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Perícia trabalhista e
Beleze, Cleverson A.
B428p Perícia Trabalhista e Avaliação de Desempenho /
Cleverson A. Beleze – Londrina: UNOPAR, 2014.
144 p.
ISBN 978-85-87686-54-1
2014
Pearson Education do Brasil
Rua Nelson Francisco, 26
CEP: 02712‑100 — São Paulo — SP
Tel.: (11) 2178‑8686, Fax: (11) 2178‑8688
e‑mail: vendas@pearson.com
Unidade 4 — Auditoria.................................................71
Seção 1 Fundamentos da auditoria.................................................73
Seção 2 Áreas da auditoria..............................................................76
2.1 Auditoria interna....................................................................................76
2.2 Auditoria externa...................................................................................81
Seção 3 Aspectos gerais...................................................................84
Referências.................................................................123
Anexo..........................................................................127
Essa biblioteca, que funciona 24 horas por dia durante os sete dias da
semana, conta com mais de 2.500 títulos em português, das mais diversas
áreas do conhecimento, e pode ser acessada de qualquer computador
conectado à Internet.
Somados à experiência dos professores e coordenadores pedagógicos
da Unopar, esses recursos são uma parte do esforço da instituição para
realmente fazer diferença na vida e na carreira de seus estudantes e
também — por que não? — para contribuir com o futuro de nosso país.
Bom estudo!
Pró‑reitoria
Introdução ao estudo
Na economia mundial atual, as situações e as formas produtivas apresentam‑
-se muito diversificadas, como a legislação também vem se modificando muito
rapidamente e todas as pessoas passam agora a ter informações sobre tudo, as
perícias são uma forma de se fiscalizar as empresas para que os órgãos governa‑
mentais não tenham que assumir a custa de um trabalhador afastado. As perícias
têm basicamente três finalidades: a de identificar possíveis não conformidades
que geram insatisfação e dano ao colaborador; a de comprovar inaptidão do
trabalhador e garantir o recebimento de algum benefício; e a específica dos
órgãos estatais, que é chamada de administrativa.
Com o golpe militar de 1964, a classe trabalhadora foi obrigada a aceitar re‑
gras mais rígidas nas relações trabalhistas, inclusive com a criação do Decreto-Lei
no 4.330 (BRASIL, 1964), conhecido como lei antigreve, que colocou inúmeras
regras para a realização de greves, para que estas se tornassem impraticáveis.
Com o fim da ditadura militar, em 1985, os trabalhadores reconquistaram
seus direitos e em 1988 a Constituição Federal foi revisada, garantindo o direito
de greve e a livre associação aos sindicatos.
[...]
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial,
decorrentes da relação de trabalho;
(BRASIL, 2004).
A atividade do Perito passa a ter vital importância nas decisões judiciais
trabalhistas, visto que este profissional tem a responsabilidade de apresentar
o laudo pericial com informações técnicas, baseadas em seu conhecimento
dos fatos, seu conhecimento pessoal e as provas obtidas durante a realização
da perícia.
O conhecimento dos fatos que motivaram a reclamatória será fornecido ao
perito na petição inicial, que é a parte de ingresso da ação jurídica, e tem seus
requisitos definidos pelo art. 282 do CPC — Código de Processo Civil, que são:
I — o juiz ou tribunal, a que é dirigida;
II — os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domi‑
cílio e residência do autor e do réu;
III — o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV — o pedido, com as suas especificações;
V — o valor da causa;
VI — as provas com que o autor pretende demonstrar a
verdade dos fatos alegados;
VII — o requerimento para a citação do réu.
(BRASIL, 1973).
Oitiva de testemunhas
Surge pelo depoimento de testemunhas e tende a ser uma prova
insegura, pois cada testemunha irá narrar as informações de modo
a favorecer a parte para o qual está testemunhando.
Documental
É todo meio material capaz de comprovar a existência de um fato,
como documentos autenticados ou que possuem assinatura das
partes.
Prova pericial
É a realização da perícia propriamente dita, que será realizada por
profissional especializado com a finalidade de suprir a falta de co‑
nhecimento técnico do magistrado sobre determinado assunto.
Inspeção judicial
É a verificação de pessoas, ambientes ou coisas pelo próprio juiz,
acompanhado ou não de perito.
E para que o perito possa levantar as informações que julgar necessárias
para a realização do laudo, o mesmo encontra amparo no art. 429 do CPC:
Para o desempenho de sua função, podem o perito e os as‑
sistentes técnicos utilizar‑se de todos os meios necessários,
ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando do‑
cumentos que estejam em poder de parte ou em repartições
públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos,
fotografias e outras quaisquer peças (BRASIL, 1973).
Links
Sobre as atribuições do perito, acesse: <http://www.classecontabil.com.br/artigos/ver/403>
Seção 2 Metodologia
Links
Acesse estes links e fique por dentro de muitas outras especificidades:
<http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2055818.PDF>
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/noticias/auditoria-responsabilidade-etica.htm>
Links
Conheça mais sobre o Ciclo PDCA
<http://www.ubq.org.br/conteudos/detalhes.aspx?IdConteudo=399>
Links
Acesse os links a seguir e conheça mais sobre a Oshas 18001: <http://www.qualinter.com.br/
portal/index.php?option=com_content&task=view&id=107> <http://segurancanotrabalhors.
blogspot.com.br/2012/11/o-que-e-norma-ohsas-180012007-sistema.html>
SUPERVISÃO:
Autorizo V. Sa. a executar o serviço dentro dos padrões necessários e obedecendo as caracterís‑
ticas de segurança, tendo recebido treinamento e orientações adequadas e necessárias para a
realização da atividade com segurança e responsabilidade.
Autorizado em xx / xx / xxxx TECNICO DE SEGURANÇA
DO TRABALHO
EMPRESA:
NOME:
FUNÇÃO:
DEPARTAMENTO:
DATA DE ADMISSÃO:
CONTROLE DE ENTREGA DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
TERMO DE RESPONSABILIDADE: Declaro ter recebido orientações e instruções de como
utilizar os Equipamentos de Proteção Individual que me foram entregues. Declaro ser de minha
responsabilidade a guarda e conservação dos EPIs abaixo recebidos. Assumo também a res‑
ponsabilidade de devolvê‑lo integral ou parcial, quando solicitado ou por ocasião de eventual
rescisão de contrato, na data do respectivo aviso de qualquer das partes. Declaro também que,
na eventualidade de danificar ou extraviar o equipamento por ato doloso ou culposo, estarei
sujeito ao desconto do valor do mesmo em meu salário.
