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CEA
Certificação de Especialista em
Investimentos ANBIMA
Módulo 3
3.2. Renda Variável
CEA – MÓDULO 3.2 – Instrumentos de RENDA VARIÁVEL
Sumário
3. INSTRUMENTOS DE RENDA FIXA, RENDA VARIÁVEL E DERIVATIVOS ..................... 4
3.2. Renda Variável ................................................................................................... 4
3.2.1. Ações: Tipos, Classes e Espécies. Certificado de Depósito de Ações (UNITS).4
3.2.2. BDRs – Brazilian Depositary Receipts.............................................................. 6
3.2.2.1. Patrocinados e não patrocinados ................................................................ 7
3.2.3. Riscos no Mercado Acionário.......................................................................... 9
3.2.3.1. Risco de Mercado (Volatilidade) .................................................................. 9
3.2.3.2. Risco de Liquidez .......................................................................................... 9
3.2.4. Mercado de Ações ........................................................................................ 10
3.2.4.1. Direitos dos Acionistas ............................................................................... 10
3.2.4.2. Ganho de Capital na valorização das ações. Rendimento dos Acionistas:
Dividendos e Juros sobre Capital Próprio ......................................................................... 14
3.2.4.3. Mercado Primário e Mercado Secundário: principais conceitos e funções
econômicas; características e formas de negociação ....................................................... 16
3.2.5. Abertura de Capital (Initial Public Offering - IPO) e Oferta Pública de Valores
Mobiliários......................................................................................................................... 17
3.2.5.1. Principais Instituições: funções e principais características ...................... 18
3.2.5.2. Subscrição Pública de Ações: O papel dos principais agentes no Processo de
2
Underwriting; Estrutura de uma operação de IPO............................................................ 22
3.2.5.3. Tipos de Subscrição: Firme, Residual (Stand-by) e Melhores Esforços (Best
Effort) ................................................................................................................................ 26
3.2.5.4. Formação de Preço na Emissão das Ações; Bookbuilding; Preço Fixo ou
Leilão em Bolsa.................................................................................................................. 26
3.2.6. Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Estruturação,
Coordenação e Distribuição de Ofertas Públicas de Valores Mobiliários e Ofertas Públicas
de Aquisição de Valores Mobiliários ................................................................................. 27
3.2.6.1. Definições (Cap. I) ...................................................................................... 27
3.2.6.2. Objetivo e Abrangência (Cap. II) ................................................................ 28
3.2.6.3. Princípios Gerais de Conduta (Cap. IV) ...................................................... 28
3.2.6.4. Regras Gerais (Cap V) ................................................................................. 28
3.2.6.5. Documentos da Oferta (Cap. VII) ............................................................... 29
3.2.6.6. Selo ANBIMA (Cap. IX)................................................................................ 31
3.2.6.7. Publicidade (Cap. X) ................................................................................... 31
3.2.7. Negociação no Mercado Secundário de Ações............................................. 31
3.2.7.1. Bolsas de Valores, Mercado de Balcão ...................................................... 31
3.2.7.2. Tipos de Ordens de Negociações ............................................................... 32
3.2.7.3. Operações à Vista, a Termo e Opções ....................................................... 33
3.2.8. Índices de Bolsa de Valores: Índice Bovespa (IBOVESPA), Índice de
Sustentabilidade Empresarial (ISE); Índice Brasil (IBrX); Índice de Ações com Governança
Corporativa Diferenciada (IGC); Índice Mid-Large Cap (MLCX); Índice Smal Cap (SMLL) e
Índice de Energia Elétrica – (IEE), Índice Carbono Eficiente B3 – ICO2 B3, Índice de Ações
com Tag Along Diferenciado – ITAG B3, Índice de Governança Corporativa Trade – IGCT
B3, Índice de Governança Corporativa Novo Mercado – IGC NM B3. .............................. 34
© PRACTA – Treinamento e Educação Financeira
CEA – MÓDULO 3.2 – Instrumentos de RENDA VARIÁVEL
3.2.8.1. Metodologias de composição dos índices; uso dos índices em função dos
objetivos de investimento dos investidores ..................................................................... 34
3.2.9. Governança Corporativa ............................................................................... 41
3.2.9.1. Conceitos Gerais ........................................................................................ 41
3.2.9.2. Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado da B3: Critérios de Adesão .................... 41
3.2.10. Avaliação de Investimentos em Ações........................................................ 47
3.2.10.1. Conceitos Gerais: Valor Nominal, Valor Patrimonial, Valor de Mercado e
Valor de Liquidação ........................................................................................................... 47
3.2.10.2. Lucro por Ação (LPA) ................................................................................ 48
3.2.10.3. Índice Preço/Lucro – P/L .......................................................................... 48
3.2.10.4. Custo Médio Ponderado do Capital ......................................................... 49
3.2.10.5. Medida de fluxo de caixa, incluindo lucro antes de juros, impostos,
depreciação e amortização (LAJIDA ou EBITDA) ............................................................... 50
3.2.10.6. Distinções entre Análise Técnica e Análise Fundamentalista .................. 51
3.2.11. Investimentos em Ações no Exterior .......................................................... 56
3.2.11.1. Ações de Empresas Estrangeiras negociadas nos Estados Unidos e em
outros mercados: American Depositary Receipts (ADR) – Níveis 1, 2, 3 e 144-A; Global
Depositary Receipts (GDR): principais características dos produtos e as diferenças entre
os recibos e mercados ....................................................................................................... 56
3.2.11.2. Índices de bolsa de valores no exterior: S&P 500, Dow Jones, NASDAQ, 3
MSCI World, MSCI Emerging Markets e Euro Stock, DJSI – Dow Jones Sustainability Indices,
FTSE4Good, S&P ESG Indices............................................................................................. 58
3.2.12. Clubes de Investimento em Ações: Regulamentação, limites de
concentração e características operacionais; vantagens e desvantagens para os
investidores frente a outras opções de investimento no mercado acionário; restrições 61
Tipos de ações
•Não vota
4
ON Direito de
voto PN •Preferência
em receber
dividendos
II. Direito ao recebimento de dividendo, por ação preferencial, pelo menos 10% (dez
por cento) maior do que o atribuído a cada ação ordinária ou
III. Em caso de venda da companhia, direito de vender as suas ações recebendo, no
mínimo, 80% do valor pago por cada ação integrante do bloco de controle (tag
along), garantindo-se neste caso dividendo no mínimo igual ao das ações ordinárias.
