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E n tr e o s a r ts . 3 ° e 1 7 , a L e i d e D r o g a s tr a ta n ã o a p e n a s
Institui o Sistema Nacional de Políticas d a s fi n a lid a d e s d o S IS N A D , c o m o ta m b é m d e s e u s
Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve p r in c íp io s e o b je tiv o s , d e s u a c o m p o s iç ã o e
o r g a n iz a ç ã o , re g u la m e n ta d a p e lo D e creto nº
medidas para prevenção do uso indevido, 5 .9 1 2 /2 0 0 6 , e d a c o le ta , a n á lis e e d is s e m in a ç ã o d e
in fo r m a ç õ e s s o b r e d r o g a s
atenção e reinserção social de usuários e
dependentes de drogas; estabelece normas E n tr e o s a r ts . 2 0 a 2 6 , a L e i d e D r o g a s
ta m b é m b u sca im p le m e n ta r ações
para repressão à produção não autorizada e d e s tin a d a s à r e d u ç ã o d o s r is c o s e d o s d a n o s
ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e à s a ú d e a tr a v é s d a c o n tr o v e r s a p o lític a d a
re d u ç ã o d e d a n o s .
dá outras providências.
N o T ítu lo IV , a L e i d e D r o g a s n ã o a p e n a s
tip ifi c a o s c r im e s r e la tiv o s a o trá fi c o , c o m o
O PRESIDENTE DA ta m b é m e s ta b e le c e u m p r o c e d im e n to e s p e c ia l e
REPÚBLICA Faço saber que o Congresso d is p õ e s o b r e a a p r e e n s ã o , a r re c a d a ç ã o e
1 e s tin a ç ã o d e b e n s d o a c u s a d o .
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:
• Heterogênea: complemento está contido em um ato Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
administrativo. Atualmente está previsto em um ato pagamento de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) dias
administrativo a relação do que é considerado droga multa
para efeitos penais. Portaria 344/98 ANVISA.
“Prescrever” = Somente pode ser feita por
Essa portaria traz o nome da droga? profissional da medicina ou odontologia.
Não. A lei traz o nome cientifico, princípio ativo da “Ministrar” = A conduta de ministrar é do
droga. Pouco importa o nome comercial da droga. profissional de farmácia ou enfermagem.
(Cannabis ativa; cloreto de etila- lança perfume).
Presente o princípio ativo no produto ele é Sujeito passivo
considerado como droga. T.C.F
É a coletividade/sociedade. São crimes vagos =
• Como se prova a materialidade dos crimes da lei aqueles que tem como sujeito passivo um ente
de droga? destituído de personalidade jurídica.
Através da presença do princípio ativo, que é Dica: Sujeito passivo de um crime está sempre
detectado por meio de perícia. relacionado com o bem jurídico tutelado.
Duas perícias previstas na lei de drogas: Aqui na lei de drogas o bem jurídico é a saúde
pública que é um bem pertencente à coletividade.
1ª perícia: precária, provisória = auto de constatação
da natureza da substância. Exame preliminar que vai Sempre que um crime tem a coletividade como
servir para validar a prisão em flagrante, permitir sujeito passivo (código de trânsito, estatuto do
desarmamento) a ação penal será pública
incondicionada. A coletividade não tem como ajuizar Entendimento que prevalece (STF) art. 28 contempla
queixa crime. um CRIME. Precedente RE 430.105/questão de
ordem/RJ. Fundamentos:
Elemento subjetivo
i) A lei de drogas ao tratar do tema classificou a
Os crimes da lei de drogas Em regra são DOLOSOS. conduta como crime, está no capítulo dos crimes e
Vontade e consciência de realizar os tipos penais. das penas;
§ 3º (VETADO).
Art. 26-A. O acolhimento do usuário
ou dependente de drogas na comunidade
§ 4º (VETADO).
terapêutica acolhedora caracteriza-se por:
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 5º (VETADO).
I - oferta de projetos terapêuticos ao
usuário ou dependente de drogas que visam
à abstinência; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
CAPÍTULO III
DOS CRIMES E DAS PENAS
Art. 27. As penas previstas neste A fim de se comprovar a materialidade delitiva por
Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou meio do exame toxicológico, é imprescindível que
parte da substância entorpecente seja apreendida.
cumulativamente, bem como substituídas a
qualquer tempo, ouvidos o Ministério O art. 28 da Lei de Drogas incrimina as condutas de
Público e o defensor. adquirir, guardar, ter em depósito, transportar ou
trazer consigo. Cuida-se de tipo misto alternativo.
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver Logo, mesmo que o agente pratique, em um mesmo
em depósito, transportar ou trouxer contexto fático, mais de uma ação típica, responderá
por crime único.
consigo, para consumo pessoal, drogas sem
autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar será
submetido às seguintes penas: Obs. Sobre a pena de prestação de serviço à
comunidade:
I - advertência sobre os efeitos das
NÃO SUBSTITUTIVIDADE: as penas restritivas de
drogas; direito previstas no Código Penal são autônomas e
aplicadas em substituição a uma pena privativa de
II - prestação de serviços à liberdade anteriormente fixada pelo magistrado.
comunidade; Exemplificando, após condenar um acusado à pena
não superior a 4 anos pela prática de crime cometido
III - medida educativa de sem o emprego de violência ou grave ameaça, deverá
o magistrado substituir esta pena privativa de
comparecimento a programa ou curso
liberdade por restritiva de direitos, nos termos do art.
educativo. 44 do Código Penal, desde que presentes os demais
pressupostos objetivos e subjetivos. Em sentido
diverso, no caso do crime de porte de drogas para
consumo pessoal, como sequer há previsão legal de
PORTE PARA CONSUMO PESSOAL, ART. 28 pena privativa de liberdade, a pena restritiva de
direitos de prestação de serviços à comunidade já
Também chamado de posse. vem cominada diretamente no preceito secundário
do art. 28, daí por que desprovida do caráter
Crime do usuário? substitutivo que geralmente acompanha essa espécie
de sanção. Fonte: Renato Brasileiro Leis Penais
Não está certo. Uso da droga por si só é penalmente Especiais
irrelevante, não há crime no uso pretérito da droga.
Não há o verbo usar no tipo penal.
uida-se, o art. 28, § 1°, da Lei de Drogas, de norma §3º As penas de prestação §4º As penas de prestação
especial em relação ao crime do art. 33, § 1°, inciso II de serviço à comunidade e de serviço à comunidade e
comparecimento a programa comparecimento a programa
("semeia, cultiva ou faz a colheita, sem ‘ autorização ou curso educativo serão ou curso educativo serão
ou em desacordo com determinação legal ou aplicadas: aplicadas:
regulamentar , de plantas que se constituam em
matéria-prima para a preparação de drogas"),
diferenciando-se dele em virtude da presença de 2 Se primário Se
elementos especializantes, quais sejam: a finalidade reincidente
deve ser o consumo pessoal, e as plantas devem ser
Prazo
destinadas à preparação de pequena quantidade de Prazo
máximo de 5
substância entorpecente. meses máximo de
10 meses
Ademais, o juiz atenderá à natureza e da substância
apreendida, ao local e às condições em que se Nada impede a fixação da pena em lapso temporal
desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e inferior.
pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do
agente. Orientação do §2º deste artigo.
