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TREINAMENTO PREPARATÓRIO

PARA A CERTIFICAÇÃO ANBIMA

CEA
Certificação de Especialista em
Investimentos ANBIMA

Módulo 3
3.6. Negociação, Liquidação e
Custódia
CEA – MÓDULO 3 – Negociação, Liquidação e Custódia

Sumário
3. INSTRUMENTOS DE RENDA FIXA, RENDA VARIÁVEL E DERIVATIVOS ..................... 3
3.6. Negociação, Liquidação e Custódia.................................................................... 3
3.6.1. Sistema especial de liquidação e de custódia - SELIC: conceito, funções,
benefícios para o investidor e principais títulos custodiados no Selic: LFT, LTN, NTN-B,
NTN-B Principal e NTN-F ..................................................................................................... 3
3.6.2. Câmara de liquidação, compensação e custódia da B3 S/A (Clearing B3).
Conceito, funções, principais títulos e operações custodiadas, garantias e benefícios para
o investidor.......................................................................................................................... 3
3.6.3. Sistema de Pagamento Brasileiro – SPB. Conceito e finalidade ..................... 4

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CEA – MÓDULO 3 – Negociação, Liquidação e Custódia

3. INSTRUMENTOS DE RENDA FIXA, RENDA VARIÁVEL E DERIVATI-


VOS

3.6. Negociação, Liquidação e Custódia


3.6.1. Sistema especial de liquidação e de custódia - SELIC: conceito,
funções, benefícios para o investidor e principais títulos custodiados no
Selic: LFT, LTN, NTN-B, NTN-B Principal e NTN-F
O Selic é o depositário central dos títulos que compõem a dívida pública federal interna
(DPMFi) de emissão do Tesouro Nacional e, nessa condição, processa a emissão, o resgate, o
pagamento dos juros e a custódia desses títulos. É também um sistema eletrônico que pro-
cessa o registro e a liquidação financeira das operações realizadas com esses títulos pelo seu
valor bruto e em tempo real, garantindo segurança, agilidade e transparência aos negócios.
Por seu intermédio, é efetuada a liquidação das operações de mercado aberto e de re-
desconto com títulos públicos, decorrentes da condução da política monetária.
O sistema conta ainda com módulos complementares, por meio dos quais são efetuados
os leilões, e o lastro, para especificação dos títulos objeto das operações compromissadas con-
tratadas entre o Banco Central e o mercado.
Todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos exclusivamente na forma eletrônica.
Tratando-se de um sistema de liquidação bruta em tempo real (LBTR), a liquidação de
operações é sempre condicionada à disponibilidade do título negociado na conta de custódia 3
do vendedor e à disponibilidade de recursos por parte do comprador.

3.6.2. Câmara de liquidação, compensação e custódia da B3 S/A


(Clearing B3). Conceito, funções, principais títulos e operações custodia-
das, garantias e benefícios para o investidor
Com a combinação de atividades da BM&F BOVESPA e a CETIP, a B3 implementou uma
clearing única para todos os ativos de renda fixa, renda variável, ouro à vista e derivativos de
bolsa e de balcão, a clearing B3.
A clearing única trará quatro grandes benefícios para o mercado:

1. Redução dos custos transacionais para investidores, corretoras e para a própria B3.
2. Eficiência na gestão de caixa dos investidores. Um investidor que opere em Bolsa e
em mercados futuros poderá ter, num mesmo dia, ajuste positivo numa operação e
negativo na outra. Antigamente, este investidor deveria pagar o ajuste negativo no
início do dia e receberia o ajuste positivo no fim do expediente. Com a clearing
única, o cliente pagará ou receberá o valor líquido, facilitando a gestão do seu caixa.
3. Eficiência no cálculo do risco. A clearing única analisa o portfólio do cliente como um
todo e calcula o risco e as garantias de forma unificada.
4. Modernização tecnológica. Ao ampliar a capacidade de processamento de dados a
B3 está pronta para o crescimento do mercado.

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PRACTA ALERTA

Resumindo, são registrados na Clearing B3:

 Todos os títulos privados de renda fixa (ex.: CDB, LCI, LCA, LF, LCA LCI, Debên-
tures). Como já abordamos no item 3.6.1, títulos públicos são registrados no
SELIC.
 Ações e os seus derivativos.
 Derivativos de bolsa (financeiros e de commodities).
 Derivativos de balcão (swaps, termo de moeda e opções flexíveis).
 Mercado a vista de ouro.
 Certificados de Operações Estruturadas (COE)
Para saber mais, acesse:
http://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/compensacao-e-liquidacao/clea-
ring/

3.6.3. Sistema de Pagamento Brasileiro – SPB. Conceito e finalidade


Conceito
O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) compreende as entidades, os sistemas e os
procedimentos relacionados com o processamento e a liquidação de operações de transferên-
4 cia de fundos, de operações com moeda estrangeira ou com ativos financeiros e valores mo-
biliários. São integrantes do SPB, os serviços de compensação de cheques, de compensação e
liquidação de ordens eletrônicas de débito e de crédito, de transferência de fundos e de outros
ativos financeiros, de compensação e de liquidação de operações com títulos e valores mobi-
liários, de compensação e de liquidação de operações realizadas em bolsas de mercadorias e
de futuros, e outros, chamados coletivamente de entidades operadoras de Infraestruturas do
Mercado Financeiro (IMF). A partir de outubro de 2013, com a edição da Lei 12.865, os arran-
jos1 e as instituições de pagamento2 passaram, também, a integrar o SPB.
O Sistema de Pagamentos Brasileiro - SPB apresenta alto grau de automação, com cres-
cente utilização de meios eletrônicos para transferência de fundos e liquidação de obrigações,
em substituição aos instrumentos baseados em papel.
Alguns exemplos: TED, os serviços de compensação de cheques, de transferência de fun-
dos e de outros ativos financeiros, de compensação e de liquidação de operações com títulos
e valores mobiliários, de compensação e de liquidação de operações realizadas em bolsas de
mercadorias e de futuros, as chamadas “maquininhas de cartão”, dentre outros.
Finalidade
Criar um sistema de liquidação seguro para evitar o risco sistêmico do Sistema Finan-
ceiro Nacional.

1
Arranjo de pagamento: conjunto de regras e procedimentos que disciplina a prestação de determinado serviço de pagamento
ao público aceito por mais de um recebedor, mediante acesso direto pelos usuários finais, pagadores e recebedores.

2
Instituição de pagamento: pessoa jurídica não financeira que preste serviço de pagamento, tais como gerir conta de pagamento,
emitir instrumento de pagamento, credenciar para aceitação desses instrumentos, fazer remessa de fundos e outras atividades
previstas na Lei.

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