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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Extensão de Nacala

Licenciatura em Contabilidade e Auditoria

Registo de Operações Típicas de um Banco

Discente:

Nailah Mansur Suleman

Nacala, Março de 2024


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Extensão de Nacala

Licenciatura em Contabilidade e Auditoria

Registo de Operações Típicas de um Banco

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira


de Contabilidade Bancária, a ser
apresentado na UCM, Extensão de Nacala,
3º ano, sob observação da docente Agira
Alucento.

Nacala, Março de 2024


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ÍNDICE

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1

REGISTO DE OPERAÇÕES TÍPICAS DE UM BANCO ........................................................ 2

1. DEPÓSITOS ....................................................................................................................... 2

1.1. Modalidades de depósito ................................................................................................. 2

1.2. Reservas legais e multiplicador monetário ...................................................................... 3

1.3. Movimentação de depósitos ............................................................................................ 3

1.4. Compensação de cheques ................................................................................................ 4

1.5. Juros de depósitos ............................................................................................................ 6

2. CRÉDITO............................................................................................................................ 8

2.1. Abertura de crédito .......................................................................................................... 8

2.2. Crédito por desconto de letras ......................................................................................... 8

2.3. Crédito em conta corrente................................................................................................ 8

2.4. Contrato mútuo de capital ............................................................................................... 9

2.5. Provisões.......................................................................................................................... 9

3. TÍTULOS ............................................................................................................................ 9

3.1. Enquadramento das operações de títulos ......................................................................... 9

3.2. Títulos de negociação .................................................................................................... 10

3.3. Títulos disponíveis para venda ...................................................................................... 10

3.4. Títulos detidos até à maturidade .................................................................................... 10

CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 12

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INTRODUÇÃO

O registo das operações bancárias é um componente essencial para a gestão financeira e a


conformidade regulatória das instituições financeiras. Neste trabalho, vai se abordar de forma
concisa e abrangente os principais aspectos relacionados ao registo de operações típicas de um
banco, englobando três grandes áreas: depósitos, crédito e títulos. No âmbito dos depósitos,
serão discutidos suas modalidades, procedimentos de movimentação, compensação de cheques,
e contabilização dos juros. Em seguida, vai se explorar o processo de concessão de crédito,
desde a abertura de crédito até a contabilização de provisões para crédito vencido. E na terceira
seção, tratar-se-á dos títulos, destacando seu enquadramento, importância e contabilização.
Espera-se que este trabalho proporcione uma visão abrangente e prática do registo de operações
típicas de um banco, contribuindo para uma melhor compreensão dos processos contábeis e sua
importância na gestão financeira das instituições bancárias.

Objectivo geral

Analisar e compreender os processos contábeis envolvidos no registo das operações típicas de


um banco, abrangendo áreas como depósitos, crédito e títulos.

Objectivos específicos

 Investigar as modalidades de depósitos e seu impacto nas reservas legais e no


multiplicador monetário, além de compreender os procedimentos contábeis
relacionados à movimentação de depósitos e à contabilização dos juros.

 Explorar o processo de concessão de crédito, incluindo a abertura de crédito, o crédito


por desconto de letras e o tratamento contábil das provisões para crédito vencido.

 Compreender o tratamento contábil dos títulos, abordando seu enquadramento,


mensuração, contabilização e apresentando casos práticos para uma melhor
compreensão.

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REGISTO DE OPERAÇÕES TÍPICAS DE UM BANCO

1. DEPÓSITOS

1.1. Modalidades de depósito

O depósito é um contrato entre uma instituição de crédito e o depositante, pelo qual a


primeira se compromete a restituir a este o valor que lhe confiou previamente em
depósito e, caso assim seja acordado, a pagar-lhe juros a uma determinada taxa, fixa ou
variável. (Caiado, 2019, p. 334)
Caiado (2019) destaca as seguintes modalidades do depósito:

 Depósitos à ordem

Nesta modalidade, a entidade depositária está obrigada a restituir ao depositante em qualquer


momento o dinheiro que este lhe confiou, a troco de uma remuneração ou não, podendo ser
mobilizado por cheque, ordem de pagamento, transferência ou cartão de pagamento.

 Depósitos com pré-aviso

O depositante assume o compromisso de não efectuar levantamentos sem primeiro avisar por
escrito o banco depositário, o qual, na altura do reembolso, restitui o capital depositado e os
respectivos juros.

