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NR – 20

Segurança e Saúde no Trabalho com


Inflamáveis e Combustíveis

Instrutor:
Rafael Bohrer
Conteúdo Programático:
a) Teórico:
1. Inflamáveis: características, propriedades, perigos e
riscos;
2. Controles coletivo e individual para trabalhos com
inflamáveis;
3. Fontes de ignição e seu controle;
4. Proteção contra incêndios com inflamáveis;
5. Procedimentos em situações de emergência com
inflamáveis;
Introdução
Esta NR estabelece requisitos mínimos para a
gestão da segurança e saúde no trabalho contra
os fatores de risco de acidentes provenientes das
atividades de extração, produção,
armazenamento, transferência, manuseio e
manipulação de inflamáveis e líquidos
combustíveis.
1. Inflamáveis: características, propriedades,
perigos e riscos
Definições:
“ Líquidos inflamáveis: são líquidos que possuem
ponto de fulgor > 70º C.
Gases inflamáveis: gases que inflamam com o ar a
20º C e a uma pressão padrão de 101,3 kPa
(Quilopaskal).
Líquidos combustíveis: são líquidos com ponto de
fulgor < 70º C e ≤ 93º C ”
PONTO DE FULGOR, PONTO DE COMBUSTÃO E
PONTO DE IGNIÇÃO

O QUE É?
PONTOS NOTÁVEIS DE TEMPERATURA

PONTO DE FULGOR
Temperatura na qual os corpos liberam
vapores que inflamam em contato com
uma fonte de calor, porém há insuficiência
de vapores inflamáveis e as chamas não se
mantém.
PONTOS NOTÁVEIS DE TEMPERATURA

PONTO DE COMBUSTÃO
Temperatura na qual os corpos liberam
vapores que iniciados por uma fonte
externa de calor incendeiam-se e mantém
a combustão sem auxílio de fonte externa.
PONTOS NOTÁVEIS DE TEMPERATURA

PONTO DE IGNIÇÃO
Temperatura na qual o
combustível aquecido libera vapores
que, exposto ao ar, entram em
combustão sem que haja fonte
externa de calor.
FOGO (Combustão) :

É uma reação química de oxidação, auto-sustentável, com


liberação de luz, calor, gases, vapores e fumaça.

ELEMENTOS ESSENCIAIS DA COMBUSTÃO :

São 4 (quatro) os elementos essenciais da combustão:


• Combustível (Sólido, líquido ou gasoso)
• Comburente (Oxigênio O2)
• Calor
• Reação em Cadeia (auto-sustentação)
COMBUSTÍVEL :

 É toda substância capaz de liberar vapores para sustentar a combustão, é o


elemento que serve de campo de propagação do fogo.

 Os combustíveis podem se apresentar no estado SÓLIDO, LÍQUIDO ou


GASOSO.

 A velocidade de queima de um combustível depende da sua capacidade de


combinar seus vapores com o Oxigênio sob a ação do calor.
COMBUSTÍVEL :

SÓLIDOS
 São os que queimam em superfície e profundidade.
 Necessitam de aquecimento para liberarem vapores para a
combinação com o oxigênio, alguns sólidos passam pelo estado
líquido para poderem liberar vapores (parafina, bronze, ferro).
 Quanto maior a fragmentação do material, maior será a
velocidade da queima. Exemplo uma tora de madeira ou pó de
serra)
COMBUSTÍVEL :

LÍQUIDOS
 Queimam em superfície
 São mais leves que a água normalmente
 Tomam a forma do recipiente que os contém
 Quanto maior a volatilidade maior o risco de incêndio e
explosão. Chamamos de voláteis os líquidos que liberam
vapores combustíveis abaixo de 20ºC
 Diferença de solubilidade (derivados de petróleo e álcool)
COMBUSTÍVEL :

GASOSOS
 Queimam rapidamente e em toda sua extensão
 Necessitam de uma mistura ideal para a queima (limite de
inflamabilidade)
Combustível Limite Inferior Limite Superior
Metano 1,4 % 7,6 %
Propano 5,0 % 17 %
Hexano 1,2 % 7,5 %
Acetileno 2,0 % 100 %
CALOR :

 É a forma de energia que eleva a temperatura (agitação das


moléculas), através de fenômenos físicos e/ou químicos.
 Fontes de calor: elétrica, química, mecânica, nuclear.
CALOR :

PROPAGAÇÃO DO CALOR

O calor propaga-se por:

CONDUÇÃO – CONVECÇÃO - IRRADIAÇÃO


CALOR :

CONDUÇÃO

É a transmissão do calor em corpos sólidos de um para o outro através do

contato, ou seja de molécula para molécula.


