeuta A yu r v é di c o,
c onside r e a c onsulta online: clique a qui
pa r a saber c omo a g endar a sua c onsulta
online.

A c onsulta perm i te o alinhame n to da sua


r otina em esp e cial c om as n ec essidades
do seu biotipo, tornando o c aminho mais
cla r o e simples de segui r .
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

B r e v e H istória
do A yu r v eda

A pal a v r a A yu r v e da é f ormada por


dois eleme n tos bási c os: “ a yur ” , que
signifi c a vida, e “ v e d a ” , que signifi c a
ciência ou c onh e cime n to. T r adicionalme
n te, o A yu r v e da é c onh e cido c omo a “
ciência da V id a ” . O A yu r v e da é um c
ompl e x o sistema de bases simples, criado
c omo um sistema de cu r a há mais de 3 mil
anos a t r ás. É um dos sistemas mais a n ti
g os criados pela humanidade, e o seu m é
todo de c ompa r a ç ão do funcioname n to
do nosso c orpo c om a n a tu r eza é v álido
e impo r ta n tíssimo a té os dias de hoje.
A ori g em do A yu r v e da v em de t e xtos
sag r ados chamados VE D AS, uma das c ol
eç ões l i te r árias mais a n tigas do mundo,
criadas c omo hinos em v erso, e que de r
am ori g em a di v ersas r acionalidades e
sistemas humanos. As pa r tes c onh e cidas
e c a talogadas dos v e das são: Rig - V e da,
Y aju r - V e da, Sama - V e da e A tha r v a -
V e da. Esse t e xtos f o r am r e g ist r os da
e v olu ç ão do homem em di v ersas á r e
as, e sua lingua g em mistu r av a ciência, r
eli g ião, espir i tualidade e c onh e cime n to
n a tu r al.
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

B r e v e H istória
do A yu r v eda

O a yu r v e da se c onsolidou c omo r
acionalidade m é di c a e pode ser estudado
a fundo c om o su r g ime n to dos t e xtos c
ompl e tos sob r e o t ra tado do A yu r v e
da no orie n te. Os t r ês mais impo r ta n tes
são o Ca r aka Samh i ta ( clíni c a m é di c a
), o S ushruta Samh i ta ( c om di v ersas in o
v a ç ões na á r e a de ciru r g i a ) e o
Asthanga H rid a ya ( esp é cie de c ompila ç
ão dos dois a n terio r e s ). Esses t r ês t e
xtos, também chamados pelos estudiosos do
A yu r v e da de “t e xtos clássi c os ” , f o r
am a base pa r a os estudos modernos e
essenciais pa r a a difusão do A yu r v e da
no O cide n te.
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

M étodo Cie n tífico x


A yu r v eda

Segundo a T e oria dos P


anchamahabhutas, base da ló g i c a do A yu
r v e da, todas as c oisas do mundo são f
ormadas pelos 5 eleme n tos: água ( jal a ),
ter r a (pr i t v i ), f o g o ( agn i ), ar ( v a y u
) e é ter ( akash a ).

É mu i to impo r ta n te lemb r a r ,
principalme n te pa r a quem está c om e ç
ando a des c obrir os m é todos e c on c e i
tos do A yu r v e da, que essa ciência n a tu r
al e a n tiga nem semp r e segue pelo c
aminho do m é todo cie n tífi c o.
Experiências, obse r v a ç ões e testes são
mu i to c omuns no A yu r v e da também,
mas a ló g i c a nessa te r apia de cu r a v
em do pensame n to analó g i c o. Ou seja, o
A yu r v e da é uma lingua g em de analo g
ia c om a n a tu r eza e seus eleme n tos,
obse r v ando suas qualidades e i n te r a ç
ões pa r a harmonizar e r ee quil i b r ar
nosso c orpo e me n te.
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

A yu r v eda como
Lingua g em

P a r a que c onsigamos adaptar todo o


nosso estilo de vida, háb i tos, emo ç ões e
pensame n tos de a c o r do c om o A yu r v
e da, p r e cisamos e n tendê-lo c omo uma
lingua g em. I sso quer di z er que, quando v
o c ê e n tende a ló g i c a dos 5 eleme n tos,
a T e oria dos P anchamahabhutas ( que
estuda r emos a segui r ), v o c ê c onsegue
adaptar essa ló g i c a a tudo e a todos. Cria-
se r e alme n te uma lingua g em pa r a que
se possa “ler” nosso c orpo e a nossa me n
te, c onf r o n tando-os c om as c ondi ç ões
do meio- ambie n te, esta ç ões do ano,
fases da vida, e tc.
E n tendendo as c a r a c terísti c as do
nosso biotipo ( dosh a ) e pe r c ebendo as c
a r a c terísti c as do que nos c e r c a,
podemos saber e lidar c om todas as c ondi ç
ões que nos e quil i b r am ou nos r ee quil i
b r am.

O A yu r v e da dessa f orma nos ensina a


nos cuida r , perm i tindo que nos tornemos
nosso p r óprio te r apeuta de c e r ta f orma,
e nos deixando independe n tes pa r a cuidar
do nosso c aminho da melhor manei r a
possí v el.
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

P anchamaha b hu tas, a Base da


ló g ica A yu r v édica

Segundo a T e oria dos P anchamahabhutas,


base da ló g i c a do A yu r v e da, todas as c
oisas do mundo são f ormadas pelos 5 eleme
n tos: água ( jal a ), ter r a (pr i t v i ), f o g o
( agn i ), ar ( v a y u ) e é ter ( akash a ).
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

P anchamaha b hu tas, a Base da


ló g ica A yu r v édica

T udo o que se pode v e r , se n tir e lidar é f


ormado por esses cin c o eleme n tos em seu
estado essencial ( e não no estado f ísi c o c
omo podemos ima g ina r ). As c oisas que c
ompõem a n a tu r eza do nosso mundo são
di f e r e n tes apenas na qua n tidade e p r e
dominância desses eleme n tos, f ormando
assim a enorme di v ersidade de tudo o que
há ao nosso r e dor e de n t r o de nós
também. Se tudo se r esume a 05 eleme n
tos essenciais, fi c a mais fácil lidar c om o
mundo a pa r tir dessa lingua g em, já que
tudo esta r á enquad r ado nas c a r a c
terísti c as de c ada um desses eleme n tos,
c omo v e r emos a segui r .
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

Os Gunas, as Qualidades
dos Eleme n tos

P a r a que possamos lidar c om esses cin c


o eleme n tos (panchamahabutha s ) de f
orma p rá ti c a e te r apêuti c a, p r e
cisamos e n tender suas qualidades
essenciais. Essa qualidades são chamadas
de gunas. Os gunas são as c a r a c terísti c
as ou qualidades que nos perm i tem pe r c
eber a p r esen ç a e a qua n tidade dos 5
eleme n tos, onde quer que eles estejam e
se mani f estem.
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

Princípios essenciais do
A yu r v eda:

Al g o impo r ta n te a se lemb r ar é que o A


yu r v e da é uma lingua g em estabel e cida
há milha r es de anos a t r ás, e que hoje é
estudada e apli c ada o mais p r ó ximo possí
v el dos t e xtos clássi c os, que nos guiam.

Dessa f orma, as indi c a ç ões e r ec


omenda ç ões do A yu r v e da pa r a r otina,
alime n ta ç ão e s a úde têm ori g em em
uma r e alidade dista n te da que temos
hoje, c om c on c e i tos mais t r adicionais e
r eg r as p r é-definidas. P o r ém, c omo
nosso c otidiano mudou mu i to, e já que mu
i tos háb i tos, p r á ti c as e ho r ários são d
e terminados pelo t r abalho ou r otina de g r
ande cidade, é p r e ciso adaptar os f a to r
es e princípios te r apêuti c os, e minimizar
os danos quando a r otina possui um eleme
n to que não pode ser mudado.
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

Sono e I
nsônia

O sono, c omo na maioria das p rá ti c as m


é di c as e te r apêuti c as, é essencial pa r a
uma boa s a úde. N o A yu r v e da o sono é
a ch a v e pa r a o r ej uv enescime n to, r
epa r a ç ão e lon g e vidade.