Observação: Declaro estar ciente que, conforme Artigo 158 C.L.T. parágrafo único, constitui
ato faltoso do empregado o não uso dos EPIs fornecidos pela empresa e tal ocorrência implica
nas penalidades do Artigo 482 da C.L.T.
QUANTIDADE: CA:
DATA: ASSINATURA DO FUNCIONÁRIO
O que podemos ter certeza é que uma empresa que adote um sistema rea‑
tivo, em conjunto com um sistema proativo, tem uma melhoria nas condições
de saúde e segurança e a redução de gastos pelas perdas materiais e pessoais.
Resumo
Fechando esta unidade vamos rever alguns conceitos passados para
você memorizá-los e fazer uso deles quando deparar com situações pecu‑
liares. As perícias são formas de controle para equiparar ou restabelecer
algum dano que possa ter sofrido o trabalhador ou a corporação; são uma
vertente dos modernos meios da economia mundial capitalista, e são
também utilizadas para forçar o empregador a atender às questões legais
que não foram observadas e estão causando prejuízo, tanto ao empregado
quanto à própria empresa.
Quando por ocasião das perdas com ações trabalhistas, a perícia pode
ser uma ferramenta útil que viabilizará e justificará um planejamento
de ações preventivas. Também servirá de parâmetro para as correções
necessárias dos possíveis desvios encontrados e, como última condição,
servirá para apontar a necessidade de ressarcimento de perdas sofridas
pelo trabalhador, devido a algum dano à sua integridade.
Concluindo, então, o perito que faz este levantamento deve ser, acima
de tudo, uma pessoa capacitada, dotado de conhecimento técnico para
que seu parecer possa, além de ajudar a corrigir possíveis desvios, auxi‑
liar o magistrado a entender e proferir uma sentença justa. A perícia, por
sua vez, é uma ferramenta de controle e fiscalização legalmente carac‑
terizada para responsabilizar o autor dos desvios e não conformidades
encontradas nos processos produtivos, visando a estabelecer um melhor
processo produtivo.
Atividades de aprendizagem
1. Em uma perícia de insalubridade por agente físico ruído, um dos
quesitos ao perito é sobre horas extras. Este quesito é pertinente à
ação?
2. Durante uma perícia trabalhista, o perito recebe a informação de uma
testemunha de que o local foi modificado. Como ele deve proceder?
3. Quem “criou” o Ciclo PDCA?
4. Descreva o que é Auditoria para a Avaliação de Desempenho.
5. Das Normas Regulamentadoras citadas no texto, descreva o tema
principal de cada uma.
Seção 1: Legislação
Faremos a introdução ao tema insalubridade, com
seus parâmetros legais e históricos.
Introdução ao estudo
Passaremos a entender a partir daqui quais os aspectos que motivaram
o estudo e a legislação que regularizou as condições de trabalho nos vários
segmentos, culminando em duas NR´s específicas — NR 15 (BRASIL, 2013h)
e 16 (BRASIL, 2013i) — além da alteração na CLT. Todos os aspectos foram
amplamente discutidos e legislados, para oferecer ao trabalhador condições
mais favoráveis de trabalho, além de legislar sobre condições específicas de
trabalho que foram discriminadas nas NR´s mencionadas.
As demais condições de trabalho não foram renegadas e não se exclui em
absoluto a possibilidade de serem insalubres ou perigosas; elas apenas não
apresentam características intrínsecas para se caracterizarem como tal, por isso
é importante que haja uma investigação sobre os aspectos e situações em que
ocorrem para que, em condições especiais, o trabalho dentro dessas profissões
seja avaliado e orientado, com a finalidade de proteger a integridade física dos
trabalhadores envolvidos.
Seção 4 Legislação
O conceito de insalubre no dicionário português (DICIONÁRIO, 2013) é
tudo aquilo que origina doença.
O termo insalubridade foi criado no Brasil em 1936 pela Lei no 185 (BRA‑
SIL, 1936), e baseava-se no princípio de ajuda na compra de alimentos para
o trabalhador, pois acreditava-se que pessoas bem alimentadas eram mais
resistentes às doenças (DICIONÁRIO, 2013).
Mesmo amparado pela legislação, o trabalhador via seus direitos sendo
usurpados, pois a grande oferta de mão de obra e o poder da classe empre‑
gadora só contribuíam para que os contratos de trabalho fossem a favor do
empregador, restando ao empregado aceitar para manter sua fonte de renda
ou recusar e perder seu sustento.
Para os profissionais que buscam a preservação da saúde do trabalhador, o
pagamento de insalubridade é uma forma de comprar a saúde do empregado,
em que a empresa não tem ou não quer ter controle dos seus riscos. Para o
funcionário, é uma forma de receber a mais, concordando com as doenças que
poderá desenvolver ao longo do tempo.
O quadro de atividades ao qual ao art. 190 faz referência está descrito nos
anexos da NR-15 (BRASIL, 2013h), estabelecendo os critérios de caracterização,
os meios de proteção, os limites de tolerância e o tempo de exposição permitido.
Um problema comum é acreditar que, se um produto ou composto químico
não está presente nos anexos da NR-15, então o empregador não precisa ter
ação alguma. Mas neste caso o empregado pode adquirir uma doença do tra‑
balho e o empregador, arcar com a custa de um processo.
Ainda dentro dessas condições de periculosidade e insalubridade, outro
fator que deve ser considerado e avaliado é a questão do tempo: Intermitente,
Habitual ou Eventual. Apresentamos, então, as características para o estabele‑
cimento desta condição:
Eventual
Seguindo as orientações contidas na Portaria nº 3.311 de
29/11/89, se o trabalhador, ficar exposto durante 5 minutos,
a um determinado risco operacional sem proteção e esta
exposição se repetir por 6 vezes durante a jornada de traba‑
lho, então o seu tempo de exposição é de 30 minutos/dia,
traduzindo a EVENTUALIDADE do fenômeno. (Parágrafo 1º,
Art 2º, Decreto nº 93.412/86) (BRASIL, 1989).
Intermitente
Se, entretanto, ele se expor ao mesmo risco operacional du‑
rante 20 minutos e o ciclo se repete por 15 a 20 vezes, passa a
exposição total a constar com 300 a 400 min/dia de trabalho,
o que caracteriza uma situação de INTERMITÊNCIA. ( Inciso
II, Art. 2º, Decreto 93.412/86). (BRASIL, 1989).