CALOR :

CONVECÇÃO
É a transmissão do calor pelo movimento ascendente das massas
de gases ou de líquidos dentro de si próprios.
CALOR :

IRRADIAÇÃO
É a transmissão do calor por ondas de energia calorífica que se
deslocam pelo espaço em todas as direções. O exemplo mais
clássico é o aquecimento do planeta Terra pelo Sol.
COMBURENTE:

 É o elemento que dá vida às chamas e intensifica a

combustão. O mais comum é o OXIGÊNIO.


 O ar atmosférico é composto por 78% de Nitrogênio, 21% de Oxigênio e 1%
de outros Gases.
 Em ambientes com a composição normal do ar ocorre a combustão completa,
quando o percentual fica entre 8% e 16% não ocorrem mais as chamas,
somente brasa.

 Com menos de 8% de O2 no ambiente não há combustão.


REAÇÃO EM CADEIA :

É o que torna a queima auto-sustentável. O calor irradiado das


chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas
menores, que novamente se combinam com o oxigênio e queimam,
irradiando novamente o calor para o combustível formando um ciclo
constante.
Para efeito desta NR, as instalações são divididas
em três classes:
Classe I
a) Quanto à atividade:
a.1 - postos de serviço com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis.
b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente
e/ou transitória:
b.1 - gases inflamáveis: acima de 2 ton até 60 ton;
b.2 - líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 10 m³ até
5.000 m³.
Postos de
serviço com
inflamáveis
e/ou líquidos
combustíveis
Para efeito desta NR, as instalações são divididas
em três classes:
Classe I I
a) Quanto à atividade:
a.1 - engarrafadoras de gases inflamáveis;
a.2 - atividades de transporte dutoviário de gases e líquidos
inflamáveis e/ou combustíveis.
b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente
e/ou transitória:
b.1 - gases inflamáveis: acima de 60 ton até 600 ton;
b.2 - líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 5.000 m³ até
50.000 m³.
Engarrafadoras
de gases
inflamáveis
Para efeito desta NR, as instalações são divididas
em três classes:
Classe I I I
a) Quanto à atividade:
a.1 - refinarias;
a.2 - unidades de processamento de gás natural;
a.3 - instalações petroquímicas;
a.4 - usinas de fabricação de etanol e/ou unidades de fabricação de
álcool.

b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma permanente


e/ou transitória:
b.1 - gases inflamáveis: acima de 600 ton;
b.2 - líquidos inflamáveis e/ou combustíveis: acima de 50.000 m³.
Refinarias
Nota:
Para critérios de classificação, o tipo de atividade
enunciada possui prioridade sobre a capacidade de
armazenamento.
 Quando a capacidade de armazenamento da
instalação se enquadrar em duas classes distintas,
por armazenar líquidos inflamáveis e/ou
combustíveis e gases inflamáveis, deve-se utilizar a
classe de maior gradação.
Capacitação dos trabalhadores

Os trabalhadores que laboram em instalações


classes I, II ou III e não adentram na área ou local de
extração, produção, armazenamento, transferência,
manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos
combustíveis devem receber informações sobre os
perigos, riscos e sobre procedimentos para
situações de emergências.
Capacitação dos trabalhadores

Capacitação para os trabalhadores que adentram


na área e NÃO mantém contato direto com o
processo ou processamento
Controle de fontes de ignição
Todas as instalações elétricas e
equipamentos elétricos fixos,
móveis e portáteis, equipamentos de
comunicação, ferramentas e similares
utilizados em áreas classificadas,
assim como os equipamentos de
controle de descargas atmosféricas,
devem estar em conformidade com a
NR-10.
ÁREAS CLASSIFICADAS
Área na qual uma atmosfera explosiva de gás ou partículas está presente ou na qual é provável a sua
ocorrência a ponto de exigir precauções especiais para a construção, instalação e utilização de
equipamento elétrico.

