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Resumo:
O Sistema Universal de Proteção dos Direitos Humanos considerou os mecanismos
convencionais e não-convencionais, condensando a Declaração Universal dos Direitos
Humanos, o Conselho de Direitos Humanos e o Alto Comissariado das Nações Unidas para
Direitos Humanos no diálogo para analisar, sob o ponto de vista do Direito Civil, o sistema
como um todo. O objetivo do estudo foi analisar, sob o ponto de vista do Direito Civil, o
sistema universal de proteção dos direitos humanos. A metodologia aplicada ao estudo seguiu
o método bibliográfico, sendo de natureza descritiva e qualitativa. Conclui-se que a busca pela
efetivação dos direitos humanos constituiu sistemas internacionais de proteção dos direitos
humanos, convencionais e não-convencionais, com o intuito de promover a proteção destes
em todo o mundo, por meio da integração dos sistemas jurídicos nacionais e internacionais,
com desenvolvimento de políticas que possam fortalecer o sistema, através da participação
coletiva – sendo esse um ator fundamental para a efetivação dos direitos e aquele capaz
promover um discurso mais concreto, legitimando as normas dos direitos, principalmente dos
grupos vulneráveis e que são desprovidos de seus direitos.
Abstract:
The Universal System for the Protection of Human Rights considered conventional
and non-conventional mechanisms, condensing the Universal Declaration of Human Rights,
the Human Rights Council and the United Nations High Commissioner for Human Rights in
the dialogue to analyze, from the point of view of Civil Law, the system as a whole. The
objective of the study was to analyze, from the point of view of Civil Law, the universal
system of protection of human rights. The methodology applied to the study followed the
bibliographic method, being descriptive and qualitative in nature. It is concluded that the
search for the realization of human rights constituted international systems for the protection
of conventional and non-conventional human rights, with the aim of promoting their
protection throughout the world, through the integration of national and international legal
systems, with the development of policies that can strengthen the system, through collective
participation - this being a fundamental actor for the realization of rights and the one capable
of promoting a more concrete discourse, legitimizing the norms of rights, mainly of
vulnerable groups who are deprived of their rights. rights.
Keywords: Human rights. Civil right. Universal Protection System. Protection mechanisms.
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1 INTRODUÇÃO
A proteção dos direitos humanos está diretamente relacionada aos direitos sociais e
civis, como direito à educação, à saúde, à justiça, à liberdade, à moradia e à alimentação, por
exemplo. São direitos dados por lei a todos os cidadãos de um país, garantindo as liberdades
individuais e que são referenciados na Carta Magna de cada país-membro das Nações Unidas
(ESCOLA PAULISTA DE DIREITO, 2020).
Portanto, existem situações que negativam a proteção dos DH onde se observa o
desrespeito às normas gerais da Carta da ONU, como nos casos dos refugiados, sobre a
violência contra a mulher, crianças e idosos e no caso da Covid-19 onde muitos morreram
sem ter-lhes garantido o direito à vida, entre outras questões que elevam o debate sobre tema.
Para além dos direitos sociais, à luz do Direito Civil, os DH agrupam liberdades
individuais que precisam ser salvaguardados, sendo normas protetivas para garantir uma vida
digna e de respeito às liberdades. Sobre isso, entra em questionamento: como os mecanismos
de proteção atuam para proteger os direitos universais dos direitos humanos, mesmo após 75
anos da constituição da DUDH, onde o debate, a fundamentação e a implementação desses
direitos passam por profundas divergências e desafios, quando se observa a continuidade da
violência em diversas áreas (e graus) da vida humana, tornado a vida indigna sob todos os
aspectos – social, econômico, político e cultural?
Com isso, este estudo visa discorrer, sob o ponto de vista do Direito Civil, o sistema
Universal de Proteção dos Direitos Humanos. Além disso, pretende-se realizar uma análise
sobre os mecanismos convencionais e não convencionais e como estes contribuem para
preservação dos Direitos Universais Humanos, destacando o Alto comissionado das Nações
Unidas para os Direitos Humanos, Conselho de Direitos Humanos e a própria DUDH.
