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RECURSOS

Prof. Thiago
Silva e Silva
OUTROS MEIOS DE IMPUGNAÇÃO
JUDICIAL
MEIOS DE IMPUGNAÇÃO JUDICIAL

 O que são meios de impugnação judicial?


MEIOS DE IMPUGNAÇÃO DE DECISÕES
JUDICIAIS
 G Ê NERO:

MEIOS DE IMPUGNAÇÃO DE DECISÕES JUDICIAIS.

 E S P ÉCIES:

-RECURSOS;

-SUCEDÂNEOS RECURSAIS.
CONCEITO DE RECURSO

 Mecanismo processual voluntário apto a provocar a reforma, a


invalidação, o esclarecimento ou a integração de uma decisão
judicial, d e ntro d a me sma re l ação j u rídica p ro cessual.

 P ri ncípios d a Iné rcia P ro cessu al e Du p lo G ra u d e Ju risdição.

 Utilizado no mesmo processo da decisão impugnada.

 O b jetiva a i nvalidez, re forma, e s clarecimento o u i ntegração


d a d e c isão i mp ugna da.
CA RACTERÍSTICAS ESSENCIAIS

 Vo l untariedade;

 E xp ressa p re visão e m l e i f e dera l ( Ta xativida de / L e galidade);

 De senvolvimento no p ró prio p ro cesso no qu a l a d e cisão


i mp ugnada f o i p roferida;

 Ma nejável p e l as p artes, t e rceiros p rejudica dos e Mi nistério


P ú b lico

 O b jetivo d e : R e formar, Int egra r, A nu lar o u E s c larecer a


d e c isão j u d icial.
CA RACTERÍSTICA DE VOLUNTARIEDADE

 A exis tênc ia do recurso é cond ic iona da excl usivamen te à


vontade da par te;

 É demonstrado através da interposição do recurso;

 Dentro do prazo recurs al a par te pode : recorrer, não recorrer ou


renunciar expressamente ao direito de recorrer.

 Não existe recurso “E x Of fi cio” (realizado por imperat ivo lega l


ou “de forma automática”) .

 A par te não po de i nterpor suce ssivamen te ou


concom it antemen te duas es péc ies recurs ais co ntra a mesma
decisão. ( P ri nc ípi o d a S i n gu la rida de).
PREVISÃO EM LEI FEDERAL

 RECURSOS ESTÃO PREVISTOS E X PRESSAMENTE EM LEI


FEDERAL;

 O ROL DO ART. 994 DO CPC elenca todos os recursos?

 PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE / LEGAL IDADE –


IMPOSSIBILIDADE DE INOVAÇÃO RECURSAL;

 L E I 9. 099/95 – RECURSO INOMINADO PERANTE SENTENÇA .

 LE I 6. 830/80 – ART. 34. EMBARGOS INFRINGENTES PERANTE


SENTENÇA .
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - 2015

 TÍTULO II
DOS RECURSOS
 CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

 Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos:


 I - apelação;
 II - agravo de instrumento;
 III - agravo inte rno;
 IV - e mbargos de de claração;
 V - recurso ordinário;
 VI - re curso e spe cial;
 VII - re curso e x traordinário;
 VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário;
 IX - e mbargos de dive rgê ncia.
LEI 9.099/95 – JUIZADOS ESPECIAIS
CÍVEIS E CRIMINAIS
 L E I 9. 099/95 – RECURSO INOMINADO PERANTE SENTENÇA .

 Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de


conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o próprio
Juizado.
 § 1º O recurso será julgado por uma turma composta por três
Juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição,
reunidos na sede do Juizado.

 LE I 6. 830/80 – ART. 34. EMBARGOS INFRINGENTES PERANTE


SENTENÇA .
LEI 6.830/80 – COBRANÇA JUDICIAL –
DÍVIDA ATIVA DA FAZENDA PÚBLICA
 LEI 6.830/ 80 – Dispõ e so bre a co brança judicia l da Dív ida Ativ a da
Faze nda Pública .

 O que é Dív ida Ativ a?

 A D í v ida Ativ a é o co njunto de dé bito s de pe sso as jur ídi cas e fís ica s co m
ó rgão s públ ico s fe de ra is, e stadua is , muni cip ais , do D istr ito Fe de ral o u
Autarqui as (Re ce ita Fe de ral , M in isté r io do s Transpo rte s, M in isté r io do
Traba lho , INS S , multa s e le ito rais, e tc ) não pago s e spo ntane ame nte , de
nature za tributária o u não .

 O que é Faze nda Pública?

