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Professora:
o Maria Leonor Cochofel De Castro Pizarro Monteiro De Meireles
Magalhães
Avaliação:
o 18 de novembro
o 11 de janeiro
Manuais:
o Noções básicas - Contratos de Trabalho – almedina – João e alemeda (3ª
edição)
o Código do Trabalho (processo de trabalho)
o Fichas no Moodle
14/09/2021
Sumário:
Apresentação.
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16/09/2021
Sumário:
Objecto e âmbito;
Aula:
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Esta independência carateriza-se pelo facto de que o trabalhador precisa de
trabalhar, ou seja, a retribuição que lhe vai ser paga constitui a sua principal fonte de
subsistência.
Nesta altura, há uma desigualdade o que nos permite reconhecer uma parte que
se designa como mais frágil do que a outra, à qual pela sua força económica se apresenta
numa condição de negociar diferente, o que é fruto dessa necessidade de contratar esta
disponível para aceitar as negociações da outra parte.
As primeiras leis socias incidiram sobre as questões mais graves, ou seja, nas
limitações das horas de trabalho, uma vez que não havia limite no horário e trabalhavam
“sol a sol”. Em face desta carateriza-se o período histórico, ou seja, há necessidade de
criar um ordenamento que desse resposta, então a preocupação esta subjacente ao
direito do trabalho, a qual se mantem a autonomia privada, mas a qual se sobressai
o princípio favor laboratoris.
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As normas jurídicas (relação entre lei):
Este direito evoluiu por força da globalização e for força das revoluções que
sucederam. As condições contratuais passaram a ser diferentes na escala global. Em fase
destes fenómenos, surge uma necessidade de introduzir alguma flexibilidade, como
reduzir o tempo de trabalho, passando haver bancos de horas, por exemplo.
Este direito tem de se mostrar mais aberto a alterações. Posto isto, podemos
caraterizar, o que se afirma a vir a ser o futuro, é a estabilidade do emprego, e a
flexibilidade do trabalho. A estabilidade no emprego, na generalidade dos países
europeus, significa que o trabalhador só pode ser despedido por justa causa, não há
despedimento livre. Em outros países, entendem que os trabalhadores são mais
protegidos pela flexibilidade do trabalhador, ou seja, ser despedido de forma livre, ou
seja, neste regime da flexibilidade do trabalho o trabalho é mais rotativo, da mesma
forma que se despede contrata-se.
Insiders / outsiders
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Elementos essenciais do contrato de trabalho segundo o artigo 11º do CT:
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21/09/2021
Sumário:
Aula:
Em regra, é celebrado por 2 sujeitos, de um lado é física, do outro pode ser coletiva ou
uma ou mais pessoas. Temos o trabalhador e o empregador, este contrato vem definir
no artigo 1152º do CC, 1153º CC (remete para o Código do trabalho).
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Contrato de trabalho – regula o trabalho subordinado. Se efetuar esse trabalho
em violação das ordens dadas ele não cumpre o contrato (1 empregador que manda o
trabalhador cozer botões de camisa, mas ele coze as calças, aqui há incumprimento
contratual).
Dependência técnica – há atividade que têm que ser efetuadas com dependência
técnica.
• Fontes Internacionais
o OIT- surge partindo da ONU, são celebradas convenções que têm que ser
ratificadas pelo parlamento dos estados, caso contrário não integram o pais.
É algo que pertence ao direito internacional publico. O direito não vincula
diretamente os estados (artigo 8º nº2 e nº3 da CRP). É uma organização
internacional criada com a vocação das relações de trabalho criadas no
âmbito da ONU mas com a competência para regular o direito do trabalho,
existem alguns princípios gerais.
o União Europeia
7
• Fontes Nacionais
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o Origem convencional – Existem determinadas relações de direito privado
(normalmente). Estamos no domínio da autorregulamentação dos interesses
(as partes definem qual o regime pelo qual se vai regular a suas relações).