Essa análise aproxima-se do pensamento lógico e objetivo de entender, ver e interferir
nas coisas, a partir de uma ação observacional, questionadora e discursiva para obtenção de
novos conhecimentos sobre as coisas. De modo que a metodologia aplicada ao estudo segue o
método bibliográfico, sendo de natureza descritiva e qualitativa, possíveis às Ciências da
Filosofia do Direito, vislumbrando, a priori, conhecer o objeto de estudo, depois, analisar este
objeto a partir de outros estudos já elegíveis pela ciência metodológica, e por final, alcançar as
conclusões sobre um estado presente das coisas.
ordenar o homem no que diz respeito ao outro”, onde o foco está no que é justo – o que traz a
concepção de igualdade (SOUZA; PINHEIRO, 2016, p.121).
Nesse sentido, o justo – a justiça, “funda-se em uma igualdade que não depende da
vontade humana (quer de um indivíduo, quer de um povo), trata-se do direito natural”
(SOUZA; PINHEIRO, 2016, p.121). O direito natural, nessa ordem, parte da observação
sobre a importância de focalizar o debate jurídico à natureza humana – a saber de sua relação
com direito positivo para concretização da ordem. É onde o direito natural advindo da ideia de
justo vem afirmar “as garantias da humanidade independentemente da acedência dos
legisladores” (MENDONÇA, 2018, p. 94).
Desse modo, vale trazer as palavras de Cícero Do De Legibus e sua compreensão
sobre direito natural e que corrobora com o disposto anteriormente (Cícero, ano, p.71;77
SGARBI, 2021, p.334-335):
A lei é a razão fundamental ínsita na natureza, que ordena o que se deve fazer e se
proíbe o contrário. Tal razão, uma vez que se concretiza e se afirmar na mente
humana é lei... Há que se considerar a lei como princípio do Direito, sendo como é a
lei essência da natureza humana, o critério racional do homem prudente, a regra do
justo e do injusto. (...). Como nada há melhor que a razão e esta é comum a Deus e
ao homem, a comunhão superior ente Deus e o homem é a razão. Ou seja, os
participantes da razão comum o são também da reta razão; e já a lei é uma reta
razão, logo também devemos considerar os homens como sócios da atividade como
lei; todos os participantes de uma lei comum, o são também em um Direito comum.
Isso, portanto, confirma o pensamento tomista onde a lei humana deriva da lei natural,
para isso preciso atentar para a relação entre o Direito e a Justiça, mesmo distintas em seus
conceitos, precisam ser equilibradas e combinadas para preservação dos direitos individuais e
para o bem comum. Parte-se da ideia de contrato social a ser inserido e respeitado por todos
os viventes em sociedade, onde, parafraseando Pufendorf (1632-1694), se “Afirma a noção do
contrato porque o contrato baseia-se em compromisso de cada um dentro de um pacto que ao
mesmo tempo em que assenta o respeito à liberdade individual, objetiva realizar a felicidade
de todos” (SGARBI, 2021, p. 342).
A ideia de pessoa e bem comum, seguindo os critérios éticos, já reconhecida e
superada pelo (jus)naturalismo e positivismo jurídico – direito natural e direito positivo,
consiste em aceitar alguns “núcleos de princípios indisponíveis” para constituir “um mínimo
ético” para concretizar uma ordem jurídica justa, baseando-se na dignidade da pessoa o que
para isso “exige uma compreensão e uma adesão puramente éticas” (RENAUD, 2021, p.79).
Em suma, o que se pretende esclarecer sobre a relação entre o direito natural e o
direito positivo à luz dos direitos humanos e os princípios éticos, supracitado Barbosa de
Melo (1998, p. 31-32), segundo Miche Renaud (2021, p. 80), é:
Portanto, o que quis dizer os autores supracitados é que é preciso abandonar as teses
excessivamente fixa e que acreditam ser imutáveis e seguir um caminho mais flexível e que
equilibre os direitos natural e positivo. Os princípios éticos ou valor ético estão entrelaçados
ao princípio universal, fazendo parte do direito natural e também do direito positivo quando o
objeto da disputa teórica é a pessoa e o bem comum, na busca pela pacificidade social.
