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Matrícula:049823
Para circular de maneira segura pelas vias terrestres nacionais, você já deve
ter se deparado com sinalizações, e, além disso, já deve ter tido algum contato
com normas que definem condutas e educação para o trânsito.
Assim, por meio dessas leis, o Código de Trânsito Brasileiro garante a você e
aos outros o direito de estar seguro enquanto trafega. E determina, caso haja
infrações, o tipo e grau de penalidade para o infrator.
BLei Seca
Esta lei determina que é proibido dirigir depois de ingerir qualquer quantidade
de álcool ou ainda sob efeito de drogas.
Caso haja infração, além da cassação da CNH, o condutor deverá pagar uma
multa de R$ 5.869,40. E se for reincidente, ou seja, cometer uma segunda
infração, o valor da multa dobra.
Tráfico de Drogas;
Porte de drogas para uso próprio;
Colaboração com Informante;
Induzimento, Instigação ou Auxílio ao uso indevido de drogas;
Condução de embarcação ou aeronave sob efeito de drogas;
Tráfico privilegiado;
Tráfico de maquinários;
Associação para o tráfico de drogas;
Financiamento e custeio do tráfico de drogas;
Figuras assemelhadas ao tráfico de drogas.
Todos os exemplos citados, bem como todos os demais associados às Leis de
Drogas são vistos perante a lei como dolosos. A única exceção dá-se ao previsto
no artigo 38, classificado como culposo.
• O Tratado Internacional firmado pelo Brasil que verse sobre direitos humanos deve ser incorporado ao
Ordenamento Jurídico nacional como norma Constitucional ou supralegal?
Sujeito ativo: crime comum ou crime próprio? Maior parte dos países tratam a tortura como crime próprio
(apenas policiais e autoridades), mas no Brasil a tortura é um crime comum. Qualquer pessoa pode
praticar tortura, ser sujeito ativo do delito (ex. torturar dono de fábrica para conseguir a receita). A
legislação brasileira não restringiu o tratado, ela ampliou, então não há nenhum óbice a respeito disso.
b) (Im)prescritibilidade: vide art. 7°, 1, "*, c.c. art. 29, ambos do Estatuto de Roma. Alguns autores dizem
que sim, por causa do estatuto de Roma no qual o Brasil é signatário, o problema é que a
CF/88 diz que dois crimes apenas são imprescritíveis: a ação de grupos armados contra a ordem
constitucional e, o crime de racismo. Então de acordo com a CF a tortura não está englobada. Em termos
criminais a tortura é um crime prescritível, agora o STJ vem entendendo a tortura no ramo direito civil, é
um assunto imprescritível (ex. tortura que aconteceu há 30 anos, em termos criminais prescreveu,
contudo, se o autor pedir indenização esse ramo civil é imprescritivel, por tanto, tem direito a
indenização).
1.5. BEM JURÍDICO TUTELADO
• Quais são os bens jurídicos tutelados pela Lei n° 9.455/97? Integridade física e mental da vítima
1.6. COMPETÊNCIA
e) Consumação: crime formal nas alíneas "a" e "" - porque é possível prevê o resultado, mas não precisa
ocorrer para consumar (ex. a - tortura para conseguir a receita secreta, mas não consegue; b
- tortura para alguém praticar crime em seu lugar, mas a pessoa não pratica). Crime material na alínea "c
) Tentativa: crime plurissubsistente.
2.1. TORTURA-CONFISSÃO OU TORTURA PROVA (ART. 19, I, "A")
• A confissão pode ter diversas naturezas: fatos penais, de importância jurídica (confissão de uma dívida),
comerciais ou pessoais.
1. Tipo subjetivo: elemento subjetivo específico ("com o fim de obter informação, declaração ou
confissão"). Tem que dolo específico - obter informações.
2. Sujeito ativo: crime comum, qualquer pessoa pode praticar.
3. Sujeito passivo: crime comum, qualquer pessoa pode sofrer.
4. Consumação: crime formal. A obtenção da informação é necessária? Não, se já gerou a
violência/sofrimento com finalidade de obter informação, o crime já está consumado
5. Tentativa: possível, crime plurissubsistente.
2.2. TORTURA-CRIME (ART. 19, l, "B")
Além de responder por tortura, responde pelo crime que o sujeito torturado praticar. A vítima não
responde, pois cometeu mediante coação irresistível.
1. Tipo subjetivo: elemento subjetivo específico, dolo específico ("para provocar ação ou omissão
de natureza criminosa").
2. Sujeito ativo: crime comum.
3. Sujeito passivo: crime comum.
4. Consumação: crime formal. É necessário que a vítima pratique algum crime? Não, basta torturar
a vítima com essa finalidade.
5. Tentativa: é possível. Trata-se de crime plurissubsistente.
o E se a finalidade for a prática de contravenção? O texto legal se refere "natureza criminosa", não
natureza contravencional, então não configura esse crime de tortura. Deve responder por
constrangimento ilegal mais a contravenção que a vítima praticar.
o E se a finalidade for a prática de um ato infracional por um menor? Exemplo: torturar um menino
de 15 anos para que estupre uma menina de 13, por ter 15 anos o menor responderia por
infracional, responderá por tortura? Sim, embora o menor vá responder por ato infracional, não se pode
esquecer que estupro de vulnerável é um fato de natureza criminosa no qual o adulto poderá responder já
que forçou o menor a praticar ato de natureza criminosa - responde por tortura e por estupro de
vulnerável, mesmo não tendo praticado o estupro. O menor não será responsabilizado em razão da
coação moral ou física irresistível.