Art. 32. As plantações ilícitas serão Art. 33. Importar, exportar, remeter,
imediatamente destruídas pelo delegado de preparar, produzir, fabricar, adquirir,
polícia na forma do art. 50-A, que recolherá vender, expor à venda, oferecer, ter em
quantidade suficiente para exame pericial, depósito, transportar, trazer consigo,
de tudo lavrando auto de levantamento das guardar, prescrever, ministrar, entregar a
condições encontradas, com a delimitação consumo ou fornecer drogas, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em presentes elementos probatórios razoáveis
desacordo com determinação legal ou de conduta criminal preexistente. (Incluído
regulamentar: pela Lei nº 13.964, de 2019)
de drogas;
Segundo Renato Brasileiro, não podem ser rotulados
como "tráfico de drogas" e, portanto, equiparados a
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, hediondos, os crimes previstos nos arts. 28 (porte ou
sem autorização ou em desacordo com cultivo de drogas para consumo próprio), 33, § 2°
determinação legal ou regulamentar, de (auxílio ao uso), 33, § 3° (uso compartilhado), 33, §4°
plantas que se constituam em matéria- (tráfico privilegiado).
Com o objetivo de evitar que qualquer atividade # Não confundir com flagrante esperado. Neste o
relacionada à produção não autorizada e ao tráfico policial imagina (pois a investigação demonstra que
ilícito de drogas fique impune, o legislador descreve existe a probabilidade de o crime ocorrer) que o
no art. 33, § 1°, três condutas equiparadas ao tráfico crime vai ocorrer, então, o agente, apenas, aguarda o
momento melhor para poder flagrantear. Por ex.: reduzidas de um 1/6 a 2/3, desde que o
Devido a interceptação telefônica (devidamente agente seja primário, de bons antecedentes,
autorizada pelo juiz) os policiais que investigam uma
quadrilha já sabem o dia e a hora em que uma carga
não se dedique às atividades criminosas
de drogas irá chegar. Então esperam o momento da nem integre organização criminosa. (Vide
chegada das drogas para fazer o flagrante. Resolução nº 5, de 2012)
Parece que a hipótese do INCISO IV DO §1º, art. 33 Causa de diminuição de pena – TRÁFICO
não é caso de flagrante provocado. Este é ilícito. Ver PRIVILEGIADO (acidental)
como o assunto é cobrado em questões.
O agente seja
Primário
Nesse contexto, como se pronunciou o Supremo, "o 3) Não é possível a fixação de regime de
juiz não está obrigado a aplicar o máximo da cumprimento de pena fechado ou semiaberto para
redução prevista, quando presentes os requisitos crime de tráfico privilegiado de drogas sem a devida
para a concessão desse benefício, tendo plena justificação. Não se admite a fixação automática do
discricionariedade para aplicar a redução no patamar regime fechado ou semiaberto pelo simples fato de
que entenda necessário e suficiente para reprovação e ser tráfico de drogas. Não se admite, portanto, que o
prevenção do crime, segundo as peculiaridades de regime semiaberto tenha sido fixado utilizando-se
cada caso concreto. como único fundamento o fato de ser crime de
tráfico, não obstante se tratar de tráfico privilegiado e
ser o réu primário, com bons antecedentes. A
gravidade em abstrato do crime não constitui
motivação idônea para justificar a fixação do regime
mais gravoso. STF. 1ª T. HC 163231/SP, rel. orig. Min.
Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de
Moraes, j. 25/6/19 (Info 945).
JURIS – 2014 até junho de 2020 – Dizer o Direito
OBS: A situação em tela se amolda ao art. 33, § 2º, do 9) Tráfico privilegiado e “mulas” – (Info 766) É
Código Penal, que é aplicável também aos possível aplicar o benefício do § 4º do art. 33 da Lei
condenados por tráfico de drogas: de Drogas às “mulas”. STF. 1ª Turma. HC 124107/SP,
Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 4/11/2014 (Info
Art. 33 (...) § 2º - As penas privativas de liberdade 766).
deverão ser executadas em forma progressiva,
segundo o mérito do condenado, observados os O que são as chamadas “mulas”? “Mula” é o nome
seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de dado a pessoa, geralmente primária e de bons
transferência a regime mais rigoroso: c) o condenado antecedentes (para que não desperte suspeitas), que é
não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 cooptada pelas quadrilhas de tráfico de drogas para
(quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em que realize o transporte do entorpecente de uma
regime aberto. cidade, estado, país, para outros, em troca de uma
contraprestação pecuniária, ou por conta de ameaças.
Mas o § 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90 afirma que o
regime inicial no caso de crimes hediondos e Normalmente, a droga é transportada pela “mula” de
equiparados deverá ser o fechado... O STF decidiu forma dissimulada, escondida em fundos falsos de
que o § 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90, ao impor o bolsas, junto ao corpo ou até mesmo em cápsulas
regime inicial fechado, é inconstitucional. HC
dentro do estômago da pessoa. A “mula” também é para consumo próprio. Cabe à acusação comprovar
conhecida como “avião” ou “transportador”. os elementos do tipo penal, ou seja, que a droga
apreendida era destinada ao tráfico. Ao Estado-
10) A natureza e a quantidade da droga NÃO podem acusador incumbe demonstrar a configuração do
ser utilizadas para aumentar a pena-base do réu e tráfico, que não ocorre pelo simples fato dos réus
também para afastar o tráfico privilegiado (art. 33, § terem comprado e estarem na posse de entorpecente.
4º) OU para, reconhecendo-se o direito ao benefício, Em suma, se a pessoa é encontrada com drogas, cabe
conceder ao réu uma menor redução de pena. ao Ministério Público comprovar que o
Haveria, nesse caso, bis in idem. STF. 2ª Turma. RHC entorpecente era destinado ao tráfico. Não fazendo
122684/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 16/9/2014 esta prova, prevalece a versão do réu de que a droga
(Info 759). era para consumo próprio. STF. 1ª Turma. HC
107448/MG, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio,
- a natureza e a quantidade da droga não podem ser 18.6.2013.
utilizadas, concomitantemente, na primeira e na
terceira fase da dosimetria da pena, sob pena de BIS 14) A jurisprudência do STJ é no sentido de que o
IN IDEM. sentenciado condenado, primeiramente, por tráfico
privilegiado (art. 33, § 4º, da Lei º 11.343/06)
11) Na dosimetria da pena de tráfico, o juiz não pode
aumentar a pena base utilizando como argumento o E, posteriormente, pelo crime previsto no caput do
fato de terem sido encontradas muitas trouxinhas art. 33 da Lei n.º 11.343/2006,
com o réu, se o peso delas era pequeno (7,1 gramas),
sendo esse fato preponderante. De igual modo, o Não é reincidente específico, nos termos da
magistrado não pode aumentar a pena pelo simples legislação especial.