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Reafirmando o que a ONU traz sobre “os nascidos livres e iguais”, a obrigação de
todos é compreender melhor suas obrigações e como cumprir os direitos humanos em relação
a todas as comunidades, primando pela igualdade e não discriminação, seja de raça, étnica,
sexual e etc., em preservação dos direitos e da dignidade humana (OHCHR, 2013).
É através das Convenções, dos Conselhos e suas Resoluções, como: sobre os
refugiados (Convenção de 1951); sobre os povos originários/indígenas/tribais (Convenção nº
169, da OIT, de 1989); sobre orientação sexual e identidade de gênero (Resolução 17/19 de
2011); e entre outras, tais como: sobre a defesa dos direitos das mulheres, das crianças, das
pessoas idosas e pessoas privadas de liberdade, de acordo com Joaquin Chacin (2022, p. 3)
que:
(...) defrontam-se hoje com novos e grandes problemas, gerados em parte pelas
modificações do cenário internacional, pela própria expansão e sofisticação de seu
âmbito de atuação, pelos continuados atentados aos direitos humanos em numerosos
países, pelas novas e múltiplas formas de violação dos direitos humanos que deles
requerem capacidade de readaptação e maior agilidade, e pela manifesta falta de
recursos humanos e materiais para desempenhar com eficácia seu labor
(TRINDADE, 2018, p. 127).
Para Ana Arlati et al. (2022, p. 4), o problema se concentra justamente na “governança
multinível” e na “sua aplicação para a proteção dos direitos humanos”. O debate acerca da
“integração europeia no início da década de noventa, surgiu como uma reação ao paradigma
dominante, no qual protagonistas foram os governos centrais dos Estados-membros (como a
Alemanha ou a França)”, o que se deu origem ao termo “governança multinível”.
Corroboram Vital Moreira e colaboradores (2012, p. 78), que “o desafio maior para
dos direitos humanos tornou-se a implementação dos compromissos firmados”, acrescenta-se
a isso o problema da impunidade, que se tornou uma preocupação geral e global. “A garantia
de impunidade a grandes violadores de direitos humanos tem sido prática comum por todo o
mundo”, quando se observa que os violadores buscam “convencer governantes
antidemocráticos, normalmente generais, a transmitirem o poder a governos eleitos
democraticamente”. (grifos dos autores). “A impunidade viola o princípio da prestação de
contas” e fragiliza todo o sistema de proteção, pela sua incapacidade de agir de forma mais
veemente e célere. (grifos do autor)
Unidas”, que atualmente podem ocorrer por meio do Conselho de Direitos Humanos e do
Alto Comissariado para os Direitos Humano. O primeiro, “é usado para tratar padrões
consistentes de violações em todo o mundo”, com base “nas comunicações recebidas de
indivíduos, grupos ou organizações” e o segundo, é qualificado como um “dos procedimentos
especiais”, onde as “denúncias são aceitas independentemente de o Estado ter ratificado os
tratados dos direitos humanos correspondentes” (OHCHR, 2015; 2023).
Recomenda-se, segundo Inés Pousadela (2016, p. 2), em discussão sobre as ameaças
para o espaço cívico, no caso da América Latina e Caribe (corroborando com outros países), e
em referência a independência dos Estados-membros que acordam com os tratados
internacionais, é essencial que todos reconheçam “o papel legítimo desempenhado pelas
organizações independentes e redes de sociedade civil através das garantias para o exercício
da liberdade de associação”; que sejam removidas “as restrições legais e burocráticas
injustificadas que dificultam a formação e funcionamento das OSC”; além de “garantir que
todas as leis e regulamentos que são aplicáveis à sociedade civil seja transparente, inequívoca
e respeitosas a autonomia da sociedade civil”
Frente a isso, é essencial a participação social, abrindo-se espaço para que a sociedade
civil discuta e participe diretamente com os mecanismos de proteção dos direitos humanos,
sendo uma dessas formas a ação de cooperação com o registro de denúncias sobre violação
dos direitos humanos (OHCHR, 2015; 2023).