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Direitos individual – relações entre trabalhador e empregador
23/09/2021
Sumário:
Aula:
AR: Leis (artigo 165º CRP)
CRP Governo: Decretos-leis e regionais.
Artigo 165º nº1 alínea b) – regula quais as matérias que são da exclusiva
competência da assembleia, mas que poderá ser delegada pelo governo
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Do lado do empregador a situação é diferente, podem uma empresa, um
conjunto de empresas ou uma ou várias associações de empregadores, temos o critério
da entidade patronal soberana, critério patronal celebrante.
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28/09/2021
Sumário:
Aula:
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Regras: Âmbito de aplicação originário: art.496º CT obriga o empregador que o
subscreve ou filiado em associação que sejam membros de associação sindical
celebrante. Ex: é criada uma convenção coletiva de trabalho que difere os dias de férias
da lei já estabelecida – na lei diz 22 dias e na convenção é 25 dias uteis- , nesta matéria
é estabelecida o n 1º deste art.496º CT neste caso estão obrigados a dar os 25 dias uteis
as empresas que estão inscrita na associação de empregadores celebrantes, tal como só
os sindicatos que se filiaram a essa convenção – principio da eficácia limitada ou
principio da dupla filiação. (não se aplicam a todos os trabalhadores e empregadores
deste setor porque não é eficácia absoluta).
Por força desta regra da dupla filiação (trabalhadores livres de se filiarem aos
sindicatos) se houverem 2 sindicatos p ex. no setor têxtil, a convenção vincula o
empregador e aplica-se aos filiadores que estejam filiados aos sindicatos que os
empregadores também se filiaram. PROBLEMA
Alargamento do âmbito de aplicação:
Adesão administrativa: fonte de direito estadual, portarias de extensão 514º a
516º CT.Alargamento administrativo através de portaria de extensão, esta portaria de
extensão é um ato normativo exercido pelo estado no exercício do seu ius imperium,
quem emite portarias é a administração publica. Estas portarias são possíveis e são de
caracter supletivo, excecionais e subsidiarias. Atualmente há um abuso do exercício
desta prerrogativa. Só é possível se não houver convenção. Ex: se houver um sindicato
da zona sul que não vincula sobre alguma convenção e na zona norte e centro sim,
automaticamente vinculará também da zona sul por força desta adesão administrativa
=prevalência da autonomia coletiva
Adesão voluntária pode ser unilateral e bilateral:
• Adesão voluntária unilateral 496º nº3 2ªparte, 497º e 492º nº4, 496º nº3 b) CT
• Adesão voluntária bilateral – acordo de adesão – 504º ss CT há a possibilidade
de adesão à convenção por parte de dois sindicatos ou associações de
empregadores no caso da mesma já ter estado filiada a outro sindicato ou
associação de empregadores que já estavam filiados a um outro. Basicamente
dois sindicatos ou duas associações de empregadores filiadas à mesma
convenção. Adesão incondicional e total.
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30/09/2021
Sumário:
Sujeitos que de início não estavam abrangidos pela convenção, por força da regra
da filiação estavam excluídos, mas há formas de o abranger, são as vias de alargamento
do âmbito subjetivo da convenção. (ver última aula)
Nas portarias de extensão pode acontecer que o alargamento pode ser feito de
forma condicional.
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Hierarquia das fontes:
O direito à greve esta estipulado na CRP – artigo 57º CRP – supomos que há um
artigo do código que vai determinar destituição o direito à greve. Neste caso quem
prevalece a CRP perante este artigo, em caso de conflito resolve-se perante a CRP. Sendo
inconstitucional vai prevalecer a CRP. – por exemplo
Este conflito vem resolvido no artigo 3ºnº1 e 3 CT. Só pode ser feita a referência
ao artigo 3ºnº1 e não outro nº1 deste mesmo artigo.
O contrato não é uma norma jurídica, mas para a relação estabelece uma forma
jurídica. Artigo 3ºnº4 CT – este só resolve este conflito não pode resolver outro conflito.