Habitual
Se, ainda a exposição se processa durante quase todo ou todo
o dia de trabalho, sem interrupção, diz-se que a exposição
5.1 Ruído
Para a Agencia Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, ruído é um
som indesejado, cuja intensidade é medida em decibéis (dB).
A NR‑15 (BRASIL, 2013h) em seu anexo I define o nível de ruído e o tempo
de exposição permitido, como vemos na Tabela 2.1.
A Tabela 2.1 tem seus valores baseados na NR‑15 e podemos verificar que
o fator de dobra é 5 dB, ou seja, para cada aumento de 5 dB no ambiente, o
tempo de exposição deve ser reduzido à metade.
Para a Fundacentro (Fundação Jorge Duprat e Figueiredo), o fator de dobra
para o ruído é de 3 dB, deixando a Tabela 2.2 com outra característica.
Links
Acesse os links a seguir, e descubra mais sobre os riscos físicos do ruído:
<http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_fisicos.html>
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas../140perda_auditiva.html>
Mas, para nosso livro, levaremos em conta o que exige o Ministério do Tra‑
balho. Desta forma temos o agente ruído, sua intensidade e o tempo máximo
de exposição diária. Precisamos então eliminar ou neutralizar o ruído para que
a insalubridade seja descaracterizada.
Para que se consiga uma maior exatidão dos dados quanto ao ruído no
ambiente de trabalho; é usado o decibelímetro, nas condições previamente
estabelecidas pela Fundacentro, que se apresentam da seguinte forma: aparelho
previamente calibrado, operando em circuito de compensação “A”, e circuito
de resposta lenta “slow”, com leitura próxima ao ouvido do empregado, con‑
siderando períodos de exposição a ruídos contínuos, de diferentes níveis.
As formas de conseguirmos o controle do ruído estão divididas em três
partes:
Na fonte, lubrificando peças, trocando partes metálicas por plásticas,
instalando amortecedores ou trocando o equipamento, se for o caso.
No meio, isolando a fonte, evitando a propagação do som, ou iso‑
lando o receptor com barreiras acústicas ou absorvedoras.
Optando o empregador pelo uso de EPIs, ele deve observar todas as regras
que o equipamento exige, para que não tenha problemas futuros.
Essas regras serão mais bem detalhadas no item 4.4 deste livro.
Como dito, a avaliação de ruído no ambiente de trabalho é feita por apare‑
lhos denominados decibelímetros ou dosímetros, que são medidores de nível
de pressão sonora, que captam o som através de microfones.
Depois de obtidos os valores de decibéis do ambiente de trabalho, se a
empresa optar pelo uso de EPIs, ela terá que consultar o Certificado de Apro‑
vação (CA) do EPI e verificar se o nível de atenuação do equipamento controla
a exposição humana.
Como exemplo, podemos descrever um ambiente de trabalho com 89
dB(A) e os funcionários utilizando um protetor auricular de inserção CA
11.512, com nível de atenuação de 16 NRRsf. Teríamos, então, com o uso
efetivo, fiscalização e troca, um valor final de 73 dB(A), eliminando o risco
da insalubridade.
Concomitante ao agente físico ruído, podemos também considerar a
vibração, que é o movimento oscilatório de um corpo devido a forças dese‑
quilibradas, e só é considerado um problema capaz de trazer algum risco ao
trabalhador se houver efetivo contato físico entre o indivíduo e a fonte. Quando
assim acontece, alguns sintomas são muitas vezes ignorados, pois manifestam‑se
Links
Para pesquisar sobre EPIs, acesse:
<http://www3.mte.gov.br/sistemas/caepi/PesquisarCAInternet.asp>
5.2 Calor
O calor no ambiente de trabalho é responsável por sudorese, exaustão,
desidratação, cãimbras e quedas de pressão.
Por esses motivos, o controle do agente calor no ambiente de trabalho tem
grande importância para o rendimento do trabalho e preservação da saúde dos
funcionários.
Para a NR‑15 (BRASIL, 2013h), a avaliação do calor se divide em duas
situações:
ambientes internos sem carga solar;
ambientes externos com carga solar.
A avaliação é feita por meio de IBUTG — Índice de Bulbo Úmido Termô‑
metro de, Globo e os valores obtidos devem ser analisados levando em con‑
sideração o regime de trabalho e o tipo de atividades, que podem ser obtidos
no anexo 3 da NR‑15.
Links
Para você conhecer sobre a avaliação de calor, acesse <http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-
-regulamentadoras-1.htm>.
continuação
TRABALHO MODERADO
Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas. 180
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação. 175
De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma movimen‑ 220
tação.
Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar. 300
TRABALHO PESADO
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos 440
(ex.: remoção com pá).
Trabalho fatigante. 550
Fonte: Do autor (2013).
Links
Acesse os links e descubra mais informações sobre Normas e Higiene Ocupacional:
<http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/recomendacao-tecnica-de-procedimento>;
<http://www.fundacentro.gov.br/noticias/detalhe-da-noticia/2013/11/medico-toxicologista
-explana-sobre-riscos-quimicos-e-fisicos>.
6.1 Gases
Na indústria, os gases podem ser encontrados sob duas formas:
À pressão atmosférica (baixas temperaturas): estes gases devem ser arma‑
zenados a baixíssimas temperaturas, em tanques com isolamento térmico e um
sistema de refrigeração.
À temperatura ambiente (alta pressão): estes são armazenados em altas pres‑
sões, em recipientes pressurizados, e geralmente na forma de charutos ou esferas.
6.2 Vapor
O vapor é o estado gasoso resultante de uma substância líquida em con‑
dições normais de pressão e temperatura. Ex.: vapores de gasolina, de álcool,
de acetona e de água. Esses líquidos possuem alta pressão de vapor, são mais
voláteis, e quanto mais alta a temperatura, mais o líquido se volatiliza.
6.3 Poeiras
Resultam de algumas atividades como: lixamento, moagem, trituração, pe‑
neiramento, perfuração, explosão etc. Liberam resíduos que, embora pareçam
imperceptíveis, podem gerar grande malefício, pois são partículas sólidas pro‑
venientes da ruptura de materiais sólidos através de ação mecânica ou manual.
6.3.1 Fumos
Os fumos resultam na sua maioria de operações com aquecimentos, a exem‑
plo de soldagens, fusão de metais e outras operações. São partículas sólidas
muito pequenas oriundas do processo de condensação ou oxidação de vapores
de substâncias sólidas em condições normais.