Onde se possibilita à sociedade civil contribuir com o monitoramento dos direitos,
tendo uma relação complementar com presenças de campo, onde, de perto, pode registrar a
realidade vivida por aqueles que têm seus direitos violados. A mídia, por exemplo, é uma das
principais fontes desses registros, trazendo imagens e relatos das vítimas in loco do está
acontecendo no exato momento em que ocorre os conflitos, perseguições e violações dos
direitos humanos (POUSADELA, 2016; OECD, 2021).
Destaca Joaquim Chacin (2022, p. 2), trazendo que:
(...) a sociedade civil pode explorar novos formatos de mídia para convocar a
solidariedade frente ao fechamento e censura dos espaços cívicos nos países da
região. Compreender a lógica da polarização e estabelecer estratégias de resposta em
relação às comunicações e divulgação de informações com uma perspectiva ampla
dos interesses coletivos e do bem-estar da sociedade pode ajudar a prevenir a
polarização. Acreditamos especialmente no potencial das áreas locais para a gestão
da verdade como um bem comum. Nesse sentido, consideramos ser importante
entender os espaços cívicos como “cooperativas pela verdade”, onde o diálogo e a
negociação são impostos diante da violência e da censura como ferramentas
políticas.
4. Estimular a cooperação dos agentes que atuam nas funções de cooperação para o
desenvolvimento e prestadores de assistência humanitária; por meio do estabelecimento, em
consulta com organização civil, de políticas e estratégias para preservação dos direitos
humanos (OECD, 2023, p. 7);
5. Procurar a sociedade civil para definir as prioridades, criação, implementação de
políticas e programas complementares, com monitoração e avaliação (OECD, 2023, p. 7);
6. Fornecer apoio financeiro as diversos atores e apoiadores da sociedade civil,
principalmente aqueles que representam as pessoas nas posições mais vulneráveis ou
marginalizadas (OECD, 2023, p. 8);
7. Promover e investir na liderança dos agentes locais da sociedade civil em países e
territórios parceiras (OECD, 2023, p. 8);
8. Explorar e partilhar lições sobre a melhor forma de apoiar uma ampla gama de
atividades formais e informais, tradicionais, e novos tipos de intervenientes e ações da
sociedade civil a nível regional, nacional e subnacional em parceiros países ou territórios
(OECD, 2023, p. 8);
Além de outras orientações que tem como foco o estabelecimento das relações entre os
atores e agentes de ações voltadas para efetividade e eficácia dos mecanismos de proteção
universal dos direitos humanos, com isso, instrumentos jurídicos da OECD foram criados,
desde 1961, com a finalidade de concretizar tais ações, por meio de declarações e acordos
internacionais. Nesse sentido, a OECD apresenta um compêndio de instrumentos jurídicos,
que estão em vigor ou revogados, que incluem decisões, recomendações, documentos de
resultados substantivos e acordos internacionais e que representam cinco categorias de ação:
As decisões são adotadas pelo Conselho e são juridicamente vinculativas para todos
os Membros, exceto aqueles que abster-se no momento da adoção. Estabelecem
direitos e obrigações específicos e podem conter mecanismos de monitoramento. As
recomendações são adoptadas pelo Conselho e não são juridicamente vinculativas.
Eles representam um compromisso político com os princípios que eles contêm e
implicam uma expectativa de que os Aderentes fazer o seu melhor para implementá-
los. Documentos de Resultados Substanciais são adotados pelos Aderentes
individuais listados, em vez de por um órgão da OCDE, como resultado de uma
reunião ministerial, de alto nível ou outra reunião dentro do quadro da Organização.