Custo da Operação
As ações são negociadas na B3 e o prazo de liquidação do mercado à vista é em D+2, ou
seja, compro ou vendo hoje e o débito ou crédito na conta da corretora ocorrerá em dois dias
úteis, após a negociação. E os custos para operar são:
Blue chips
As ações conhecidas como blue chips são aquelas que apresentam maior
liquidez, ou seja, as mais negociadas no mercado. Esses papéis, geralmente
de grandes empresas, têm a maior tradição de segurança no mercado acio-
nário.
Classes
No Brasil é muito comum a emissão de ações preferenciais com classes distintas, cada
uma com seus próprios direitos e restrições. Estas classes de ações preferenciais são normal-
mente chamadas de PNA, PNB, PNC etc.
A empresa é livre para determinar os direitos e restrições de outras classes de ações e,
para saber o que se aplica às ações que você possui, você deve consultar as atas de assembleias
nas quais essas classes de ações foram definidas.
6 DICA PRACTA
Alternativa correta: B. O acionista preferencial, embora possa estar presente nas As-
sembleias, NÃO tem direito de voto (não toma as decisões) assim como não participa
da gestão da empresa.
A liquidação dos negócios e a custódia dos BDRs são feitas pela B3 (Clearing B3) segundo
os padrões estabelecidos para esses serviços com valores mobiliários no mercado brasileiro.
Lastro: ações das empresas estrangeiras, que ficam bloqueadas no exterior na conta da
instituição custodiante do programa numa entidade equivalente à B3. Veja diagrama como um
investidor brasileiro pode, por exemplo, investir na Telefónica, companhia espanhola:
Para os investidores: certificados como os BDRs garantem uma diversificação dos in-
vestimentos, o que, consequentemente, permite uma diluição dos riscos;
Para as companhias, certificados como os BDRs ampliam a base acionária, aumentam
a liquidez de suas ações e facilitam a captação de novos recursos.
BRASIL ESPANHA
RADAR PRACTA
Permissão para que os BDR sejam lastreados (i) em ações emitidas por emissores es-
trangeiros com ativos ou receitas no Brasil ou (ii) em títulos de dívida, inclusive emiti-
dos por companhias abertas brasileiras. Até a reforma, apenas ações emitidas por
companhias abertas, ou assemelhadas, com sede e ativos preponderantemente loca-
lizados no exterior, poderiam servir como lastro para os valores mobiliários negocia-
dos no Brasil.
Permissão para que, a depender do mercado em que os valores mobiliários lastro
dos BDR Nível I sejam listados, investidores que não sejam considerados qualificados
possam negociá-los.
Previsão de emissão de BDR lastreados em cotas de fundos de índice admitidas à ne-
gociação no exterior.
Fonte: IN CVM nº 332 alterada pelas Instruções 431/06, 456/07, 493/11, 551/14, 554/14 e
585/17 e pela Resolução 3/20 e site: https://www.gov.br/cvm/pt-br/assuntos/noticias/cvm-
atualiza-regras-de-bdr-27792b5cda4a4035a50cca8ca75c35f0
DICA PRACTA
A abordagem desse assunto na prova tem sido bem conceitual. Veja um Exemplo.
Nota do Professor: vamos aprender que a medida estatística que mede volatilidade é o Desvio
Padrão (módulo de Gestão de Carteiras)
Naturalmente, a volatilidade depende da natureza do mercado, do ambiente econômico e das
expectativas. Desta forma, a própria volatilidade oscila ao longo do tempo.
com os tipos de ativos, mercados em que são negociados e, ao longo do tempo, em função
das condições de mercado.
Ações com menor liquidez (menor volume de negócios) tem um prêmio requerido pelo
investidor para aplicar nestes ativos. Portanto espera-se um retorno maior de ações com
menor liquidez do que as mais líquidas.
Preferência de Subscrição
Em caso de aumento de capital, o acionista tem preferência na subscrição das novas
ações que vierem a ser emitidas, em quantidade proporcional às já detidas. Para incentivar o
investimento adicional, as novas ações são oferecidas aos atuais acionistas por um valor infe-
rior ao valor de mercado.
Direito de Retirada (art. 137 Lei S/As):
Possui direito de retirada o acionista que discordar da empresa nos casos de:
1) Criação de ações preferenciais ou aumento de classes existentes, sem guardar pro-
porção com as demais espécies e classes;
DICA PRACTA
Acordo de Acionistas
Trata-se de um pacto celebrado entre acionistas de uma companhia e que se refere,
especificamente, aos seguintes assuntos:
Nota do Professor:
Cuidado: a Lei das S/As estabelece que o minoritário deverá receber no mínimo 80%
12
do preço pago ao controlador como Tag Along;
Já os segmentos Nível II e Novo Mercado de Governança (cuja adesão é voluntária)
estabelecem que 100% do preço pago ao controlador deverá ser oferecido para o aci-
onista minoritário.
Bonificação
Consiste na incorporação de reservas de lucro ao capital social, mediante emissão de
novas ações distribuídas gratuitamente aos acionistas, em número proporcional às já possuí-
das. A bonificação aumenta a quantidade de ações da empresa, sem alterar o valor do patri-
mônio líquido.
Desdobramento (split)
Aumento da quantidade de ações de uma empresa, sem que haja alteração na parti-
cipação dos investidores ou titulares de direitos.
No caso de ações ou quotas de fundos, a decisão de desdobrar depende de aprovação
em assembleia geral. Em inglês, Split.
Objetivo: empresas com ações cujo valor unitário é muito elevado desdobram a ação,
a fim de facilitar negociações em lotes-padrão.
Exemplo: ação admitida a negociação em bolsa a R$ 300,00 cada uma pode desdobrar a ação
à razão de 10 por 1, tornando-a cotada a R$ 30,00.
Posição após
Posição atual
Split
Objetivo:
Quantidade ações 1 10
Aumentar a liquidez
Valor unitário $300,00 $30 13
da ação no mercado.
Posição Patrimonial $300,00 $300,00
Grupamento (inplit)
Redução da quantidade de ações de uma empresa, sem que haja alteração na partici-
pação dos sócios, investidores ou titulares de direitos. A decisão de grupar depende de apro-
vação em assembleia geral.
Objetivo: empresas com ações cujo valor unitário é muito pequeno grupam a ação, a
fim de facilitar negociações em lotes padrão unitários.
