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Lei de Drogas – 11.343/06 | Antonio Pequeno
Apresentação
APRESENTAÇÃO
Salve, salve concurseiro e concurseira!
Meu nome é ANTONIO PEQUENO, sou natural do Rio de Janeiro e sou professor de
Direito Penal e Legislação Penal, atuando como Agente Federal de Execução Penal
desde 2009.
Além dos cargos que tomei posse, fui aprovado nos concursos de Oficial de Cartório
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da Polícia Civil do Estado Rio de Janeiro e 19º lugar como Técnico Administrativo da
ANVISA.
O presente material trabalharemos a Lei n.º 11.343/2006, mais conhecida como a Lei
de Drogas. Já adiando para você que, se essa lei estiver no seu no seu edital, pode
estuda-la bem porque possivelmente ela vai cair na sua prova, tendo em vista que é
uma das leis de maior incidência em se tratando de concurso público.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Apresentação ........................................................................................................................2
A origem da Lei de Drogas ....................................................................................................3
Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas ...........................................................5
Das Disposições Gerais ............................................................................................................................. 5
Do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas ......................................................................... 10
Dos Princípios e objetivos ....................................................................................................................... 11
Da Composição e Organização ................................................................................................................ 13
Do Plano Nacional de Políticas Públicas .................................................................................................. 14
Do Acompanhamento e Avaliação .......................................................................................................... 16
Arts. n.º27 e 28 ....................................................................................................................................... 17
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Partindo dessa consideração, diz-se do Art. 5º, inciso XLIII da CF/88, tratar-se de
mandado constitucional de criminalização expresso, que consiste em uma
imposição para que o legislador infraconstitucional viesse trazer a repressão à prática
do tráfico ilícito de drogas. Neste sentido, o mandado condicional de criminalização,
O Art. 5º, inciso XLIII da CF/88, e sua organização é uma medida convencional de
criminalização, expressamente evidenciado na Constituição. Embora tenha passado a
vigorar em 2006, existia antes disso a previsão do tráfico de entorpecentes com base
Lei n.º 6368/1976, em cima do art. n.º 16, por meio da qual observava-se, de igual
modo, a Constituição Federal.
Outro artigo previsto constitucionalmente que chama a atenção é o art. n.º 243 da
CF/88, o qual apresenta uma situação que pode acarretar na expropriação da
propriedade do indivíduo que a utiliza para fins de cultivo, envolvendo várias
substâncias consideradas drogas que possam causar dependência. Havendo essa
hipótese, o proprietário pode vir a sofrer a expropriação, isto é, o confisco. Entenda
que não se trata de uma desapropriação, que, no caso, ocorre por meio de indenização
prévia e justa. A expropriação, em contrapartida, tem natureza confiscatória, isto é,
não envolvendo qualquer tipo de indenização ao produtor, a propriedade passa a ser
da União. Nesse sentido, o caso de expropriação é um exemplo de intervenção do
Estado na propriedade privada. Contudo, tendo em vista o que está disposto no art.
n.º 243, CF/88 Lei de drogas. Esse caso, além de tratar da Lei de Drogas, envolve a
situação de trabalho escravo, basta analisar expressamente o que está previsto no art.
n.º 243, CF/88.
Mesmo que o produtor conduza o cultivo em apenas uma parte de sua terra, ele perde
todo o bem quando confiscada a propriedade.
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Os conteúdos que mais caem na prova referente à Lei de Drogas, sem sombra de
dúvidas, são, respectivamente: Art. n.º 33; Art. n.º 41 e Art. n.º 28. Se seu tempo de
estudo for curto, ou se pretende fazer uma revisão para o dia da prova, centre fogo
nesses artigos, em especial no art. n.º 33, que representa a maior incidência de
questões nas provas
Isso posto, vamos ao título das disposições preliminares. A referida Lei institui o
Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - SISNAD e prescreve medidas
para prevenção do uso indevido, atenção em recessão social de usuários e
dependentes de drogas; estabelece normas para a repressão à produção não
autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, consideradas drogas as substâncias ou os
produtos capazes de causar dependência assim especificados em lei ou relacionados
em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União, e define crimes.
(Art. n.º 1).
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ponto, relaciona-se o Art. n.º 1 ao art. n.º 66 e à Portaria 344 da Anvisa/1998. É essa
Portaria que determina se o princípio ativo da droga configura ou não o crime de
tráfico, por exemplo.
Já o art. n.º 33 da Lei de Drogas expõem dezoito condutas que configuram crime tais
como importar, exportar, remeter, trazem consigo, vender, expor à venda drogas. Ele
não irá especificar o que é droga, portanto, será necessário recorrer a Portaria 344 da
Anvisa que fará, e por meio dela se faz possível saber se há o princípio ativo para
configurar o crime de tráfico de drogas previsto no ar. N.º 33.
Agora, tendo como base o art. n.º 33, sabemos que ele elucidará sobre condutas, as
quais acarretarão em pena, e neste momento falo especificamente sobre a pena
privativa de liberdade que consiste em reclusão de cinco anos, podendo chegar à
quinze, ou seja, pena mínima, cinco anos, e pena máxima de quinze.