fato de a venda da droga ocorrer dentro da própria
casa do condenado. Isso porque esse fato, por si só, Portanto, não é alcançado pela vedação legal,
não enseja uma maior reprovabilidade da conduta prevista no art. 44, parágrafo único, da referida Lei. -
delituosa. Por fim, o julgador não pode aumentar a In casu, embora o paciente já ostentasse condenação
pena do réu porque este declarou, em seu anterior por tráfico privilegiado quando praticou o
interrogatório, que era usuário frequente de droga. O crime de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei n.
uso contumaz de drogas não pode ser empregado 11.343/2006), não se configurou a reincidência
como indicativo de necessidade de agravamento da específica, uma vez que se tratam de condutas de
reprimenda, visto que a conduta do réu que vende naturezas distintas. STJ. 6ª Turma. HC 419.974/SP,
drogas para sustentar o próprio vício é menos Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJe
reprovável do que a daquele que pratica esse crime 04/06/2018. STJ. 5ª Turma. HC 453.983/SP, Rel. Min.
apenas com intuito de lucro. STF. 2ª Turma. RHC Felix Fischer, j. 02/08/2018.
122469/MS, rel. orig. Min. Cármen Lúcia, red. p/ o
acórdão Min. Celso de Mello, julgado em 16/9/2014 15) O interrogatório, na Lei de Drogas, é o último
(Info 759). ato da instrução – (Info 609) – IMPORTANTE!!!
12) A natureza e a quantidade da droga podem ser O art. 400 do CPP prevê que o interrogatório deverá
utilizadas para aumentar a pena-base e também ser realizado como último ato da instrução criminal.
para afastar o tráfico privilegiado?
Essa regra deve ser aplicada:
1ª corrente: SIM. Utiliza-se a mesma regra em
finalidades e momentos distintos. Posição do STJ. • nos processos penais militares;
2ª corrente: NÃO. Isso porque haveria, no caso, bis in • nos processos penais eleitorais e
idem. Posição do STF. STF. Plenário. HC 112776/MS
e HC 109193/MG, Rel. Min. Teori Zavascki, julgados • em todos os procedimentos penais regidos por
em 19/12/2013 (Info 733). legislação especial (ex: lei de drogas).
Corrupção de menores (art. 244-B do ECA). 19) Ainda que o réu comprove o exercício de
atividade profissional lícita, se, de forma
concomitante, ele se dedicava a atividades
criminosas, não terá direito à causa especial de
Caso o delito praticado pelo agente e pelo menor diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei
de 18 anos seja o art. 33, 34, 35, 36 ou 37 da Lei nº 11.343/06. O tráfico de drogas praticado por
11.343/2006: ele responderá apenas pelo crime da Lei intermédio de adolescente que, em troca da
de Drogas com a causa de aumento de pena do art. mercancia, recebia comissão, evidencia (demonstra)
40, VI. Não será punido pelo art. 244-B do ECA para que o acusado se dedicava a atividades criminosas,
evitar bis in idem. circunstância apta a afastar a incidência da causa
especial de diminuição de pena prevista no art. 33, §
4º, da Lei 11.343/06. STJ. 6ª Turma. REsp 1.380.741- bastando que tenha havido o ajuste. Assim, não é
MG, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, j. 12/4/16 (Info indispensável que a droga tenha sido entregue ao
582). comprador e o dinheiro pago ao vendedor, bastando
que tenha havido a combinação da venda. STJ. 6ª
20) Presença de canabinoides na substância é Turma. HC 212.528-SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro,
suficiente para ser classificada como maconha, julgado em 1º/9/2015 (Info 569).
ainda que não haja THC – Classifica-se como, para
fins da Lei 11.343/2006, a substância apreendida que 22) Livramento condicional no caso de associação
possua canabinoides (característica da espécie para o tráfico (art. 35) – IMPORTANTE!!!
vegetal Cannabis sativa), ainda que naquela não haja
tetrahidrocanabinol (THC). STJ. 6ª Turma. REsp O art. 83 do CP prevê que o condenado por crime
1.444.537-RS, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, j. hediondo ou equiparado que não for reincidente
12/4/16 (Info 582). específico poderá obter livramento condicional após
cumprir 2/3 da pena. Os condenados por crimes não
O que é considerado para fins penais? O § único do hediondos ou equiparados terão direito ao
art. 1º da Lei 11.343/06 prevê que, para uma benefício se cumprirem mais de 1/3 da pena (não
substância ser considerada como, é necessário que sendo reincidentes em crimes dolosos) ou se
possa causar dependência, sendo isso definitivo em cumprirem mais de 1/2 da pena (se forem
uma lista a ser elencada em lei ou ato do Poder reincidentes em crimes dolosos). O crime de
Executivo federal. associação para o tráfico de drogas, previsto no art.
35 da Lei 11.343/2006, não é hediondo nem
Assim, o conceito é técnico-jurídico e só será equiparado. No entanto, mesmo assim, o prazo para
considerada droga o que a lei (em sentido amplo) se obter o livramento condicional é de 2/3 porque
assim reconhecer como tal. Mesmo que determinada este requisito é exigido pelo parágrafo único do art.
substância cause dependência física ou psíquica, se 44 da Lei de Drogas.
ela não estiver prevista no rol das substâncias
legalmente proibidas, ela não será tratada como Dessa forma, aplica-se ao crime do art. 35 da LD o
droga para fins de incidência da Lei 11.343/06 (ex: requisito objetivo de 2/3 não por força do art. 83, V,
álcool). do CP, mas sim em razão do art. 44, parágrafo único,
da LD. Vale ressaltar que, no caso do crime de
- Irrelevante, para a comprovação da materialidade associação para o tráfico, o art. 44, parágrafo único,
do delito, o fato de o laudo pericial não haver da LD prevalece em detrimento da regra do art. 83,
revelado a presença de tetrahidrocanabiol (THC) – V, do CP em virtude de ser dispositivo específico
um dos componentes ativos da Cannabis sativa – na para os crimes relacionados com drogas (critério da
substância, porquanto constatou-se que a substância especialidade), além de ser norma posterior (critério
apreendida contém canabinoides, característicos da cronológico).
espécie vegetal Cannabis sativa, que causam
dependência e integram a Lista E da Portaria nº Uma última observação: se o réu estiver cumprindo
344/98. pena pela prática do crime de associação para o
tráfico (art. 35), o requisito objetivo para que ele
21) Consumação do crime de tráfico de drogas na possa obter progressão de regime será de 1/6 da pena
modalidade adquirir – IMPORTANTE!!! (quantidade de tempo exigida para os crimes
comuns. Os condenados por crimes hediondos ou
A conduta consistente em negociar por telefone a equiparados só têm direito de progredir depois de
aquisição de droga e também disponibilizar o veículo cumpridos 2/5 (se primário) ou 3/5 (se reincidente).
que seria utilizado para o transporte do entorpecente STJ. 5ª Turma. HC 311.656-RJ, Rel. Min. Felix Fischer,
configura o crime de tráfico de drogas em sua forma julgado em 25/8/2015 (Info 568).
consumada (e não tentada), ainda que a polícia, com
base em indícios obtidos por interceptações 23) É possível que alguém seja condenado pelo art. 35
telefônicas, tenha efetivado a apreensão do material e, ao mesmo tempo, pelo art. 37, da Lei de Drogas em
entorpecente antes que o investigado efetivamente o concurso material, sob o argumento de que o réu era
recebesse. Para que configure a conduta de, prevista associado ao grupo criminoso e que, além disso,
no art. 33 da Lei nº 11.343/2006, NÃO É atuava também como “olheiro”?