Exemplo: ação admitida a negociação em bolsa a R$ 5,00 o lote de 1.000 ações, grupa
as ações à razão de 1 por 10, tornando-a cotada a R$ 50,00.
As transformações de cruzeiros em cruzados, em cruzados novos, cruzeiros nova-
mente, cruzeiros reais e, afinal, reais, com sucessivos cortes de zeros, impuseram às empre-
sas a necessidade do grupamento de ações, para adequar-se às alterações no padrão mone-
tário.
Posição após
Posição atual
Grupamento Facilitar as negocia-
Quantidade ações 1000 100 ções em lotes padrão
Valor unitário 5,00 $50,00 unitários.
Posição Patrimonial $5.000,00 $5.000,00
RADAR PRACTA
Impacto nos preços de mercado das ações diante do pagamento de proventos - Ações
Ex.: Dividendos e Juros sobre capital próprio
Quando a empresa anuncia publicamente o pagamento de dividendos, a ação passa a
ser negociada em bolsa sem esse direito, por um período curto, até a data do efetivo paga-
mento dos dividendos. A ação é temporariamente cotada “ex-dividendos” (ED).
Veja um exemplo:
A ação da companhia “A” estava ontem sendo cotada a R$ 10,00. Hoje a companhia “A”
anunciou pagamento de dividendos de R$ 1,00, pagamento a ser feito no fim deste mês.
A ação passa a ser negociada “EX” até o final do mês e o seu valor será o valor de mer-
cado (neste caso R$ 10,00) menos o valor do dividendo que será pago no fim do mês 10,00 –
1,00 = R$ 9,00).
RADAR PRACTA
Anúncio de paga- DIMINUI O PREÇO da ação (va- A ação é negociada “EX” até
mento de divi- lor ação cheia – dividendo = a data do efetivo paga-
dendos valor ação EX) mento.
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AUMENTA A QUANTIDADE de
Desdobramento
ações, sem alterar o capital so- Dá maior liquidez às ações.
(split)
cial.
DIMINUI A QUANTIDADE de
Grupamento Utilizado normalmente em
ações, sem alterar o capital so-
(inplit) ações de baixo valor unitário.
cial.
Decorre da incorporação das
AUMENTA A QUANTIDADE de reservas ao capital social.
ações e O VALOR do capital so- O investidor recebe novas
Bonificação
cial, sem alterar o Patrimônio ações, gratuitamente, na
Líquido da empresa. proporção das ações que
possui.
DICA PRACTA
1. A Companhia XPTO está entregando gratuitamente novas ações aos acionistas, de-
correntes da incorporação das reservas de lucros ao capital social. Este evento deno-
mina-se:
A. Distribuição de dividendos.
B. Distribuição de juros sobre capital próprio.
C. Bonificação.
D. Ganho de capital.
Uma vez ocorrido o lançamento inicial ao mercado, as ações e os títulos de dívida pas-
sam a ser negociados no Mercado Secundário, que compreende os mercados de balcão orga-
nizados (regulados pela CVM) ou não, e as bolsas de valores. Esse mercado tem como finali-
dade dar liquidez aos títulos emitidos no Mercado Primário.
Diluição em Ofertas Primárias
Suponha que você detém 1% de participação na empresa X, cujo capital social é de
100.000 ações valendo R$ 1,00 cada = R$ 100.000. A empresa delibera um aumento de capital
de 100.000 ações adicionais e, como já vimos, você tem a preferência de subscrição proporci-
onal às ações detidas, ou seja, você pode subscrever até 1.000 novas ações, para manter sua
participação. O que acontece se você não subscrever estas 1.000 novas ações?
OPA! Você resolveu continuar com as 1.000 ações que você já tinha, só que agora elas
representam 0,50% do novo capital social da empresa, R$ 200.000. Sua participação ficou di-
luída.
No processo chamado bookbuilding, é definido o preço inicial das ações a partir de uma
consulta aos investidores institucionais. Também é verificada a demanda pelas ações e, caso
seja superior à oferta, poderão ser feitas limitações aos pedidos de compra. Ou seja, o investi-
dor de varejo que tenha solicitado a compra de 10.000 reais em ações, por exemplo, poderá
levar apenas 8.000 reais.
O custo da operação para o investidor restringe-se ao valor das ações, uma vez que a
comissão de corretagem é paga pela empresa.
DICA PRACTA
DICA PRACTA
Nota: poderá haver mais de um Banco coordenador, porém um será denominado coor-
denador líder.
Deveres
O agente fiduciário tem como principal função zelar pelos interesses dos debenturistas:
Incompatibilidade e restrições
Não pode ser agente fiduciário quem já exerce a função em outra emissão ou quem, de
qualquer modo, se coloque em situação de conflito de interesses.
Responsabilidade
O agente fiduciário responde perante os debenturistas pelos prejuízos causados por
culpa ou dolo no exercício da função.
3.2.5.1.6 Depositário
A Instituição depositária é a instituição ou entidade que presta os serviços de:
3.2.5.1.7 Custodiante
Veja a seguir os serviços prestados pelo custodiante:
Toda oferta pública de distribuição de valores mobiliários nos mercados primário e se-
cundário, no território brasileiro, dirigida a pessoas naturais, jurídicas, fundo ou residentes,
domiciliados ou constituídos no Brasil, deverá ser submetida previamente a registro na Comis-
são de Valores Mobiliários – CVM.
Lote Suplementar
Se houver a necessidade de estabilização de preços dos valores mobiliários objeto da
oferta, o emissor ou o ofertante, poderão autorizar a instituição intermediária a aumentar a
quantidade de valores a serem distribuídos em até 15% da quantidade inicialmente ofertada,
nas mesmas condições e preço da oferta inicial, desde que conste esta possibilidade no Pros-
pecto.
Esse lote suplementar é conhecido no mercado como green shoe.
Lote Adicional (Hot Issue) até 20%
É a possibilidade de a companhia emissora aumentar a quantidade inicial ofertada em
até 20%, excluindo o lote suplementar, diante de demanda superior ao lote ofertado.
Prospecto
24 Documento obrigatório, elaborado pelo ofertante em conjunto com a instituição líder
da distribuição, que contém informação completa, precisa, verdadeira, atual, clara, objetiva e
necessária, em linguagem acessível, de modo que os investidores possam formar criteriosa-
mente a sua decisão de investimento.