Classificação Definição de Zonas


Zona 0 (gases) ou 20 (poeiras) Área onde uma mistura explosiva (ar+gás ou
ar+poeira) está continuamente presente ou por
longos períodos.
Zona 1 (gases) ou 21 (poeiras) Área onde é provável ocorrer uma mistura
explosiva em operação normal
Zona 2 (gases) ou 22 (poeiras) Área onde é pouco provável ocorrer uma mistura
explosiva em condições normais de operação e se
ocorrer será por curto período.
ÁREAS CLASSIFICADAS
Exemplo:
Desativação da instalação
Cessadas as atividades da instalação, o empregador deve adotar
os procedimentos necessários para a sua desativação
considerando os aspectos de segurança, saúde e meio
ambiente previstos nas
Normas regulamentadoras,
normas técnicas nacionais
e, na ausência ou omissão
destas, nas normas
internacionais, bem
como nas demais
Alguns acidentes ocorridos
Princípio de incêndio em posto de combustível Porto Velho
23/07/2012
De acordo com testemunhas, um caminhão bi-trem estava passando gasolina para um
caminhão tanque no interior do posto, quando após conectar a mangueira e ligar a
bomba uma faísca acabou causando um princípio de fogo que foi debelado
rapidamente quando um dos frentistas pegou um extintor de incêndio e esvaziou o
cilindro. A mangueira e bomba foram destruídas pelas chamas.
Incêndio em distribuidora de combustível Ibiporã-PR
01/12/2010
Uma explosão nos tanques de armazenagem da Cobodiesel, distribuidora de
combustíveis de Ibiporã, norte do estado, provocou um grande incêndio na manhã
desta quarta-feira (1º). O fogo teria começado no momento em que um funcionário
estava fazendo o transbordo do produto para o reservatório do caminhão. Ele teve
queimaduras nos braços e foi levado para o hospital.
Incêndio em posto de combustível Roca Sales-RS 03/01/2012
A explosão de um caminhão carregado com óleo causou um incêndio no Posto
Volken, em Roca Sales, no Vale do Taquari. De acordo com o Corpo de Bombeiros de
Lajeado, o fogo começou pouco antes das 18h, quando a carga era transferida de um
caminhão para o outro
Explosão em posto de combustível Guabiruba-SC 18/11/2009
Três técnicos de uma empresa prestadora de serviço faziam a manutenção (teste de
pressão) de um reservatório de gasolina de um posto na cidade de Guabiruba,
Santa Catarina, quando a gasolina começou a vazar.
Disposições finais
Quando em uma atividade de extração, produção,
armazenamento, manuseio e manipulação de
inflamáveis e líquidos combustíveis for caracterizada
situação de risco grave e iminente aos trabalhadores, o empregador
deve adotar as medidas necessárias para a interrupção e a correção da
situação.
Os trabalhadores
Conhecimento e utilização dos sistemas de
segurança contra incêndio com inflamáveis.
Extintores

AFINAL, PARA QUE SERVE UM


EXTINTOR?
QUAL A FINALIDADE DE UM
EXTINTOR?

Os extintores portáteis têm dois usos primários:


apagar princípios de incêndio, e para o controle dos
incêndios em que os métodos tradicionais não são
recomendados.
CLASSE DO INCÊNDIO

AGENTE EXTINTOR

MÉTODO DE EXTIÇÃO

OPERAÇÃO
MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO:

Os métodos de extinção do fogo baseiam-se na redução ou remoção total de um dos


elementos essenciais do fogo (um dos lados do tetraedro do fogo)
MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO:

RETIRADA DO MATERIAL COMBUSTÍVEL


É a forma mais simples de se extinguir incêndios. É a remoção do material ainda não
atingido pelo fogo da área do sinistro, podendo ser o fechamento de uma válvula ou
desvio de líquidos inflamáveis
MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO:

RESFRIAMENTO
É o método mais utilizado e consiste em reduzir a temperatura dos materiais combustíveis
para reduzir a liberação de vapores inflamáveis. A água é o agente extintor mais utilizado
por ter grande capacidade de absorver calor.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO:

ABAFAMENTO
Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio com o material combustível. Pode
ser abafado o fogo com o uso da água, areia, pós especiais, gases inertes, etc.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO:

QUEBRA DA REAÇÃO EM CADEIA


Certos agentes extintores, quando lançados sobre o fogo, sofrem ação do calor, reagindo
sobre a área das chamas interrompendo assim a reação em cadeia (extinção química). Isso
ocorre porque o oxigênio deixa de se combinar com os gases combustíveis.
CLASSES DE INCÊNDIO:

Os incêndios são classificados de acordo com os materiais neles envolvidos, bem


como a situação em que se encontram. Essa classificação é para determinar o agente
extintor a ser aplicado e assim garantir a segurança.

