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Direito Constitucional

PRINCÍPIOS, DIREITOS E GARANTIAS


FUNDAMENTAIS
Matéria de Hoje

• Eficácia das Normas Constitucionais;


• Preâmbulo da Constituição;
• Princípios Fundamentais;
• Introdução aos Direitos e Garantias
Fundamentais.
NEOCONSTITUCIONALISMO
• O termo neoconstitucionalismo é hoje utilizado para
dar nome a uma postura constitucionalista forte, na
qual a Constituição não se basta como parâmetro
orientador da política, mas se faz efetiva, com a
fiscalização de uma Jurisdição Constitucional
atuante e expansiva.

• As aprofundadas teses sobre a especificidade da


hermenêutica constitucional, a ampliação dos
catálogos de direitos fundamentais, com
reconhecimento inclusive de inúmeros direitos
implícitos, e a impregnação da Constituição nos
diversos ramos do Direito são sintomas dessa nova
perspectiva.
NEOCONSTITUCIONALISMO

• Essa versão de constitucionalismo busca


estabelecer uma nova relação entre direito e
moral. A Constituição tomada como norma abarca
um plexo imenso de valores, sendo referências
para a solução de problemas em várias áreas. Há
nessa perspectiva um potencial ainda maior de
choque com a forma democrática de solução de
conflitos, pois tem esse discurso tendido à redução
dos espaços de decisão democrática, transferindo
ao intérprete/aplicador da Constituição a tarefa
decisória.
Espécies de Constituições

A Constituição Federal do Brasil é:

I – Conteúdo: Formal ou Material?


II – Forma: Escrita ou Não escrita?
III – Elaboração: Histórica ou Dogmática?
IV – Origem: Outorgada ou Promulgada?
V – Estabilidade: Rígida, Semi-rígida, Flexível ou
Imutável?
VI – Extensão: Analítica ou Sintética?
A brasileira é?

A Constituição Federal do Brasil é:

I – Conteúdo: Formal ou Material?


II – Forma: Escrita ou Não escrita?
III – Elaboração: Histórica ou Dogmática?
IV – Origem: Outorgada ou Promulgada?
V – Estabilidade: Rígida, Semi-rígida, Flexível ou
Imutável?
VI – Extensão: Analítica ou Sintética?
Poder Constituinte
Poder Constituinte Originário
É o que dá origem a uma nova Carta, seja ela a
primeira ou alguma posterior.

É inicial, pois sua obra, a Constituição, é a base


da ordem jurídica; é ilimitado e autônomo, pois
não será de modo algum limitado pelo direito
anterior; ele é incondicionado, pois não está
sujeito a qualquer forma prefixada para
manifestar sua vontade; ele é ainda
permanente, pois não desaparece com a
realização de sua obra.
Poder Constituinte
Poder Constituinte Derivado
Está inserido na própria Constituição, pois decorre de uma regra
jurídica de autenticidade constitucional, portanto, conhece
limitações constitucionais expressas e implícitas e é passível
de controle de constitucionalidade.

É derivado, porque retira sua força do Poder Constituinte


Originário; é subordinado porque se encontra limitado pelas
normas expressas e implícitas do texto constitucional, às quais
não poderá contrariar, sob pena de inconstitucionalidade; e por
fim, condicionado, porque seu exercício deve seguir as regras
previamente estabelecidas no texto da CF.
O Poder Constituinte Derivado subdivide-se em
reformador e decorrente:
•REFORMADOR: consiste na possibilidade de
reforma do texto constitucional, respeitando-se o rito
previsto na própria Carta, e será exercitado por
determinados órgãos por caráter representativo. No
Brasil, por exemplo, pelo Congresso Nacional.
Evidentemente apenas poderá estar presente em
constituições rígidas.

•DECORRENTE: consiste na liberdade político-


administrativa que as unidades federativas têm de
promulgarem suas próprias constituições estaduais,
respeitando os limites e normas estabelecidos na
Carta Federal.
Algumas regras para auxiliar na interpretação
dos dispositivos constitucionais:
a) a contradição dos princípios deve ser superada, ou
por meio da redução proporcional do âmbito de
alcance de cada um deles, ou, em alguns casos,
mediante a preferência ou a prioridade de certos
princípios;
b) deve ser fixada a premissa de que todas as normas
constitucionais desempenham uma função útil no
ordenamento, sendo vedada a interpretação que lhe
suprima ou diminua a finalidade;
c) os preceitos constitucionais deverão ser
interpretados tanto explicitamente quanto
implicitamente, a fim de colher-se seu verdadeiro
significado.
APLICABILIDADE DAS
NORMAS CONSTITUCIONAIS
Aplicabilidade das Normas Constitucionais
As normas constitucionais podem ser de eficácia
PLENA, CONTIDA e LIMITADA.