O Prospecto Preliminar deverá estar disponível nos mesmos locais do Prospecto Defini-
tivo aos investidores por pelo menos 5 (cinco) dias úteis antes do prazo inicial para o recebi-
mento de reserva;
O Prospecto Definitivo deverá estar disponível para os investidores por pelo menos 5
(cinco) dias úteis antes do prazo inicial para a aceitação da oferta.
Consulta sobre a viabilidade da oferta
É permitida a consulta a potenciais investidores pelo ofertante e pela instituição líder da
distribuição para apurar a viabilidade ou o interesse de uma eventual oferta pública de distri-
buição, devendo esta consulta não exceder 50 investidores e ter critérios razoáveis para o
controle da confidencialidade e do sigilo, caso já tenha havido a contratação prévia de institui-
ção intermediária pelo ofertante.
Coleta de intenções de investimento
É permitida a coleta de intenções de investimento, com ou sem o recebimento de reser-
vas, a partir da divulgação de Prospecto Preliminar e do protocolo do pedido de registro de
distribuição na CVM.
RADAR PRACTA
Banco
Atua junto aos depositários e clearing houses
Liquidante
Formador de Mer- Proporciona um preço de referência para a negociação Importante para a li-
cado do ativo. quidez da ação.
Qualquer esforço de
Toda emissão Pública deve ser obrigatoriamente regis- venda somente se ini-
CVM
trada na CVM. cia após pedido de re-
gistro.
Selo ANBIMA indica
Bancos que aderiram ao código de autorregulação devem que o prospecto e pro-
ANBIMA obedecer às normas e condutas do código de oferta pú- cesso do underwriting
blica. está conforme o Có-
digo.
A oferta pública, seja no mercado primário ou secundário, requer o registro na CVM e o cum-
primento de um ritual de procedimentos na elaboração de seu prospecto preliminar. Geral-
mente as ofertas públicas são conduzidas por bancos de investimento que recebem uma co-
missão pelos serviços proporcional ao valor da operação.
Sua forma de colocação é definida quanto às Garantias de distribuição dadas pelo Banco (s)
Coordenador (es):
Garantia Firme ou Underwriting Firme – Neste processo de colocação das ações junto
ao público, a instituição financeira responsável pelo lançamento das ações subscreve
a emissão dos títulos (debêntures ou ações) que não foram
subscritas pelo mercado, em caso de um eventual fracasso.
Melhores Esforços ou Best Effort Underwriting – Neste pro-
cesso de colocação das ações, a instituição financeira assume
26 apenas o compromisso de fazer os melhores esforços junto ao
mercado.
Residual ou Stand By Underwriting – Neste processo de colo-
cação, a instituição financeira assume o compromisso de pro-
mover a colocação de ações em um determinado período,
onde ela própria subscreverá a parcela de ações que não foi absorvida pelo mercado.
Reúne as características do best efforts e do “underwriting firme”. Neste caso, o inter-
mediário se compromete a colocar as sobras junto ao público em determinado espaço
de tempo, após o qual ele próprio subscreve o total dos títulos não colocados. Isto
significa que, após decorrido o prazo no qual o intermediário se compromete a vender
as sobras de subscrição ao público, o underwriting se torna do tipo firme.
Preço Fixo
É o preço definido pela emissora, quando da deliberação da oferta pública. É um critério
pouco usado e que representa risco maior, em função da volatilidade do mercado de capitais
e do tempo necessário para formalizar a oferta.
Bookbuilding
A formação de preço pelo mecanismo de bookbuilding considera a demanda apresen-
tada pelos investidores (quantidade que cada um deseja comprar) e o preço máximo por ativo
que cada um está disposto a pagar. Apura as ofertas de intenções de compra de investidores,
auxiliando a companhia na definição da remuneração do ativo objeto da oferta, pois permite
que ela tenha uma melhor percepção das condições do mercado.
Ou seja, o bookbuilding é o processo pelo qual um coordenador busca determinar o
preço de lançamento de uma oferta pública, baseado na demanda de investidores institucio-
nais.
Leilão em Bolsa
Processo de formação de preços semelhante ao bookbuilding, só que quantidades e pre-
ços são determinados em leilão na Bolsa de Valores.
Rateio
Se o prospecto estabelecer garantia de acesso a todos os investidores, em caso de de-
manda superior à oferta, será feito um rateio, cujos critérios estão definidos em prospecto.
Não concretização
As principais razões para uma eventual não concretização da operação de oferta são as
seguintes:
Zelar pela veracidade e precisão das informações incluídas nos documentos da Oferta
e da OPA;
Disponibilizar informações claras, precisas e suficientes sobre a Oferta, a emissora
e/ou ofertantes, se for o caso;
Formulário de referência
Prospecto
O Prospecto deve conter de Informações referentes a:
Fatores de Risco: devem ser apontados todos os fatores de risco sem mitigação deles;
Setor que o emissor atua;
Histórico do Emissor e acionistas;
Outras emissões já realizadas pelo emissor;
As relações da emissora e/ou ofertantes com o Coordenador Líder e demais Coorde-
nadores da Oferta Pública (tais como empréstimos, investimentos, valor, prazo, taxa,
garantia e outras relações eventualmente existentes;
Destinação de recursos (investimento, compra de outra empresa, pagamento de outra
dívida etc.);
Conflitos de interesses: entre os Coordenadores nas Ofertas Públicas e o emissor (se
houver).
Nas Ofertas Restritas de Ações, deve-se elaborar um Memorando de Ações e nas Ofertas
Restritas de Debêntures um Sumário de Debêntures tal como disposto neste Código.
É facultado às Instituições Participantes elaborar documento contendo resumo das in-
formações da Oferta (material de suporte à venda - road show) para sua divulgação, desde que
tal documento contenha aviso, de forma destacada, recomendando ao investidor que, antes
de tomar a decisão de investimento, leia o Prospecto, o Formulário de Referência, o Memo-
30
rando de Ações ou o Sumário de Debêntures, conforme aplicável, especialmente a seção rela-
tiva aos fatores de risco.
DICA PRACTA
Alternativa correta: B.
Alternativa correta: A.
pantes manterem essas posições em suas carteiras até o vencimento. Outro problema é a li-
quidez. O fato de as negociações serem realizadas fora das bolsas torna mais difícil a revenda
dos papéis. Os intermediários do sistema que compõem o mercado de balcão são as institui-
ções financeiras e as sociedades constituídas.