6.3.2 Névoas
A névoa tem aspecto peculiar, pois são partículas maiores que dão noção
turva, a exemplo das operações de pulverização de líquidos, como inseticidas,
tintas, desmoldantes e outros.
6.3.3 Neblinas
Formam-se neblinas através da condensação dos vapores de substâncias líqui‑
das a temperaturas normais, sendo também partículas líquidas e muito pequenas.
trabalhador saudável
Links
Para você ampliar seu conhecimento não deixe de acessar os links abaixo, que estão repletos
de informações importantes, as quais que você ficará surpreso em saber.
<http://www.anvisa.gov.br/divulga/public/cartilha_mascara.pdf>;
<http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/contencaocomagentesbiologicos.pdf>.
Links
No Decreto nº 93.412, de 14 de outubro de 1986, você poderá constatar o quadro completo
onde ficam estabelecidos todas as áreas e atividades que estão sob condição indenizatória.
Acesse: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d93412.htm>.
Quadro 2.2 Atividades e operações perigosas com exposição permanente a roubos ou outras
espécies de violência física
continua
continuação
Ficou claro neste quadro quais são os profissionais que estão enquadrados
neste benefício — os que não se enquadram não têm direito a receber este
benefício. Saiba que é o local vigiado que determina o pagamento do adicional
de periculosidade, e não a função.
Links
Veja no link a seguir a diferença entre os cargos de porteiro, vigia e vigilante. Acesse: <http://
www.sindasseio.org.br/noticias.asp?PORTEIROVIGIA-OU-VIGILANTEuJMuE-.html>.
Resumo
Tendo definido as características de insalubridade e periculosidade,
bem como as diversas extensões do assunto, é possível perceber o quão
grande são as implicações. Inúmeras são as situações que merecem ser
cuidadosamente avaliadas. Agora que você já conhece um pouco deste
universo amplo e complexo, pode aplicar seu conhecimento em detri‑
mento de melhorais no seu ambiente de trabalho e contribuir para a
melhoria de muitos ambientes laborais. Indo mais além, aprofundando‑
-se, você pode ser o diferencial no setor de segurança do trabalho, pois
o intuito desta unidade é realmente este: fazer de você um profissional
talentoso e conhecedor das normas e leis que regularizam e orientam uma
atividade laboral que não seja geradora de doenças profissionais e nem
fonte de incapacidades.
Atividades de aprendizagem
1. Quantos são os anexos apresentados pela NR 15 para regularizar
e compreender todas as atividades avaliadas como insalubres e
perigosas?
2. No anexo III, quadro III, da NR 15, como se dá a classificação de
trabalho leve, moderado e intenso?
3. No anexo XI da NR 15, quadro I, identifique o grau de insalubridade
nos locais de trabalho para: acetato de etila; acetaldeído; ácido clo‑
rídrico; ácido acético; álcool isobutílico.
4. A NR 19 trata exclusivamente de explosivos. Quais são as atividades
proibidas no manuseio destes materiais?
5. Quais são as atividades constantes da NR 16 que dão adicional de
periculosidade?
Introdução ao estudo
Todas as atividades humanas envolvem risco, seja nas mais simples ações,
seja nas mais complexas, sejam pequenos ou grandes riscos. Para isso, tratare‑
mos nesta unidade de identificar os ambientes com risco, reconhecer os riscos
a que os trabalhadores estão expostos, e elaborar estratégias que permitam
minimizar ou erradicar as fontes geradoras destes riscos.
Apontaremos também umas das consequências mais conhecidas destes
riscos: os acidentes de trabalhos, típicos ou não, e também os métodos e pro‑
cedimentos que, implantados ou implementados, podem prevenir o trabalhador
das agressões causadas pelos agentes de risco.
Além do mais os riscos não têm um fator exclusivamente técnico; podem
ser avaliados como uma junção de características éticas e políticas que inter‑
ferem na sociedade. Afinal, os riscos decorrentes dos processos produtivos e
tecnológicos têm, em sua íntegra, o mesmo fator comum: o ser humano.
Um bom gerenciamento dos riscos deve passar pelo PPRA (NR 9) (BRASIL,
2013d), muito bem detalhado, um PCMSO (NR 6) (BRASIL, 2013a) criterioso,
dentro do conhecimento do ramo da atividade, e, se existir Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes (Cipa) no local, esta deve também ser envolvida
no empenho para dar ao trabalhador alternativas mais seguras no desempenho
das atividades, além de um acompanhamento constante de todas as implemen‑
tações, desde a mudança de procedimentos, adoção de EPC´s e EPI´s, treina‑
mentos e vistorias com check list. É importante que, para o reconhecimento
do risco, seja feito um organograma de todo o processo produtivo, bem com
se ter em mãos um layout do ambiente.
Links
Nestes links você ampliará seu campo de conhecimento, não deixe de consultá-los:
<http://www.cnae.ibge.gov.br/>
<http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr5.htm>
<http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/classificacao_atividades/>
<http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/05/mtb/6.htm>
MEDIDAS
DE
POSSÍVEIS TEMPO/ CAUSA/
RISCOS/ FUNÇÕES CONTROLE
SETOR LOCAL DANOS À TIPO DE FONTES
AGENTE EXPOSTAS EXISTENTES
SAÚDE EXPOSIÇÃO GERADORAS
OU
NECESSÁRIAS
10.1 Treinamentos
São imprescindíveis para chamar a atenção do trabalhador na sua área de
atuação. É nesses treinamentos que o trabalhador fica sabendo dos riscos que
envolvem sua atividade. Também nestes momentos os trabalhadores orientados
conseguem identificar métodos de proteção típicos para seus ambientes. Nestes
treinamentos desperta-se a conscientização para evitar os acidentes de trabalho.
10.5 Inspeção
Este método também é eficaz como medida de prevenção, pois, ao conhecer
o ambiente de trabalho, o líder ou responsável pode desenvolver um check list,
de situações, outro de equipamentos e um terceiro de condutas; essa inspeção
pode ocorrer semanal, quinzenal ou mensalmente, ou conforme necessidade.
Quando realizado, este mecanismo pode ajudar a detectar riscos ainda não
observados, situações de risco eminente, ou até mesmo de erradicação de risco
outrora detectados.
Observe no Quadro 3.3 um modelo de checklist, embora você possa desen‑
volver um diretamente relacionado à área que você quer avaliar, com perguntas
específicas para o segmento.
1 - DADOS DA INSPEÇÃO
a) Local b) data
g) Característica do Local
continuação
05) Ocorrendo dois ou mais períodos de exposição
a ruído de diferentes níveis, são considerados
os seus efeitos combinados?