 Em prin cíp io , são re putadas co mo Faze nda Púb li ca as chamad as pe sso as


juríd ica s de dire ito públi co inte rno (a rt . 41 do C ó digo C iv i l) , assi m
e nte ndidas co mo o s e nte s po lít ico s (Un ião , Esta do , M uni cíp io s e D istr ito
Fe de ral) e suas re spe ctiv as autarquias ( po r e x e mplo o INS S é uma
autarquia Fe de ral ) e fundaçõ e s (po r e x e mplo o Pro co n/ S P é uma fundação
e stadual) , tipi came nte e x e rce nte s de po de r público , de fo rma dire ta o u
indire ta .
LEI 6.830/80 – COBRANÇA JUDICIAL –
DÍVIDA ATIVA DA FAZENDA PÚBLICA
 Art. 34 - Das sentenças de primeira instância profe ridas e m execuções
de valor igual ou inf e rior a 50 (cinqüe nta) Obrigaçõe s Reajustáveis do
Tesouro Nacional - ORTN, só se admitirão e mbargos infringe nte s e de
declaração .

 EXECUÇÃO FISCAL - EMBARGOS - IPTU - VALOR DA AÇÃO INFERIOR A 50


O RTN - NÃO CONHECIMENT O DO RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL EX VI DO
A RT. 34, DA LEF (LEI FEDERAL N. 6.830/ 80). Consoante o art. 34 da Lei
n. 6.830/ 80, das se nte nças profe ridas e m e xe cuções fiscais de valor
igual ou inferior a 50 ORTN, só se admitirão embargos inf ringe nte s e
de declaração e não apelação cíve l. Inte rpreta o STJ que "50 ORTN =
50 OTN = 308,50 B TN = 308,50 UFIR = R$ 328,27 (tre ze ntos e vinte e
oito re ais e vinte e sete centavos) a partir de janeiro*2001, quando f oi
extinta a UFIR e desindexada a economia." (STJ, REsp n. 607.930/DF,
2ª T., v.u., Relª . Minª . ELIANA CALMON, j. 06.04.04, DJU de 17.05.2004,
p. 206).
 (TJ-SC - AC: 336934 SC 2006.033693-4, Re lator: Ricardo Roesler, Data
de Julgamento : 30/ 04/ 2008, Quarta Câmara de Direito Público, Data
de Publicação : Ape lação Cível n. , de Araranguá)
DESENVOLVIMENTO NO PRÓPRIO
PROCESSO
 O r e c urso d á c o n t i nu id ade à r e l aç ão e a o s a t o s p r o cessua is;

 I nexis tên ci a de cita ção do recorrido . Intima ção do Recorrido


para, q uerendo , apresen tar con trarrazões no mesmo prazo do
recurso apresentado pelo Recorrente .

 E xce ção: “ Ci ta ção” do ré u para responder a pel ação na hipóte se


de imp ugna ção de sentenças l imin ares (indeferimento da
petição inicial e julgamento liminar de improcedência).

 Recu rso pode se desenvolver em autos próprios , como no A gravo


de Instrumento;

 I d e n tida de d e P r o cesso é d i f e rente d e I d e nt i dad e d e A u t os;


EXEMPLO PRÁTICO DE CONTINUIDADE DO
PROCESSO
EXEMPLO PRÁTICO DE CONTINUIDADE DO
PROCESSO – CITAÇÃO OU INTIMAÇÃO?
MANEJO PELAS PARTES, TERCEIROS
PREJUDICADOS E MINISTÉRIO PÚBLICO
 O instrumento recursal pode ser utilizado pelas partes do
processo, observando requisitos legais e momento oportuno;

 Recursos podem ser manejados por terceiros prejudicados,


desde que demonstre: nexo entre o interesse do terceiro e a
relação jurídica submetida à apreciação judicial;

 Súmula 99-STJ: O Ministério Público tem legitimidade para


recorrer no processo em que oficiou como fiscal da lei, ainda
que não haja recurso da parte;

 O manejo apresentado observará a legitimidade recursal em


cada caso.
REVISÃO - SÚMULA

 O que é uma súmula?

 Origem da palavra: Latim Summa > Resumo, síntese.

 É o resumo da jurisprudência predominante e pacífica de


determinado tribunal.

 Súmula e Súmula Vinculante?

 A Súmul a não inter fere na L ivre Convi cção do Ma gistra do e


podem ser criadas por diversos Tribuna is como síntese da
Jurisprudên ci a. E n q uanto a Súmu la Vin cu lan te é dot ada de teor
obr igatór io, e diferente da Súmul a, ela só pode ser criada pelo
S T F m e d i an te d e c i são d e d o i s t e rç os d e s e u s m e mbros.
TERCEIRO PREJUDICADO PODE
APRESENTAR RECURSO?
 Quem é o terceiro?

 Terceiro é toda pessoa que figura no processo, mas que de in íc io


não é p ar te, vez que não formu lou o u foi formul ado em se u
desfavor qua lquer pedi do. Tem-se que v ia de regra , o processo é
uma relaç ão tria ngul ar, da qu al f azem par te autor, réu e juiz , e
se inicia com a pe tiç ão in ic ia l, concret iza ndo -se com a c it aç ão
válida do réu.