 Depósitos a prazo

Os fundos mantêm-se imobilizados durante o prazo fixado na constituição do depósito, findo o


qual são restituídos ao depositante acrescidos do juro acordado, embora em certas situações
esses fundos possam ser reembolsados antes do prazo com as competentes penalizações.

 Depósitos a prazo não mobilizáveis antecipadamente

Os fundos depositados são apenas exigíveis no fim do prazo contratado, não podendo ser
reembolsáveis antes do decurso desse mesmo prazo.

 Depósitos constituídos em regime especial

Trata-se de depósitos criados livremente pelas instituições de crédito, devendo ser dado
conhecimento das suas características, com antecedência mínima de 30 dias, ao Banco de
Portugal.

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 Depósitos constituídos por legislação especial
São aqueles que são constituídos de acordo com a legislação publicada para determinadas
finalidades, como acontece com os depósitos da conta poupança-reforma e da conta poupança-
habitação.

1.2. Reservas legais e multiplicador monetário

De acordo com Caiado (2019), a constituição de reservas legais, ou reservas mínimas


obrigatórias, constitui um dos instrumentos da política monetária, tal como a emissão de papel-
moeda, a fixação da taxa de desconto pelo banco central, a compra e venda de títulos de dívida
pública pelo banco central, o controlo da liquidez, o controlo do crédito e a fixação de taxas de
juro. Em relação às reservas legais, as outras instituições monetárias (OIM), que têm a
faculdade de receber depósitos, também possuem meios para criar moeda.

Com efeito, as notas emitidas pelo banco central estão em poder dos agentes económicos não
monetários (empresas não financeiras, particulares e entidades públicas) ou então estão na posse
das OIM. Estes agentes económicos podem, simplificadamente ter três atitudes:

 Retêm toda a moeda que possuem.

 Depositam toda a moeda nas OIM.

 Mantêm uma parte da moeda em seu poder para fazer face às e necessidades quotidianas
e depositam a parte restante nas instituições monetárias.

1.3. Movimentação de depósitos

1.3.1. Constituição de depósitos

Depósitos de outros residentes

As contas de depósitos pertencem ao passivo, pelo que se creditam pelos aumentos e debitam
pelas diminuições. (Caiado, 2019).

Constituição de depósitos de outras entidades

Os lançamentos são equivalentes aos anteriores, diferindo apenas na conta


identificadora do depositante, como são os casos de constituição de depósitos de uma
câmara municipal, que faz parte do sector público administrativo, de um emigrante e de
um agente económico não residente. (Caiado, 2019).

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1.3.2. Transferências

De acordo com Caiado (2019), ‟na movimentação de contas de depósitos, surgem com
frequência transferências entre modalidades de depósitos e também entre entidades
depositantes. São frequentes a transferência de depósitos à ordem para depósitos a prazo e vice-
versa, assim como de outras transferências de contas.”

Noutras situações, assiste-se à transferência de contas em nome de depositantes para outros


depositantes de natureza diferente. Por vezes, também sucede a transferência de fundos de
contas à ordem de um agente residente para outro agente não residente ou outros tipos de
depositantes não residentes.

1.3.3. Levantamentos

Os agentes económicos que constituem depósitos à ordem nos bancos e outras instituições de
crédito podem efectuar, obviamente, o seu levantamento em qualquer momento.

De acordo com Caiado (2019, p. 340),

A definição de instituição de crédito está associada à recepção e ao reembolso de


depósitos, conforme o estabelece o Regime Geral de Instituições de Crédito e
Sociedades Financeiras, assim como a Directiva 77/780/CEE, de 12 de Dezembro. Tal
definição refere que são instituições de crédito as empresas cuja actividade consiste em
receber do público depósitos ou outros fundos reembolsáveis, a fim de os aplicarem, por
conta própria, mediante a concessão de crédito.

1.4. Compensação de cheques

1.4.1. Conceitos

Cheque

Segundo Caiado (2019), O cheque é o escrito pelo qual uma pessoa ordena a um seu depositário
de valores monetários que lhe pague a si, ou a outra pessoa que nomeia ou não, uma determinada
quantia em dinheiro.