NECESSÁRIA A TRADIÇÃO DO
ENTORPECENTE E O PAGAMENTO DO PREÇO,
NÃO. Segundo decidiu o STJ, nesse caso, ele deverá Finalidade: punir condutas ligadas a produção de
responder apenas pelo crime do art. 35 (sem concurso drogas, sem depender da existência da droga. Ex.:
material com o art. 37). Considerar que o informante Laboratório para produção de cocaína. Não tem
possa ser punido duplamente (pela associação e pela cocaína produzida, mas a preparação já basta.
colaboração com a própria associação da qual faça
parte), contraria o princípio da subsidiariedade e • Tipo penal preventivo. EVITAR A PRODUÇÃO.
revela indevido bis in idem, punindo-se, de forma
extremamente severa, aquele que exerce função que • Objeto material: máquina, aparelho, instrumento
não pode ser entendida como a mais relevante na destinado a preparação da droga. NÃO É A
divisão de tarefas do mundo do tráfico. STJ. 5ª DROGA!!!
Turma. HC 224.849-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio
Bellizze, j. 11/6/13 (Info 527) ATENÇÃO: polícia encontra o laboratório + droga
produzida, qual crime?
24) O STJ entende que o delito de associação para o
tráfico de drogas não possui natureza hedionda, por 1- conflito de normas com o art. 33 caput e princípio
não estar expressamente previsto nos arts. 1º e 2º, da da consunção: agente responde só pelo art. 33.
Lei n. 8.072/90.
STF: “Ambos os preceitos buscariam proteger a
25) Para que fique caracterizado o crime de saúde pública e tipificariam condutas que — no
associação para o tráfico (art. 35 da Lei 11.343/2006) mesmo contexto fático, evidenciassem o intento de
exige-se que o agente tenha o dolo de se associar traficância do agente e a utilização dos aparelhos e
com PERMANÊNCIA e ESTABILIDADE. Dessa insumos para essa mesma finalidade – poderiam ser
forma, é atípica a conduta se não houver ânimo consideradas meros atos preparatórios do delito de
associativo permanente (duradouro), mas apenas tráfico previsto no art. 33, “caput”, da Lei
esporádico (eventual). STJ. 6ª Turma. HC 139.942-SP, 11.343/2006” (HC 109.708/SP, rel. Min. Teori
Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, j. 19/11/12. Zavascki, 2a Turma, j. 23.6.2015, noticiado no
Informativo 791).
EXCEÇÃO: se esse 34 demonstra grande lesividade, Entendimento STJ: “Exige-se o dolo de se associar
alta capacidade de produção de droga em larga com permanência e estabilidade para a
escala, há concurso de crimes entre art. 33 e art. 34. caracterização do crime de associação para o tráfico,
previsto no art. 35 da Lei n. 11.343/2006. Dessa forma,
é atípica a conduta se não houver ânimo associativo
permanente (duradouro), mas apenas esporádico
Art. 35. Associarem-se 2 ou mais (eventual)” (HC 139.942/SP, rel. Min. Maria Thereza
pessoas para o fim de praticar, de Assis Moura, 6a Turma, j. 19.11.2012, noticiado no
Informativo 509).
reiteradamente ou não, qualquer dos crimes
previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Obs.: o art. 35 fala que a finalidade da associação é a
Lei: prática, reiterada ou não, de qualquer dos crimes do
art. 33, caput e §1º, e art. 34 da Lei de Drogas. Assim,
se duas ou mais pessoas se associarem para a prática agente financia o tráfico sem se envolver no tráfico.
de crimes diversos, como, por exemplo, os delitos Ou seja, ele não tem parte no tráfico de drogas.
dos arts. 33, §§ 2° e 3°, 37 e 39, não será possível Apenas financia, não responde pelo tráfico de drogas.
tipificar a conduta como associação para fins de
tráfico (art. 35, caput) - Por força da teoria monista, também conhecida
- o que, no entanto, não significa dizer que a conduta como unitária, adotada pelo nosso Código Penal,
seria atípica, pois pode ser aplicado o tipo embora um crime seja praticado por diversos
subsidiário do art. 288 do Código Penal, desde que coautores e partícipes, o delito permanece único e
evidenciada a associação estável e permanente de indivisível. Nesse sentido, referindo-se ao crime
três ou mais pessoas com o objetivo de praticar uma sempre no singular, o art. 29 do CP deixa claro que
série indeterminada de crimes dolosos. aqueles que concorrem para o crime incidem nas
penas a este cominadas, na medida de sua
Na hipótese de a societas sceleris ter como objetivo a culpabilidade. Se, em regra, nosso Código Penal
prática do crime de financiamento ao tráfico (art. 36), adota a teoria monística, não se pode negar que, em
estará tipificado o crime de associação para fins de algumas situações, o próprio legislador opta por
financiamento, previsto no art. 35, parágrafo único, separar a conduta de cada um dos agentes, que
da Lei nº 11.343/06. passam a ser punidos por crimes distintos.