06) Os ruídos contínuos ou intermitentes são me‑
didos com decibelímetro operando no circuito
de compensação “A” e circuito de resposta
lenta (Slow)?
07) Os ruídos de impacto são medidos com deci‑
belímetro operando no circuito de compensa‑
ção “C” e circuito de resposta rápida (fast)?
08) É respeitado o limite de tolerância para ruído
de impacto de 130 dB(LINEAR)?
09) A exposição ao calor é avaliada através do
IBUTG?
10) Nesta avaliação são utilizados o termômetro de
bulbo úmido natural, termômetro de globo e
termômetro de mercúrio comum?
11) A medição é feita na altura da região do corpo
mais atingida?
12) Em função do índice obtido, o regime de traba‑
lho intermitente é seguido conforme define o
Quadro nº 1?
13) Os períodos de descanso são considerados
como tempo de serviço?
14) A determinação da atividade (leve, moderada
ou pesada) é feita consultando a tabela nº 3?
15) As medições são realizadas no local onde
permanece o trabalhador com período de
descanso ou em outro local?
16) O local de descanso é um ambiente termi‑
camente mais ameno, com o trabalhador em
repouso ou exercendo atividade leve?
17) Há controle das radiações ionizantes?
18) Existem Supervisores de Proteção Radiológica?
19) Há proteção adequada para trabalhos
envolvendo radiações ionizantes?
20) Existe laudo pericial comprovando a existência
de vibrações?
21) Existe proteção adequada para operações reali‑
zadas no interior de câmaras frigoríficas?
22) Há atividades ou operações nas quais os
trabalhadores ficam expostos a agentes
químicos que ultrapassem os limites de
tolerância no Quadro nº 1?
23) Os valores teto são ultrapassados em algum
momento durante a jornada de trabalho?
continua
continuação
24) Os trabalhadores utilizam EPIs para a manipu‑
lação de produtos químicos que constem na
coluna “Absorção também pela pele”?
25) A avaliação das concentrações dos agentes
químicos através de amostragem instantânea,
de leitura direta ou não, é feita pelo menos
em 10 amostragens para cada ponto ao nível
respiratório do trabalhador?
26) Entre cada uma das amostragens, deverá haver
um intervalo de no mínimo 20 minutos.
27) Para jornadas de trabalho que excedam as 48
horas semanais, é cumprido o disposto no art.
60 da CLT?
Fonte: Brasil (2013h).
10.6 Relatório
Nesta técnica, o encarregado poderá fazer apontamentos de onde estão
os riscos, identificar práticas não seguras, situações de não conformidades, e
já apontar as possíveis medidas preventivas e adoção de procedimentos segu‑
ros, trazendo benefícios para todo o processo produtivo. Esta também é uma
excelente ferramenta para informar a gestão dos pontos negativos, positivos e
controles necessários para uma maior eficiência do processo.
Links
Neste link você terá oportunidade de ampliar seu conhecimento sobre a funcionalidade das
inspeções e relatórios de segurança, não deixe de consultar:
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe350AD/inspecao-seguranca-inspecao-risco>
I — SEGURADO:
Auxílio-doença;
Auxílio-acidente;
Aposentadoria por invalidez;
II — DEPENDENTES:
Pensão em caso de morte;
III — SEGURADO E DEPENDENTE:
Serviço social;
Reabilitação profissional.
AGENTES PATOGÊNICOS DE
TRABALHO QUE CONTÉM O RISCO
ORIGEM QUÍMICA
Chumbo, suas ligas ou Extração de minérios metalurgia e refinação do chumbo;
seus compostos Fabricação de acumuladores, baterias (placas);
(plubismo ou saturnismo). Fabricação e emprego de chumbo-tetraetila e chumbo
tetrametila;
Fabricação e aplicação de tintas, esmaltes e vernizes à
base de compostos de chumbo;
Fundição de chumbo, de bronze
Soldagem;
Indústria de impressão;
Fabricação de vidro, cristal e esmalte vitrificado;
Sucata, ferro velho.
Cromo ou Cromagem eletrolítica de metais (galvanoplastia);
seus compostos tóxicos Curtição e outros trabalhos com o couro;
(cromismo). Pintura a pistola com pigmentos de compostos de cro‑
mopolimento de móveis
Soldagem de aço inoxidável;
Fabricação de cimento e trabalhos da construção civil;
Impressão e técnica fotográfica.
AGENTES PATOGÊNICOS
TRABALHO QUE CONTÉM O RISCO
DE ORIGEM FÍSICA
Mineração, construção de túneis, exploração de pedrei‑
ras (detonação, perfuração); engenharia pesada (fundição
Ruído e afecção auditiva. de ferro, prensa de forja); trabalho com máquinas que
funcionam com potentes motores à combustão; utiliza‑
ção de máquinas têxteis; teste de reatores de aviões.
Vibrações Indústria metalúrgica, construção naval e automobilís‑
(afecções dos músculos, tendões, tica; mineração; agricultura (motosserras); instrumentos
ossos, articulações, vasos pneumáticos; ferramentas vibratórias e elétricas manuais;
sanguíneos periféricos ou dos condução de caminhões e ônibus.
nervos periféricos).
continua
continuação
AGENTES PATOGÊNICOS DE
TRABALHO QUE CONTÉM O RISCO
ORIGEM BIOLÓGICA
Microrganismos e parasitas infeccio‑
sos vivos e seus produtos tóxicos:
mycobacterium, vírus hospedados
por artrópodes; cocciclioides; fun‑ Agricultura; pecuária; silvicultura; caça (inclusive a caça
gos; histoplasma; leptospira; ricket‑ com armadilhas; veterinária; curtume).
sia; bacilo (carbúnculo, tétano);
ancilostoma; tripanossoma; pasteu‑
rella.
Bactérias; mycobacteria; brucella;
fungos; mixovírus; ricketsia; pasteu‑ Veterinária.
rella.
Trabalhos em condições de temperatura elevada e umi‑
Fungos (micose cutânea).
dade (cozinhas; ginásios; piscinas).
Fonte: Adaptado de Brasil (1997).
Veja agora no Quadro 3.5, segundo o estudo feito sobre este assunto, uma
recomendação para prevenir as doenças do trabalho.
Fonte: Ribeiro et al. (1984) e Dimenstein (1993) apud Capítulo VIII... (2013).