A pessoa que passa o cheque denomina-se sacador, a que paga essa quantia chama-se sacado e
a pessoa a favor de quem é passado designa-se beneficiário. Quando no cheque se indica o
nome do beneficiário, o cheque diz-se nominativo e, quando tal não acontece, o cheque diz-se
ao portador. O cheque contém:

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i. A palavra «cheque» inserta no próprio texto do título e expressa na língua
empregada para a redacção desse título.

ii. O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada.

iii. O nome de quem deve pagar (sacado).

iv. A indicação do lugar em que o pagamento se deve efectuar.

v. A indicação da data em que e do lugar onde o cheque é passado, e

vi. A assinatura de quem passa o cheque (sacador).

Este título de crédito só pode ser emitido sobre um banqueiro que tenha fundos, ou uma provisão,
à disposição do sacador. A lei considera criminosa e pune a emissão de cheques sem provisão
ou cobertura para o seu pagamento.

O cheque pode ser feito pagável: a) a uma determinada pessoa, com ou sem cláusula expressa
«à ordem»; b) a uma determinada pessoa, com a cláusula «não à ordem», ou outra equivalente;
c) e ao portador.

Cheques cruzados e endosso, avale pagamento de cheques

Cheques cruzados

Os cheques cruzados contêm na frente duas linhas ou barras paralelas traçadas. Os seus
detentores têm de os depositar numa conta bancária. O banco depositário procede depois à sua
cobrança junto da conta sacada.

Endosso

O cheque nominativo, como tem a natureza de título à ordem, é transmissível por meio de
endosso. No entanto, tal não acontece quando contém a cláusula «não à ordem», ou outra
equivalente, sendo, neste caso, apenas transmissível pela forma e com os efeitos de uma cessão
ordinária.

Aval

O pagamento do cheque pode ser garantido no todo ou em parte do seu valor por um aval. O
aval é dado sobre o cheque ou sobre a folha anexa e exprime-se pelas palavras «bom para aval»,
ou por qualquer outra forma equivalente, sendo assinado pelo avalista. Este deve ter sempre o
cuidado de indicar a pessoa por quem se responsabiliza, mas, na falta desta indicação, o aval
considera-se como sendo prestado ao sacador.

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Pagamento

O cheque é pagável logo que seja apresentado ao sacado. O cheque passado num país diferente
daquele onde é pagável apresentar-se-á a pagamento no prazo de 20 dias a contar do dia de
emissão se os dois países estiverem situados na mesma parte do Mundo (Europa, Ásia, África,
América e Oceânia) e, no prazo de 70 dias, em partes diferentes.

1.4.2. Contabilização

Diariamente, cada banco recebe ao balcão uma série de cheques, uns sacados sobre contas da
sua carteira de depósitos (cheques emitidos pelo banco) e outros sacados sobre contas abertas
noutros bancos (cheques emitidos por outros bancos).

No grupo dos cheques emitidos pelo banco, alguns são para serem pagos de imediato e os
restantes destinam-se a debitar as respectivas contas por crédito de outras contas abertas no
próprio banco (transferências entre contas do banco). No grupo dos cheques emitidos por outros
bancos, os cheques recebidos têm de ser cobrados nos bancos onde estão domiciliadas as contas
à ordem a que respeitam. São os chamados cheques favoráveis. Constituem transferências de
fundos dos bancos emitentes para o banco receptor.

Entretanto, este banco vê se confrontado com os cheques que são depositados noutros bancos e
sacados sobre as contas da sua carteira. São os cheques desfavoráveis. Neste caso, assiste-se à
transferência de fundos do banco para os outros bancos onde os cheques foram apresentados.

1.5. Juros de depósitos

1.5.1. Aspectos gerais

A taxa de juro pode ser fixa ou variável, sendo esta normalmente indexada à taxa
Euribor (European interbank offered rate). Isso não obsta a que a taxa do depósito seja
indexada a outras taxas, como a Libor (London interbank offered rate), a Nibor (New
York interbank offered rate) e muitas outras publicadas diariamente em boletins oficiais.
(Caiado, 2019, p. 345)
Os juros dos depósitos constituem um encargo para o banco depositário e um proveito para os
depositantes. Sendo assim, os bancos têm de proceder à imputação dos encargos de acordo com
o período em que o depósito está em seu poder, quer pelo sistema tradicional, quer pelo método
do custo amortizado (IAS 39).