Nos mesmos moldes que a associação do caput do ATENÇÃO: art. 36 é financiamento de 3ª pessoa. O
art. 35, esta figura de associação também demanda a autofinanciamento não é crime do art. 36, o agente
presença de 2 (duas) ou mais pessoas, associadas de responde pelo art. 33 com a causa de aumento de
maneira estável e permanente. No entanto, pena do art. 40, VII:
diversamente daquela, esta associação tem como
objetivo o financiamento ou custeio do tráfico de Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei
drogas. são aumentadas de um sexto a dois terços, se:
Como se trata de figura delituosa autônoma, é
perfeitamente possível que o agente responda pelo VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.
crime do art. 35, parágrafo único, em concurso
material com o delito do art. 36, ambos da Lei de Conflito aparente: Crime autônomo do art. 36 X
Drogas. causa de aumento do art. 40, VII = art. 33 c/c art. 40,
VII
- o crime de associação para fins de tráfico não deve
ser rotulado como equiparado a hediondo. STJ: “Na hipótese de autofinanciamento para o
tráfico ilícito de drogas, não há concurso material
Concurso de crimes. entre os crimes de tráfico (art. 33, caput, da Lei
A figura penal do art. 35 é crime formal, sua 11.343/2006) e de financiamento ao tráfico (art.36),
consumação independe da prática dos delitos para devendo, nessa situação, ser o agente condenado às
os quais os agentes se associaram. penas do crime de tráfico com incidência da causa de
No entanto, se tais delitos forem cometidos, os aumento de pena prevista no art. 40, VII.
agentes deverão responder pelo crime de tráfico por
eles praticado em concurso material com o delito de De acordo com a doutrina especialista no assunto,
associação, desde que, repita-se, demonstrada a denomina-se autofinanciamento a situação em que o
estabilidade e permanência da societas criminis. agente atua, ao mesmo tempo, como financiador e
Fonte: Renato Brasileiro – Leis Penais Especiais como traficante de drogas. Posto isso, tem-se que o
legislador, ao prever como delito autônomo a
Art. 36. Financiar ou custear a prática atividade de financiar ou custear o tráfico (art. 36 da
de qualquer dos crimes previstos nos arts. Lei 11.343/2006), objetivou – em exceção à teoria
33, caput e § 1º, e 34 desta Lei: monista – punir o agente que não tem participação
direta na execução no tráfico, limitando-se a fornecer
dinheiro ou bens para subsidiar a mercancia, sem
Pena - reclusão, de 8 a 20 anos, e importar, exportar, remeter, preparar, produzir,
pagamento de 1.500 a 4.000 dias-multa. fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter
em depósito, transportar, trazer consigo, guardar,
Financiamento ou custeio sem tráfico: exceção à prescrever, ministrar, entregar a consumo ou
teoria monista no concurso de pessoas. Ou seja, o fornecer drogas ilicitamente.
Observa-se, ademais, que, para os casos de tráfico • Associação para o tráfico e subsidiariedade tácita:
cumulado com o financiamento ou custeio da se o agente integra associação para o tráfico o crime
prática do crime, expressamente foi estabelecida a do art. 35 exclui o crime do art. 37.
aplicação da causa de aumento de pena do art. 40,
VII, da referida lei, cabendo ressaltar, entretanto, que STJ: “Responderá apenas pelo crime de associação do
a aplicação da aludida causa de aumento de pena art. 35 da Lei 11.343/2006 – e não pelo mencionado
cumulada com a condenação pelo financiamento ou crime em concurso com o de colaboração como
custeio do tráfico configuraria inegável bis in idem. informante, previsto no art. 37 da mesma lei – o
agente que, já integrando associação que se destine à
Financiamento por 3ª Autofinanciamento (art. 33 prática do tráfico de drogas, passar, em determinado
pessoa (Art. 36) c/c art. 40, VII) momento, a colaborar com esta especificamente na
O agente que não tem O agente atua, ao mesmo condição de informante.
participação direta na tempo, como financiador e
execução no tráfico, como traficante de drogas. A configuração do crime de associação para o tráfico
limitando-se a fornecer exige a prática, reiterada ou não, de condutas que
dinheiro ou bens para visem facilitar a consumação dos crimes descritos nos
subsidiar a mercancia. arts. 33, caput e § 1o, e 34 da Lei 11.343/2006, sendo
Delito autônomo a O agente responde pelo art. necessário que fique demonstrado o ânimo
atividade de financiar 33 com a causa de aumento associativo, um ajuste prévio referente à formação
ou custear o tráfico (art. de pena do art. 40, VII: de vínculo permanente e estável. Por sua vez, o
36 da Lei 11.343/2006) Art. 40. As penas previstas crime de colaboração como informante constitui
nos arts. 33 a 37 desta Lei delito autônomo, destinado a punir específica forma
O agente responde são aumentadas de um de participação na empreitada criminosa,
pelo art. 36. sexto a dois terços, se: caracterizando-se como colaborador aquele que
VII - o agente financiar ou transmite informação relevante para o êxito das
custear a prática do crime. atividades do grupo, associação ou organização
criminosa destinados à prática de qualquer dos
crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 da Lei
11.343/2006.
III - a infração tiver sido cometida nas Art. 40, I – Incidirá quando a natureza, a
dependências ou imediações de procedência da substância ou do produto
estabelecimentos prisionais, de ensino ou apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem
hospitalares, de sedes de entidades a TRANSNACIONALIDADE do delito.
estudantis, sociais, culturais, recreativas, - Exige transposição da fronteira? Não, basta que
esportivas, ou beneficentes, de locais de fique provado a intenção de transpor fronteiras.
trabalho coletivo, de recintos onde se Súmula 607 STJ:
realizem espetáculos ou diversões de
“A majorante do tráfico transnacional de drogas (art.
qualquer natureza, de serviços de
40, I, da Lei n. 11.343/2006) configura-se com a prova
tratamento de dependentes de drogas ou de da destinação internacional das drogas, ainda que
reinserção social, de unidades militares ou não consumada a transposição de fronteiras.”
policiais ou em transportes públicos;
• Competência: justiça federal art.70.
IV - o crime tiver sido praticado com
violência, grave ameaça, emprego de arma • Importação da droga pela via postal e competência:
STJ: “Na hipótese em que drogas enviadas via postal - Não há necessidade de que fique demonstrado que
do exterior tenham sido apreendidas na alfândega, o sujeito traficava drogas diretamente com os
competirá ao juízo federal do local da apreensão da frequentadores ou ocupantes destes locais, mas que o
substância processar e julgar o crime de tráfico de crime fora praticado nas dependências ou imediações
drogas, ainda que a correspondência seja endereçada deles. A pena é majorada exclusivamente em razão
a pessoa não identificada residente em outra do lugar onde o tráfico é cometido, uma vez que
localidade. Isso porque a conduta prevista no art. 33, serão seus frequentadores expostos ao risco inerente
caput, da Lei 11.343/2006 constitui delito formal, à atividade criminosa. (HC nº 121.793/SP)
multinuclear, que, para a consumação, basta a
execução de qualquer das condutas previstas no - Se o agente vende a droga nas imediações de um
dispositivo legal, dentre elas o verbo “importar”, que presídio, mas o comprador não era um dos detentos
carrega a seguinte definição: fazer vir de outro país, nem qualquer pessoa que estava frequentando o
estado ou município; trazer para dentro. presídio, ainda assim deverá incidir a causa de
aumento do art. 40, III, da Lei 11.343/06?