Links
Para complementar suas informações, não deixe de acessar o link a seguir, que traz informações
muito pertinentes e necessárias:
<http://www.eps.ufsc.br/ergon/disciplinas/EPS5225/aula8.htm>
11.5 Pecúlio
É uma indenização paga ao segurado, no caso de invalidez e a seus dependentes
em caso de morte. É de 75% do limite máximo do salário contribuição em caso
de invalidez, e de 150% do mesmo índice, no caso de morte.
Links
Os links sugeridos a seguir são para esclarecer e dar mais informações sobre as questões refe-
rentes a aposentadoria. Dentro destes portais, você pode navegar e saber assuntos mais espe-
cíficos e legalmente adotados referentes ao assunto.
<http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/acidente_resp_empregador.htm>
<http://www8.dataprev.gov.br/e-aps/servico/381>
Links
Para conhecer na íntegra o conteúdo desta lei, acesse o link abaixo:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6367.htm>
11.6 CAT
A abertura da CAT se faz através de formulário próprio on‑line junto ao INSS,
dentro de um prazo estipulado pela legislação em vigor. É obrigatório que o
empregador o faça, porém, se não o fizer, o sindicato da atividade correspon‑
dente, o médico que atendeu a ocorrência, os dependentes ou familiares e até
o próprio trabalhador poderão fazê‑lo. A legalização da CAT vem através da
Portaria nº 5.051, de 26 de fevereiro de 1999 (BRASIL, 1999).
A CAT deverá ser corretamente preenchida, com os dados do acidente, da‑
dos do acidentado, nome do médico que atendeu a ocorrência e o CID, dados
do tipo da lesão. Nada deve ser esquecido sob condição de que o docu‑
mento mal preenchido pode trazer prejuízo no pagamento dos recebimentos
do acidentado.
Uma vez que realizada a abertura da CAT o trabalhador se afastado por
mais de quinze dias terá estabilidade de um ano a contar do dia de seu retorno
ao trabalho.
A comunicação será feita ao INSS por intermédio do formulário CAT, preen‑
chido em seis vias, com a seguinte destinação:
1ª via — ao INSS;
2ª via — à empresa;
3ª via — ao segurado ou dependente;
4ª via — ao sindicato de classe do trabalhador;
5ª via — ao Sistema Único de Saúde — SUS. Atualmente esta via
não é mais enviada, pois o formulário está disponível on line, o que
gera um envio eletrônico, disponibilizando um protocolo;
6ª via — à Delegacia Regional do Trabalho.
A fidedignidade das informações constantes na abertura da CAT é funda‑
mental para que o acidente não seja minimizado, pois, se houver recusa de
algum direito do trabalhador, proveniente de alguma informação mal fornecida,
é passível de uma ação por danos morais.
Vale lembrar que não só a empresa pode e deve abrir a CAT, esta também
podendo ser aberta pelo próprio trabalhador, pelo médico assistente, ou por
terceiro que esteja envolvido no processo em questão.
Resumo
A análise de riscos nos locais de trabalho é um processo contínuo, ne‑
cessita de atenção, pois é periodicamente alterada, advindo das constantes
mudanças que envolvem o processo produtivo, seja através da tecnologia,
seja através da mudança da força de trabalho; as empresas continuam a
Atividade de aprendizagem
1. Em uma fundição, a quais riscos o trabalhador está exposto? Qual o
CNAE deste ramo de atividade?
2. Quais os passos para se fazer uma análise de riscos?
3. Para o ramo de atividade têxtil, você adotaria quais estratégias de
prevenção?
4. Num caso de acidente de trabalho, como é a forma de pagamento
indenizatório por invalidez?
5. Quais as implicações de uma abertura de CAT, para o trabalhador?
Auditoria
Introdução ao estudo
Nesta unidade faremos uma exposição do universo da auditoria. Em breves
relatos descobriremos quais os fundamentos desta ferramenta dos tempos mo‑
dernos. Saberemos para que e como este procedimento adotado tem ajudado
as empresas e também os trabalhadores. A auditoria traz consigo a revelação de
sistemas e procedimentos que organizam e regem a administração da empresa.
Contudo, se sua aplicação não for precisa, vã é sua eficácia.
Todo segmento econômico que se expande e passa a ser um processo
competitivo no universo capitalista, tende a deixar brechas e furos que, se não
detectados e corrigidos, levam grande parte dos esforços da corporação para
uma zona de prejuízos. Evitando os prejuízos é que se alcançam os lucros,
segundo uma visão atual de economia. Aí está o grande bordão das auditorias
contemporâneas: detectar e erradicar os prejuízos, sejam eles de quaisquer
campos dentro da empresa.
Links
Para que você compreenda mais a auditoria e suas complexidades, não deixe de consultar os
links sugeridos, eles podem trazer informações adicionais e complementares.
<http://www.portaldeauditoria.com.br/sobreauditoria/objetivos-e-finalidades-da-auditoria-
interna-operacional.asp>
<http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/relacoes_institucionais/relacoes_internacionais/
organizacoes_internacionais/DECLARA%C3%87%C3%83O_DE_LIMA_PORT_0.pdf>
Ainda dentro das auditorias internas temos outros tipos de auditorias, tais como:
Links
Confira, no link sugerido, mais informações pertinentes à auditoria trabalhista; você estará
enriquecendo seu conhecimento com detalhes e questões específicas desse segmento:
<http://uj.novaprolink.com.br/doutrina/7763/auditoria_trabalhista>.
Figura 4.1
Critério de auditoria (o que deveria ser)
Links
Ao consultar o link a seguir, você terá a oportunidade de conhecer mais estruturas que formam
critérios para as auditorias governamentais, mas que também sugerem critérios para nortear
outras auditorias: <http://auditoriagovernamental.blogspot.com.br/p/intosaiissai.html>
Links
No link sugerido a seguir você poderá ampliar seus conhecimentos sobre auditoria. Por se tratar
de um assunto de muitas vertentes, quanto mais informações você puder absorver, melhor será
seu desempenho.
<http://www.portaldeauditoria.com.br/auditoria/relatorio-auditoria-aspectosgerais.htm>
Resumo
Encerrando esta unidade, você está apto a identificar situações a serem
auditadas. Também já é capaz de indicar o processo de auditoria como
ferramenta de prevenção e melhorias.
Em aspectos gerais, entendemos os fundamentos da auditoria, seu
contexto contemporâneo e sua efetividade no processo contínuo de me‑
lhorias dos segmentos produtivos ou de serviço. Como a auditoria nos
seus mais diversos desdobramentos é capaz de atender realidades tão
distintas, atender a tantas finalidades e como é importante que os altos
círculos gerenciais efetivem as sugestões de correção, pois só corrigindo
processos e procedimentos é que alcançarão a garantia de perdas menores,
devido às possíveis causas judiciais.