 Contudo, qua ndo h á a inter venção de terce iro, a rel aç ão


processua l dei xa de ser tria ngular, pois o terceiro pode n ão
figurar como a utor ou réu , nem como au xi li ar destes, mas s im
como terceiro que ingressou no processo porque a decisão do
processo irá a ti ngi- lo, o u a ind a pode s implesme nte p leite ar
direito próprio.
TERCEIRO PREJUDICADO PODE
APRESENTAR RECURSO?
CONTRATO DE GAVETA

 Como funciona o contrato de gaveta?

 O cont rato de gaveta funciona da seguinte forma: o vendedor


— também conhecido como mutuá rio — faz o financiamen to
com a instituição bancá ria e o gaveteiro — pessoa que compra
do vendedor — paga as parcelas do financiamento para o
vendedor, e receberá o bem transferido.
OBJETIVOS DO RECURSO

 R E FO R MAR: Error in Judicando . O recurso levanta tese de erro no


julgamento do mérito da causa, buscando reformar a decisão.

 A N UL AR; Error in Procedendo. O recurso alega a violação de uma


regra processual, sem relação com o direito material, o que
tornaria nula a decisão.

 I N T E GRAR; O recurso apresenta omissão ou ausência de


fundamentação da decisão e busca o sanar uma ausência de
apreciação.

 E S C L ARE CER: O recurso ataca obscuridade ou contradição na


decisão, evitando elementos inconciliáveis existentes na decisão
ou erros de grafia/valores monetários.
CONCEITO DE SUCEDÂNEOS RECURSAIS

 Q u al o s i gnificado d a p al avra S u c edâneo?

 Diz-se de qualquer substância ou produto que pode substituir


outro por apresentar aproximadamente as mesmas
propriedades (DICIONÁRIO OXFORD);

 Q u a l o Co nceito Ju rí dico d e S u c edâneo R e cursal:

 Todas as formas de impugnação de decisão judicial que não


se amoldarem ao conceito de recurso serão consideradas
sucedâneos recursais. (Daniel Amorim Assumpção Neves,
2022).
CLASSIFICAÇÃO DOS SUCEDÂNEOS
RECURSAIS
 S u c e dâ neos r e c ursai s i n t e rnos:

 Será interno c aso o instr umento se desenvolva no mesmo


processo em que a decisão foi proferida;

 Desenvolvimento no próprio processo é cara cterís ti ca com um


entre sucedâneo recursal interno e recurso.

 E xe m plos :

- R e exame N e c e ssário;
- C o rreição P a r cia l;
- P e did o d e r e c o nsid eraçã o ;
- I m p ugnaç ão a E m b a rgos d e E xe c uç ão.
CLASSIFICAÇÃO DOS SUCEDÂNEOS
RECURSAIS
 S u cedâneos R e cursais E x ternos:

 Meios de impugnação de decisão judicial que se de se nvolve m e m


processo distinto daque le no qual a decisão impugnada foi proferida.

 Cria novo proce sso para instrumentalizar a impugnação.

E x e mplos:

- A ç ão R e scisória;
- A ç ão A n u latória;
- A ç ão d e Q u e rella N u litatis;
- R eclamação C o nstitucional;
- M a ndado d e s e gurança c o ntra d e cisão j u d icial;
- E mbargos d e t e rce iro;
DIFERENÇA ENTRE AÇÃO AUTÔNOMA DE
IMPUGNAÇÃO E SUCEDÂNEOS RECURSAIS

 Qual a d iferenç a entre a ação a utônom a de Impu gn ação e os


Sucedâneos Recursais?

 Par te da dou trina cons idera os s uced âneos rec ursa is externo s
como Ações Autô nomas de impu gn aç ão, visto que im pu gn am
decis ão proferida em ou tro processo, cria ndo nova relaç ão
juríd ic a processual . Lin ha adot ada pelo professor Humber to
Theodoro Júnior, por exemplo.

 Os sucedâneos recursa is para esta l inh a de pensamento seriam ,


por exclu são, os in strumen tos j udi ci ais de im pu gna ção q ue n ão
sejam Recursos e nem A ções Autô nomas de Im pu gna ção . Para o
professor Dan iel Ass umpç ão Neves, não há d iferen ça en tre
sucedâ neos recurs ais e aç ão au tônom a de impu gn aç ão
(sucedâneo recursal externo) .
TESTANDO O CONHECIMENTO

 Co m b as e no s c o nceitos ap resentados, é p o ssível af i rmar que


o s R e cursos c ri am no va re l ação j u rídica p ro cessual e nt re a s
p a r tes?

 O s s u cedâneos re c ursais p o s suem to d as a s c a ra cterísticas d e


re c ursos?

 O s s u cedâneos re c ursais c ri am no va re l ação j urídica e nt re as


p a r tes?

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