Os sinais de uma boa no i te de sono


incluem disposi ç ão pa r a o t r abalho, c
apacidade de c on c e n t r a ç ão, f ome r
egular e apa r ência s a ud á v el dos
principais t e cidos. Como o A yu r v e da ma
n tém mu i to o f o c o na p r e v en ç ão, é
impo r ta n te lemb r ar que toda a r otina de
um indivíduo v ai influenciar na sua no i te
de sono. E x e r cícios r egula r es, alime n ta
ç ão c or re ta, m e d i ta ç ã o / y oga e o uso
c or re to dos se n tidos influenciam o sono
de f orma d e cisi v a.
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

Sono e I nsônia

P a r a c ada biotipo ou indivíduo esses f a to


r es influencia r ão de f orma di f e r e n te.
De f orma g e r al, a insônia apa r ec e
quando a r otina é alte r ada, ou quando a c
apacidade de di g estão emocional está a fe
tada.

H á di v ersas f ormas de melho r ar a c


apacidade de sono

a t r a v és do A yu r v e da:
• P rá ti c a de e x e r cícios mode r ados;

• Ambie n te ad e quado ( t r anquilo e


sem e x c esso de tensã o );
• Massa g e ar o c ou r o c abeludo e a sola
dos pés c om ól e o morno;
• M e d i ta ç ão e le i tu r a a n tes de
dormir;

• Chás que estimulam o sono ( c amomila,


e r v a do c e, l a v anda, v aleriana, e t c )
ou le i te ( animal ou v e g e tal) morno,
que pode ser m e di c ado c om c anela ou
no z - mos c ada, por e x emplo;
• P ostu r as de y oga c omo adho mukha s
v anasana.
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

Alime n tação ( des nu


trição e obesidad e )

Mais um princípio que no r teia todas as f


ormas de m e dicina que hoje c onh ec
emos. T udo o que in g erimos c onst r ói de
c e r ta f orma a nossa r e alidade, e nos
perm i te v er e e n tender o que a c o n t ec
e ao nosso r e dor de f orma mais cla r a ou
mais tu r v a.
P a r a o A yu r v e da, tudo o que não pode
ser di g erido se torna t o xina ( chamada de
AMA), e se não f or eliminado p r ejudi c a a
nossa s a úde. P or isso, no A yu r v e da a di
g estão e a elimina ç ão são f a to r es
essenciais.
Como tudo no A yu r v e da, uma alime n ta
ç ão s a ud á v el signifi c a que essa alime n
ta ç ão é ad e quada ao B iotipo d a quele
indivíduo, que pode r á di g erir e assimilar
os nutrie n tes de f orma c or re ta. A c
onstru ç ão de todos os t e cidos do nosso c
orpo é ori g inada dos alime n tos, e dessa f
orma d e v emos ter a ten ç ão esp e cial em
c ada p ra to.
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

Alime n tação ( des nu


trição e obesidad e )

P a r a que c onsigamos uma di g estão c or


re ta, segundo o A yu r v e da, é n ec essário
a ten ç ão e t r anquilidade às r e f ei ç ões.
D ev e-se p r estar a ten ç ão aos alime n
tos, à mastiga ç ão e também à di g estão, c
omo uma a tividade quase m e d i t a ti v a (
de a ten ç ão plen a ). Dessa f orma, in g
erimos a qua n tidade id e al de alime n tos e
c onseguimos p r o c essar c ada nutrie n te.
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

E x e r cícios ( sede n tarismo e


des g aste pelo e x cess o )

Aqui está out r o po n to onde o A yu r v e


da di f e r e do senso c omum ocide n tal. De
a c o r do c om o A yu r v e da, o e x e r cício
não d e v e ser p ra ti c ado à e x a ustão.

Os e x e r cícios, mesmo que adaptados a c


ada dosha individualme n te, d e v em ser p
r a ti c ados mode r adame n te. O impo r ta
n te é não desgastar demais os t e cidos e
não gastar toda a sua ene r g ia.
Como r e f e r ência, di z -se que temos que
nos e x e r c i tar a té que se inicie a sudo r
ese. Quando c om e ç amos sua r , estamos
no mome n to de pa r a r .

I sso é bem di f e r e n te do que ap r


endemos c om qualquer m é todo cie n tífi c
o pa r a pe r da de peso, hipe r t ro fia ou
mesmo manuten ç ão da s a úde. Mas c om
essa ideia de e x e r cícios podemos e n
tender que o A yu r v e da é uma ciência que
p r eza pela s a úde dos t e cidos, manuten ç
ão da ene r g ia i n terna ( oja s ) e lon g e
vidade.
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

P r e v
enção

A p r e v en ç ão é um dos obj e ti v os c e n
t r ais do A yu r v e da. A obse r v a ç ão da r
otina, alime n ta ç ão, e n t r e out r os, visa
a p r e v en ç ão de des e quil í brios e doen
ç as.

Se a m e dicina moderna ocide n tal possui


um alto potencial pa r a aliviar si n tomas e
apagar p r oblemas mais g r a v es, o A yu r
v e da possui um e x c ele n te r esultado na
á r e a p r e v e n ti v a.
I sso po r que quando en x e r gamos o
indivíduo a t r a v és das minúcias e pa r
ticularidades do seu biotipo, é possí v el de c
e r ta f orma e n tender c omo a quele c o n
ju n to c orpo- me n te funciona, e dessa f
orma p r e v er a maioria das doen ç as que
poderiam apa r ec e r .

Se uma pessoa segue a r otina a yu r v é di c


a c om a ten ç ão, não só c onsegui r á ter
ene r g ia e s a úde pa r a as a tividades do
dia a dia, c omo c onsegui r á ma n ter a me
n te em paz e lon g e das pe r turba ç ões c
omuns. Esp e cialme n te quando os
ensiname n tos a yu r v é di c os são aliados
ao Y oga.
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

R ej u v
enescime n
to

O r ej uv enescime n to é uma pa r tes mais


i n te r essa n tes na r acionalidade a yu r v é
di c a, pela i n teg r a ç ão e ló g i c a c om
todos os out r os c on c e i tos.

De a c o r do c om a ideia de r ej uv
enescime n to no a yu r v e da, os principais
f a to r es de desgaste dos t e cidos são a s e
cu r a dos t e cidos (pela a ç ão de v a t a ) e
também o a qu e cime n to desses t e cidos,
pela a ç ão do agni.
E n tão a ideia pa r a o r ej uv enescime n to
seria o f e r ec er a ç ões te r apêuti c as c
om e f e i to c o n t r ário a esses f a to r es
de desgaste, semp r e ajustados ao biotipo
de c ada indivíduo: a ç ões umidifi c a n tes e
u n tuosas (por e x empl o ), c onsumo de
alime n tos que c omb a tam os r adi c ais liv
r es e tenham e f e i to a n ti o xida n te.
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

R ej u v enescime n to

Dessa f orma, podemos melho r ar a s a úde


e o funcioname n to dos t e cidos, obtendo
um asp ec to mu i to melhor e a poss i
bilidade do r estabel e cime n to da ene r g
ia c orpo r al ( oja s ).
Alguns e x emplos de a ç ões pa r a o r ej uv
enescime n to no A yu r v e da são:

• alime n ta ç ão a n ti - v a ta e c om
alime n tos n a tu r alme n te u n tuosos (
ol e a g inosas, aba c a te, legumes c omo
tom a te, b a t a ta do c e e c enou r a,
frutas c omo limão e to r a n ja, e frutos do
ma r );
• i n te r v en ç ões te r apêuti c as c om ol
e a ç ão, c omo ab h yanga e shi r odha r a;
• h a tha y oga;

• uso de alime n tos a n ti o xida n tes, c


omo a v eia, a z e i te de oli v a, linha ç a,
aba c axi;
• chás de c e n telha asi á ti c a, de n te de
l e ão e c a v alinha.
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

A yu r v
eda e Y o g
a

O Y oga e o A yu r v e da possuem uma r ela


ç ão mu i to í n tima, e se p ra ti c adas de f
orma c ompleme n tar podem t r a z er ao
indivíduo uma vida s a ud á v el, plena e f
eliz.

