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GEYP
Grupo Espírita Yvonne Pereira
Biblioteca
A BIBLIOTECA ESPÍRITA É UM VIVEIRO DE LUZ
Aqui deixo o coração (…) fruto das minhas meditações, com o desejo de
que todos cumpram fielmente os deveres espíritas cristãos, sob o pálio
protetor do Mestre e Senhor Jesus de Nazaré.
Nosso objetivo: deixar à disposição dos trabalhadores e frequentadores do GEYP, o maior número
possível de recursos bibliográficos, referentes à doutrina, para que sejam utilizados em leituras,
pesquisas e estudos, visando contribuir para a orientação doutrinária.
Como diz André Luiz “a biblioteca espírita é um viveiro de luz”, sendo uma grande divulgadora da
Doutrina espírita. Tem o intuito de estimular o estudo e proporcionar ao público, leituras
edificantes, visando conhecimento e auxilio na melhoria de vida e nos tratamentos, bem como
orientando em suas dificuldades.
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Camilo Castelo Branco teve uma vida atribulada, passional e impulsiva, tipicamente romântica.
Nascido em Lisboa a 16 de Março de 1825, Camilo ficou órfão de mãe aos dois anos e de pai aos
dez. Estando órfão, foi recebido por uma tia e depois por uma irmã mais velha, recebendo uma
educação irregular através de dois padres de província. Na sua adolescência formou-se lendo os
clássicos portugueses e latinos, literatura eclesiástica e em contacto com a vida ao ar livre
transmontana.
Aos 16 anos casou-se com Joaquina Pereira e, dois anos depois, em 1843, matricula-se na
Faculdade de Medicina, porém, não conclui o curso, optando depois por Direito.
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A partir de 1848 faz uma vida de boémia repleta de paixões, repartindo o seu tempo entre os
cafés e os salões burgueses, dedicando-se entretanto ao jornalismo.
Quando completa 21 anos, rapta Patrícia Emília e vai viver com ela na cidade do Porto. Logo
depois é acusado e preso por bigamia. Após conseguir a liberdade, Camilo tem alguns amores
passageiros até encontrar, por volta de 1856, Ana Plácido, a “mulher de sua vida”. Essa nova
relação amorosa, não é nada tranqüila, uma vez que Ana é casada com Pinheiro Alves, um rico
comerciante local.
Na impossibilidade de concretizar o seu amor, Camilo busca refúgio na religião e ingressa no
Seminário do Porto, porém passa a ter um caso amoroso com a freira Isabel Cândida. Camilo
permanece nesse seminário por dois anos e, depois de tentar o suicídio, consegue viver junto à
sua amada, que abandona o marido para viver com ele. Logo depois o casal é preso pelo crime de
adultério, são julgados, absolvidos e vão morar em Lisboa, contando ele trinta e oito anos de
idade.
Camilo e Ana têm dois filhos e grandes dificuldades financeiras, os filhos dão-lhe enormes
preocupações, Nuno irresponsável e Jorge sofre de uma doença mental.
Para garantir a sobrevivência da família, Camilo passa a escrever por encomenda, tornando-se o
primeiro escritor português a viver exclusivamente da literatura. Em 1888 Ana e Camilo
finalmente se casam. Nesse ano o escritor começa a sentir os primeiros sintomas de cegueira,
causada por uma sífilis crônica, que o impede de ler e de trabalhar capazmente, o que o mergulha
num enorme desespero.
Em 1º de junho 1890, a novela da vida de Camilo chega ao fim. Ele suicida-se com um
tiro de pistola.
Entre 1851 e 1890, escreveu mais de duzentas e sessenta obras, com a média superior a 6 por
ano, redigidas à pena, logo sem qualquer ajuda mecânica. Prolífico e fecundo escritor deixa obras
de referencia na literatura lusitana. Apesar de toda essa fecundidade, Camilo não permitiu que a
intensa produção prejudicasse a sua beleza idiomática ou mesmo a dimensão do seu vernáculo,
transformando- o numa das maiores expressões artísticas e a sua figura num mestre da língua
portuguesa. De entre os vários romances, deixou um legado enorme de textos inéditos, comédias,
folhetins, poesias, ensaios, prefácios, traduções e cartas – tudo com assinatura própria ou os
menos conhecidos pseudónimostais como: Manoel Coco; Saragoçano ; A.E.I.O.U.Y ; Árqui-
Zero ; Anastácio das Lombrigas.