A B C D
CLASSES DE INCÊNDIO:

A
SÓLIDOS COMUNS
(tecido, madeira, papel, borracha)
Queimam em superfície e profundidade e deixam resíduos (cinzas e brasas)
Para a extinção do fogo deve ser baixada a temperatura normalmente com água.
CLASSES DE INCÊNDIO:

B
LÍQUIDOS, GRAXAS E GASES INFLAMÁVEIS
Queimam somente em superfície e não deixam resíduos.
Para a extinção do fogo nesses materiais usamos o método do abafamento ou da quebra da
reação em cadeia. Para líquidos muito aquecidos é necessário o resfriamento.
CLASSES DE INCÊNDIO:

C
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS ENERGIZADOS
Caracterizam-se pelo risco ao combatente do incêndio pela presença da energia elétrica.
Para a extinção do fogo é necessário um agente extintor que não conduza corrente elétrica
abafando o fogo ou pela quebra da reação em cadeia.
Ao cessar a corrente elétrica passam a ser incêndios de classe A.
CLASSES DE INCÊNDIO:

D
METAIS COMBUSTÍVEIS PIROFÓLICOS
(magnésio, selênio, antimônio, alumínio, lítio, potássio, titânio, sódio, zinco)
Queima com altas temperaturas e podem reagir violentamente com agentes extintores
comuns, principalmente os que contenham água.
Para a extinção do fogo os agentes extintores formam uma camada de isolamento no
material (abafamento). Esses agentes em pós são compostos por cloreto de sódio, cloreto
de bário, monofosfato de amônia, grafite seco.
AGENTES EXTINTORES:

ÁGUA:

 É o mais abundante na natureza;

 Tem grande capacidade de absorver calor

 Age por resfriamento ou por abafamento (neblina)

 Conduz energia elétrica

 Causa risco de transbordo e de “boil over” em líquidos inflamáveis

 Encontramos em extintor portátil de 10 litros, hidrantes, torneiras,


lagos, etc.
AGENTES EXTINTORES:

ESPUMA:

 É uma variação da aplicação da água

 Pode ter origem química ou mecânica

 No interior das bolhas temos ar ou CO2

 Age por abafamento e de modo secundário por resfriamento

 Encontramos em extintor portátil de 10 litros ou carretas de 75 e


150 litros
AGENTES EXTINTORES:

PÓ QUÍMICO SECO:

 São pós a base de bicarbonato de cálcio, bicarbonato de potássio ou


cloreto de potássio

 Apagam o fogo por quebra da reação em cadeia e por abafamento


 Para a classe D usamos o cloreto de sódio, cloreto de bário,
monofosfato de amônia e grafite seco

 Encontramos em extintores de 1 a 12 quilos e carretas de 25 a 100


quilos
AGENTES EXTINTORES:

GÁS CARBÔNICO (CO2):

 Gás mais pesado do que o ar, sem cheiro, não conduz energia
elétrica, não venenoso

 É asfixiante

 Age por abafamento e secundariamente por resfriamento


 Usado em equipamentos elétricos sensíveis por não deixar resíduos

 Encontramos em extintor portátil de 1 a 6 quilos e carretas de 10 a 50


quilos
EXTINTORES PORTÁTEIS:

 São aparelhos de fácil manuseio e servem para o combate a


princípios de incêndio
 Recebem o nome do agente extintor que transportam
 Para o êxito em seu emprego é necessário:
• Quantidade suficiente de aparelhos
• Distribuição apropriada e com sinalização
• Manutenção adequada e eficiente
• Estarem visíveis e sem obstruções para seu acesso
• Ter pessoal habilitado para o uso dos aparelhos
EXTINTORES PORTÁTEIS:

ÁGUA (pressurizado)
 Capacidade de 10 litros
 Aplicação Classe “A”
 Alcance do jato 10 metros

MODO DE APLICAÇÃO
1. Levar o extintor até o local do sinistro
2. Retirar o lacre de segurança
3. Empunhar a mangueira e acionar o gatilho
4. Dirigir o jato de água para a base do fogo
A
EXTINTORES PORTÁTEIS:

PÓ QUÍMICO SECO (PQS)


 Capacidade de 1, 2, 4, 6, 8 e 12 Kg
 Aplicação Classe “B” - “C” - “D”
 Alcance do jato 5 metros

MODO DE APLICAÇÃO
1. Levar o extintor até o local do sinistro
2. Retirar o lacre de segurança B C D
3. Empunhar a mangueira e acionar o gatilho
4. Dirigir o jato de pó para a base do fogo com movimentos laterais
EXTINTORES PORTÁTEIS:

GÁS CARBÔNICO (CO2)


 Capacidade de 2, 4 e 6 Kg
 Aplicação Classe “B” - “C”
 Alcance do jato 2,5 metros

MODO DE APLICAÇÃO
1. Levar o extintor até o local do sinistro
B C
2. Retirar o lacre de segurança
3. Empunhar o punho do difusor
4. Dirigir o jato de gás para as chamas com movimentos laterais
EXTINTORES PORTÁTEIS:

ETIQUETA
DE CARRETAS
IDENTIFICAÇÃO

MANÔMETRO SINALIZAÇÃO

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