Vocês também puderam perceber que o fator econômico é o mais forte
na determinação de processos de auditoria, pois ela é, na atualidade a
maior aliada da prevenção de autuações legais de fiscalização e também
de ações judiciais.
Pensem comigo: se a auditoria é uma excelente ferramenta de gestão
para o administrador moderno, por que não é amplamente utilizada?
Talvez ainda seja preciso quebrar alguns paradigmas!
Em posse dessas informações, mãos a obra, coloque este conhecimento
como ponto diferencial em suas atividades e realize seu trabalho com excelência.
Atividades de aprendizagem
1. Emita seu parecer quanto às mudanças da auditoria, desde seu apa‑
recimento e como é atualmente utilizada.
2. Dentro dos dois campos, interno e externo, identifique mais campos
de atuação da auditoria.
3. Em uma auditoria trabalhista, quais são os pontos fundamentais in‑
vestigados que dão maior tranquilidade ao processo?
4. Identifique pelo menos quatro benefícios da auditoria trabalhista.
5. Para a realização de uma auditoria, quais são os passos que devem
ser observados até que se entregue o documento final?
Introdução ao estudo
Os conceitos vistos nos capítulos anteriores são colocações que, embora
tenham a premissa de expor a realidade, pode não ser tão fidedigno, pelo fator
único sobre o qual até agora pouco se falou, o fator humano, que responde de
maneiras diferentes em uma mesma situação, em tempos diferentes.
Devemos sempre deixar claro que qualquer esforço de se colocar em prática
uma teoria, deve trabalhar com uma margem de segurança, e aí se encaixa o
ser humano — a maior variável que temos quando trabalhamos com sistemas
e corporações.
Nas seções que se seguem, apresentaremos como cada ferramenta e cada
estratégia pode dar agilidade aos resultados, e mesmo mudar seu curso.
objetividade;
precisão;
clareza;
fidelidade;
concisão;
confabilidade e
plena satisfação da finalidade.
Contudo, a perícia não se caracteriza como profissão, pois não tem caráter
permanente.
Quando, enfim, se percebe que uma perícia vai acontecer, é de fundamental
relevância que o supervisor da área em questão, os setores de departamento
pessoal, departamento jurídico, diretoria da empresa, se houver na empresa
técnico de segurança do trabalho, todos coloquem‑se à disposição, e façam o
acompanhamento de todo os passos e procedimentos elencados pelo perito.
Neste momento, toda a parte documental da empresa será levantada, e só
depois das conferências a verificação in loco acontecerá. Durante esta etapa,
tudo o que acontece no derredor e durante o processo de produção é con‑
siderado, seja de carater ocasional ou contínuo. Cabe ao perito deliberar se
envolvem em sua avaliação outros trabalhadores do mesmo ambiente ou não.
Quando o perito não conhece o ramo de atividade a que terá que periciar,
ele antecipadamente deverá estudar e procurar o maior número possível de
informações do segmento, para que estando ele dentro do processo produ‑
tivo, seja capaz de enxergar e perceber todos os fatores geradores de risco
ou processos contraditórios, que ofendam a integridade do trabalhador, e,
assim atenda a uma das prerrogativas da ética do perito. O laudo pericial é
elaborado individualmente pelo perito, e é ele que consubstancia o trabalho
pericial, principalmente no sentido de expressar a opinião do perito sobre as
questões levantadas.
Quando chegam ao fim, e depois de ter o perito feito todas às perguntas
ao trabalhador enquanto este participava do processo operacional, ele deverá
responder uma série de apontamentos constantes no relatório que entregará
ainda, que nosso país não tem uma política fiscal que favoreça o empregador.
Estes aspectos, somados às divergências culturais regionais, não favorecem em
nada a expansão de políticas mais modernas para o sistema produtivo.
Não queremos de forma nenhuma justificar o grande número de perícias
dentro do segmento trabalhista, mas explicar porque avançamos de forma tão
lenta para alcançar um nível maior de conscientização dos processos opera‑
cionais laborais.
Como mencionado anteriormente, existe também a períca médica, outra face
da perícia que acontece por haver uma controvérsia. Ela vai ao encontro da ex‑
pectativa de subsidiar o INSS para julgar a concessão ou não de seus benefícios.
É regida por um manual próprio, estabelecido dentro dos padrões de saúde. Aqui,
vale lembrar ou esclarecer que um perito do INSS é, via de regra, um médico,
que pode ou não ser médico do trabalho, mas que será criterioso ao avaliar a
doença e a condição do trabalho a que se presta o trabalhador em questão.
Este tema levantado aqui é muito relevante quando você, aluno, torna-se
um profissional da área de segurança do trabalho, pois você passa a ser um
formador de opinião junto aos trabalhadores com os quais atuará, e muitas
vezes o trabalhador tem uma ideia distorcida de seus direitos e obrigações,
no tocante à legislação. Por isso, o seu conhecimento poderá transformar-se
em informação para os trabalhadores, uma vez que, embora o trabalhador
apresente uma doença física e por isso fique emocionalmente fragilizado,
a sua condição perante o INSS será julgada de forma prática e médica, sem
envolvimento emocional, o que muitas vezes resulta em uma divergência de
ponto de vista e conduta.
A perícia médica vem atender a uma necessidade muito mais política do
que propriamente do ponto de vista da saúde do trabalhador, uma vez que
nos últimos 5 anos, muitas foram as alterações que delimitaram a concessão
ou não de benefícios pertinentes à condição de saúde do trabalhador, e até
mesmo no tocante a aposentadoria. Tendo em vista que estabeleceu-se o nexo
técnico-epidemiológico, o FAP, e passou a vigorar o nexo causal, que é uma
lista onde estão predefinidas as doenças relacionadas ao trabalho ou que têm
relação com as atividades desenvolvidas pelos trabalhadores.
Todos estes fatores são relativamente novos, e ainda não deu tempo para
que o trabalhador se familiarize com estas novas diretrizes. Portanto, quando
este acha que a legislação trabalhista está a sua total disposição, não considera
que, apesar do grande avanço na condição do trabalhador, as normas e con‑
dutas vigentes atualmente são muito mais específicas do que outrora, e isso
causa estranheza e indignação. Mas estas vieram para dar maior legalidade às
concessões julgadas pelo INSS. Para se obter atualmente os benefícios conce‑
didos como direitos do trabalhador, este deverá estar enquadrado nessas novas
diretrizes padronizadas pelo orgão.