Presume que a lei legal dm relação ao contrato é semi imperativa, consagra uma
presunção de semi imperatividade. Salvo se delas resultar o contrário, ou seja, consagra
um regime supletivo, não é mais favorável nem menos, o regime é rígido.
Resolve-se sempre a favor por regra, da fonte que estabelecer o regime mais
favorável. Porque no artigo 3ºnº4 esta consagrada um regime de presunção
imperatividade relativa (semi supletivas).
Ver se na norma legal existem alguns elementos que nos permite classificar a
norma jurídica. – é uma norma imperativa relativa (3ºnº4), aplicação presunção da
classificação da norma jurídica, temos de nos socorrer à letra da lei, lendo-a vendo se
contém algum elemento que nos permita socorrer (vocábulo “mínimo”) para saber.
Proíbe regimes menos favoráveis e permite os mais favoráveis. Logo é uma norma semi
imperativa, ou seja, fixando o contrato de trabalho de 25 dias uteis, esta não pode ser
afastada porque a lei permite a mais favorável. Neste caso prevalece o regime contratual
uma vez que é mais favorável ao trabalhador. Em caso de 22 dias uteis, prevalecia a lei.
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Artigo 263ºnº1:
Atribui ao trabalhador o subsídio de Natal igual ao seu ordenado. - A lei fixa isto.
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07/10/2021
LEI vs CRP CRP CRP – norma das normas Artigo 3.º, n.º2 e nº3 da CRP
Passos:
Passos:
- CT mais favorável
– CT
IRCT (CCT) /CONTRATO
Artigo 476.ª do CT
DE TRABALHO (CT)
- Se CT menos
favorável - IRCT
Depende:
Se progresso social- revogação da CCTA pela CCTN (art. 503.º,
- Ser progresso /
n.º 1 CT Se retrocesso social – depende:
Retrocesso social
SUCESSÃO DE
1. Se há Cláusula de favorabilidade – CCT (N)- art 503.º , n.1 e
CONVENÇÕES CCT + Artigo 503º do CT
n. 3 do CT (mas atençã art 478.ª LEI….
(ANTIGA) / CCT (NOVA)
Existência 7
2. Se não há claúsula de favorabilidade - CCT (A) art 503.º , n.1
Inexistência de
e n. 3 do CT
cláus.
favorabilidade
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NOTA: Sempre que a situação pratica tiver uma sucessão de convenções é por ai
que devemos de começar.
Cada conflito é resolvido por uma norma diferente (exemplo: entre o contrato
de trabalho e lei – artigo 3º nº4)
Artigo 3º nº1 (As normas legais reguladoras de contrato de trabalho podem ser
afastadas por instrumento de regulamentação colectiva de trabalho, salvo quando delas
resultar o contrário) -> Presunção de supletividade salvo se dela resultar o contrario
1º passo – Letra da lei, temos que olhar para a norma e ver se ela nos faculta
algum elemento
Artigo 3º nº5 – ferramenta adicional que pode ser útil para resover algumas
questões.
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Contrato de trabalho vs Convenção de contrato de trabalho
Exemplo Prático:
• 800 Euros (80%) – inválida (não pode ser afastada em sentido da menos
favorável)
Artigo 3º nº1
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Sucessão de convenções CCT(antiga) / CCT (nova)
Artigo 503.º - CT
Então:
Processo - Se progresso social- revogação da CCTA pela CCTN (art. 503.º, n.º 1 CT
Se retrocesso social – depende:
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12/10/2021
Sumário:
Aula:
Caso Prático
9.º Trabalho suplementar prestado em dia de descanso ou dia feriado pago com
acréscimo de 120%. (art. 268º do CT ) (/40%)
Suponha que esta CCT veio substituir uma CCT de 2015 em que:
4.º Trabalho suplementar prestado em dia de descanso ou dia feriado pago com
acréscimo de 90%. (/60%)
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a) A CCT de 2021 contém uma cláusula em que se afirma o seu carácter
globalmente mais favorável.
b) A CCT de 2021 não contém uma cláusula em que se afirma o seu carácter
globalmente mais favorável.
