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LEI DE DROGAS
(LEI N. 11.343/06)
DROGAS
Álcool:
Substância que causa dependência e malefícios à saúde, quando consumido em excesso.
É uma substância que causa dependência física e química, mas não é considerada droga
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para fins de aplicação desta lei, porque não está prevista na Portaria n. 344/98 da ANVISA.
Cigarro (nicotina):
Também é uma substância que causa dependência física e química.
O estado tributa tal substância e, portanto, não é possível considerá-la ilegal, logo, não é
considerada droga e também não está prevista na portaria da ANVISA.
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CRIMES
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regu-
lamentar será submetido às seguintes penas:
I – advertência sobre os efeitos das drogas;
II – prestação de serviços à comunidade;
III – medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
adquirir;
guardar;
tiver em depósito;
transportar;
trouxer consigo.
Se o indivíduo cometer uma ou mais condutas previstas no art. 28, ele não será responsa-
bilizado por tantas quantas condutas proibidas realizar, porque, com a realização da primeira
conduta, ele já terá violado o bem da vida que se pretende proteger diante da ameaça da
saúde, ameaça da aplicação da sanção penal.
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Se o cidadão dá destinação diferente do que o consumo pessoal, ele não poderá ser res-
ponsabilizado pelo art. 28. Assim, se, por ventura, ele adquire uma pequena quantidade de
maconha para uso de lazer dessa substância proibida, para fins de relaxamento ou de excita-
ção, esse cidadão estará em curso nas penas do art. 28, porque ele se adequou perfeitamente
à hipótese prevista no preceito primário da norma penal incriminadora.
Agora, se esse cidadão adquire essa substância e utiliza uma parte para o seu próprio
consumo e cede essa substância para outra pessoa, então estará cometendo o crime de art.
28, como também o crime do art. 33 da Lei de Drogas.
O cidadão tem que realizar a conduta proibida, sem a autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar.
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Essa pena tem prazo definido em lei e é, também, uma consequência possível da prática
do crime elencado no art. 28 da Lei n. 11.343/06.
O art. 28 não traz em sua previsão legal, como consequência da prática descrita no pre-
ceito primário, a pena privativa de liberdade.
Em 2006, com o surgimento dessa lei, houve a revogação do diploma legal até então
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vigente de Lei n. 6.368/76.
O art. 16 da Lei n. 6.368/76 tipificava o crime de porte para uso de drogas, e o art. 28 con-
tinua tipificando o crime de porte para uso de drogas, ou seja, não houve nenhuma alteração
com a revogação da legislação anterior no tocante à consideração da conduta descrita no
art. 28 como crime. Não houve, portanto, descriminalização (princípio da continuidade nor-
mato típica: era crime sobre a vigência de uma lei e continua sendo crime sob a vigência de
outra lei).
O que mudou é que, sob a vigência da Lei n. 6368/76, havia a previsão legal da pena pri-
vativa de liberdade, e o art. 28 não traz mais essa possibilidade.
Só poderá aplicar a pena em acordo com a existência de previsão legal, devido ao princí-
pio da legalidade.
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Isso faz com que doutrina e jurisprudência indiquem que a sucessão de leis penais que
promoveu com a revogação da Lei n. 6368/76, não corresponde a descriminalização, mas a
despenalização da conduta.
Despenalização da conduta: o que era antes previsto, agora já não mais existe no orde-
namento jurídico.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Egbert Nascimento.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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