Geralmente estabelecem princípios gerais ou metas de longo prazo e têm um caráter
solene. Os acordos internacionais são negociados e concluídos no âmbito do
Organização. Eles são juridicamente vinculativos para as Partes. Acordo,
Entendimento e Outros: vários outros tipos de questões jurídicas substantivas
instrumentos foram desenvolvidos no âmbito da OCDE ao longo do tempo, como o
Acordo sobre Créditos à Exportação com Apoio Oficial, o Entendimento
Internacional sobre Transporte marítimo, Princípios e o Comitê de Ajuda ao
Desenvolvimento (CAD) Recomendações (OECD, 2023, p. 11).
Conforme Andrei Pont e Constanza Boettger (2021), o ACNUCH busca agir diante de
um cenário crescente de eventos que violam os direitos humanos, como o caso da Venezuela,
que iniciou em 2013, em que mais de cinco milhões de venezuelos deixaram sua pátria, por
estar relacionada à desvalorização do petróleo no mercado internacional, instabilidades
políticas e econômicas, comprometendo a governabilidade, o que tem aprofundado a crise
humanitária com consequências que levou a falta de alimentos, falta de acesso a produtos
básicos, falta de remédios e serviços essenciais e violência e insegurança.
A crise humanitária só agrava, pós-pandemia, como afirmam os supracitados autores:
Em meio ao sistema universal de proteção dos direitos humanos está o diálogo entre as
Cortes internacionais e entre os Poderes locais, por onde perpassa pela discussão sobre como
efetivar as ações jurídicas para o enfrentamento das violações dos direitos humanos. A
discussão cerca o “transconstitucionalismo”, termo criado por Marcelo Neves para explicar
como entrelaçar diferentes ordens jurídicas, como estatais e transnacionais, internacionais e
supranacionais, em torno de problemas constitucionais comuns para efetivar os direitos
fundamentais (ARLATI et al., 2022).
Para Marcelo Neves (2009), o que propõe o transconstitucionalismo é promover a
abertura dos constitucionalismos estatais para outras ordens jurídicas. É aumentar o nível de
proteção dos direitos e ampliar o poder de diálogo uns com os outros, para uma troca de ideias
justas e equilibradas, podendo garantir, de fato e de direito, que as ações para proteção dos
direitos humanos seja universal e uma constância nos debates políticos, econômicos, sociais e
cultural, porque, caso contrário, as diferenças políticas, econômicas e sociais continuarão
determinando quem tem mais poder para comandar o sistema, onde as decisões acabam por
ficar nas mãos daqueles países/governos que possuem a hegemonia global, constituindo
impasses que prejudicam na cooperação e ajuda em contexto de crise humanitária e torna
moroso o sistema de punição àqueles que cometem a violação dos direitos humanos.
Torna-se esse um desafio pela pluraridade de sistemas existentes de proteção aos
direitos humanos, contudo, diversos países, assim como o Brasil, buscam agir em
conformidade com o sistema, seguindo parâmetros internacional e supranacional para atuar no
enfrentamento da violação dos direitos humanos, principalmente no que tange a garantia dos
direitos fundamentais (ARLATI et al., 2022),
Por exemplo, no caso brasileiro, a Constituição Federativa do Brasil de 1988 – arts. 5º
e 6º, respectivamente rege o seguinte: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza” e, para todos é garantido “direitos sociais a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados” (BRASIL, 1988).
Porém, assim como em outras constituintes existentes o contexto vivenciado traz
cenários desoladores, onde o igual perante a lei não existe e os direitos sociais menos ainda.
Onde fatos os atos internacionalmente ilícitos, crimes sexuais, homofóbicos, racismo,
transfobias, misoginia, genocídio, feminicídio e entre outros, vivenciados em várias partes do
mundo e por vários indivíduos e grupos de minoria da sociedade, além das desobrigações dos
Estados-membros em relação a adequação da legislação interna à Carta da ONU, tem elevado
as preocupações sobre como eliminar tais comportamentos e criar um sistema que de fato
mostre que há punição para aqueles que os cometem. O foco, portanto, é justamente a falta de
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3 CONCLUSÃO
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