2.3. TORTURA-PRECONCEITO OU TORTURA DISCRIMINATÓRIA (ART. 19, I, "C")
Nos casos anteriores o sujeito ativo tem uma finalidade, objetivo, já aqui tem um motivo
• Raça: compreendida em sentido jurídico e não biológico.
1. Tipo subjetivo: especial motivo de agir (* especial fim de agir). Não há elemento subjetivo
específico, é dolo genérico.
2. Sujeito ativo: crime comum, qualquer pessoa pode praticar.
3. Sujeito passivo: crime comum, pode até parecer próprio, mas não é, pois é genérico, ou seja,
qualquer religião, ou cultura.
4. Consumação crime material, exige um resultado, sofrimento físico ou mental - diferentes das
alíneas anteriores, nos quais o resultado (dar informação, praticar crime) não precisam ser
praticados para configuração.
5. Tentativa: é possível, crime plurissubsistente.
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• E a tortura homofóbica? Entendimento do STF sobre homofobia. Equiparou o crime de homofobia ao
crime de racismo - professor entender ser errado, em razão do princípio da reserva legal, que diz que ou
o fato está na lei ou o fato é atípico, não se pode criminalizar uma conduta por meio de um entendimento
do supremo. O mais correto seria debater esse assunto no congresso, criar mecanismos para que o
supremo travasse a pauta do congresso, para o supremo não ficar tendo atitudes ativistas, o que causa
um desprestigio. O motivo é louvável, mas o meio é inadequado.
Guarda, poder ou autoridade: "eu sou ladrão e vacilão" - não precisa ser guarda formal, pode ser guarda
de fato, exemplo babá.
1. Tipo subjetivo: elemento subjetivo específico, exigência de um dolo específico ("aplicar castigo
pessoal ou medida de caráter preventivo"). Se não tiver não configura esse crime.
2. Sujeito ativo: crime próprio - ter a guarda, ou ter a vítima em seu poder, ou ter a vítima sob sua
autoridade. É necessário que um funcionário público pratique o crime? Não precisa.
3. Sujeito passivo: crime próprio - ser alguém sob a guarda de outrem, sob autoridade e poder de
outrem.
e Consumação: com o sofrimento provocado
f) Tentativa: é possível tentativa, trata-se de crime plurissubsistente.
3.1. TORTURA-CASTIGO X MAUS-TRATOS (ART. 136 DO CP)
a) Tortura-castigo:
o Crime de forma livre - legislador não descreveu uma forma específica, pode ser com cigarro,
tatuar a pessoa a forca etc.
o Dolo de dano - provocar sofrimento, quer ver o outro sofrer.
o Finalidade: causar o padecimento da vítima.
o Pressupõe sofrimento intenso.
b) Maus-tratos:
o Crime de forma vinculada.
o Dolo de perigo - dolo de expor a pessoa a perigo com a finalidade de correção
o Finalidade: repreensão de uma indisciplina.
4. TORTURA IMPRÓPRIA OU 'TORTURA PELA TORTURA" (ART. 1°, 51°)
o Pena: reclusão, de dois a oito anos.
o Fundamento: art. 5°, incisos III e XLIX, da CF.
a) Tipo objetivo:
• Pessoa presa ou sujeita a medida de segurança.
o Engloba qualquer tipo de prisão (civil, por exemplo)? Sim, a lei não especifica o tipo de prisão
o E a medida socioeducativa de internação ou semi-liberdade? Não, não há previsão neste sentido
o Sofrimento físico ou mental.
o Dispensa violência ou grave ameaça. (ex. privação de alimentos, colocar em cela escura - já
configura)
1. Tipo subjetivo: não há elemento subjetivo específico. Não precisa ter finalidade, as vezes o
carcereiro só não foi com a cara do preso
2. Elemento normativo do tipo: "prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida
legal".
Vide arts. 41 e 45 da LEP.
3. Sujeito ativo: é crime comum ou próprio? Divergência na doutrina. Pois dentro de uma unidade
prisional, via de regra, quem vai entrar é o funcionário público, como poderia alguém não
funcionário público torturar um preso, alguns falam que por isso é crime próprio. Mas o texto
legal não exige, por isso defendem ser comum.
O que ocorre se o crime for praticado por um funcionário de uma unidade prisional delegada à
iniciativa privada? Os carcereiros, pessoas que prestam serviço neste caso são funcionários
públicos por equiparação (art. 327, §1° CP), então incorre sobre o crime da mesma forma.
4. Sujeito passivo: crime próprio - pessoa deve estar presa ou sujeita a medida de segurança.
5. Consumação: configuração do sofrimento
6. Tentativa: é possível, crime plurissubsistente
5. TORTURA OMISSÃO (ART. 1°, 52°)
Ponto mais polêmico desta lei - de acordo com o código penal a pessoa que tem o dever de evitar o
resultado e se omite ela responde como se tivesse praticado o crime dolosamente, como se tivesse
praticado o crime por ação. O 52° traz outra lógica, uma pena que no mínimo ou no máximo cai pela
metade.
• Detenção de um a quatro anos.
a Dever de evitar: omissão simultânea à tortura.
o Crime omissivo impróprio - dever de evitar, em regra responderá da mesma forma que o sujeito
que praticou a ação. Pode ter tentativa.
o Princípio da especialidade (art. 12 do CP): não aplica o art. 13, 52°, do CP.
o Crime não equiparado a hediondo.