N a p rá ti c a, essas duas ciências irmãs


dividem uma ori g em c omum, mesmo que
e xpli c adas e disseminadas em di f e r e n
tes t e xtos clássi c os.
O A yu r v e da é uma r acionalidade que
ensina c omo ma n ter uma r otina de p rá ti
c as e cuidados pa r a ma n ter a s a úde e a
ume n tar a lon g e vidade do c orpo, sendo (
ao c o n t r ário do que possa pa r ec e r )
mais p rá ti c a e densa do que o p r óprio Y
oga.

N o A yu r v e da, as a ç ões pa r a p r e v en
ç ão de doen ç as e c o n t r ole da me n te
são e xternas ( e n v o lv em p rá ti c as c
orpo r ai s ) e a ç ões diárias que visam o e
quil í brio c om o meio-ambie n te.
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

A yu r v
eda e Y o g
a

J á o Y oga e n v o lv e toda uma pa r te me n


tal e espir i tual p r o funda. Os ásanas,
postu r as mu i to c onh e cidas do Y oga, são
e x c epcionais pa r a se melho r ar o e quil í
brio i n terno e desbloqu e ar c anais de ci r
cula ç ão de ene r g ia densa e sutil ( s r ota
s ).

Os ásanas são p rá ti c as indispens á v eis


no uni v erso do Y oga, mas há mu i to mais.
O Y oga ap r e ende uma série de e x e r
cícios r espi ra tórios (p r an a yama s ), m e
d i ta ç ões, p rá ti c as de ma n t r as e
limpezas c orpo r ais que são harmôni c as c
om a r otina do A yu r v e da.

O maior bene f ício que pode ser adquirido


ao uni r -se as p rá ti c as do Y oga aos m e c
anismos do A yu r v e da é a personaliza ç ão
e e n tendime n to dessa p rá ti c a pa r a c
ada indivíduo.
O que é A yu r v ed
a?
Princípios Básicos

A yu r v
eda e Y o g
a

Ou seja, a t r a v és do diagnósti c o a yu r v
é di c o e estabel e cime n to dos p r o c e
dime n tos pa r a r ee quil í brio dos doshas,
é possí v el es c olher as p r á ti c as e
ásanas de Y oga que mais c o n tr i bui r ão
pa r a que a quela pessoa tenha boa s a úde
e f elicidade.

N a p rá ti c a: es c olher asanas, m e d i ta ç
ões, p r an a yamas e out r os e x e r cícios
que beneficiem o dosha a ser e quil i b r ado,
criando uma r otina c ompl e ta e mu i to
mais efi c az.
PA R T E 0 2
OCAMINHODEPI
T TA
O C AMIN H O D E
P IT T A

En tendendo o meu biotipo: P r akr i ti e

V ikr i ti O que é P r akr i ti

N o c o n t e xto de diagnósti c o a y uv é di c o e d e
termina ç ão de biotipo, a P r akr i ti é a n a tu r eza
do indivíduo, ou seja, a sua c onst i tui ç ão ori g inal
desde o nascime n to. N as c emos c om um biotipo
esp e cífi c o em uma c ombina ç ão úni c a dos
panchamahabutas ( 05 eleme n to s ) e em uma
harmonia pa r ticular e n t r e os t r ês doshas ( v a
ta, P i t ta e Kaph a ).

O que é V
ikr i ti

Com o d ec or r er da vida, e c om as di v ersas a


tividades e adapta ç ões que o nosso c orpo s o f r e,
alte r amos signifi c a ti v ame n te a nossa c onst i
tui ç ão inicial (p r akr i t i ). Essa p r akr i ti dá lugar
à vikr i ti, a c onst i tui ç ão a tual do nosso c orpo e
que possui potenciais des e quil í brios, de a c o r do
c om o qua n to nos afastamos da nossa p r akr i ti,
e c om os f a to r es que d e termina r am essa
mudan ç a.
O C AMIN H O D E
P IT T A

En tendendo o meu caminho ao r


eequil í brio

Quando r e alizamos um t ra tame n to a yu r v é di


c o pa r a o r ee quil í brio, temos que obse r v ar cla
r ame n te qual é a nossa p r akr i ti e qual a nossa
vikr i ti.

M esmo que o c aminho te r apêuti c o seja pe r c


orrido de f orma le n ta, se o indivíduo puder ma n
ter essa ideia de di r e ç ão ( vikr i ti >> p r akr i t i
), essa pessoa semp r e esta r á no c aminho rumo à
s a úde e à lon g e vidade.

P or mais que nossas a ç ões sejam no nosso r i tmo


e não c onsigamos adquirir háb i tos e in c orpo r ar
p rá ti c as de f orma r ápida, esta r emos p r og r e
dindo semp r e que bas e armos nossas a ç ões c
onside r ando essa ideia de c aminho p r og r essi v
o, desde uma s i tua ç ão mais des e quil i b r ada de
hoje ( vikr i t i ) a té um mome n to id e al de p r o
ximidade c om a sua essência (p r akr i t i ).
O C AMIN H O D E
P IT T A

O que significa ser P


i tt a ?

Uma pessoa c om o biotipo p r e domina n teme n te


P i t ta possui c a r a c terísti c as esp e cífi c as
desse biotipo na sua pa r te f ísi c a, emocional e me
n tal, e isso defini r á uma a t i tude du r a n te toda
a sua vida, c om r ela ç ão às pessoas e ao mundo.
P i t ta é f ormado pelos eleme n tos f o g o ( agn i )
e água ( jal a ), sendo que as qualidades desses
eleme n tos f orma r ão toda a estrutu r a me n tal e
c orpo r al do indivíduo de P i t ta, lhe c on f erindo c
a r a c terísti c as esp e ciais, incluindo desafios e
aptidões n a tu r ais.
O C AMIN H O D E
P IT T A

Qualidades de P i tta (
Guna s )

As principais qualidades (guna s ) de P i t


ta são:

• U n tuoso ( sni
g dh a )

• Que n te (
ushn a )

• M ó v el (
sa r a )

• L ev e (la
ghu)
Ao e n tender as qualidades dos eleme n tos que f
ormam o dosha P i t ta pe r c ebemos que a ori g em
de suas c a r a c terísti c as, e n tendendo suas possí
v eis tendências a des e quil í brios, doen ç as e p r
oblemas de afinidade c om out r as pessoas e
doshas. Em um se n tido mais amplo, nenhuma c a r
a c terísti c a pode ser c onside r ada boa ou ruim de
f orma i n tríns e c a.
O C AMIN H O D E
P IT T A

P r edominância de P i tta e o u t r os
doshas combinados

É impo r ta n te também saber que temos os t r ês


doshas c ombinados no nosso biotipo semp r e, e
que o dosha diagnosti c ado indi c a apenas um p r e
domínio.
Quando uma pessoa possui a p r e dominância do
dosha P i t ta, esse dosha se r á o r e g e n te e suas
c a r a c terísti c as perm e a r ão os out r os eleme n
tos e doshas.
É
impo r ta n te também
saber que temos os t r ês
doshas c ombinados no
nosso biotipo semp r e, e
que o dosha diagnosti c
ado indi c a apenas um p r
e domínio. Quando uma
pessoa possui a p r e
dominância do dosha P i t
ta, esse dosha se r á o r e
g e n t e e sua s c a r a c
terísti c as perm e a r ão os
out r os eleme n tos e
doshas.
O C AMIN H O D E
P IT T A

Mas se isso o c or r er de f orma e xa g e r ada e des


c ompensada, ou se as c a r a c terísti c as do p r
óprio P i t ta diminuí r em signifi c a ti v ame n te,
isso pode r ep r ese n tar o início de uma fase de
doen ç a e s o frime n to.