Bovespa Mais
É um segmento do mercado de balcão organizado e administrado pela B3 segmento
BM&FBOVESPA, no qual podem ser listadas apenas companhias abertas com registro na Co-
missão de Valores Mobiliários (CVM). Este segmento tem como objetivo acolher as empresas
que sejam particularmente atrativas aos investidores que buscam aplicações de médio e longo
prazo e cuja preocupação com o retorno potencial sobrepõe-se à necessidade de liquidez ime-
diata. As regras são bem parecidas com as do Novo Mercado: o ingresso no Bovespa Mais exige
práticas avançadas de governança corporativa, o que garante mais segurança ao investidor.
Neste segmento de listagem a empresa emite apenas ações ordinárias. O Bovespa Mais ainda
é pouco explorado pelo segmento ao qual ele é destinado, o das pequenas e médias empresas.
Bovespa Mais Nível 2
O segmento de listagem Bovespa Mais Nível 2 é similar ao Bovespa Mais, porém com
algumas exceções. As empresas listadas têm o direito de manter ações preferenciais (PN). No
caso de venda de controle da empresa, é assegurado aos detentores de ações ordinárias e
preferenciais o mesmo tratamento concedido ao acionista controlador, prevendo, portanto, o
32 direito de tag along de 100% do preço pago pelas ações ordinárias do acionista controlador.
As ações preferenciais ainda dão o direito de voto aos acionistas em situações críticas,
como a aprovação de fusões e incorporações da empresa e contratos entre o acionista contro-
lador e a empresa, sempre que essas decisões estiverem sujeitas à aprovação na assembleia
de acionistas.
Ordem Casada
O investidor define a ordem de venda de um valor mobiliário ou direito de compra de
outro, escolhendo qual operação deseja ver executada em primeiro lugar. Os negócios so-
mente serão efetivados se executadas as duas ordens.
Ordem de Financiamento
O investidor determina uma ordem de compra ou venda de um valor mobiliário ou di-
reito em determinado mercado e, simultaneamente, a venda ou compra do mesmo valor
mobiliário ou direito no mesmo ou em outro mercado, com prazo de vencimento distinto.
Ordem On-Stop
O investidor determina o preço mínimo pelo qual a ordem deve ser executada. A or-
dem on-stop de compra será executada quando, em uma alta de preços, ocorrer um negócio
a preço igual ou maior que o preço determinado; e a ordem on-stop de venda será execu-
tada quando, em uma baixa de preços, ocorrer um negócio a um preço igual ou menor que o
preço determinado.
Exemplo
1. O cliente possui 100.000 ações de determinada empresa. Suponha que o preço de
compra foi R$ 50,00 por lote. Após um período de alta, o papel está caindo e atualmente está
cotado a R$70,00. Para garantir um lucro mínimo de R$15,00 por lote, precisaria vender essas
ações por, no mínimo, R$ 65,00. Para tal, o cliente poderia inserir uma ordem de Venda On
Stop, sendo disparada, por exemplo, no preço de R$ 66,00, com um preço limite de R$ 65,00. 33
Essa diferença de R$ 1,00 entre o preço do stop e o preço limite da ordem previne o investidor
de oscilações mais bruscas do mercado. Entretanto, não é estritamente necessário que haja
essa diferença, basta que o preço limite seja menor ou igual ao preço stop, nos casos de Venda
On Stop.
Critério de Ponderação
Na carteira do ISE B3, os ativos são ponderados pelo Score ISE B3, com limite de partici-
pação baseado no valor de mercado do “free float” (ativos que se encontram em circulação)
da espécie pertencente à carteira.
A representatividade de um ativo no índice, quando dos rebalanceamentos periódicos,
não poderá ser superior a 3 (três) vezes a participação que o ativo teria caso a carteira fosse
ponderada pela representatividade do valor de mercado de “free float” do ativo.
A participação de uma empresa no ISE B3 não poderá ser superior a 10% (dez por cento),
quando de sua inclusão ou nos rebalanceamentos periódicos.
IBrX 100 - Índice Brasil
Índice que mede o retorno de uma carteira teórica composta por 100 ações selecionadas
entre as mais negociadas na B3, em termos de número de negócios e volume financeiro. 35
Objetivo
O objetivo do IBrX 100 é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos 100
ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro. Essas
ações são ponderadas na carteira do índice pelo seu respectivo número de ações disponíveis
à negociação no mercado. A revisão da carteira é a cada 4 meses.
Ações Elegíveis para o Índice
O índice IBrX é composto por 100 papéis escolhidos em uma relação de ações classifica-
das em ordem decrescente por liquidez, de acordo com seu índice de negociabilidade (medido
nos últimos doze meses), observados os demais critérios de inclusão descritos abaixo.
Critérios de Inclusão de Ações no Índice
Integrarão a carteira do IBrX - Índice Brasil as 100 ações que atenderem cumulativa-
mente aos critérios a seguir:
Cumpre ressaltar que companhias que estiverem sob regime de recuperação judicial,
processo falimentar, situação especial, ou ainda que estiverem sujeitas a prolongado período
de suspensão de negociação, não integrarão o IBrX.
Critério de Ponderação
O IBrX medirá o retorno de uma carteira teórica composta pelos papéis que atenderem
a todos os critérios discriminados anteriormente, ponderados pelo seu respectivo valor de
mercado no tipo pertencente à carteira.
Para cálculo do valor de mercado no tipo serão consideradas as ações disponíveis para
negociação, ou seja, serão excluídas as de propriedade do controlador.
RADAR PRACTA
Ibovespa: composto pelos ativos que, nos doze meses anteriores, apresentaram índi-
ces de negociabilidade, participação no volume financeiro e presença em pregão em
níveis que atenderam aos critérios estabelecidos em sua metodologia de cálculo.
IBrX – Índice Brasil: com metodologia internacional, este índice é composto pelas 100
ações mais negociadas na B3, ponderadas pelo valor de mercado da empresa.
Critérios de ponderação
No IGC, os ativos são ponderados pelo valor de mercado do “free float” (ativos que se
encontram em circulação) da espécie pertencente à, multiplicados por um fator de gover-
nança. Esse fator será igual a 2 para os ativos do Novo Mercado, 1,5 para os ativos do Nível 2
e 1 para os ativos do Nível 1.
Ressalta-se que a participação dos ativos de uma companhia no índice (considerando
todas as espécies e classes de ações ou units que tenham como lastro tais ações da companhia,
conforme o caso) não poderá ser superior a 20% (vinte por cento), quando de sua inclusão ou
nas reavaliações periódicas.