LOCAL DA APREENSÃO = FIXA A
COMPETENCIA = delito formal SIM. A aplicação da causa de aumento prevista no
art. 40, III, da Lei 11.343/06 se justifica quando
constatada a comercialização de drogas nas
dependências ou imediações de estabelecimentos
Art. 40, II – Trata-se de causa de aumento de pena prisionais, sendo irrelevante se o agente infrator visa
que incide sobre aquele que praticar o crime ou não aos frequentadores daquele local.
prevalecendo-se de função pública ou no
desempenho de missão de educação, poder familiar, Assim, se o tráfico de drogas ocorrer nas imediações
guarda ou vigilância. de um estabelecimento prisional, incidirá a causa de
aumento, não importando quem seja o comprador do
- Exige, portanto, nexo causal entre o desempenho da entorpecente. STF. 2ª Turma. HC 138944/SC, Rel.
função pública ou missão e a prática do delito. Min. Dias Toffoli, j. 21/3/17 (Info 858).
- Não há necessidade de que o agente exerça função - O art. 40, III, da Lei de Drogas prevê como causa de
pública relacionada com a repressão à criminalidade, aumento de pena o fato de a infração ser cometida
como exigia a lei anterior. Basta que o agente seja em transportes públicos. Se o agente leva a droga em
funcionário público nos termos do artigo 327 do transporte público, mas não a comercializa dentro
Código Penal e que viole seu dever funcional na do meio de transporte, incidirá essa majorante?
prática do delito.
NÃO. A majorante do art. 40, II, da Lei 11.343/06
- Poderá haver concomitantemente a incidência da somente deve ser aplicada nos casos em que ficar
causa de aumento de pena prevista no inciso VI do demonstrada a comercialização efetiva da droga em
art. 40 (VI - sua prática envolver ou visar a atingir seu interior. É a posição majoritária no STF e STJ.
criança ou adolescente...). STF. 1ª T. HC 122258-MS, Rel. Min. Rosa Weber, j.
Podemos citar, como exemplo, o caso do genitor que 19/08/2014. STF.2ª T. HC 120624/MS, Red. p/ o
fornece drogas a seu filho menor de dezoito anos acórdão, Min. Ricardo Lewandowski, j. 3/6/14 (Info
para usá-la. 749). STJ. 5ª T. AgRg no REsp 1.295.786-MS, Rel. Min.
Regina Helena Costa, j. 18/6/14 (Info 543). STJ. 6ª T.
- Será merecedor do aumento de pena aquele que REsp 1.443.214-MS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, j.
possuir a missão de guarda ou vigilância do objeto 22/09/2014.
material do delito. Há necessidade de dever
específico de guarda ou vigilância desses objetos, - A prática do delito de tráfico de drogas nas
sendo isso de ciência do agente. É o caso, por proximidades de estabelecimentos de ensino (art.
exemplo, do responsável pela farmácia de um 40, III, Lei 11.343/06) enseja a aplicação da
hospital que subtrai e vende remédios à base de majorante, sendo desnecessária a prova de que o
morfina. ilícito visava atingir os frequentadores desse local.
Para a incidência da majorante prevista no art. 40,
inciso III, da Lei 11.343/06 é desnecessária a efetiva
comprovação de que a mercancia tinha por objetivo
Art. 40, III atingir os estudantes, sendo suficiente que a prática
ilícita tenha ocorrido em locais próximos, ou seja, da Lei de Drogas, até podem ser aplicadas
nas imediações de tais estabelecimentos, diante da simultaneamente, desde que demonstrada que a
exposição de pessoas ao risco inerente à atividade intenção do acusado que importou a substância era
criminosa da narcotraficância. STJ. 6ª Turma. AgRg a de pulverizar a droga em mais de um Estado do
no REsp 1558551/MG, Rel. Min. Nefi Cordeiro, j. território nacional. Se isso não ficar provado, incide
12/9/17. STJ. 6ª Turma. HC 359088/SP. Maria Thereza apenas a transnacionalidade.
de Assis Moura, j. 4/10/16.
Assim, é inadmissível a aplicação simultânea das
Mas, atenção: NÃO INCIDE a causa de aumento de causas de aumento da transnacionalidade (art. 40, I) e
pena prevista no art. 40, inciso III, da Lei 11.343/06, se da interestadualidade (art. 40, V) quando não ficar
a prática de narcotraficância ocorrer em dia e comprovada a intenção do importador da droga de
horário em que não facilite a prática criminosa e a difundi-la em mais de um Estado-membro. O fato
disseminação de drogas em área de maior de o agente, por motivos de ordem geográfica, ter
aglomeração de pessoas. Ex: se o tráfico de drogas é que passar por mais de um Estado para chegar ao seu
praticado no domingo de madrugada, dia e horário destino final não é suficiente para caracterizar a
em que o estabelecimento de ensino não estava interestadualidade. STJ. 6ª Turma. HC 214.942-MT,
funcionando, não deve incidir a majorante. STJ. 6ª T. Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, j. 16/6/16 (Info 586).
REsp 1719792-MG, Rel. Min. Maria Thereza de Assis
Moura, j. 13/3/18 (Info 622). Ex.: Pablo comprou cocaína na Bolívia e a trouxe para
o Brasil, entrando em nosso país por meio do
- O art. 40, III, da Lei de Drogas prevê como causa de Município de Corumbá, em Mato Grosso do Sul. De
aumento de pena o fato de a infração ser cometida Corumbá, Pablo pegou um ônibus com destino a
em transportes públicos. Se o agente leva a droga em Brasília, onde iria comercializar a droga. O ônibus
transporte público, mas não a comercializa dentro passou pelo Estado de Goiás e, quando chegou no
do meio de transporte, incidirá essa majorante? Distrito Federal, Pablo foi preso em uma fiscalização
de rotina da Polícia Rodoviária Federal. Pablo
NÃO. A majorante do art. 40, II, da Lei 11.343/06 confessou a prática do crime relatando que adquiriu
somente deve ser aplicada nos casos em que ficar o entorpecente na Bolívia e que pretendia vendê-lo
demonstrada a comercialização efetiva da droga em para um cliente em Brasília.
seu interior. É a posição majoritária no STF e STJ.
STF. 1ª T. HC 122258-MS, Rel. Min. Rosa Weber, j.
19/08/2014. STF.2ª T. HC 120624/MS, Red. p/ o Art. 40, VI
acórdão, Min. Ricardo Lewandowski, j. 3/6/14 (Info
749). STJ. 5ª T. AgRg no REsp 1.295.786-MS, Rel. Min. A participação do menor pode ser considerada para
Regina Helena Costa, j. 18/6/14 (Info 543). STJ. 6ª T. configurar o crime de associação para o tráfico (art.
REsp 1.443.214-MS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, j. 35) e, ao mesmo tempo, para agravar a pena como
22/09/2014. causa de aumento do art. 40, VI, da Lei nº
11.343/2006.