1º Remuneração de 800€
Resolução
CT – 800€
Conflito entre CCT velha e CCT nova – Artigo 503º nº1 do CT (A convenção
colectiva posterior revoga integralmente a convenção anterior, salvo nas matérias
expressamente ressalvadas pelas partes).
Aplicamos a nova.
Conflito entre CCT e Lei – artigo 3º nº1 (As normas legais reguladoras de
contrato de trabalho podem ser afastadas por instrumento de regulamentação colectiva
de trabalho, salvo quando delas resultar o contrário).
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Temos de qualificar a norma, ou seja, classificar a sua natureza jurídica. Lê-se a
norma 263º do CT, ou seja, da letra da lei resulta que a norma é imperativa relativa, ou
seja, semi-imperativa, nos termos do artigo 3º nº1 resulta o contrario, sendo semi-
imperativa, significa que a lei pode ser afastada desde que a convenção estabeleça um
regime mais favoravel. No caso concreto a lei +e menos favoravel, então artigo 476º do
CT (As disposições de instrumento de regulamentação colectiva de trabalho só podem
ser afastadas por contrato de trabalho quando este estabeleça condições mais
favoráveis para o trabalhador) que diz que prevalece a convenção.
• CT mais favorável – CT
Próximo conflito:
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Na hipótese A – há clausula de favorabilidade – Significa que está preenchido o
requisito do nº3 e portanto, havendo clausula e nº1 abdica-se e tem se a revogação da
CCT anterior. – Temos o conflito entre a nova e velha – prevalece a nova, ou seja, o
trabalhador perdia 1 dia de férias. Mas esta perda faz pressupor que a partida que as
partes negociarem, entenderam que estas clausulas são compensadas pelas novas
regalias que estava convenção continha, o que faz entender que a nova convenção é
mais favorável que a anterior. – 24 dias uteis de férias
Passos:
2. Preceito anexo
Pode ser afastada da CTT em sentido mais favorável, mas não pode ser em menos
favorável. Vai prevalecer a convenção em relação á lei.
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Conflito Lei e CCT (feriados)
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Conflito CCT e Lei:
Passos:
2. Preceito anexo
Artigo 3º nº1 – Não há letra da lei, nem preceito anexo, não podemos aplicar
então o artigo 3º nº3.
Cláusula 5:
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Próximo caso (Trabalho nocturno):
Conflito CCT com a lei – Aplica-se o artigo 3º nº1 do CT (As normas legais
reguladoras de contrato de trabalho podem ser afastadas por instrumento de
regulamentação colectiva de trabalho, salvo quando delas resultar o contrário), -
qualificamos a norma em termos de natureza jurídica - A letra da lei– artigo 266 do CT
não é esclarecedor – também não temos preceito anexo – artigo 3º nº3 tambem não
temos – artigo 3º nº1 do caso de duvida que é a presunção de supletividade. Ou sej, vai
prevalecer a convenção. – 40%
Conflito CT e CCT:
NOTA: Preceito anexo – 250º do CT que vem a propósito das faltas + 249º do CT
temos os motivos + 251º do CT + 339º do CT
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14/10/2021
Sumário:
O CONTRATO DE TRABALHO:
Aula:
Artigo 112.º
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profissional para a mesma atividade, tenha sido inferior ou igual ou superior à duração
daquele, desde que em qualquer dos casos sejam celebrados pelo mesmo empregador.
Artigo 111.º
3 - O período experimental pode ser excluído por acordo escrito entre as partes.
Artigo 113.º
Artigo 114.º
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5 - O empregador deve comunicar, no prazo de cinco dias úteis a contar da data
da denúncia, à entidade com competência na área da igualdade de oportunidades entre
homens e mulheres a denúncia do contrato de trabalho durante o período experimental
sempre que estiver em causa uma trabalhadora grávida, puérpera ou lactante ou um
trabalhador no gozo de licença parental.