DICA PRACTA
Alternativa Correta: B.
c) Ter presença em pregão de 95% (noventa e cinco por cento) no período de vigên-
cia das 3 (três) carteiras anteriores.
d) Não ser classificado como “Penny Stock” (ver Manual de Definições e Procedimen-
tos dos Índices da B3).
Uma empresa participa da carteira somente com seu tipo mais líquido (aquele que
apresentar o maior índice de negociabilidade no período).
O IEE é um índice em que as ações têm igual participação em termos de valor na car-
teira (“equal value weighted”), na época de sua compilação e em seus ajustes periódicos.
Período de revisão do índice: quadrimestral.
DICA PRACTA
Critérios de ponderação
O peso de cada ação no Índice levará em consideração dois aspectos:
Participação no IBrX 100, no qual os ativos são ponderados pelo valor de mercado do
“free float” (ativos que se encontram em circulação) da espécie pertencente à carteira.
Razão entre as emissões de GEE informadas no Inventário de Emissões de GEE para o
ano-base, medidas em toneladas de CO2 equivalente (tCO2e), e a Receita Bruta repor-
tada nas demonstrações financeiras padronizadas apresentadas no Brasil relativas ao
39
mesmo ano-base – “Coeficiente Emissão/Receita” ou “Coeficiente”.
b) Ter presença em pregão de 30% (trinta por cento) no período de vigência das 3 (três)
carteiras anteriores, ou desde o início de sua listagem, se esta ocorreu dentro desse
intervalo.
c) Não ser classificado como “Penny Stock”.
Critérios de ponderação
No ITAG, os ativos são ponderados pelo valor de mercado do “free float” (ativos que se
encontram em circulação) da espécie pertencente à carteira.
Ressalta-se que a participação dos ativos de uma companhia no índice (considerando
todas as espécies e classes de ações ou units que tenham como lastro tais ações da companhia,
conforme o caso) não poderá ser superior a 20% (vinte por cento), quando de sua inclusão ou
nas reavaliações periódicas.
IGCT B3 – Índice de Governança Corporativa Trade
O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de
emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta
metodologia.
Critérios para Inclusão na Carteira
Um ativo que seja objeto de Oferta Pública realizada durante o período de vigência das
3 (três) carteiras anteriores ao rebalanceamento será elegível, mesmo sem estar listado todo
o período, desde que:
Critérios de ponderação
No IGCT, os ativos são ponderados pelo valor de mercado do “free float” (ativos que se
encontram em circulação) da espécie pertencente à carteira.
Ressalta-se que a participação dos ativos de uma companhia no índice (considerando
todas as espécies e classes de ações ou units que tenham como lastro tais ações da companhia,
conforme o caso não poderá ser superior a 20% (vinte por cento), quando de sua inclusão ou
nas reavaliações periódicas.
IGNM B3 – Índice de Governança Corporativa Novo Mercado
O objetivo do IGC-NM é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos
de emissão de empresas que apresentem bons níveis de governança corporativa, listadas no
Novo Mercado.
Critérios para Inclusão na Carteira
Serão selecionados para compor o IGC-NM os ativos que atendam cumulativamente aos
critérios abaixo.
Nas recomposições quadrimestrais
Critérios de ponderação
No IGC-NM, os ativos são ponderados pelo valor de mercado do “free float” (ativos que
se encontram em circulação) da espécie pertencente à carteira.
Ressalta-se que a participação de um ativo de uma companhia no índice não poderá ser
superior a 20% (vinte por cento), quando de sua inclusão ou nas reavaliações periódicas.
DICA PRACTA
Um investidor cujo objetivo é comprar ações de empresas com boa liquidez, mas tam-
bém preocupadas em evitar a emissão de gases de efeito estufa (GEE), deve ter como
referência qual índice da B3?
A. Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)
B. Índice de Governança Corporativa Novo Mercado (IGNM)
C. Índice de Carbono Eficiente (ICO2)
D. Índice de Governança Corporativa Trade (IGCT).
A premissa básica é que a adoção de boas práticas de governança corporativa pelas compa-
nhias confere maior credibilidade ao mercado acionário e, como consequência, aumenta a
confiança e a disposição dos investidores em adquirirem as suas ações, pagarem um preço
melhor por elas, reduzindo seu custo de captação.
Fonte: B3 www.b3.com.br
Companhia Nível 1
As Companhias Nível 1 se comprometem, principalmente, com melho-
rias na prestação de informações ao mercado e com a dispersão acioná-
ria. Veja as obrigações adicionais à legislação:
Companhia Nível 2
As Companhias Nível 2 se comprometem a cumprir as regras aplicáveis
ao Nível 1 e, adicionalmente, um conjunto mais amplo de práticas de
governança relativas aos direitos societários dos acionistas minoritá-
rios.
A companhia aberta listada no Nível 2 tem como principais obrigações, dentre outras:
Novo Mercado
A principal inovação do Novo Mercado, em relação à legislação, é a exi-
gência de que o capital social da companhia seja composto somente por
ações ordinárias. Porém, esta não é a única. A companhia aberta parti-
cipante do Novo Mercado tem como obrigações adicionais, além das
exigências citadas nos Níveis 1 e 2 outras mais, dentre as quais destacamos as principais.
O capital deve ser composto exclusivamente por ações ordinárias com direito a voto;
No caso de alienação do controle, todos os acionistas têm direito a vender suas ações
pelo mesmo preço (tag along de 100%) atribuído às ações detidas pelo controlador;
Instalação de área de Auditoria Interna, função de Compliance e Comitê de Auditoria
(estatutário ou não estatutário);
Em caso de saída da empresa do Novo Mercado, realização de oferta pública de aqui-
sição de ações (OPA) por valor justo, sendo que, no mínimo, 1/3 dos titulares das ações
em circulação devem aceitar a OPA ou concordar com a saída do segmento;
O conselho de administração deve contemplar, no mínimo, 2 ou 20% de conselheiros
independentes, o que for maior, com mandato unificado de, no máximo, dois anos;
44
A empresa se compromete a manter, no mínimo, 25% das ações em circulação (free
float), ou 15%, em caso de ADTV (average daily trading volume) superior a R$ 25 mi-
lhões;
Estruturação e divulgação de processo de avaliação do conselho de administração, de
seus comitês e da diretoria;
Elaboração e divulgação de políticas de (i) remuneração; (ii) indicação de membros do
conselho de administração, seus comitês de assessoramento e diretoria estatutária;
(iii) gerenciamento de riscos; (iv) transação com partes relacionadas; e (v) negociação
de valores mobiliários, com conteúdo mínimo (exceto para a política de remuneração);
Divulgação simultânea, em inglês e português, de fatos relevantes, informações sobre
proventos e press releases de resultados;
Divulgação mensal das negociações com valores mobiliários de emissão da empresa
pelos e acionistas controladores.