H a v e r á n a tu r alme n te princípios e pa r
ticularidades que o P i t ta domina r á e se r á í n
timo, c omo lide r an ç a, a r ticula ç ão e dis c
ernime n to. P i t ta é o eleme n to da cla r eza, e um
P i t ta em e quil í brio c onsegue en x e r gar poss i
bilidades e o r ganizar prioridades c omo ninguém.

O g r ande p r oblema é que uma pessoa de P i t ta


tem a tendência ( em des e quil í bri o ) a achar que
os out r os d e v em ou p r e cisam a g ir e pensar c
omo ele, e que a p r esen ç a menor dessas
qualidades que ele ta n to p r eza e culti v a signifi c
a que há um de f e i to.
O C AMIN H O D E
P IT T A

Dificilme n te temos p r e dominância absoluta de


um dosha no nosso biotipo. A maioria das pessoas
possui uma c ombina ç ão de p r akr i ti, c omo v a
ta-kapha, v a ta- p i t ta ou mesmo v a ta-p i t ta-
kapha.

M esmo assim, pe r c ebemos que o dosha mais a ti


v o influencia os out r os de f orma mu i to pa r
ticula r , sendo que a pa r te Kapha de uma pessoa c
om p r e dominância V a ta se r á úni c a, c om
qualidades e f ormas moldadas por esse dosha v a
ta, por e x emplo.

P ode pa r ec er que isso c ompli c a as c oisas, mas


na p rá ti c a é o c o n t r ário. Doshas c ombinados
tendem a se r ee quil i b r ar de f orma mais fácil e r
ápida.
O C AMIN H O D E
P IT T A

Ca r acterísticas f ísicas
g e r ais

P essoas c om p r e dominância de P i t ta possuem


c a r a c terísti c as úni c as, que são harmôni c as c
om suas c a r a c terísti c as me n tais e em si n
tonia c om as qualidades dos seus eleme n tos. P i t
ta normalme n te possuem c orpo esbelto ( mag r o-
m é dio e bem dese n v o l vid o ), c om est a tu r a
m e diana e t r a ç os c orpo r ais harmôni c os e sim
é tri c os.

O id e al de beleza que hoje pe r c ebemos na mídia


e nas r e vistas de moda nada mais é do que um
culto à beleza de P i t ta, onde pessoas bus c am a
mag r eza e a muscul a tu r a definida, além de f o r
ç a e r esistência f ísi c a.
O moti v o dessa bus c a do f ísi c o de P i t ta é p ro
funda e pode r á ser discutida em um out r o mome
n to. T r a ç os c omuns de indivíduos de P i t ta são
olhos cla r os ( azuis ou c astanho- cla r os ou cinz a
), lábios finos e bem desenhados, olhos pen e t r a n
tes, sob r an c elhas sim é tri c as e quei x o p r
oemine n te.
O C AMIN H O D E
P IT T A

É mu i to c omum também pa r a pessoas desse


dosha a p r esen ç a de pi n tas e sinais por todo o c
orpo, sendo que as “ sa r das” podem indi c ar uma
p r akr i ti P i t ta, ou um des e quil í brio de P i t ta.
A p r e dominância de P i t ta t r az também
normalme n te a umidade e ol e osidade da pele e
dos olhos, além de c abelos cla r os, soltos e ol e
osos.
Mãos, pés e d e dos de tamanho m é dio e d e dos
sim é tri c os também podem indi c ar a p r e
dominância desse dosha em um indivíduo.
O C AMIN H O D E
P IT T A

Ca r acterísticas emocionais
g e r ais

Mais uma v ez pe r c ebemos c a r a c terísti c as do


dosha P i t ta que são c eleb r adas pela soci e dade
moderna ocide n tal. Os indivíduos de P i t ta
possuem no seu c erne a lide r an ç a n a tu r al, a o
r ganiza ç ão c onsta n te e a ambi ç ão permane n
te.

São pessoas que bus c am r eputa ç ão e que r em


semp r e melho r ar e pe r c eber na p r á ti c a os
frutos do seu t r abalho, utilizando planilhas, núme r
os e eleme n tos ló g i c os pa r a p ro v ar o p r óprio
su c esso.
Em um primei r o mome n to isso pode pa r ec er um
quad r o ruim, pessoas menos humanas e mais c ap
i talistas. Mas esse julgame n to não e xiste no A yu
r v e da. Em primei r o lugar po r que, c omo c i
tamos, essas são apenas c a r a c terísti c as ori g
inadas dos eleme n tos c ompone n tes de P i t ta.
O C AMIN H O D E
P IT T A

Ca r acterísticas emocionais
g e r ais

E em segundo lugar po r que essa pe r c ep ç ão nos


apa r ec e po r que v emos hoje no mundo mu i tas
pessoas des e quil i b r adas no dosha P i t ta,
pessoas que passam de ambiciosas pa r a
gananciosas, de a r ticuladas pa r a manipulado r as,
e fa z em de tudo pa r a c onseguir o que que r em.

Os indivíduos de P i t ta possuem essa tendência de


des e quil í brio, e isso r e quer mu i to cuidado ao c
onf r o n tar seus p r óprios de f e i tos e as lim i ta ç
ões das out r as pessoas.
Princípio g e r al de P i tta : t r
ans f ormação
O C AMIN H O D E
P IT T A

Ca r acterísticas de P i tta (guna s ) e como


usar os opostos pa r a se r eequil i b r ar

Mas lon g e de ser uma se n ten ç a, isso passa a ser


apenas um desafio quando v o c ê e n tende a si
mesmo e inicia o c aminho do a uto c onh e cime n
to.
Quando des e quil i b r amos em qualquer asp ec to,
o primei r o passo é e n tender que a quele p r
oblema é apenas um des e quil í brio, e que seu apa
r e cime n to é e f ême r o. N osso c aminho ao a uto
c onh e cime n to e à paz i n terior é um c aminhos
de c onsta n tes des e quil í brios e r ee quil í brios,
esp e cialme n te pa r a P i t ta.

O indivíduo de P i t ta pode des e quil i b r ar em c a


r a c terísti c as de V a ta ( insôni a ) ou Kapha (
obesidad e ), por e x emplo, mas quando isso a c o n
t ec e é r el a ti v ame n te fácil pa r a ele pe r c eber
e bus c ar o r ee quil í brio.

O desafio r e al pa r a um P i t ta é balan c e ar seus


desafios i n ternos c om os out r os doshas. Diminuir
sua c omp e t i tividade (p i t t a ) a ume n tando sua
amo r osidade (kaph a ).
O C AMIN H O D E
P IT T A

Ca r acterísticas de P i tta (guna s ) e como


usar os opostos pa r a se r eequil i b r ar

Diminuir sua aspe r eza (p i t t a ) a ume n tando seu


bom- humor ( v a t a ). M esmo que tenhamos um
dosha r e g e n te, semp r e d e v emos dominar
nossos t r ês doshas, e quil i b r ando-os em uma
dan ç a pa r a que fiquemos semp r e f eli z es e em
paz.

I sso quer di z er que um P i t ta pode utilizar ta n to


da c ompanhia de pessoas de out r os doshas, c
omo de a tividades, alime n tos e a t i tudes desses
doshas pa r a bus c ar seu e quil í brio.

Ce r c a-se de pessoas de v a ta e r elaciona r -se


amo r osame n te c om pessoas de Kapha não só
ensina paciência e tole r ância, mas faz e n tender
que os out r os doshas estão vi v os em v o c ê e são
essenciais pa r a a sua vida.
O C AMIN H O D E
P IT T A
O C AMIN H O D E
P IT T A

Dosha P i tta : estilo de vida


e r otina

A esc o lha da R otina pa r a P i tta (


dinacha r y a )

A p r e dominância de P i t ta perm i te que essas


pessoas c onsigam c o n t r olar seus ho r ários e ta r
efas de f orma fácil, quando em e quil í brio. Um P i t
ta possui obj e ti v os cla r os a sua f r e n te e bus c
a r esultados, sendo n a tu r alme n te disciplinado c
om a quilo que p r opõe pa r a a p r ópria vida.

