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BRASIL

Qual é a legislação trabalhista no Brasil?


Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)  foi criada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de
maio de 1943 para regular as relações de trabalho no Brasil. A legislação trabalhista é o
conjunto de normas que regem as relações individuais e coletivas de trabalho e essas
normas estão estabelecida pela Constituição Federal e por outras leis da Justiça do
Trabalho.
É na legislação trabalhista que são estabelecidos os direitos e deveres de empregados
e empregadores como, por exemplo, jornada de trabalho, remuneração, férias, aviso
prévio, licenças, rescisão de contrato de trabalho, normas de segurança do trabalho e
outras regras fundamentais para as relações de trabalho.
A legislação trabalhista no Brasil foi alterada em 2017, uma das principais reformas na
área trabalhista. O objetivo foi simplificar os processos, trazer mais segurança jurídica
e tornar as leis trabalhistas mais atuais aos modelos de trabalho do século XXVI.
A modernização das leis trabalhistas teve como principal objetivo tornar a legislação
brasileira mais compatível com o mundo do trabalho e as formas de produção do
século 21.
Ao fomentar o diálogo, a nova lei contribui para o aumento da produtividade do
trabalho, o desenvolvimento da economia e, por consequência, aumento de emprego
e renda para o trabalhador.

Para que serve a legislação trabalhista?


As regras que gerem as relações entre trabalhadores e empregadores são
determinantes para o bom funcionamento do mercado de trabalho. Elas servem para
regulamentar a relação contratual entre empresa e empregado, estabelecendo direitos
e deveres para as partes, bem como normas de procedimento e normas de conduta.
A legislação trabalhista também pode agregar outras regulamentações atinentes ao
trabalho, como direito coletivo, regulamentação de profissões, regulamentação de
contratos interempresariais (terceirização).
Essas relações precisam se adequar às necessidades da sociedade e da economia,
adaptadas às demandas criadas por novas tecnologias, pela mudança do perfil da
população e pela necessidade de mobilidade e flexibilidade.
Elas devem ser claras e de fácil compreensão para que as empresas e os trabalhadores
saibam com segurança os seus direitos e deveres na relação trabalhista. Além disso, as
normas podem ser modernas e flexíveis, passíveis de negociação entre empresas e
empregados.
Regras que atendam a esses critérios reduzem conflitos e aumentam a
segurança jurídica de empresas e trabalhadores e, por consequência, ajudam a
melhorar o ambiente de negócios do país.
Levando em conta essas necessidades, a Lei 13.429/2017 (regulamentação da
terceirização) e a Lei 13.467/17 (reforma trabalhista) foram modificadas em 2017 e
modernizaram a legislação do trabalho com o intuito de adaptá-la às novas formas de
trabalhar e aos métodos contemporâneos de produção.
A principal inovação trazida pela reforma trabalhista foi a valorização da negociação
coletiva. Trata-se da forma como empresas e trabalhadores pactuam rotinas e
condições de trabalho, como ajustes de jornada, troca de dias de feriado, duração de
intervalos, pacotes de benefícios, aumentos salariais, entre outros.

Quais são os direitos trabalhistas? 


A legislação que rege os diretos do trabalhador é extensa e possui vários detalhes.
Confira os principais pontos que o trabalhador tem direito:
- registro em carteira de trabalho;
- vale-transporte;
- descanso semanal remunerado;
- salário mínimo;
- férias;
- FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço);
- 13º salário;
- horas extras;
- adicional noturno;
- licença-maternidade;
- licença-paternidade;
- aviso prévio proporcional;
- reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho.
Nos Estados Unidos tem Carteira de Trabalho? Como funciona a legislação
trabalhista?

Objetivamente, a resposta é não. Os Estados Unidos não possuem em sua legislação


trabalhista este documento tão importante e necessário no Brasil. Entretanto, isto não
significa que não há regras. Há uma Lei Federal responsável por regular, de maneira
mais generalista, as relações de trabalho: a Lei de Padrões Justos de Trabalho (FLSA,
em inglês).

O escopo de atuação da FLSA é, ainda assim, um pouco limitado. Há, nos Estados
Unidos, autonomia para que os estados criem suas próprias leis reguladoras. Assim, é
possível que determinadas regras trabalhistas se apliquem apenas a um estado, ao
passo que todas têm como base, inevitavelmente, o que é estabelecido pela FLSA.

De todo modo, não há nada que se assemelhe à carteira de trabalho brasileira e isso
também se reflete em alguns direitos trabalhistas – como veremos mais adiante. 

Remuneração mensal vs Remuneração por hora

Outra característica que difere um pouco do que estamos habituados a encontrar no


Brasil, é quanto à forma de pagamento. Nos Estados Unidos é extremamente comum
os contratos de trabalho serem definidos com remuneração calculada por horas
trabalhadas. Enquanto no Brasil o “salário do mês” ainda é a principal modalidade de
pagamento, nos EUA o pagamento por horas de trabalho é bem mais comum, o que
pode causar algum estranhamento de início. 