GOVERNANÇA Tradicional
NOVO MERCADO NÍVEL 2 NÍVEL 1
CORPORATIVA (Lei das S/As)
Permite a
Permite a exis-
existência Permite a existên-
tência de ações
Características das Permite a existência somente de ações cia de ações ON e
ON e PN (com
Ações Emitidas de ações ON ON e PN PN (conforme le-
direitos adicio-
(conforme gislação)
nais)
legislação)
Percentual Mínimo 25% ou 15%, caso o volume
25% Não há regra es-
de Ações em Circula- médio de negociação seja su-
pecífica
ção (free float) perior a R$ 25mm
Vedação a disposi-
Limitação de voto inferior a 5% do capital, quorum
ções estatutárias (a Não há regras específicas
qualificado e "cláusulas pétreas”
partir de 10/05/2011)
Mínimo de 5 Mínimo de
Mínimo de 3 membros (con- membros dos 3 membros
forme legislação) dos quais no quais no mínimo (conforme
Composição do Con- Mínimo de 3
mínimo 2 ou 20% (o que for 20% devem ser legislação)
selho de Administra- membros (con-
maior) devem ser independen- independentes com man-
ção forme legislação)
tes com mandato unificado de com mandato dato unifi-
até 2 anos unificado de até cado de
2 anos até 2 anos
Presidente do conselho e dire-
tor presidente ou principal Presidente do conselho e dire-
executivo pela mesma pessoa. tor presidente ou principal exe-
Vedação a acumula- Não há regra es-
Em caso de vacância que cul- cutivo pela mesma pessoa. 45
ção de cargos pecífica
mine em acumulação de car- (Carência de 3 anos a partir da
gos, são obrigatórias determi- adesão)
nadas divulgações
Demonstrações Fi- Traduzidas para
Conforme legislação Conforme legislação
nanceiras o Inglês
Realização em até 5 dias úteis
após a divulgação de resulta-
dos trimestrais, ou das de-
Reunião Pública
monstrações financeiras, de Obrigatória (presencial) Facultativa
Anual
apresentação pública sobre as
informações divulgadas. Pre-
sencial ou à distância
Concessão de Tag 100% para ações 80% para ações ON (conforme
100% para ações ON
Along ON e PN legislação)
Realização de
OPA, no mínimo,
Realização de OPA por preço
pelo valor eco-
justo, com quórum de aceita-
nômico em caso
Saída do segmento / ção ou concordância com a sa-
de cancela-
Oferta Pública de ída do segmento de mais de
mento de regis- Não aplicável
Aquisição de Ações 1/3 dos titulares das ações em
tro ou saída do
(OPA) circulação (ou percentual
segmento, ex-
maior previsto no Estatuto So-
ceto se houver
cial)
migração para
Novo Mercado
Adesão
À Câmara de Arbitra- Obrigatório Facultativa
gem
DICA PRACTA
Respostas:
1. Alternativa correta: D. No Nível 2, os preferencialistas também têm direito de
voto em algumas matérias, como a fusão citada no enunciado.
2. Alternativa correta: B. As empresas listadas no Novo Mercado têm adesão obri-
gatória à CAM, não cabendo recurso perante nenhum outro órgão.
3. Alternativa correta: B.
4. Alternativa correta: B.
Valor Nominal
O valor nominal de uma ação é o valor convencionado para cada ação no momento de
sua emissão. É importante lembrar que o valor nominal é uma medida puramente contábil e,
portanto, nada tem a ver com o valor de mercado de uma ação, ou seja, o preço que os in-
vestidores pagam para comprá-la na bolsa de valores.
Valor Patrimonial por Ação (VPA)
O valor patrimonial exprime o valor da participação do titular da ação no patrimônio
líquido da companhia. É calculado dividindo-se o patrimônio líquido pela quantidade total de
ações da empresa.
Valor de Mercado
De maneira genérica, indica o valor que um investidor receberia por um determinado
ativo caso ele fosse vendido no mercado naquele mesmo dia. Bastante usado como referên-
cia ao mercado de ações, esse indicador expressa o valor de mercado do total das ações de
uma empresa e é calculado como:
47
Val.Merc = Cotação * Quantidade total de Ações
Valor de Liquidação
Termo usado para denotar o valor de uma empresa, assumindo que todos os seus ati-
vos sejam avaliados com uma ótica de liquidação, sendo que, dos recursos obtidos com esta
venda, deve-se descontar o valor das obrigações da empresa com seus credores e acionistas.
Indicadores de Mercado
Aqui o que se deseja não é calcular um valor absoluto de uma companhia, mas sim
comparar os índices da empresa em relação aos de outras, a fim de perceber se ela está cara
ou barata, em termos relativos, naquele mercado.
Lucro Líquido
LPA =
Núm. total de ações
Empresa XPTO 2014: LPA= R$ 3,33
Empresa XPTO 2015: LPA= R$ 3,31
Em 2014, os acionistas tiveram R$ 3,33 de lucro por lote de ações e R$ 3,31 em 2015,
com uma leve piora de 0,60%. O importante é que este dado serve para calcularmos o preço
justo de uma ação considerando que o LPA=PMT do fluxo de caixa.
48 Cotação da ação
Índice P/L =
LPA
COMPANHIA A COMPANHIA B
cotação
P/L = Preço de mercado 20 24
lucro por ação da ação
Lucro por ação esti- 2 4
mado
P/L 10 6
P/L
A principal limitação do índice P/L está Quanto MENOR
no pressuposto de estabilidade e per- A taxa de retorno do investi- MELHOR
petuidade do lucro por ação estimado mento é o inverso do índice P/L. Indicação de
No exemplo: COMPRA
(1/6) * 100= 16,67% a.a.
Financiamento de longo
70% 10,50% a.a. (*)
prazo
(*) No custo de 10,50% a.a. já foi considerada o benefício fiscal gerado pelo endividamento, lembrando que os
juros pagos são dedutíveis da base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica.