Agora, no caso do Caput da lei, que trata da norma proibitiva, que o pensou foi,
também, o Congresso Nacional, no entanto, não o completou. Portanto, a
complementação que fala sobre o que caracteriza “droga” Já no caso do CAP, quem
produziu esse tipo penal foi o Congresso Nacional. Só que a complementação falando
que é droga, não foi trazida pelo por meio de outra Lei de produção do Congresso
Nacional, não é feito através de uma lei em sentido estrito, o cumprimento, que vai
falar o que é droga foi trazido pela Portaria de número 344 da Vigilância Sanitária do
Ministério da Saúde, chamada hoje de Anvisa. Logo é um ato do Poder Executivo. O
que complementa a Lei de Drogas hoje é um ato do poder executivo.
Pode-se dizer que a lei de drogas é uma norma penal em branco heterogênea, porque
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é uma lei que reque um complemento, sendo que esse complemento não é feito pelo
próprio Congresso Nacional, porque se fosse, teríamos apenas um exemplo de uma
norma penal em branco, homogênea. O Congresso nacional é Poder Legislativo e o
complemento não é feito pelo Congresso Nacional, isto é, não é feito pelo Poder
Legislativo. O complemento é feito pelo ato do Poder Executivo. Nesse sentido, pode-
se dizer que a Lei de drogas é uma norma penal, em branco, heterogênea.
Reclusão
Min. 5 anos Preceito Secundário
Max. 15 anos
Estas considerações são traçadas para que fique bem claro que esse conteúdo é muito
recorrente nas provas, portanto, se cair na sua prova que a Lei das Drogas é uma
norma penal em branco, você pode assinalar a questão como correra. Agora, se a
questão especificar que tipo de norma penal em braço, ela terá que especificar que se
trata de uma norma penal em branco heterogênea, porque se ela disser que é uma
norma penal em branco homogênea, a questão estará errada. A questão deve ficar
bem clara: hoje, para saber se o indivíduo praticou o tráfico de drogas, por exemplo,
faz-se necessário consultar a Portaria n.º 344 da Anvisa, para saber se o princípio ativo
em questão é considerado uma droga, como, por exemplo maconha tem o princípio
ativo tetraidrocanabinol, princípio ativo, o lança perfume tem como princípio ativo o
cloreto de etila. Todas essas informações constam na portaria n.º 344.
Caso a Anvisa venha retirar uma substância que tem um princípio ativo que hoje é
considerada droga, o que prevalece na doutrina e no entendimento do STF é que
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ocorrendo a retirada de um princípio ativo que está previsto na portaria 344, será
gerado o abolitio criminis, e o efeito será a retroatividade. Gostaria de exemplificar
apresentando-lhe o que aconteceu com o princípio ativo ilícito cloreto de etila, lança
perfume, nos anos 2000. Para você entender, quem fez a exclusão desse princípio ativo
não foi o Congresso Nacional, mas o que prevalece é que a norma penal em branco,
homogêneo como heterogênea é constitucional.
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Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1º desta Lei, até que seja
atualizada a terminologia da lista mencionada no preceito, denominam-se drogas
substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial,
da Portaria SVS/ MS nº 344, de 12 de maio de 1998.
Os rituais que utilizam substâncias psicotrópicas mais difundidos hoje no Brasil são o
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Santo Daime e a União Vegetal, mas deverá gerar atipicidade da conduta do agente
todas as substâncias que forem usadas com base no artigo segundo supracitado e,
também, na Convenção de Viena, que foi ratificada pelo Brasil com essa finalidade, vai
gerar uma atipicidade da conduta do agente. Todavia, cabe ressaltar que o indivíduo
que consumir o chá terá que permanecer no recinto no qual ocorre o ritual, uma vez
que não será amparado pela atipicidade se, por exemplo, sair para conduzir veículo
automotor, estando sob o efeito da substância. Ele poderá, nesse caso ser
responsabilizado criminalmente pelo artigo 306 do CTB, que fala do do crime, de
conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da
influência de álcool ou de outra substância psicoativa.
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Observe que no primeiro momento a Lei tenta prevenir o uso, no segundo momento
ela trabalha repressão não autorizado e o tráfico, por isso de drogas, ou seja, trabalha
tanto de forma preventiva como de forma repressiva. Observe, ainda, que os
parágrafos 1 e 2 foram recentemente incluídos pela Lei nº 13.840, de 2019, e
alterações como essa possivelmente podem cair na prova, portanto é bom destacar.
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não autorizada e ao tráfico ilícito e as políticas públicas setoriais dos órgãos do Poder
Executivo da União, Distrito Federal, Estados e Municípios;
Atenção, que pode ser cobrada na sua prova a diferenciação entre os princípios e os
objetivos do Sisnad. Assim, lembre-se, o artigo n.º 4 fala sobre os princípios e o artigo
n.º 5 fala sobre os objetivos.
Da Composição e Organização
Logo em seguida, o artigo n.º 6 iniciaria o capítulo II da lei sobre a composição e
organização do Sisnad, entretanto, foi revogado pela Lei 13.840/2019, que fala sobre
o Sisnad, e, neste âmbito, o artigo n.º 7 tratará da composição do Sisnad.