O fato de ter de sobreviver da literatura fez com que Camilo Castelo Branco concentrasse seus
esforços na produção de novelas. Obras: Anátema (1851) ; Mistérios de Lisboa (1854) ; A Filha
do Arcediago (1854) ; Livro negro de Padre Dinis (1855) ; A Neta do Arcediago (1856) ; Onde
Está a Felicidade? (1856) ; Um Homem de Brios (1856) ; Lágrimas Abençoadas; Cenas da Foz ;
Carlota Ângela ; Vingança ; O Que Fazem Mulheres (1858) ; O Morgado de Fafe em Lisboa
(Teatro, 1861) ; Doze Casamentos Felizes (1861) ; O Romance de um Homem Rico (1861) ; As
Três Irmãs (1862) ; Amor de Perdição (1862); Coisas Espantosas ; O Irónico (1862) ; Coração,
Cabeça e Estômago (1862) ; Estrelas Funestas ; Anos de Prosa (1863) ; Aventuras de Basílio
Fernandes Enxertado (1863) ; O Bem e o Mal (1863) ; Estrelas Propícias (1863) ; Memórias de
Guilherme do Amaral (1863) ; Agulha em Palheiro (1863) ; Amor de Salvação (1864) ; A Filha
do Doutor Negro (1864) ; Vinte Horas de Liteira (1864) ; O Esqueleto (1865) ; A Sereia (1865) ;
A Enjeitada (1866) ; O Judeu (1866) ; O Olho de Vidro (1866) ; A Queda dum Anjo (1866); O
Santo da ; Montanha (1866) ; A Bruxa do Monte Córdova (1867) ; A doida do Candal (1867) ;
Os Mistérios de Fafe (1868) ; O Retrato de Ricardina (1868) ; Os Brilhantes do Brasileiro
(1869) ; A Mulher Fatal (1870) ; O Regicida (1874) ; A Filha do Regicida (1875) ; A Caveira da
Mártir (1876) ; Novelas do Minho (1875-1877); Eusébio Macário (1879) ; A Corja (1880) ; A
Brasileira de Prazins (1882) ; A Infanta Capelista.
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Para os espíritas, o caso de Camilo suicida é mais eloqüente do que qualquer dissertação teórica,
referência obrigatória para o estudo do tema, através da mediunidade de Yvone Pereira (MS).
21/mai/1890 – Após tomar conhecimento pelo médico de que sua cegueira era irreversível, Camilo
dispara um tiro de revólver no ouvido direito. São 15:15h na sua quinta de São Miguel de Seide
(Portugal): às 17:00h Camilo desencarna.
jan/1891 – Após meses vagueando sem destino em torno dos próprios restos mortais, Camilo é
detido no Vale dos Suicidas (MS), abrigo de réprobos oriundos de Portugal e suas colônias
africanas, Espanha, e Brasil (MS). É a data com que se inicia o Memórias de um Suicida.
20/set/1895 – Desenlace de Ana Plácido, 2ª esposa de Camilo, a quem dá três filhos. Apesar de
amá-la extremosamente em vida, inclusive se envolvendo em rumoroso processo que culmina em
sua prisão na Cadeia da Relação no Porto (casada, Ana Plácido foge do marido para viver com
Camilo), na biografia “post- mortem” do escritor não há nenhuma referência direta a esta com
quem passou a maior e mais fecunda parte de sua vida literária.
nov/1903 – Camilo se encontra há pouco tempo no Hospital Maria de Nazaré, da Legião dos
Servos de Maria. A data é do episódio da visita de Jerônimo a Portugal (MS). O ano de 1903
parece ser confirmado: “dentre tantos que convosco ingressaram há três anos, (…)”, com relação a
acontecimentos descritos como tendo ocorrido em 1906.
1904 – Data provável da 1ª caravana com Camilo à crosta terrestre: trabalhos de conscientização
de suicidas no interior do Brasil (MS – a referência é feita ao primeiro decênio deste século).
1906 – Cerca de dois anos após a primeira caravana, o médium português Fernando de Lacerda, já
havia entrado em contato com Camilo. As primeiras comunicações deste pelo médium, registram-
se em 1906 (1906- 02=1904, data provável da caravana acima), quando Camilo começa a ditar as
cartas que originam a obra Do País da Luz. É um ano de franca atividade para o escritor e seus
companheiros de enfermaria: voltam à crosta terrestre – a Portugal – em uma 2ª caravana com o
fim de obter alta do Hospital Maria de Nazaré, e prosseguem as comunicações de Do País da Luz
(MS).
Sem sucesso em Portugal, Camilo e seus companheiros transferem-se para o Brasil em busca de
campo mais fecundo de trabalho, sem abandonar as comunicações de Do País da Luz. Nas próprias
palavras de Camilo: “voltamos à Terra muitas vezes, permanecendo em suas sociedades, com
pequenos intervalos desde os primórdios de 1906.” (MS).
28/out/1906 – 1a. carta de Camilo por intermédio de Fernando de Lacerda à Silva Pinto, seu amigo
(PL I).