DICA PRACTA
A prova pode incluir uma questão testando sua compreensão sobre o conceito de ala-
vancagem. Veja a seguir.
Alternativa correta: C. A empresa está alavancada 3 vezes, ou seja, por cada unidade
de capital próprio, tomou 3 unidades de dívida.
O investidor opera mais embasado e fica menos sujeito a tomar decisões precipitadas,
influenciado pela volatilidade do mercado;
É capaz de detectar setores mais e menos beneficiados pelo ambiente econômico;
Aponta empresas que tenham diferenciais competitivos relevantes;
O estudo possibilita que o investidor consiga antecipar tendências;
Faz o investidor acompanhar de perto o movimento das empresas;
Visão de longo prazo é garantia de ganhos no futuro.
Em certas ocasiões, como a crise de 2008, os preços das ações acabam oscilando
muito, assustando o investidor que pauta seus investimentos para o longo prazo;
A ilusão de descobrir pechinchas e acabar comprando ações de empresas ruins;
É necessário muito tempo e dedicação para conseguir distinguir boas opções de gran-
des ilusões;
A análise fundamentalista não serve para curto prazo. O fato de uma empresa ser boa
não significa que ela vai subir no curto prazo, e o fato dela estar passando por um
momento difícil não quer dizer que a empresa, ou mesmo o setor, não possuem po-
tencial de grande valorização.
© PRACTA – Treinamento e Educação Financeira
CEA – MÓDULO 3.2 – Instrumentos de RENDA VARIÁVEL
Análise técnica
Os primeiros trabalhos de análise técnica datam do início do século XX, quando os jor-
nalistas Charles Dow e Edward D. Jones publicavam um informativo financeiro que mais tarde
viria a ser o The Wall Street Journal. Ao longo dos anos, Dow apresentou suas teorias sobre o
comportamento do mercado em artigos no jornal. O conjunto desses textos seria posterior-
mente reunido, gerando o que pode ser considerado o início da análise técnica: a Teoria de
Dow, que sugere ser possível, através dos gráficos, identificar o momento de abrir e fechar
uma posição: O que aconteceu ontem pode determinar o que acontecerá hoje, e a configura-
ção gráfica dos preços tende a se relacionar com a direção que eles tomarão no futuro.
Por se tratar de uma leitura de fluxo, o investidor pode se aproveitar melhor da vola-
tilidade do mercado;
Saber o que aconteceu com o ativo e o que está acontecendo, auxiliando a traçar es-
tratégias;
A análise técnica orienta e é necessária para que o investidor possa saber onde, como
e quando aplicar;
A análise técnica possibilita posicionar o stop loss, detectar o momento de efetuar um
hedge e trabalhar em prazos mais curtos;
Indica tendências e números importantes no curto prazo.
Tendência de
baixa
53
SUPORTE
RESISTÊNCIA
Tendência
de alta
54
Note que as cotações do ativo vinham apresentando preços cada vez maiores, numa
clara tendência de alta, representada pelas setas verdes. No momento em que os vendedores
ganharam força em relação aos compradores (setas azuis), a tendência foi interrompida e o
ativo começou a “andar de lado”, e toda vez que chegava próximo à região de resistência,
voltava a cair.
RADAR PRACTA
“Os dois métodos têm méritos e é preciso aproveitar cada um para a finalidade cor-
reta. A Análise Fundamentalista lhe ajuda a definir a ação de qual empresa comprar
ou vender. A Análise Gráfica pode ser um aliado poderoso para comprar e vender em
momentos bons. O gráfico pode mostrar em que fase do ciclo estamos, com eles se
pode vender um pouco quando é indicado e recomprar numa hora mais oportuna, o
que aumenta os ganhos.”
Fonte: Valor Econômico - 19/06/2008.
DICA PRACTA
Alternativa correta: B. Esclarecemos que a questão visa apenas testar seu conheci-
mento do conceito para a prova, lembrando que o investidor não deve basear sua de-
cisão de compra apenas na análise do índice P/L.
RADAR PRACTA
As duas escolas utilizam dados passados para prever o comportamento da ação no futuro.
A Escola Fundamentalista mostra POR QUE os preços se comportaram dessa forma.
A Escola Técnica mostra COMO os dados se comportaram, sem analisar os motivos.
Atualmente, os analistas de mercado têm utilizado a Análise Fundamentalista para escolher
QUAIS ações devem comprar, e a Análise Grafista indica QUANDO comprar e/ou vender.
56
Banco americano entra em con- As ações que dão lastro ao ADR fi-
tato com corretora no Brasil, com- cam depositadas num banco
pra as ações da Petrobras e emite custodiante no Brasil.
o ADR com lastro nessas ações.
O investidor pode converter o ADR em ações da Petrobras e negociá-las no Brasil se assim o desejar.
RADAR PRACTA
RADAR PRACTA
DICA PRACTA
A abordagem desse assunto na prova tem sido bem conceitual. Veja um exemplo.
Os benchmarks DJSI são compostos por três divisões geográficas: DJSI World (incluindo
DJSI Mercados emergentes), regiões do DJSI e países do DJSI. Os índices dentro dessas divisões
geográficas usam diferentes universos iniciais e diferentes percentis para marcar o ponto de
“corte” na seleção das empresas sustentáveis.
A família de benchmarks Dow Jones Sustainability Indices consiste nos seguintes índices:
Fonte: www.spglobal.com
Fonte: www.ftserussell.com
S&P ESG INDICES: os índices S&P ESG são índices de base ampla e ponderados por capi-
talização de mercado, concebidos para medir o desempenho de títulos que atendam aos cri-
térios de sustentabilidade, mantendo, ao mesmo tempo, ponderações nos grupos industriais
semelhantes aos dos seus benchmarks subjacentes.
Exemplo: o S&P 500 ESG Index é um índice amplo e ponderado por capitalização de mer-
cado, que procura medir o desempenho de títulos que cumprem com critérios de sustentabi-
lidade, mantendo ponderações de grupos industriais similares às do S&P500. Já o Índice
S&P/B3 Brasil ESG é um índice amplo que procura medir a performance de títulos, que cum-
prem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. O índice
exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempe-
nho em comparação com o Pacto Global da ONU (UNGC em inglês) e empresas sem pontuação
ESG da S&P DJI.
Fonte: www.spglobal.com
Características 61
DICA PRACTA
62