Mas d e v emos lemb r ar que a tendência ao des e


quil í brio semp r e e xiste, sendo n a tu r al da c
ondi ç ão humana. E um P i t ta pode r á v alorizar
demais seus p r o c essos e r otina, esqu ec endo o
obj e ti v o final e f o c ando apenas em fa z er e e x
e cuta r , esqu ec endo-se de c oisas impo r ta n tes
c omo se r elacionar e des c ansa r .
O C AMIN H O D E
P IT T A

Dosha P i tta : estilo de vida


e r otina

Essa pessoa, quando des e quil i b r a e pe r de sua


moti v a ç ão inicial, pode se tornar e xi g e n te
demais c onsi g o e c om os out r os, pe r dendo a
tole r ância e se tornando di f ícil de c o n vi v er ta n
to na pa r te p r o fissional qua n to pessoal.

P i t tas também des e quil i b r am em c a r a c


terísti c as de out r os doshas, c omo falta de f o c o
( v a t a ) e p r egui ç a (kaph a ), sendo que, se essa
pessoa não esti v er em um c aminho de a uto c onh
e cime n to e não pe r c eber os seus p r óprios p r o
c essos, pode c air em um período de culpa e
estados dep r essi v os, já que o o r gulho de um P i
t ta o ma n tém semp r e c ob r ando de si mesmo
desempenho e su c esso.
P essoas de P i t ta c onseguem facilme n te mudar
a sua r e alidade, e a r e alidade dos out r os e das
inst i tui ç ões a que pe r ten c em ( incluindo a
famíli a ). Lemb r amos que a c a r a c terísti c a
principal do P i t ta é a t r ans f orma ç ão, di r e ç ão
essencial do f o g o, seu eleme n to r e g e n te e
impe ra ti v o.
O C AMIN H O D E
P IT T A

Dosha P i tta : estilo de vida


e r otina

I sso perm i te que uma pessoa c om p r e


dominância de P i t ta possa mudar sua r otina e p r
o c essos quando notar que está imp r oduti v o e
estagnado, e pode também ajudar out r as pessoas (
no papel de psi c ólo g os, c oach s ), a mudar a p r
ópria r e alidade também. O des e quil í brio apa r ec
e quando o P i t ta ac r e d i ta que só a sua f orma
de t r ans f ormar é v álida, e que a sua t r ans f
orma ç ão é a úni c a v e r dade e c aminho a ser pe
r c orrido, por si e pelos out r os.
O C AMIN H O D E
P IT T A

A r otina diária no A yu r v eda é chamada de


D inacha r y a, e co m p r eende as ta r e f as e
ma r cos do dia que de v em ser obse r v ados
pa r a ma n ter o corpo e a me n te em si n
tonia com o meio-ambie n te.
O C AMIN H O D E

P IT T A
E x e m p lo de D inacha r y a co m um pa r a P i tta

• A co r dar pouco a n tes do nascer do s o l;

• I n g erir uma xíca r a de água a te m pe r a tu r a ambie


n te com um pouco de mel ou g hee;
• P rá tica de M ed i tação e e x e r cícios f ísicos mode r
ados ou Y o g a;

• Banho morno a frio e li m peza corpo r al ( li m peza de


língua e N as y a );

• Ca f é da manhã nu tr i t i v o e co m p leto, r ese r v


ando alguns alime n tos pa r a um lanche poucas ho r as
depois;
• H o r ário de t r abalho ou estudo. F aça i n te r v
alos r egula r es pa r a descansar;
• M úsica le v e pode ajudar na p r od u t i vidade;

• Almoço co mp leto e n t r e 11h e 14h;

• Descanso pa r a f acil i tar a di g estão ( sem dormi r ,


30min ap r o x );

• H o r ário de t r abalho ou estudo. Lemb r ar de


tomar água consta n teme n te, especialme n te
em estações que n tes;
• Lanches i n te r calados com fr u tas f r escas e doces,
chás r ef r esca n tes e sucos n a tu r ais;
• Tr abalhar a té o pôr do s o l. E studos a té às 21h;
• A u tomassa g em com ó leo de coco e p rá tica de med
i tação e le i tu r a;

• E v i tar estí m ulos dos se n tidos à no i te,


desli g ar o celular e o co m p u tador;

• Criar r i tuais de p r epa r ação pa r a o descanso e


sono. Desli g ar do

t r abalho.
O C AMIN H O D E
P IT T A

A esc o lha das metas e


objet i v os

Com r ela ç ão a m e tas e obj e ti v os de vida, o p r


oblema de P i t ta é bus c ar demais. Com uma
tendência n a tu r al à supe r a ç ão e o r ganiza ç
ão, o indivíduo de P i t ta supe r estima o seu
potencial, en x e r gando em tudo f ormas de mudan
ç a e melhorias, o u vindo apenas a sua p r ópria ló
g i c a e p r oblem a tizando a sua r e alidade.

M esmo que c onsiga ser mais eficie n te e ma n ter


mais a tividades ao mesmo tempo, o P i t ta d e v e
se lemb r ar que a moti v a ç ão p r e cisa perman ec
er na diminui ç ão das pe r turba ç ões.
Se v o c ê t r abalha mais pa r a ter mais t r
anquilidade finan c ei r a, não faz se n tido e x a urir
suas f o r ç as no t r abalho e ado ec er c om o st r
ess. P or isso, paciência e pa r cimônia são ma n t r
as pa r a esse dosha.
O C AMIN H O D E
P IT T A

Sono e I
nsônia

Quando en c aixado em uma r otina de t r abalho,


e x e r cícios f ísi c os, y oga e des c anso, um
indivíduo de P i t ta não tem p r oblemas pa r a
dormi r , e uma qualidade r a z o á v el de sono (5 -
7 ho r a s ) é mais do que suficie n te pa r a ga r a n
tir o seu des c anso e a sua moti v a ç ão no dia
segui n te.
Mas a insônia de P i t ta apa r ec e na p r e ocupa ç
ão c om o c otidiano, esp e cialme n te na pa r te p
ro fissional e finan c ei r a.
A I nsônia faz par c om a ansi e dade, que por sua v
ez apa r ec e pela n ec essidade do P i t ta de c o n t
r olar a r e alidade á sua f r e n te.
P a r a v en c er a insônia, bons aliados são a m e d i
ta ç ão na impermanência (pa r a e n tender que
tudo muda o tempo todo independe n te do nosso c
o n t r ol e ), a m e d i ta ç ão na a c e i ta ç ão (pa r
a e n tender e di g erir as mudan ç a s ), asanas esp
e cífi c os pa r a insônia, le i te v e g e tal ou animal
morno c om esp e ciarias ( c omo c anela e c a r
damom o ), ou músi c as r elaxa n tes.
O C AMIN H O D E
P IT T A
O C AMIN H O D E
P IT T A

R egulação das r e
f eições

A di g estão de P i t ta normalme n te é boa e f o r te


quando em e quil í brio, e essa f o r ç a o f e r ec e
um ap e t i te c onsta n te pa r a essas pessoas.

Os indivíduos c om p r e dominância de P i t ta não c


onsegue m pula r r e f ei ç õe s o u a t r asá-la s se
m s o frime n to, e seu humor é alte r ado di r e
tame n te quando seus planos de se alime n tar
falham ou demo r am.

Como são í n timos da r otina e r espe i tam ho r


ários, pessoas de P i t ta c onseguem ma n ter suas
r e f ei ç ões r egula r es, p e c ando mu i tas v e z
es apenas pelo e x c esso, oriundo desse ap e t i te
c onsta n te.