Art. 41. O indiciado ou acusado que Art. 43. Na fixação da multa a que se
colaborar voluntariamente com a referem os arts. 33 a 39 desta Lei, o juiz,
investigação policial e o processo criminal atendendo ao que dispõe o art. 42 desta Lei,
na identificação dos demais co-autores ou determinará o número de dias-multa,
atribuindo a cada um, segundo as reafirmação da jurisprudência com status de
condições econômicas dos acusados, valor repercussão geral, esse entendimento deve ser
aplicado pelas demais instâncias em casos análogos.
não inferior a um trinta avos nem superior
a 5 vezes o maior salário-mínimo. Fonte: site do STF
- O Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou sua Parágrafo único. Nos crimes previstos no
jurisprudência no sentido da inconstitucionalidade
caput deste artigo, dar-se-á o livramento
de regra prevista na Lei de Drogas (Lei 11.343/2006)
que veda a concessão de liberdade provisória a condicional após o cumprimento de dois
presos acusados de tráfico. A decisão foi tomada pelo terços da pena, vedada sua concessão ao
Plenário Virtual no Recurso Extraordinário (RE) reincidente específico.
1038925, com repercussão geral reconhecida.
Parágrafo único. Quando absolver o Não se aplica o artigo 26 ou 28 do Código Penal, mas
agente, reconhecendo, por força pericial, as disposições da lei especial.
que este apresentava, à época do fato
previsto neste artigo, as condições referidas JURIS: O art. 46 da Lei de Drogas prevê hipótese de
no caput deste artigo, poderá determinar o semi-imputabilidade do réu. Assim, a pena aplicada
pode ser reduzida de 1/3 a 2/3 se o agente não
juiz, na sentença, o seu encaminhamento
possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena
para tratamento médico adequado. capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento. Se o
Praticado qualquer crime descrito nos artigos 33 a 39 juiz for aplicar a causa de diminuição em seu grau
por pessoa em situação de inimputabilidade em mínimo (1/3), ele deverá fundamentar a decisão,
razão de dependência, ou sob o efeito de droga expondo algum dado, em concreto, que justifique a
proveniente de caso fortuito ou força maior, o agente adoção dessa fração. STJ. 5ª Turma. HC 167.376-SP,
será isento de pena. Rel. Min. Gurgel de Faria, j. 23/9/14 (Info 547).
N ã o s e a p l ic a o a r tig o 2 6 o u 2 8 d o C ó d i g o P e n a l,
m a s a s d is p o s iç õ e s d a l e i e s p e c i a l ( L e i d e D r o g a s ).
CAPÍTULO III
DO PROCEDIMENTO PENAL
vedada a detenção do agente. Se houver concurso com os crimes previstos nos arts.
33 a 37 desta Lei = O art. 48, § 1°, da Lei de Drogas,
§ 4º Concluídos os procedimentos de deixa claro que não será possível a aplicação do
que trata o § 2º deste artigo, o agente será procedimento sumaríssimo dos Juizados Especiais
submetido a exame de corpo de delito, se o Criminais, quando os crimes de porte e cultivo de
requerer ou se a autoridade de polícia drogas para consumo pessoal forem praticados em
concurso com os tipos penais dos arts. 33 a 37 da Lei
judiciária entender conveniente, e em
nº 11.343/06. O dispositivo guarda relação com o
seguida liberado.
preceito constante do art. 60, caput, da Lei nº
9.099/95, que dispõe: "O Juizado Especial Criminal,
§ 5º Para os fins do disposto no art. 76 provido por juízes togados ou togados e leigos, tem
da Lei nº 9.099, de 1995, que dispõe sobre os competência para a conciliação, o julgamento e a
Juizados Especiais Criminais, o Ministério execução das infrações penais de menor potencial
Público poderá propor a aplicação imediata ofensivo, respeitadas as regras de conexão e
de pena prevista no art. 28 desta Lei, a ser continência".
especificada na proposta.
Conclusão do IP: 30 dias se preso/90 dias se solto. Parágrafo único. Os prazos a que se
refere este artigo podem SER DUPLICADOS
§ 2º O perito que subscrever o laudo a pelo juiz, ouvido o Ministério Público,
que se refere o § 1º deste artigo não ficará mediante pedido justificado da autoridade
impedido de participar da elaboração do de polícia judiciária.
laudo definitivo.
Art. 52. Findos os prazos a que se I - a infiltração por agentes de polícia,
refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de em tarefas de investigação, constituída pelos
polícia judiciária, remetendo os autos do órgãos especializados pertinentes;
inquérito ao juízo:
As regras para a ação controlada e a infiltração de
I - relatará sumariamente as agentes para os crimes que envolvem organizações
criminosas vêm elencadas nos artigos 8º a 14 da Lei
circunstâncias do fato, justificando as razões nº 12.850/2013, que poderão ser aplicados
que a levaram à classificação do delito, subsidiariamente na Lei de Drogas, que não
indicando a quantidade e natureza da regulamentou como deve ser o procedimento desses
substância ou do produto apreendido, o métodos de obtenção de prova.
local e as condições em que se desenvolveu
a ação criminosa, as circunstâncias da II - a não-atuação policial sobre os
prisão, a conduta, a qualificação e os portadores de drogas, seus precursores
antecedentes do agente; ou químicos ou outros produtos utilizados em
sua produção, que se encontrem no
II - requererá sua devolução para a território brasileiro, com a finalidade de
realização de diligências necessárias. identificar e responsabilizar maior número
de integrantes de operações de tráfico e
Parágrafo único. A remessa dos autos distribuição, sem prejuízo da ação penal
far-se-á sem prejuízo de diligências cabível.
complementares:
Parágrafo único. Na hipótese do inciso
I - necessárias ou úteis à plena II deste artigo, a autorização será concedida
elucidação do fato, cujo resultado deverá ser desde que sejam conhecidos o itinerário
encaminhado ao juízo competente até 3 dias provável e a identificação dos agentes do
antes da audiência de instrução e delito ou de colaboradores.
julgamento;
Ação controlada ou flagrante retardado (art. 53, II) O
agente policial, ao tomar conhecimento de uma
II - necessárias ou úteis à indicação dos
infração penal, é obrigado a agir, inclusive
bens, direitos e valores de que seja titular o prendendo o infrator em flagrante (art. 301 do CPP).
agente, ou que figurem em seu nome, cujo Pode ocorrer que a prisão naquele momento não seja
resultado deverá ser encaminhado ao juízo interessante, havendo necessidade do
competente até 3 dias antes da audiência de aprofundamento das investigações para chegar-se a
outros criminosos.
instrução e julgamento.