Voltando ao assunto das perícias administrativas, que como vimos no
primeiro capítulo, são peculiares aos órgãos dos serviços públicos, elas se
apresentam muito mais como políticas do que trabalhistas, uma vez que o
funcionalismo público tem um sistema de tratamento distinto do tratamento
dispensado aos demais membros da sociedade. Esta particularidade é outra
herança do Brasil colonial, onde a nobreza não se misturava com a plebe.
Como o sistema não é mais uma monarquia, os cidadãos que circulam neste
segmento laboral privilegiado, têm normas e condições específicas, que os colo‑
cam numa posição diferenciada quanto à necessidade e realização de perícias.
Dentro dessa classe as condições são apresentadas apenas aos envolvidos e
interessados, aplicados dentro do assunto em judice.
Quadro 5.1 NR 32
RISCO DE
RISCO PROFILAXIA OU
CLASSE DE RISCO PROPAGAÇÃO À
INDIVIDUAL TRATAMENTO EFICAZ
COLETIVIDADE
1 BAIXO BAIXO ___
2 MODERADO BAIXO EXISTEM
3 ELEVADO MODERADO NEM SEMPRE EXISTEM
TUALMENTE NÃO
4 ELEVADO ELEVADO
EXISTEM
Links
No link sugerido, você terá a oportunidade de conhecer a NR 32, que classifica os agentes
biológicos.
<http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr32_anexoI.htm>.
Quando falamos de risco biológico, logo nos remetemos à NR 32, que tem
aproximadamente 10 anos de existência, ou seja, relativamente nova, embora
os riscos tratados nesta NR já estejam há muito presentes na rotina dos trabalha‑
dores que são em sua maioria dos segmentos de saúde, e só recentemente foram
classificados e estabelecidos nas formas legais de seu gerenciamento. Como
fazer para implementar procedimentos que transformem a cultura e a forma de
trabalho de profissionais que têm 25 anos de carreira neste segmento? Como
ter sua zona de conforto alterada, acarretando assim uma resistência caracte‑
rística ao novo.
Links
Para conhecer melhor como está disposta a ergonomia no ambiente de trabalho, acesse o link
a seguir:
<http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr17.htm>.
penetração em reservatórios;
manutenção em equipamentos tais como, caldeiras, elevadores.
manutenção civil — seja por firmas empreiteiras ou não.
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Ação Recomendada:
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Observações:
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Protocolo Técnico de Segurança:
Data: Visto:
Exemplo 1:
Banco Azul S/A RAT: 3% FAP: 1,3452
RAT FAP Observação
SEFIP/GFIP 1,34 (duas ca‑ 4,02 (alíquota calculada internamente pelo
3% X =
sas decimais) SEFIP) - duas casas decimais
Folha de Paga‑ 1,3452 (quatro 4,0356 (alíquota a ser aplicada no pro‑
mento/GPS casas decimais) grama de folha de pagamento/GPS, resul‑
3% X =
tado da multiplicação RAT x FAP) — qua‑
tro casas decimais
Exemplo 2:
Condomínio Edifício Palmeiras RAT: 2% FAP: 0,6231
RAT FAP Observação
SEFIP/GFIP 0,62 (duas ca‑ 1,24 (alíquota calculada internamente
2% X =
sas decimais) pelo SEFIP) - duas casas decimais
Folha de Paga‑ 0,6231 (quatro 1,2462 (alíquota a ser aplicada no pro‑
mento/GPS casas decimais) grama de folha de pagamento/GPS, resul‑
2% X =
tado da multiplicação RAT x FAP ) — qua‑
tro casas decimais
Fonte: Brasil (2009)
Como você pôde perceber, todos os tributos e encargos referentes aos de‑
monstrativos contábeis da empresa são considerados para o cálculo de mais
este índice que é imputado ao empregador — uma forma legalizada de dar ao
empregador a conta do tratamento médico dispensado ao funcionário que se
encontra afastado por acidente de trabalho.
Não obstante a isso, os afastamentos por doença profissional também entram
nessa conta onde o empregador assume a responsabilidade de não ter uma
política prevencionista de segurança.
Links
No link sugerido a seguir, você irá complementar seu conhecimento com informações pertinentes
a gestão de segurança, gestão ambiental, gestão de qualidade — não deixe de consultar.
<http://www.entropy.com.br/?page_id=302>
Links
Consulte os links a seguir e não deixe de perceber as diferentes abordagens de acordo com seus
segmentos correspondentes:
<http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BF2ADC9D13BBC/nr_18_28.pdf>
<http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr10.htm>
<http://www.fcfas.org.br/arquivos/NR%2032%20Segurana%20e%20Sade%20no%20Traba-
lho%20em%20Servios%20de%20Sade.pdf>
1 Lesão incapacitante
Links
Acesse o link a seguir e confira toda a amplitude deste estudo sobre as questões referentes a
acidentes de trabalho:
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA_NwAC/evolucao-historia-engenharia-seguranca>
Resumo
Para concluirmos o assunto abordado nesta unidade, você, aluno, po‑
deria, ou melhor, saberia reconhecer uma situação de risco e como atuar
diante dela para contribuir com a empresa e com o trabalhador?
Se sim, parabéns; se não aqui vão mais algumas considerações que
podem lhe ser úteis.
Procure identificar os riscos para que se tenha conhecimento da legis‑
lação e normas que os regimentam, procure na legislação todas as infor‑
mações sobre eles, para que não incorra na transgressão da lei, estude o
ambiente para montar um plano de ação que lhe permita atuar de forma
ética junto ao empregado e empregador. Nesta concepção, realize ações
que sejam e tenham caráter instrutivo e documente-as para que possa fazer
Atividades de aprendizagem
1. De acordo com a NR 16, existe uma condição de periculosidade na
empresa; qual seria sua atitude, sabendo que cabe a você a respon‑
sabilidade por esta ação?
2. Relacione, com base nas informações recebidas, quais as etapas de
uma auditoria.
3. Monte um plano de ação para um risco químico existente em uma
empresa de fabricação de tinta, no setor de laboratório.
4. O relatório de uma auditoria apresentou as não conformidades. A
partir disso, qual seria a ação esperada por parte da empresa?
5. O que você necessita saber se for incumbido de realizar uma auditoria
interna, dentro da empresa para a qual você trabalha, no setor onde
você não tem nenhum tipo de relações pessoais com os trabalhadores?