Essa c apacidade de di g erir alime n tos pesados e


um g osto c omum por c arne v ermelha pode t r a z
er p r oblemas pa r a o P i t ta quando esse c ai no e
x c esso, l e v ando ao sob r epeso, acúmulo de t o
xinas e hipe r tensão.
Horarios Essenciais de cada Dosha
Q 0

Os
honirios de cada dosha sao
parte do que e chamado de
Dinacharya, ou

rotina di<iria.

Horarios Vata
Sao favorecidas
atividades mentais e
criativas.

02h as 06am 14h as 18 pm

Trabalho leve /
Criac;ao de imagens e textos /
Atividades Artlsticas /
Meditac;ao /

Horarios Pitta
Sao favorecidas
atividades que exijam
organizac;ao e
motivac;ao.

Digestao maxima a
tarde / Trabalhos de
organizac;ao / Oferecer
palestras ou aulas /
Estudos /

Favorece
relacionamentos e
estabelecimento de
rotina.

Atividades Fisicas matinais /


Reuniao de familia /
Pratica de Yoga /
Passeios e atividades ao ar
livre /
Alinhar a sua biologia com o meio-ambiente

• Alterar sua rotina de acordo com a mudanc;a no dia e nas estac;oes


O C AMIN H O D E
P IT T A

Dosha P i tta: e x e r
cícios e y o g a

A I mpo r tância do e x e r cício pa r


a P i t ta

Como P i t ta é um dosha que g osta e c eleb r a o


desafio, e x e r cícios mais c almos e r ep e t i ti v os
podem se tornar enfadonhos e ch a tos. Essas
pessoas bus c a r ão c orridas, espo r tes c ol e ti v
os ou de alto desempenho, onde possam c omp e tir
c onsi g o mesmo ou c om os out r os.
Mas o c aminho ao e quil í brio de um P i t ta r eside
na pe r c ep ç ão dos p e quenos es f o r ç os, do c
aminho da a uto supe r a ç ão e da moti v a ç ão do
a uto c onh e cime n to e a uto c o n t r ole. Quando
um P i t ta c om e ç a a p r a ti c ar espo r te pa r a
obter r eputa ç ão e p r oj e ç ão, essa a tividade se
torna v azia e p r ejudicial.
P ra ti c a n tes de Y oga de P i t ta são a queles que
bus c am a disciplina, o desafio c onsta n te, os
asanas i n v e r tidos e as s e quências mais e x a
usti v as. O g r ande p r oblema é que essas pessoas
podem esqu ec er dos bene f ícios que r esidem na
simplicidade do y oga, das posi ç ões mais su a v es
e da qui e tude que a a usência de es f o r ç o pode
signifi c a r .
O C AMIN H O D E
P IT T A
O C AMIN H O D E
P IT T A

A sanas pa r a K a p ha

N a p r á ti c a do Y oga no dia a dia, os principais a


tr i butos a se r em t r abalhados no P i t ta são: a
uto c o n t r ole, su a vidade e c alma.
O que d e v e ser obse r v ado no Y oga pa r a P i t ta:

• A c e i tar a sua falta de c o n t r ole sob r e os e


v e n tos

e xternos

• T r abalhar a c alma e o r i tmo su a v e, ao i n v


és de bus c ar supe r a ç ão a todo custo
• B us c ar asanas que e xpandem a r e g ião c o r
a ç ão, t r a z endo amo r osidade e a c e i ta ç ão

Principais ásanas:
O C AMIN H O D E
P IT T A

Dosha P i tta: alime n


tação

Os seis sabo r es e as r e f
ei ç ões

N o A yu r v e da a obse r v a ç ão da alime n ta ç
ão v ai mu i to além de es c olher alime n tos s a
ud á v eis. I sso, cla r o, não deixa r á de ser obse r
v ado, já que de a c o r do c om os estudiosos
todos os alime n tos descr i tos nos t e xtos sag r
ados são c onside r ados o r gâni c os, ou seja, pa r
a os dias de hoje culti v ados de f orma o r gâni c
a.
M esmo assim, de a c o r do c om as qualidades
dos eleme n tos (guna s ) que v erifi c amos a n
teriorme n te, d e v emos obse r v ar nos alime n
tos as c a r a c terísti c as que c o n tr i buem pa r
a a s a úde e o e quil í brio.
O C AMIN H O D E
P IT T A

Dosha P i tta: alime


n tação

N o A yu r v e da, di z -se que em uma r e f ei ç ão d


e v em ser c olo c ados todos os sabo r es, pa r a
torná-la e quil i b r ada e ad e quada. São eles:

• Do c e: r elacionados aos eleme n tos água e ter


r a, é f o r tal e ce do r , c alma n te e c onstrutor
de t e cidos. Ajuda principalme n te na imunidade,
ci c a triza ç ão e p r odu ç ão de ene r g ia.
• Ama rg o: r elacionado aos eleme n tos ar e é te
r , o sabor ama rg o é desi n t o xi c a n te e di g
esti v o. Limpa o o r ganismo, tonifi c a os t e cidos
e c o n tr i bui pa r a a a ç ão das enzimas di g esti
v as.
• Pi c a n te: r elacionado aos eleme n tos f o g o e
a r , o sabor pi c a n te é estimula n te e hi g ieniza
n te. Ajuda na limpeza do o r ganismo e nos p r o
c essos de di g estão, assimila ç ão e elimina ç ão.
O C AMIN H O D E
P IT T A

Dosha P i tta: alime n tação

• Adstrin g e n te: r elacionado aos eleme n tos ar


e ter r a, esse sabor é des c on g estiona n te e c
oagula n te. Limpa as mu c osas, melho r a a abso
r ç ão dos nutrie n tes e ajuda na abso r ç ão da g
o r du r a.
• Salgado: r elacionado á água e ao f o g o, o
sabor salgado é nutr i ti v o e c alma n te, e melho
r a signifi c a ti v ame n te a di g estão, além de e
quil i b r ar a umidifi c a ç ão dos t e cidos.
• Ácido: r elacionado aos eleme n tos ter r a e f o
g o, o ácido é di g esti v o, a n ti o xida n te e r ej
uv enes ce do r . P r om o v e a fun ç ão hep á ti c
a e r e distr i bui ene r g ias estagnadas pelo c
orpo.
O C AMIN H O D E
P IT T A
Sabo r es que d e v em ser priorizados nas r e f ei ç ões
de

P i t ta: ama rg o, doce e adstrin g e n te.


O C AMIN H O D E
P IT T A

D i g estão P
i tta

De a c o r do c om o que já e n tendemos sob r e a


di g estão de P i t ta, pessoas c om essa p r e
dominância só te r ão p r oblemas pa r a di g erir
quando em des e quil í brio ( diminui ç ão do f o g o
di g esti v o por a ume n to de kapha ou v a t a ). P
or out r o lado, esse dosha d e v e ma n ter p e
quenas r e f ei ç ões du r a n te o dia, pa r a alime n
tar o seu f o g o di g esti v o e e v i tar a a ç ão das
enzimas sob r e o p r óprio t e cido ( c a usando úl c
e r as gástri c a s ).