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Ora, sendo habitual os juros serem pagos no fim de cada período que foi objecto do contrato
assinado entre o depositante e o banco depositário, é necessário imputar a parte dos juros que
respeita a cada mês, designada por mensualização, ou, como é mais desejável e mesmo
praticável, a parte dos juros referente a cada dia, ou diarização.

Excluindo os depósitos à ordem que em regra não vencem juro, a imputação dos encargos com
os depósitos a prazo, exige o cálculo da taxa de juro efectiva da operação, ou real, r, que
corresponde à taxa que iguala o valor do depósito, constituído no momento inicial, aos valores
dos rendimentos gerados por ele durante um determinado prazo, incluindo o do próprio depósito,
actualizados segundo a taxa nominal,

1.5.2. Contabilização

Conforme Caiado (2019, p. 346),

O Plano de Contas para o Sistema Bancário (PCSB), aplicável às instituições de crédito


e às sociedades financeiras sujeitas à supervisão do Banco de Portugal, permite a
desagregação das rubricas da Situação Analítica, instituída na sequência da adopção das
normas internacionais de contabilidade por parte das entidades competentes da União
Europeia.
Para facilitar a identificação dos depósitos em carteira por modalidades, adicionaram-se os
algarismos 0, 1, 2, 3, 4 e 8, respectivamente, para as modalidades à ordem, com pré-aviso, a
prazo, de poupança, obrigatórios e outros depósitos.

Antes dos lançamentos no diário, indicam-se algumas abreviaturas, para melhor se


compreender a designação das rubricas envolvidas.

JES – Juros e encargos similares.

EP – Encargos a pagar.

RC – Recursos de clientes.

COR – Credores e outros recursos.

SPA – Sector público administrativo.

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2. CRÉDITO

2.1. Abertura de crédito

Definição e Garantias

De acordo com Caiado (2019), ‟a abertura de crédito é uma operação na qual o banco
disponibiliza um limite de crédito para o cliente utilizar conforme necessário.” É como uma
linha de crédito pré-aprovada que o cliente pode utilizar conforme sua necessidade, pagando
juros apenas sobre o valor utilizado. As garantias podem incluir garantias reais, como imóveis
ou veículos, ou garantias pessoais, como avalistas.

Contabilização

O registo da abertura de crédito envolve o estabelecimento de uma conta de crédito para o


cliente no sistema do banco, indicando o limite de crédito concedido e quaisquer garantias
associadas. Por exemplo, se um cliente tem uma abertura de crédito de $10,000, o banco
registaria esse limite na conta do cliente como uma linha de crédito disponível.

2.2. Crédito por desconto de letras

Conceito e contabilização

Fonseca e Almeida (2017), ‟o crédito por desconto de letras é uma operação na qual o banco
antecipa o pagamento de uma letra de câmbio ou promissória apresentada pelo cliente,
descontando o valor da mesma.” O banco paga ao cliente o valor da letra, menos os juros e
taxas associados ao período de antecipação do pagamento. O registo do crédito por desconto de
letras envolve debitar a conta do cliente pelo valor total da letra de câmbio ou promissória, e
creditar a conta de desconto do banco. O valor do desconto (juros e taxas) também é registado
como uma despesa para o cliente.

2.3. Crédito em conta corrente

Conceito e contabilização

Crédito em conta corrente é um tipo de empréstimo no qual o cliente recebe crédito


directamente em sua conta corrente para utilização imediata. Geralmente, o cliente pode
utilizar esse crédito para cobrir cheques ou débitos excedentes em sua conta. O registo
do crédito em conta corrente envolve debitar a conta do cliente pelo valor do crédito
concedido e creditar sua conta corrente. (Lima & Silva, 2018, p. 32).

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2.4. Contrato mútuo de capital

Classes de Risco

Os contratos mútuos de capital podem ser classificados de acordo com o risco associado ao
mutuário, como baixo, médio ou alto risco.

Registo do Capital, Juros e Despesas

O registo do contrato mútuo de capital envolve debitar a conta do cliente pelo montante do
empréstimo concedido, e creditar a conta de empréstimo do banco. Os juros e despesas
associados também são registados conforme acordado no contrato.