Passos:
2. Preceito anexo
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Conflito CCT vs Contrato e Lei vs Contrato
Bernardo não está filiado a um sindica – Artigo 3º nº4 do CT (As normas legais
reguladoras de contrato de trabalho só podem ser afastadas por contrato individual que
estabeleça condições mais favoráveis para o trabalhador, se delas não resultar o
contrário) – confere o regime da semi-imperatividade – regime mais favoravel -
Aplicamos a lei
Próximo caso
Artigo 496.º
Princípio da filiação
Artigo 56º nº4 da CRP (A lei estabelece as regras respeitantes à legitimidade para
a celebração das convenções colectivas de trabalho, bem como à eficácia das
respectivas normas) – o legislador constituinte confere competência para reular a
eficácia subjetiva ou pessoal (ou seja quem se aplica a convenção), esta competência é
do legislador ordinário, portante neste caso temos um conflito entre o 496º e a clausula
convencional, mas o artigo 496º é imperativo absoluto devido ao artigo 56º nº da CRP,
logo não se pode ser afastada.
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Próximo caso (Trabalho suplementar)
b) A CCT de 2021 não contém uma cláusula em que se afirma o seu carácter
globalmente mais favorável.
Lei – 50%
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Conflito CCT vs Lei
Passos:
Aplicamos a CCT.
Lei – 50%
33
19/10/2021
Sumário:
Aula:
• Retribuição
• Subordinação juridica
Uma relação sem ser de trabalho pode ser regulada pelo CT ainda que não seja
regime regra. Em principio se não for uma relação de trabalho o individuo não pode
pedir para ser salvaguardado os seus direitos pelo contrato de trabalho. Apesar disso há
elementos que são comuns (trabalg e prestação de serviços)
Em termos teóricos é fácil traçar uma distinção, vamos ver que a flexibilidade da
sordinação jurídica determina que muitas vezes a identificação concreta na qualificaço
dos contratos não se apresenta tao fácil como na teórica sendo que esta decisiva para
aplicar a legislação laboral. Se seguirmos o modelo de produção em qie o credor da
atividade exercida, a sua subordinação jurídica sendo fácil de identificar na relação
contratual, noutrassituações esta é menos intensa e direta.
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(regras da ordem deontológica, o modo como se executa a atividade não depende da
entidade empregadora – difícil de identificar a subordinação jurídica).
Artigo 116º do CT
Artigo 10.º
Situações equiparadas
Existem CPS, que são falsos porque apesar de serem assinas como tal verificam-
se a subordinação jurídica. O nome que as partes dão ao contrato é pouco relevante,
porque nem sempre é correto. Na prática, eram usados CPS para que não sejam
protegidos pelo direito laboral, ou seja, muitos trabalhadores assinam e nem se
apercebem que são CT.
Exemplo: Várias clausulas, sendo uma ‘’que qualquer uma das partes pode
desvincular-se unilateralmente com aviso prévio de 30 dias’’. Ao abrigo desta clausula o
empregador dispensa o trabalhador (surge o problema quase sempre no fim do
contratato), se for CPS aplica-se o CC artigo 1154º ss, e a situação é validade. Se o pelo
contrato, for CT, a clausula é invalidade porque a denuncia por parte do empregador
configura um despedimento e a lei do trabalho, não a admite sem que esta tenha um
motivo / justa causa (é uma resolução não uma denuncia – ambos são um rompimento
de contrato, a no primeiro é necessário um motivo e no segundo não)
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Indícios:
• Relativos à retribuição
o Autonomia Técnica
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Artigo 261.º
Modalidades de retribuição
1 - A retribuição pode ser certa, variável ou mista, sendo esta constituída por
uma parte certa e outra variável.