Aind a sim , o a ume n t o d a di g estã o d e f orm a


des e quil i b r ada pode criar uma supe r di g estão,
o que c a usa des c on f o r to e p r ejudi c a a
assimila ç ão dos nutrie n tes. R egular o p r óprio f o
g o é um desafio c onsta n te de P i t ta, ta n to na di
g estão dos alime n tos qua n to em todos os asp ec
tos da sua vida.
P essoas de p r e dominância P i t ta d e v em e v i
tar c ondime n tos e molhos mu i to ácidos ou pi c a
n tes no c otidiano, justame n te pa r a e v i tar o
des e quil í brio do f o g o di g esti v o. Ao c o n t r
ário, alime n tos r ef r es c a n tes e do c es t r a z
em c on f o r to e e quil í brio aos P i t tas.
O C AMIN H O D E
P IT T A

Alime n tos a se r em p r e f eridos pa r a P


i tta:

• F rutas- madu r as e do c es: c e r eja, amo r


a, tâma r a, u v a, la r a n ja lima, passas, fi g
o, melão, manga, melancia, ameixa, c o c o,
ma ç ã e aba c a te;
• V e g e tais- os melho r es são adoci c ados e
ama r g os: aspa r g os, b e ter r aba, b r ó c olis,
alfa c e, c enou r a, c o u v e flo r , c ogumelos, b r
otos, b a t a tas, aipo, abóbo r a, espinaf r e,
pepino, ba r dana, saladas, a z e i tona;
• Ce r e ais- tri g o, ce v ada, quinoa, a v eia,
g r anola, ar r oz b r an c o e basm a ti;
• Leguminosas- f eijões c om c ondime n tos, soja
e t o fu;
• L a ticínios- g h e e, queijo b r an c o, le i te
o r gâni c o e ma n teiga sem sal;
O C AMIN H O D E
P IT T A

Alime n tos a se r em p r e f eridos pa r a P


i tta:

• P r odutos de ori g em animal- pei x e de


água do c e, f r an g o o r gâni c o e pe i to de
peru
• Condime n tos- c ominho, c oe n t r o, ho r
telã, salsa, c ebolinha, sal de r ocha, lou r o e
a ç af r ão;
• Ol e a g inosas- c o c o e amêndoas ( mode r
adame n t e );

• Ól e os- c o c o, g i r assol, g h e e, c anola e a z


e i te de oli v a;

• Bebidas- le i te de ar r oz e amêndoa, su c o
de frutas indi c adas, le i te de soja e le i te de c
o c o;
• Ado ç a n tes- mel ( mode r adame n t e ),
açú c ar mas c a v o, est é via, ag a v
e, suc r alose;
• Chá de e r v as- c amomila, de n te de l e ão,
l a v anda, ho r telã, e r v a do c e, n e em, c a r
queja e c apim limão.
O C AMIN H O D E
P IT T A

Alime n tos a se r em ev i tados por P i tta:

• F rutas- as ácidas d e v em ser e v i tadas:


banana, ma ç ã ácida, mo r an g o, limão, la r a n
ja-pe r a , mamão, pêsse g o, aba c axi, pêsse g
o e g r apefru i t;
• V e g e tais- beri n jela, espinaf r e, tom a te, r
aban e te e mosta r da;
• Ce r e ais- milho, c e n teio, ar r oz i n teg r al,
pain ç o, tri g o sar r a c eno;
• Leguminosas- misso;

• L a ticínios- ma n teiga c om sal, bu t termilk,


iogu r te, queijo ama r elo;
O C AMIN H O D E
P IT T A

Alime n tos a se r em ev i tados por P i tta:

• P r odutos de ori g em animal- c arnes v


ermelhas, o v os, pei x e e frutos do mar;
• Condime n tos- pime n tas, alho, g en g i
b r e, noz mos c ada, o r égano, tomilho, c r
a v o;
• Ol e a g inosas- utili z e c om mu i ta mode r a ç
ão pois são que n tes;
• Ól e os- milho, g e r g elim, amêndoa;

• Bebidas- e v i tar bebidas ene r gé ti c as: c a


f é, ál c ool, cho c ol a te, m a te, su c os
ácidos, chá p re to e v e r de;
• Ado ç a n tes- açú c ar b r an c o, mel, r
apadu r a ( em e x c ess o ).
O C AMIN H O D E
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Dosha P i tta: f i tote r

ápicos O que são f i

tote r ápicos?

F i tote r ápi c os são m e di c ame n tos c on fec


cionados c om m a téria-prima uni c ame n te v e g
e tal e n a tu r al. N o
A yu r v e da são mu i to utilizados ta n to pa r a a p r
e v en ç ão c omo pa r a a elimina ç ão de doen ç as
e des e quil í brios.
O C AMIN H O D E
P IT T A

Dosha P i tta: f i tote r ápicos


Como usar f i tote r ápi c os pa r a pacifi c ar meu
Dosh a ? D a mesma manei r a que os alime n tos,
chás e

e x e r cícios, na mesma ló g i c a do A yu r v e da,


os f i tote r ápi c os d e v em ser utilizados de a c o r
do c om as suas qualidades e p r opri e dades, pa r a
c o n t r apor os eleme n tos em e x c esso no dosha
ou r epor eleme n tos em falta.

Os f i tote r ápi c os mais c omuns pa r a o r ee


quil í brio de p i t ta normalme n te a c almam e
r esfriam, t r a z em e quil í brio e p r om o v em
o f o c o e quil i b r ado.

Mas ao c o n t r ário do que mu i ta g e n te pensa, e


em si n tonia c om a ló g i c a do e quil í brio de
qualidades de c ada alime n to, pla n ta ou a
tividade, os f i tote r ápi c os possuem sim c o n t r
aindi c a ç ões, e d e v em ser utilizados após o
diagnósti c o, r ec omendados por um te r apeuta a
yu r v é di c o.
O C AMIN H O D E
P IT T A

Principais F i tote r ápicos pa r a P i tta e suas


ca r acterísticas

T ri p hala

T riphala é uma mistu r a de 3 di f e r e n tes


frutas m e dicinais da Í ndia: H a r ada, Amla e B
iha r a. Esta c omposi ç ão já é utilizada há milha
r es de anos no c o n tine n te indiano e pode-se
afirmar que é uma das f órmulas mais c onh e
cidas de n t r o da f i tote r apia A yu r v é di c a.
O T riphala p r om o v e e r egula asp ec tos
fisioló g i c os impo r ta n tes no c orpo, sendo um
f i tote r ápi c o mu i to r ec omendado pa r a des
e quil í brios de Kapha.
Sa i ba mais sob r e o T riphala
O C AMIN H O D E
P IT T A

Principais F i tote r ápicos pa r a P i tta e suas


ca r acterísticas

B RAHMI

B r ahmi ( Ce n tella asi a ti c a ) é mu i to c onh e


cida pelo r ej uv enescime n to n a tu r al do i n tel
ec to, por melho r ar o desempenho me n tal e
melho r ar o bom funcioname n to do sistema ne r v
oso. As f olhas são altame n te s á t vi c as (pu r as e
harmoniosa s ), que são utilizadas pelos
y ogues e m e d i tado r es pa r a ajudar na c on c e n
t r a ç ão e estabilidade me n tal. .
Sa i ba mais sob r e o B R AHMI
O C AMIN H O D E
P IT T A

O u t r os I tens I m porta n tes

pa r a P i tta Ó leo de M assa g

em pa r a P i tta

O ól e o pa r a P i t ta t r az n a tu r alme n te a
su a vidade e o r esfriame n to que esse dosha p
r e cisa, nutrindo o
c orpo ao mesmo tempo que r ee quil i b r a as
qualidades dos eleme n tos de P i t ta.

Sa i ba mais sob r e o ól e o de massa g em pa r a P i


t ta

Li m pador de Língua em Cob r e


A limpeza de língua é essencial na r otina dos t r ês
biotipos, sendo esp e cialme n te impo r ta n te pa r
a Kaphas c om p r oblemas de di g estão. O
limpador em c ob r e tem p r opri e dades esp e
ciais que ga r a n tem que as ba c térias sejam c
ompl e tame n te eliminadas du r a n te a r e aliza ç
ão da hi g iene.

Sa i ba mais sob r e o limpador de língua em c ob r e


O C AMIN H O D E
P IT T A

Dosha P i tta: i n te r v enções te r apê u


ticas

O que são i n te r v enções te r apê u ticas no a


yu r v ed a ? As i n te r v en ç ões te r apêuti c as
são os p r o c e dime n tos normalme n te r e
alizados pelo te r apeuta no c onsultório. São massa
g ens, ol e a ç ões e out r os p r o c e dime n tos que
visam o r ee quil í brio de um indivíduo em esp e cífi
c o, l e v ando em c onside r a ç ão suas c a r a c
terísti c as e ajustando todas as f ormas de r e aliza
ç ão de c ada i n te r v en ç ão nas pa r ticularidades
d a quele dosha.