2.5. Provisões

Imparidade de Activos

As provisões são reservas feitas pelos bancos para cobrir possíveis perdas decorrentes de
activos de crédito que podem não ser recuperados na totalidade.

Finalidades das Provisões

As provisões são destinadas a garantir a adequação do capital do banco e a cobrir o risco de


incumprimento dos empréstimos concedidos.

Provisões Aplicáveis ao Crédito

As provisões para crédito vencido são reservas feitas para cobrir o risco de incumprimento dos
empréstimos concedidos que estão em atraso.

3. TÍTULOS

3.1. Enquadramento das operações de títulos

Mensuração e Imparidade

De acordo Santos e Oliveira (2020), ‟as operações de títulos são medidas pelo seu valor justo,
e os bancos avaliam a possibilidade de perda por imparidade. Imparidade ocorre quando o valor
contábil de um título é superior ao seu valor recuperável.”

Importância das Acções e Obrigações

As acções e obrigações são tipos comuns de títulos. As acções representam a propriedade


parcial de uma empresa, enquanto as obrigações são dívidas emitidas por empresas ou governos.

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Contas de Títulos

As contas de títulos são usadas para registar a compra, venda e detenção de títulos pelo banco.

3.2. Títulos de negociação

Conceito e Registo

Títulos de negociação são aqueles adquiridos com a intenção de negociação activa para obter
lucro a curto prazo. Eles são mensurados pelo valor justo e as alterações no valor justo são
registadas no resultado do período.

Os títulos de negociação são registados inicialmente pelo seu custo de aquisição.


Posteriormente, eles são mensurados pelo valor justo, e as alterações no valor justo são
reflectidas na conta de resultados.

3.3. Títulos disponíveis para venda

Conceito e Registo

Títulos disponíveis para venda são aqueles que não se enquadram nas categorias de títulos
mantidos até o vencimento ou títulos de negociação. Eles são mensurados pelo valor justo.

Os títulos disponíveis para venda são inicialmente registados pelo seu custo de aquisição. O
valor justo é ajustado periodicamente, com quaisquer alterações no valor justo sendo registadas
no património líquido.

3.4.Títulos detidos até à maturidade

Conceito e Registo

Títulos detidos até à maturidade são aqueles que o banco tem a intenção e a capacidade de
manter até o vencimento. Eles são mensurados pelo custo amortizado.

Os títulos detidos até à maturidade são inicialmente registados pelo seu custo de aquisição. Os
juros recebidos são apropriados ao longo do tempo usando o método de custo amortizado.

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CONCLUSÃO

Ao longo deste trabalho, exploramos os processos de registo das operações típicas de um banco,
abrangendo áreas essenciais como depósitos, crédito e títulos. Nos deparamos com a
complexidade e a importância desses processos para a gestão financeira das instituições
financeiras e para a garantia da conformidade regulatória.

No que diz respeito aos depósitos, compreendemos a diversidade de modalidades, os


procedimentos de movimentação, a contabilização dos juros e sua aplicação prática por meio
de casos exemplares. No âmbito do crédito, examinamos desde a abertura de crédito até a
contabilização de provisões para crédito vencido, analisando diferentes cenários por meio de
casos práticos. Os títulos também foram objecto de estudo, incluindo sua mensuração,
importância e contabilização, com a apresentação de exemplos concretos que ilustram esses
conceitos

Concluímos, portanto, que o registo adequado das operações típicas de um banco é fundamental
para garantir a transparência, eficiência e conformidade com as normas regulatórias,
contribuindo para a estabilidade e o bom funcionamento do sistema financeiro como um todo.
Espera-se que este trabalho tenha proporcionado uma compreensão mais abrangente e prática
dos processos contábeis envolvidos nas actividades bancárias.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Caiado, A. (2019). Bancos Normativos: Contabilidade e Gestão. (2ª ed.). Lisboa: Sílabo Editora.

Fonseca, G. S., & Almeida, L. P. (2017). Gestão Financeira em Instituições Bancárias:


Desafios e Estratégias Contábeis. São Paulo: Editora Beta.

Lima, R. C., & Silva, J. M. (2018). Operações Bancárias: Teoria e Prática Contábil. Lima:
Editora Delta.

Santos, F. A., & Oliveira, M. B. (2020). Contabilidade Bancária: Aspectos Gerais e Práticos.
Rio de Janeiro: Editora ABC.

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