Mas não se assuste. Essa diferença não se converte em prejuízo real, pois é, de fato,
apenas uma característica do país. Novamente, a flexibilidade das relações trabalhistas
nos Estados Unidos permitem esses tipos de acordo e, inclusive, permitem ao
trabalhador realizar atividades em mais de um emprego, desde que consiga dar conta
da carga horária elevada e que não haja nenhum vínculo contratual de exclusividade
com algum dos contratantes. 

 Uma semelhança a ser considerada entre os dois países refere-se às suas respectivas
cargas horárias semanais. Embora isso possa variar bastante, normalmente a carga
horária padrão de trabalho é de 40 horas semanais, tanto nos Estados Unidos, quanto
no Brasil.

Outro ponto importante. Nos Estados Unidos há dois tipos de pagamento salarial.
O nonexempt e o exempt. No primeiro caso, o funcionário irá receber pelas horas
trabalhadas, incluindo horas extras, ou por um valor pré-definido pelo empregador,
desde que não seja inferior ao mínimo estipulado pela Lei Federal.

No segundo caso, o funcionário irá receber um salário anual, sem vinculação com as
horas trabalhadas. Nesta modalidade não há pagamento adicional por horas extras e
para que seja possível, alguns requisitos devem ser cumpridos:

 o funcionário deverá receber, no mínimo, 455 dólares por semana ou


23.600 dólares ao ano
 A função precisa ser fazer parte da lista de atribuições permitidas para
exercício em modelo de trabalho nonexempt (cargos executivos –
administrativos e profissionais) 
Diferenças entre Brasil e Estados Unidos
Em primeiro lugar, não há décimo terceiro salário nos Estados Unidos. Esse direito é
uma particularidade da legislação trabalhista brasileira. Porém, é bastante comum as
empresas darem uma gratificação no final do ano, um bônus para os seus funcionários.
Cada empresa estabelece as regras e valores da gratificação de acordo com suas
políticas internas, não havendo uma legislação específica sobre esse assunto. 
De modo muito semelhante, as férias também não são protegidas pela legislação
norte-americana e precisam ser combinadas entre o colaborador e o patrão; desse
modo, o período de descanso pode ou não ser autorizado, bem como a sua
remuneração.

Importante: A licença-maternidade nos Estados Unidos está prevista em lei e tem 12


semanas como prazo. Entretanto, não há prescrição legal para que ela seja
remunerada. Ou seja, a legislação protege o emprego, mas não estabelece nada sobre
remuneração neste período, diferentemente de como ocorre no Brasil. 
Demissão sem aviso prévio
Outra diferença em relação às regras aplicáveis no Brasil é referente ao processo de
demissão. Enquanto no Brasil a demissão sem justa causa precisa ser informada com
até 30 dias de antecedência, nos Estados Unidos essa regra não é obrigatória. 
As empresas que precisarem dispensar algum de seus colaboradores, poderão fazer
isso a qualquer momento sem comunicação prévia. 
Afinal, vale a pena trabalhar nos Estados Unidos?
Se você chegou aqui, provavelmente deve estar assustado. É normal. A percepção de
que nos Estados Unidos há muito menos direitos trabalhistas do que no Brasil é real e
se assustar com isso é perfeitamente comum. Porém, embora não exista uma
legislação tão robusta, podemos afirmar que vale a pena trabalhar nos Estados
Unidos sim! E por algumas razões:
A renda média mensal de um trabalhador norte-americano é de US$ 3.274,74, valor
bem acima do rendimento médio do Brasil;
Os Estados Unidos é um país de economia forte. Isto significa que há múltiplas
oportunidades de emprego para bons profissionais. As empresas se esforçam muito
para manter os seus profissionais qualificados por saberem que eles conseguirão se
recolocar rapidamente no mercado, caso peçam demissão;
A carência de alguns direitos é atenuada pela qualidade dos serviços. Os Estados
Unidos possuem uma estrutura mais sólida do que a do Brasil na qualidade dos
serviços essenciais prestados, proporcionando mais economia e qualidade de vida.

China
Como é o regime CLT na China?
Os trabalhadores chineses não tem direito há um mês de férias. Diferentemente do
que acontece no Brasil, lá o descanso só é concedido em 5 dias do ano, sem
contabilizar os feriados.

Com relação as datas comemorativas, é válido ressaltar que nem todo feriado é
aprovado a falta no trabalho. O empregador concede apenas 11 celebrações por ano
para que seu contratado tenha direito ao descanso.
Outro detalhe diferente é que no país não há salário-mínimo. Os pisos de remuneração
são determinados de acordo com os sindicatos de cada categoria e província. Além
disso, não há seguro-desemprego e contribuições como o FGTS.

Quando é demitido, a empresa chinesa tem a obrigação de pagar uma indenização que
funciona como uma espécie de aviso prévio. O valor é equivalente a um mês de
trabalho prestado, sendo contabilizado pela média salarial.
Para as mulheres, a licença maternidade é concedida de forma remunerada durante
um período de três meses. A lei chinesa determina ainda que seja concedido um
período anual de férias, pagos proporcionalmente por tempo que o empregado tem de
casa:

 cinco dias por ano se estiver na mesma empresa por até 10 anos;
 10 dias se trabalhar de 10 a 20 anos no mesmo local;
 15 dias caso tiver trabalhado mais de 20 anos.

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