Ca r acterísticas dos p r ocedime n tos pa r a r


eequil í brio de P i tta
Os p r o c e dime n tos que a uxiliam no e quil í brio
de P i t ta são a queles que t r a z em alívio pa r a
as qualidades desse dosha, que possam estar des c
ompensadas.
São massa g ens c om ól e os r ef r es c a n
tes, f e i tas c om m o vime n tos le n tos e
r ec on f o r ta n tes,
ou p r o ce dime n tos que p r om o v am limpeza e
desi n t o xi c a ç ão.
O C AMIN H O D E
P IT T A

Principais i n te r v enções pa r a P i

tta A b h y an g a

Ab h yanga é a massa g em mais t r adicional do A


yu r v e da. R e alizada c om basta n te ól e o
morno, os m o vime n tos da ab h yanga são lon g
os e le n tos, r i tmados e p ro fundos. É uma massa
g em c orpo r al c ompl e ta e normalme n te pode
ser r e alizada sem r estri ç ões.
O C AMIN H O D E
P IT T A

Principais i n te r v enções pa

r a P i tta S hi r odha r a

O shi r odha r a é um dos mais r elaxa n tes p r o c


e dime n tos do A yu r v e da, e c onsiste na apli c a
ç ão de ól e o morno esp e cialme n te es c olhido e
a qu e cido, na r e g ião da
testa e c ab e ç a, passando c o n tinuame n te
pelo Ajna Chak r a ( c onh e cido c omo te r c ei r
o olh o ) e têmpo r as.
O C AMIN H O D E
P IT T A

Principais

i n te r v enções pa r a P i tta M arm a te r

apia
A marm a te r apia é uma massa g em milena r ,
mu i to t é cni c a e benéfi c a. Ela c onsiste em
estimular de
f orma esp e cífi c a po n tos c orpo r ais chamados
po n tos- marma. Esses po n tos são lo c ais impo r ta
n tes pa r a
a ci r cula ç ão de ene r g ia em di v ersos ní v eis, e
essa massa g em possui in c o n t á v eis bene f ícios
te r apêuti c os. Quando em des e quil í brio,
podemos g e r ar bloqueios nesses po n tos, e o
estímulo pode não só p r e v enir doen ç as, c omo c
olabo r ar a ti v ame n te pa r a a cu r a de p r
oblemas já instalados.
P ARTE 03
C O NSI D ER A Ç Õ ES FI
N AIS
Considerações
Co s de ações
F inais

Como mensu r ar o meu p r og r esso ou r


eequil í bri o ?

N ormalme n te c onseguimos se n tir cla r ame n te


os bene f ícios da te r apia a yu r v é di c a, c om a r
e du ç ão signifi c a ti v a dos si n tomas e sinais de
des e quil í brio que est av am p r ese n tes (
insônia, má di g estão, e x c esso de peso, e tc.).
A p rá ti c a a y uv é di c a é simples e f ísi c a, e a s
a úde c orpo r al se r á a f orma mais cla r a de v erifi
c ar o seu e quil í brio, a c ompanhada em pa r alelo
de um melhor c o n t r ole emocional e psi c oló g i c
o.

D ev emos lemb r ar que as esta ç ões do ano


influenciam mu i to nas qualidades dos nossos
doshas, c om c a r a c terísti c as esp e ciais em c
ada uma delas ( v e r ão mais que n te e úmido, i n
v erno mais frio e s ec o, e t c ).
Dessa f orma, nosso p r og r esso depende ta n to
da apli c a ç ão c or re ta do p r o c esso te r apêuti
c o em c ada esta ç ão, c omo na obse r v ância c
or re ta das qualidades dos eleme n tos no nosso c
orpo du r a n te essas mudan ç as.
Conside
Co s de
rações
F inais

De v o u tilizar essas r ecomendações pa r a


se m p r e ?

O A yu r v e da nos ensina a cuidar do nosso c


orpo de a c o r do c om o nosso biotipo e em
fun ç ão das
c a r a c terísti c as da n a tu r eza, nos perm i tindo
minimizar quaisquer danos por a c o n t e cime n tos,
pessoas ou c oisas que possamos en c o n t r a r ,
perm i tindo que nos cuidemos pa r a semp r e.
Dessa f orma, essa sab e doria não d e v e ser e n
tendida c omo uma di e ta, que fa z emos e
quando nos se n timos melhor abandonamos. São
c onh e cime n tos permane n tes pa r a uma vida
s a ud á v el, lon g e v a e f eliz.
Conside
Co s de
rações
F inais

Como ajudar pessoas ao meu r edor a se r


eequil i b r ar também

O mais impo r ta n te ao c o n vi v er c om as out r


as pessoas é r espe i tar as c a r a c terísti c as de c
ada um de a c o r do c om o seu Dosha, e e n tender
que todos possuímos des e quil í brios que d e v em
e se r ão t r abalhados no tempo d e vido.

Quando e n tendemos que possuímos biotipos e


tendências di f e r e n tes, c om r ela ç ão a
absolutame n te todas as a t i tudes e opiniões, c
onseguimos a c e i tar as di f e r en ç as e pe r c
ebemos a dificuldades que todos temos em al c an
ç ar o e quil í brio e a f elicidade.
Conside
Co s de
rações
F inais

Como ajudar pessoas ao meu r edor a se r


eequil i b r ar também

Quando en x e r gamos em alguém c om biotipo P i t


ta um e x c esso de irr i ta ç ão e ag r essividade, e n
tendemos que pa r a a quela pessoa essa c a r a c
terísti c a é um g r ande desafio a ser supe r ado.

D a mesma f orma, não podemos e xi g ir de


pessoas Kapha uma c apacidade lide r an ç a ou a
r ticula ç ão n a tu r ais, pois estaríamos indo no c
aminho c o n t r ário da n a tu r eza d a quela
pessoa. I sso é r espe i tar e
a
c e i tar todos, c om suas c a r a c terísti c as esp e
ciais que os tornam úni c os e que faz da n a tu r eza
humana e ter r est r e tão ri c a e fascina n te.
M u i to obri
u o ob
g ado!

T oda a e quipe da I ndiam e d ag r ad ec e pela a


quisi ç ão e le i tu r a desse ebook, f e i to c om base
em e xperiências r e ais de te r apeutas e pacie n
tes, e r e f e r ência nos liv r os e blogs dese n v o l
vidos pelos maio r es esp e cialistas do país.

Co n vidamos a re torna r em à nossa loja, temos


semp r e n o vidades em i tens de r otina, f i tote r
ápi c os e m a terial did á ti c o.
V is i te a qui a nossa loja

Confi r a a qui os principais a r ti g os do nosso


blog A g ende a qui a sua c onsulta online c om
te r apeuta a yu r v é di c o.
Como última
r ec omenda ç ão, c i tamos
um dos mais n o v os ebooks
da Ed i to r a I ndiam e d: Y o g
a e o Caminho da P len i
tude , que t r az c on c e i tos
essenciais e p r o fundos do Y
oga, e c on ec ta tudo à sua p
rá ti c a inicial. Co m p r e
aqui o seu.
Refer
e e
ências

• Carnei r o, , D anilo Maciel. A yu r v e da, S


a úde e Lon ge vidade. P ensame n tos, 2009
• M o r ei r a, Aderson. A T r adi ç ão do A yu r v
e da. Água Dou r ada, 2010
• F r a wl e y , D a vid. A yu r v e da, Na tu r e ’ s
M e dicine. Na tl Book N e t w o r k, 2008
• S i te Clíni c a de A yu r v e da ( a yu r v e da. c
om.b r )

• S i te Sala de A yu r v e da ( ww w .salad e a yu r
v e da. c o m )

• B log I ndiam e d ( indiam e dblog . w o r dp r


ess. c o m )

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