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PUC CORAÇÃO EUCARÍSTICO - 6º PERÍODO - MANHÃ - PROF.

PAULO SIFUENTES

Aluno(a): Mariana Menezes Guerra

Matrícula: 733489

1) A liberdade sindical permeia o campo precisamente da LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO, o princípio


se constitui de modo a ter sua validade e constitucionalidade em poder em definir sua criação,
organização e defesa de interesses dos quais irão reger aquela sociedade sindical, porém, o princípio
passa por limitações previstas na Constituição Federal, de tal modo, que não a torna uma liberdade
desenfreada e absoluta.

A Constituição Federal, determina no art.5, ‘’ XVII – é plena a liberdade de associação para fins
lícitos, vedada a de caráter paramilitar; Ou seja, as pessoas possuem constitucionalmente o direito
fundamental de formar e se associar, enquanto matéria de natureza civil, com o objetivo de
defender interesses em comum, tornando-se uma base sólida e muito clara de um direito também
democrático, já que esses indivíduos possuem o interesse genuíno de pertencimento/ associação do
sindicato e até mesmo o direito de ser acoplado por uma categoria sindical sem que o próprio
individuo ter a obrigação de ser um associado, o qual também, tem a segurança de não ter redução
ou diferenciação de seus direitos em razão daqueles que são associados ao sindicado, afim de se
respeitar o princípio da isonomia e não proporcionar desvantagem como uma opressão de exercer o
seu direito.

Em termos de organização sindical, o termo de liberdade sindical é instituída no art.8 da


Constituição Federal, :

º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro
no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização
sindical

Ou seja, enquanto termos de criação e sua organização, existe a segurança jurídica do Estado não
poder exercer sua interferência, como ministrada em aula pelo professor, Paulo Roberto Sifuentes a
título de observação de que, essa segurança jurídica se deu através da instauração da Carta de 1988,
pois anteriormente, com a influência do Governo Vargas, instituía-se na essência das associações a
influência, limitação, opressão ao regime governamental da época, podendo até mesmo sofrer a sua
anulabilidade caso fosse referência de perigo aos interesses do governo.

A Liberdade Sindical está prevista na Declaração Universal do Direitos Humanos, Pacto Internacional
de Direitos Sociais e Políticos, bem como a Convenção Americana de Direitos Humanos.

Como elencado anteriormente, a Liberdade Sindical não possui uma liberdade absoluta e soberana,
pois existem exceções dentro do próprio texto constitucional, como é o caso dos Militares, que não
podem exercer a sindicalização como está previsto no art.142 da Carta Magna, ‘’ Art. 142 (...) § 3º Os
membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se lhes, além das que vierem a
ser fixadas em lei, as seguintes disposições: IV – ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;
Contendo outro fator limitador temos o Princípio da Unicidade Sindical do qual não se pode criar,
em relação a uma categoria, mais de uma entidade sindical na mesma base territorial. Sendo assim,
é um princípio limitador do princípio da liberdade sindical

Por possuir sentido amplo como citado no início de modo mais suscinto, o princípio possui
dimensões positivas e negativas. As positivas são justamente a liberdade para criação do sindicato e
a liberdade do indivíduo se filiar ao respectivo sindicato.

Em contrapartida, as negativas a possui direito de se desfiliar do sindicato, bem como de nunca ser
um filiado, prevista também na Constituição Federal, ‘’ Art. 8º É livre a associação profissional ou
sindical, observado o seguinte: V – ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a
sindicato’’. Essas dimensões não podem ser violadas nem mesmo por norma coletiva, pois estaria
retirando a legitimidade democrática e constitucional da essência do conceito de liberdade
apresentado. Recentemente, a greve dos professores de universidades exemplifica materialmente
essa questão, onde existe a criação de um sindicato formalizado pela categoria de professores, do
qual parte a maioria sindicalizados reivindicando direitos para a sua categoria, porém dentro dessa
mesma categoria existem os professores não sindicalizados que possuem as mesmas obrigações e
direitos da classe, porém, podem estar acobertados por uma relação de trabalho contratual do qual
ele pode exercer a inserção de aderir à greve ou não.

2)A questão da garantia de emprego do dirigente trata-se de destrinchar Ipsis litteris o art. 543, com
algumas ressalvas de alterações e implementações na norma ao longo do tempo. Art.543 - § 3º - Fica
vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua
candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional,
até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se
cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação.

Essa garantia se deu através da proteção justa a esses trabalhadores de exercer até mesmo papel
social fundamental, como prevê nas dimensões dos objetivos fundamentais da República Federativa
do Brasil, em construir uma sociedade livre, justa e solidaria para contribuição do desenvolvimento
social de seu campo ou até mesmo em esfera nacional.

Em 2012, o Superior Tribunal do Trabalho apresentou alterações da Súmula 369 e regulamentou


que, mesmo se não houver a comunicação da entidade sindical à empresa empregadora do dirigente
sindical dentro do prazo contido na CLT, existe a estabilidade do empregado, reiterando a redação
para: “É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, mesmo que a
comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo
previsto no art. 543, § 5º, da CLT, contanto que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra
na vigência do contrato de trabalho.“

Devendo assim, portanto, a visualização em termos de atentar para essa comunicação estar válida
desde que ocorrendo dentro do contrato de trabalho.

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