A união deve ainda, promover a integração das políticas sobre drogas com o Estado
se divide ao município financiar com os estados, Distrito Federal e municípios a
execução das políticas sobre drogas; observar as obrigações Integrante do Sisnad,
também que várias decisões, estabelece a norma de colaboração com estádios federal,
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município para a execução das políticas sobre drogas; garantir publicidade das
informações sobre repasse de recursos para financiamento de políticas sobre drogas;
sistematizar a divulgação os dados estatísticos nacionais de prevenção, tratamento,
acolhimento e reinserção social, econômica e repressão ao tráfico de drogas e adotar
medidas de enfrentamento aos crimes transfronteiriços. Por fim, deverá estabelecer
uma política Nacional de controle de fronteiras visa coibir o ingresso de droga no país.
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VI - estabelecer diretrizes para garantir a efetividade dos programas, ações e projetos das
políticas sobre drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
VIII - articular programas, ações e projetos de incentivo ao emprego, renda e capacitação para o
trabalho, com objetivo de promover a inserção profissional da pessoa que haja cumprido o plano
individual de atendimento nas fases de tratamento ou acolhimento; (Incluído pela Lei nº 13.840,
de 2019)
XII - promover estudos e avaliação dos resultados das políticas sobre drogas. (Incluído pela Lei nº
13.840, de 2019)
§ 1º O plano de que trata o caput terá duração de 5 (cinco) anos a contar de sua aprovação.
§ 2º O poder público deverá dar a mais ampla divulgação ao conteúdo do Plano Nacional de
Políticas sobre Drogas.
Quanto à seção III, foi em grande parte vetada, mas diz respeito ao acompanhamento
e avaliação das políticas sobre drogas, e prevê que as instituições com atuação nas
áreas da atenção à saúde e da assistência social que atendam usuários ou
dependentes de drogas deverão comunicar ao órgão competente do respectivo
sistema municipal de saúde os casos atendidos e os óbitos ocorridos, preservando a
identidade das pessoas, conforme orientações emanadas da União. Além disso, diz
que os dados estatísticos nacionais de repressão ao tráfico ilícito de drogas integrarão
sistema de informações do Poder Executivo. A redação apresentada pelo artigo n.º 16
e 17 são novas, dadas pela Lei n.º 13.840, de 2019.
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Do Acompanhamento e Avaliação
Em seguida, o título III, capítulo I, seção I trata da prevenção do uso indevido, atenção
e reinserção social de usuário e dependentes de drogas. Quando às diretrizes, estão
previstas no artigo n.º 18. Constituem atividades de prevenção do uso indevido de
drogas, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas para a redução dos fatores de
vulnerabilidade e risco e para a promoção e o fortalecimento dos fatores de proteção,
também incluída pela Lei n.º 13.840, de 2019. Mais adiante, a seção II, falará da semana
nacional de políticas sobre drogas. Por se tratar de uma redação atual, também
incluída pela Lei nº 13.840, de 2019, pode ser que a banca trabalhe em cima de datas,
então vamos observar esses artigos mais de perto, grifando o importante.
Pois bem, você pode e deve ler esses artigos no texto da lei, sem que eu os apresente
neste material, porque minha finalidade aqui é destacar e orientá-lo como estudar
aquilo que cai na prova, a fim de garantir sua aprovação. Nesse sentido deixo as
orientações que recomendo que siga.
Em termos de incidência, como eu disse, deve-se fazer uma relação do artigo n.º1 ao
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art. n.º 66 e à Portaria 344 da Anvisa/1998. Em seguida, se tiver tempo hábil até a data
da prova, deverá ler todos aqueles artigos mencionados, principalmente os que
sofreram alterações recentes para se ter uma noção básica do conteúdo. Do contrário,
siga direto para o capítulo XV, que é o capítulo das penas. Este, aconselho que leia até
o final. Mas a parte procedimental envolvendo à Lei de drogas que não tem muita
incidência.
Arts. n.º27 e 28
Deste ponto em diante o que inclui trabalhar a parte 2 deste material, trataremos
sobre os artigos n.º 27 e 28, que falam dos crimes e das penas. Para fins de introdução
para o próximo material, gostaria de abordar um pouco os artigos.
Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo, ouvidos o
Ministério Público e o defensor.
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Isso se cair na prova será tranquilo responder, veja bem, o crime previsto no art. n.º
28, sobre o porte de drogas para consumo próprio, tem como consequência penal a
advertência, a prestação de serviço à comunidade e o comparecimento a programa
ou curso educativo, isto é, trata-se de um crime que não traz pena privativa de
liberdade. Essas penas elas podem ser aplicadas de forma isolada, bem como
cumulativamente e se quiser substituir uma por outra, também pode, a qualquer
tempo, sempre ouvindo que o Ministério Público e o defensor desse indivíduo.
Isso se referindo ao artigo n.º 27 com base no crime do art. n.º 28, porque esse capítulo
III, abrange do art. n.º 27 ao 30, e dentre esses, o único crime previsto é o previsto no
art. n.º 28.
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