Além da autorização judicial e da manifestação do
- Diligências complementares necessárias ou úteis
Ministério Público, a norma exige que sejam
para elucidação do dato ou para indicação dos bens,
conhecidos o itinerário provável e a identificação dos
direitos e valores do agente – devem ser
infratores ou de seus colaboradores (art. 53,
encaminhadas no prazo de até 3 dias antes da
parágrafo único). É medida salutar da lei a exigência
audiência de instrução e julgamento.
do conhecimento do provável itinerário da droga e
demais substâncias para que seja possível seu
Art. 53. Em qualquer fase da controle e se evite eventual fuga, que colocaria a
persecução criminal relativa aos crimes sociedade em perigo. Sem isso, a medida não pode
previstos nesta Lei, são permitidos, além ser deferida.
dos previstos em lei, mediante autorização
- Não confundir com o flagrante provocado, previsto
judicial e ouvido o Ministério Público, os na súmula 145 do STF determina que não há crime,
seguintes procedimentos investigatórios: quando a preparação do flagrante pela polícia torna
impossível a sua consumação. Fala-se em flagrante
preparado quando o agente apenas comete o crime, oferecê-la em 10 dias, concedendo-lhe vista
pois induzido pelo agente provocador (autoridade dos autos no ato de nomeação.
policial).
Seção II
Da Instrução Criminal § 5º Se entender imprescindível, o juiz,
no prazo máximo de 10 dias, determinará a
Art. 54. Recebidos em juízo os autos do apresentação do preso, realização de
inquérito policial, de Comissão Parlamentar diligências, exames e perícias.
de Inquérito ou peças de informação, dar-se-
á vista ao Ministério Público para, no prazo Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz
de 10 dias, adotar uma das seguintes designará dia e hora para a audiência de
providências: instrução e julgamento, ordenará a citação
pessoal do acusado, a intimação do
I - requerer o arquivamento; Ministério Público, do assistente, se for o
caso, e requisitará os laudos periciais.
II - requisitar as diligências que
entender necessárias; § 1º Tratando-se de condutas
tipificadas como infração do disposto nos
III - oferecer denúncia, arrolar até 5 arts. 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei, o
testemunhas e requerer as demais provas juiz, ao receber a denúncia, poderá decretar
que entender pertinentes. o afastamento cautelar do denunciado de
suas atividades, se for funcionário público,
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz comunicando ao órgão respectivo.
ordenará a notificação do acusado para
oferecer defesa prévia, por escrito, no prazo
de 10 dias.
§ 2º A audiência a que se refere o
§ 1º Na resposta, consistente em defesa caput deste artigo será realizada dentro dos
preliminar e exceções, o acusado poderá 30 dias seguintes ao recebimento da
arguir preliminares e invocar todas as denúncia, salvo se determinada a realização
razões de defesa, oferecer documentos e de avaliação para atestar dependência de
justificações, especificar as provas que drogas, quando se realizará em 90 dias.
pretende produzir e, até o número de 5,
arrolar testemunhas.
§ 1º (Revogado) § 1º (Revogado).
§ 2º (Revogado) § 2º (Revogado).
Art. 59. Nos crimes previstos nos arts. Indisponibilidade de bens ou valores consistentes em
33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei, o réu não produtos ou proveito de crime (caput) A Lei de
Drogas traz disciplina própria quanto à apreensão e
poderá apelar sem recolher-se à prisão,
indisponibilidade de bens e valores que constituam
salvo se for primário e de bons produto ou proveito de crime nela previstos.
antecedentes, assim reconhecido na sentença
condenatória. O objetivo da medida é manter os bens e valores
indisponíveis para poderem ser declarados perdidos
STF (HC 88.420/SP): em favor da União ao término do processo criminal
em que houver condenação. Poderão ser apreendidos
- o direito de apelação pode ser exercido no âmbito e tornados indisponíveis os bens móveis ou imóveis e
criminal, independentemente do recolhimento do valores que constituam produto ou proveito de crime
acusado à prisão, pouco importando também se ele é cuja origem seja o tráfico de drogas ou crime a ele
primário ou não, portador de bons antecedentes ou relacionado (arts. 33, caput, e § 1º, e 34 a 37). Embora
não; a norma se refira a “crimes previstos nesta lei”, não
há como aplicar referido dispositivo a infração de
- nada impede que o juiz, na sentença condenatória, menor potencial ofensivo, culposa ou de que não
decrete a prisão preventiva do acusado, fazendo-o de advenha produto ou proveito, embora descrita na Lei
maneira fundamentada à luz dos pressupostos dos de Drogas.
arts. 282, I, 312 e 313 do CPP, desde que revelada a
ineficácia ou insuficiência das medidas cautelares Além das medidas previstas neste artigo, também
diversas da prisão. poderão ser aplicadas outras descritas nos artigos 125
a 144 do Código de Processo Penal, que trazem as
- Súmula nº 347, segundo o qual o conhecimento de regras gerais sobre a sua aplicação. Assim, também é
recurso de apelação do réu independe de sua prisão. possível o sequestro, o arresto e a hipoteca legal
(medidas assecuratórias). As regras previstas no
Código de Processo Penal poderão ser aplicadas
subsidiariamente quando não colidirem com as
CAPÍTULO IV disposições especiais previstas na Lei de Drogas.
DA APREENSÃO, ARRECADAÇÃO E
DESTINAÇÃO DE BENS DO ACUSADO
TÍTULO V
DA COOPERAÇÃO
INTERNACIONAL
TÍTULO VI
Art. 65. De conformidade com os DISPOSIÇÕES FINAIS E
princípios da não-intervenção em assuntos TRANSITÓRIAS
internos, da igualdade jurídica e do respeito
à integridade territorial dos Estados e às leis Art. 66. Para fins do disposto no
e aos regulamentos nacionais em vigor, e parágrafo único do art. 1º desta Lei, até que
observado o espírito das Convenções das seja atualizada a terminologia da lista
mencionada no preceito, denominam-se II - ordenar à autoridade sanitária
drogas substâncias entorpecentes, competente a urgente adoção das medidas
psicotrópicas, precursoras e outras sob necessárias ao recebimento e guarda, em
controle especial, da Portaria SVS/MS nº 344, depósito, das drogas arrecadadas;
de 12 de maio de 1998.
III - dar ciência ao órgão do Ministério
Art. 67. A liberação dos recursos Público, para acompanhar o feito.
previstos na Lei nº 7.560, de 19 de dezembro
de 1986, em favor de Estados e do Distrito § 1º Da licitação para alienação de
Federal, dependerá de sua adesão e respeito substâncias ou produtos não proscritos
às diretrizes básicas contidas nos convênios referidos no inciso II do caput deste artigo,
firmados e do fornecimento de dados só podem participar pessoas jurídicas
necessários à atualização do sistema regularmente habilitadas na área de saúde
previsto no art. 17 desta Lei, pelas ou de pesquisa científica que comprovem a
respectivas polícias judiciárias. destinação lícita a ser dada ao produto a ser
arrematado.
Art. 67-A. Os gestores e entidades que
recebam recursos públicos para execução § 2º Ressalvada a hipótese de que trata
das políticas sobre drogas deverão garantir o § 3º deste artigo, o produto não
o acesso às suas instalações, à documentação arrematado será, ato contínuo à hasta
e a todos os elementos necessários à efetiva pública, destruído pela autoridade sanitária,
fiscalização pelos órgãos competentes. na presença dos Conselhos Estaduais sobre
(Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019) Drogas e do Ministério Público.