- EFICÁCIA CONTIDA: são aquelas em que o


legislador constituinte regulou suficientemente
os interesses relativos a determinada matéria,
mas deixou margem à atuação restritiva por
parte da competência discricionária do poder
público, nos termos que a lei estabelecer ou nos
termos de conceitos gerais nelas enunciados.
Por exemplo, CF/88 art 5, XIII. (O legislador dá o
direito, que será limitado por lei posterior)
XIII - é livre o exercício de qualquer
trabalho, ofício ou profissão,
atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer;
- EFICÁCIA LIMITADA: são aquelas que
apresentam aplicabilidade indireta, mediata e
reduzida, porque somente incidem totalmente
sobre esses interesses, após uma normatividade
ulterior que lhes desenvolva a aplicabilidade. Por
exemplo: CF/88, art. 37, VII e art. 7, XI. (Lei
Específica)

Art. 37, VII - o direito de greve será exercido


nos termos e nos limites definidos em lei
específica;
- EFICÁCIA PLENA: são aquelas que desde sua
entrada em vigor na Constituição, produzem, ou têm
possibilidade de produzir, todos os efeitos
essenciais, relativamente aos interesses,
comportamentos e situações que o legislador
constituinte direta e normativamente, quis regular.

Art. 5º, XX, CF - ninguém poderá ser


compelido a associar-se ou a permanecer
associado;
CUIDADO!!!! HÁ AINDA AS NORMAS
CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA ABSOLUTA.
VOCÊS ARRISCARIAM UM PALPITE?

DICA: NÃO PODEM JAMAIS SER SUPRIMIDAS


CUIDADO!!!! HÁ AINDA AS NORMAS
CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA ABSOLUTA.
VOCÊS ARRISCARIAM UM PALPITE?

DICA: NÃO PODEM JAMAIS SER MODIFICADAS.

RESPOSTA: AS CLÁUSULAS PÉTREAS, ART. 60,


§ 4º DA CF.
Normas Programáticas
Segundo Jorge Miranda
As normas programáticas traçam alguns
preceitos a serem seguidos pelo Poder Público.
Não regulam diretamente interesses ou direitos
nela consagrados. Tem mais natureza de
expectativas que de verdadeiros direitos
subjetivos. Como por exemplo:
Art. 23 CF/88 – “É de competência comum
da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios preservar as florestas, a
fauna e a flora.”
Dentre outros, art. 170, 205, 211, 215, 218.
E, em 05 de outubro de 1988, eis que a 8ª
Constituição Federal da República Federativa
do Brasil nasce!!!!
PREÂMBULO
Preâmbulo Constitucional

É o documento de intenções do diploma, e consiste


em uma certidão de origem e legitimidade do novo
texto e uma proclamação de princípios,
demonstrando a ruptura com o ordenamento
constitucional anterior e o surgimento jurídico de
um novo Estado. É de tradição em nosso Direito
Constitucional e nele devem constar os
antecedentes e enquadramento histórico da
Constituição, bem como suas justificativas e seus
grandes objetos e finalidades.
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em
Assembléia Nacional Constituinte para instituir um
Estado Democrático, destinado a assegurar o
exercício dos direitos sociais e individuais, a
liberdade, a segurança, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como
valores supremos de uma sociedade fraterna,
pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia
social e comprometida, na ordem interna e
internacional, com a solução pacífica das
controvérsias, promulgamos, sob a proteção de
Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL.
Preâmbulo Constitucional

Apesar de não fazer parte do texto


constitucional propriamente dito e,
consequentemente, não conter normas
constitucionais de valor jurídico autônomo, o
preâmbulo não é juridicamente irrelevante,
uma vez que deve ser observado como
elemento de interpretação e integração
dos diversos artigos que lhe seguem!
PRINCÍPIOS
FUNDAMENTAIS
Art. 1 – A República Federativa do Brasil, formada pela união
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:

I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo poder emana do povo, que o exerce por


meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos
desta Constituição.
Art. 1 – A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos:

I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo poder emana do povo, que o exerce


por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos
termos desta Constituição.
República Federativa do Brasil