18/nov/1906 – 2a. carta à Silva Pinto, pelo mesmo médium (PL I).
20/nov/1906 – 3a. comunicação de Camilo (PL I); 4a. comunicação de Camilo (PL I).
20/abr/1906 – 5a. comunicação – Carta a Silva Pinto (PL I). 05/dez/1906 – 6a. comunicação,
acerca de Silva Pinto (PL I). 15/jan/1908 – Prólogo de Souza Couto ao Vol. I de Do País da Luz.
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1910 – Após dez anos de internação Camilo recebe alta da instituição hospitalar, ingressando na
Universidade da mesma instituição. Nos primeiros tempos da Universidade, reencontra sua mãe,
seu pai, e sua esposa falecida. Ele se refere a esse enlace como “matrimônio venturoso” (MS), pelo
que presumimos se trate de Ana Plácido, uma vez que a primeira esposa de Camilo, Maria do
Adro, morreu de tuberculose, com pouco tempo de casados.
01/abr/1911 – Carta de Silva Pinto na abertura do Vol. III de Do País da Luz (PL III).
mai/1911 – Prólogo de Fernando de Lacerda à 2a. ed. do vol. I de Do País da Luz. A 1a. ed. havia-
se esgotado em poucos meses (1908?). A 1a. ed. do Vol. II já havia sido lançada em 1908. Esta
2a. ed. do Vol. I sai com a reedição do Vol. II, e com a 1a. ed. do Vol. III (PL I), que também é de
1911.
jun/1911 – Prólogo de Fernando de Lacerda ao Vol. III de Do País da Luz. 25/jul/1911 – Fernando
de Lacerda chega ao Rio de Janeiro, no Brasil. nov/1911 – Desencarnação de Silva Pinto (PL IV).
1912 – Dois anos após o reencontro com seus familiares, Camilo toma contato com as suas
vivências passadas para fins didáticos (MS).
1919 – copyright da FEB de Do País da Luz. Data provável do lançamento do Vol. IV de Do País
da Luz. 1926 – Camilo se comunica no Brasil, em Lavras/MG, pela jovem médium Yvone A.
Pereira, que trabalha com atendimento a suicidas. É o início de um trabalho que será compilado 20
anos mais tarde (MS).
1930 – Graduado na Universidade da instituição dos Servos de Maria, Camilo passa a servir na
enfermaria do Hospital, em lugar de Joel, seu antigo enfermeiro, que reencarnara (MS).
mai/1930 – Yvone A. Pereira inicia a novela O Tesouro do Castelo (TI), narrativa assinada por
Camilo (TI). 1936 – Camilo está escrevendo após cerca de 30 anos, referindo-se a acontecimentos
ocorridos cerca de três anos após seu ingresso na instituição-hospital. Cruzando essa informação
com 1903 como seu ingresso no Hospital, temos o ano de 1936 como data aproximada de inicio da
criação de Memórias de um Suicida.
1942 – “faz precisamente cinqüenta e dois anos que habito o mundo astral” (MS): assim Camilo
inicia o final de suas memórias…
1945 – Data provável da reencarnação de Camilo. Segundo a diretriz-base traçada para essa nova
existência, trabalharia como médium curador, devendo cegar aos 40 anos de idade e desencarnar
aos 60 anos (MS).
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(MS), já que impedida temporariamente, ao fim desse impedimento, Camilo só a procurou para lhe
participar a sua (dele) próxima reencarnação (data do Copyright da FEB e do prefacio da
1a. edição = 1954 – 1 ano despendido no prefácio cf. pg. 10 = 1953 – 08 = 1945 data provável da
reencarnação de Camilo).
1985 – aos 40 anos Camilo reencarnado, conforme a diretriz-base, deveria novamente arcar com a
provação da cegueira (MS).
2006/2007 – aos 60 anos, Camilo reencarnado, por aquela diretriz, deverá desencarnar (MS).
Memórias de um Suicida (MS), Nas Telas do Infinito (TI), e Do País da Luz , vols. I a IV (PL I a
IV).
BIBLIOGRAFIA:
http://www.geae.inf.br
PEREIRA, Yvone A.. Memórias de um Suicida (5a. ed.). Rio de Janeiro: FEB, 1975.
PEREIRA, Yvone A.. Nas Telas do Infinito (5a. ed.). Rio de Janeiro: FEB, 1978.
LACERDA, Fernando de. & Do País da Luz (4 vols.: vol. I – 6a. ed.; vol. II – 5a. ed.; vol. III –
4a. ed.; vol. IV – 3a. ed.). RJ: FEB, 1984.
SOARES, Sylvio Brito. Grandes Vultos da Humanidade e do Espiritismo (2a. ed.). Rio de
Janeiro, FEB, 1975.
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