República presidencialista ou presidencialismo: Nesta forma


de governo o presidente, escolhido pelo voto para um mandato
regular, acumula as funções de Chefe de Estado e Chefe de
Governo. Nesse sistema, para levar a cabo seu plano de
governo, o presidente deve barganhar com o Legislativo caso não
possua maioria;

República parlamentarista ou parlamentarismo: Neste caso o


presidente apenas responde à chefia de Estado, estando a chefia
de governo atribuída a um representante escolhido de forma
indireta pelo Legislativo, normalmente chamado "premiê",
"primeiro-ministro" ou ainda "chanceler" (na Alemanha).
República Federativa do Brasil
PRESIDENCIALISMO: o presidente é o chefe de governo e de estado, ou seja
ele manda e representa o pais. Em democracias como a nossa é eleito
diretamente, mas submete suas decisões ao congresso. Ele tem poder de
veto, mas o congresso tem o poder de derrubá-lo (o veto). Em "democracias"
como a americana, o presidente é eleito INDIRETAMENTE por delegados
eleitos em cada estado. E o presidente pode ser nomeado comandante-em-
chefe, quando em situações de ameaça nacional e fazer o que der na telha
doentia.

NO PARLAMENTO: o presidente é chefe de estado, ou seja, representa o pais


em reuniões coquetéis e festinhas, onde não precisa decidir nada. A chefia de
governo é realizada pelo primeiro ministro. Ele é eleito pelo parlamento e
submete as suas decisões ao mesmo parlamento, e vai governando o país.

NA MONARQUIA, o rei manda e acabou.... existe a monarquia parlamentarista


(Inglaterra) onde o rei representa o chefe de estado e o primeiro ministro é
quem manda de verdade.
O Estado Democrático de Direito
- O Estado Democrático de Direito, exposto no caput
do artigo, significa a exigência de o Brasil reger-se por
normas democráticas, com eleições livres, periódicas
e pelo povo, bem como o respeito das autoridades
públicas aos direitos e garantias fundamentais.

- O constituinte adotou ainda o princípio democrático


ao afirmar no parágrafo único do artigo que todo
poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos
desta Constituição. Assim, o princípio democrático
exprime fundamentalmente a exigência da integral
participação de todos e de cada uma das pessoas na
vida política do país.
Art. 1 – A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos:

I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo poder emana do povo, que o exerce


por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos
termos desta Constituição.
I – a SOBERANIA consiste em um poder
político supremo e independente, entendendo-se
por poder supremo aquele que não está limitado
por nenhum outro na ordem interna e por poder
independente aquele que, na sociedade
internacional, não tem que acatar regras que não
sejam voluntariamente aceitas e está em pé de
igualdade com os poderes supremos dos outros
povos.
II – a CIDADANIA está além daquele que é
titular de direitos políticos, é o cidadão integrado
na sociedade, estando o funcionamento do
Estado submetido à vontade popular.

III – a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA


é um referencial constitucional unificador de
todos os direitos fundamentais.
IV – VALORES SOCIAIS DO
os
TRABALHO E DA LIVRE INICIATIVA
constituem-se essências de valores de um
Estado Democrático de Direito, exercidos pelos
trabalhadores, inclusive os autônomos, e os
empregados, pois sustentáculos da subsistência
do cidadão e, por conseguinte, propulsor de uma
sociedade economicamente equilibrada.
V – o PLURALISMO POLÍTICO associa-
se a uma sociedade pluralista que respeita a
pessoa humana e sua liberdade, assegurando a
democracia preconizada desde o Mundo
Helênico. Demonstra a preocupação do
legislador constituinte em afirmar-se a ampla e
livre participação popular nos destinos políticos
do país, ao garantir a liberdade filosófica e
política e possibilitar a organização e participação
em partidos políticos.
Art. 1 – A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos:

I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo poder emana do povo, que o exerce


por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos
termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e
o Judiciário.
Art. 2º São Poderes da União, independentes
e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário.
Art. 3 – Constituem objetivos fundamentais da
República Federativa do Brasil:

I – Constituir uma sociedade livre, justa e


solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e
reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
Art. 3 – Constituem objetivos fundamentais da
República Federativa do Brasil:

I – Constituir uma sociedade livre, justa e


solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e
reduzir as desigualdades sociais e
regionais;
IV – promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
O inciso III do artigo anterior traz uma
particularidade. A EC 31/00 criou o Fundo de
Combate e Erradicação da Pobreza. Para que
este fundo fosse criado e sustentado,
promulgou-se a EC 42/03, que autorizou a
possibilidade de adicional de até 2 pontos
percentuais na alíquota do ICMS, sobre os
produtos supérfluos e nas condições definidas
em lei complementar. O Fundo deverá vigorar
apenas até 2010 e tem por objetivo cumprir o
disposto no inciso III do artigo 3 da Carta
Magna.
Art. 3 – Constituem objetivos fundamentais da
República Federativa do Brasil:

I – Constituir uma sociedade livre, justa e


solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e
reduzir as desigualdades sociais e
regionais;
IV – promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
Art. 4 – A República Federativa do Brasil rege-se nas suas
relações internacionais pelos seguintes princípios:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos;
IV – não-intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político.
Parágrafo único – A República Federativa do Brasil buscará a
integração econômica, política, social e cultural dos povos da América
Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de
nações.
* O asilo político consiste no acolhimento de
estrangeiro por parte de um Estado que não o seu,
em virtude de perseguição por ele sofrida e
praticada por seu próprio país ou por terceiro. As
causas motivadoras dessa perseguição, ensejadora
da concessão do asilo, em regra são: dissidência
política, livre manifestação de pensamento ou,
ainda, crimes relacionados com a segurança do
Estado, que não configurem delitos no direito penal
comum. Vale lembrar que o Estado não está
obrigado a asilar ninguém. Para que o asilo seja
concedido e mantido, é necessária a observação
das prerrogativas legais. Vide artigo 5, LII da CF/88.
Art. 5º, LII - não será concedida
extradição de estrangeiro por crime
político ou de opinião;
DIREITOS E GARANTIAS
FUNDAMENTAIS
O poder delegado aos representantes do povo
não é absoluto, tendo várias limitações, inclusive
com a previsão constitucional de direitos e
garantias individuais e coletivas do cidadão
relativamente aos demais cidadãos e ao próprio
Estado. Assim, os direitos fundamentais
cumprem função de direitos de defesa dos
cidadãos, sob um dupla perspectiva, a jurídico-
objetivo e a jurídico-subjetivo.
Jurídico-Objetivo

São normas de competência negativa,

direcionada aos poderes públicos, proibindo

fundamentalmente a interferência destes na

esfera jurídica individual.


Jurídico-Subjetivo
Implica o poder de exercer positivamente direitos

fundamentais (liberdade positiva) e de exigir

omissões dos poderes públicos, de forma a evitar

agressões lesivas por parte dos mesmos

(liberdade negativa).
Os Direitos Fundamentais
subdividem-se em:
a) Direitos e Garantias Individuais e Coletivos
(art. 5);
b) Direitos Sociais (arts. 6 a 11);
c) Direitos de Nacionalidade (arts. 12 e 13);
d) Direitos Políticos (arts. 14 a 16);
e) Direitos Relacionados à Existência,
Organização e Participação em Partidos
Políticos (art. 17).
DIREITOS / GARANTIAS
Podemos definir em poucas linhas a principal
diferença entre direito e garantia.

Vejamos:

- Os direito são bens e vantagens conferidos pela


norma.

- As garantias são meios destinados a fazer valer esses


direitos, são instrumentos pelo qual asseguram o
exercício e o gozo daqueles bens e vantagens.
DIREITOS / GARANTIAS
A diferença entre direitos e garantias, a grosso modo, é que estas são
meios para assegurar aqueles. Isto posto, não vejo um critério estanque
que diga o que é garantia ou o que é direito dentro do texto
constitucional. Apenas a leitura e interpretação dos dispositivos
constitucionais é que determinará o que é o que.

Tomemos como exemplo o Título II da CF que trata dos "Direitos e


Garantias Fundamentais", mais precisamente o Art. 5º, que trata dos
direitos e deveres individuais e coletivos. Veja que nos incisos deste
artigo temos tanto as garantias como os direitos fundamentais
individuais, mas não esta escrito lá se isso é uma garantia, se aquilo é
um direito. Nesse caso a construção doutrinária é que pode nos auxiliar
na definição do que é o que.

Como exemplo, temos o DIREITO de locomoção livre em nosso país em


tempos de paz (art.5º, XV), para assegurá-lo temos a GARANTIA do
habeas corpus (art.5,LXVIII) caso encontremos obstáculos ilegais na
realização do nosso direito de locomoção.
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiro e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:

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