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21/10/2021
Sumário:
Aula:
Artigo 12.º
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26/10/2021
Sumário:
Aula:
Casos Práticos
Estas situações acabam por ser seguidas, em que o contrato está ou não presente
subordinação jurídica, caso haja estamos no caso de contrato de trabalho, caso
contrário estamos perante um contrato de prestação de serviços.
De acordo com isto, é que celebrou um contrato escrito, era medico, devia
atender os doentes da mesma, há local de trabalho (aponta para contrato de trabalho),
o medico obriga-se a prestar 50 horas por mês, sendo que estas horas não estão sujeitos
a um horário rígido daquela empresa, significa que tem de se deslocar á empresa com
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alguma regularidade (aponta para a existência de alguma subordinação, mas fica no
meio de contrato de trabalho ou prestação de serviços), relativamente á retribuição
certa (aponta para o contrato de trabalho) é realizada em função do tempo de trabalho,
o recibo verde (aponta para contrato de prestação de serviços), em relação a
independência técnica, poderá ser uma manifestação de ausência de subordinação
jurídica, mas esta é essencial ser preservada neste tipo de atividade, não era legal para
contrato de prestação de serviços, mas naqueles casos é pré-determinada e é essencial
na atividade, como é neste caso, neste caso no fundo a Independência técnica não deve
apontar, uma vez que dificulta pelos termos do artigo 116º, não significa que este se
vincule por contrato de trabalho, porque é inerente ao próprio exercício da atividade.
Este médico provavelmente não exercia só esta atividade, não se esgotaria nesta
atividade prestadora, podia trabalhar noutros sítios é um requisito que aponta no
sentido de contrato de prestação de serviços.
40
II
41
Caracteristicas do Contrato de trabalho:
Natureza
42
28/10/2021
Sumário:
Aula:
Modalidades atípicas
Por vezes estas falham, ou seja, a relação de trabalho não tem uma das
características que foram referidas anteriormente, logo estabelece-se um regime
especial.
Contrato a tempo parcial ou part-time – não ocupa a sua jornada diária com o
trabalho.
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Contrato de trabalho temporário – é uma figura que temos sujeitos, o
trabalhador vai realizar uma atividade a qual não tem vínculo de atividade com a
empresa onde trabalha. A empresa de trabalho temporário, contrata e retribui o
trabalhador, para este realizar a atividade na empresa utilizadora do trabalho
temporário, sendo que este trabalho resulta do facto da empresa celebrar um contrato
com empresa de trabalho temporário um contrato de utilização. O trabalhador é
contratado pela entidade patronal (temporário), mas não executa a atividade para esta,
e trabalhar para a empresa que não tem qualquer vínculo. O trabalhador só tem vinculo
com a empresa de trabalho temporário
Artigo 139º e ss do CT
A contratação a termo não é livre, por esta razão é modalidade atípica que vai
constituir a exceção, por facto de ser gerador de uma atividade típica, só pode se por
recorrer a esta modalidade dentro dos casos da lei.
Não existe uma politica admissibilidade a termo, também não pode existir a
celebração a termo, qual é a justificação para que o contrato a termo seja possível, a
justificação é se fosse proibido perante uma situação como ‘’o empregador tem uma
trabalhadora, por hipótese tem um bebe e tira licença de parentalidade, mas esta é
transitória, o que acontece é que o empregador precisa de mão de obra durante quele
período de licença para completar aquele horário’’ – para satisfazer necessidades
transitórias de mão de obra, o legislador dá possibilidade de contratação a termo.
• Suspensivo
• Resolutivo
44
Condição: temos um evento futuro de verificação incerta
• Suspensivo
• Resolutivo
Artigo 135.º
Termo suspensivo – data de celebração é hoje, mas pode se incluir a dizer que
só celebra a partir de janeiro de 2022, ou seja, os seus efetiso ficam suspensos até
janeiro de 2022.
45
Contrato a termo resolutivo:
• Pode ainda ser: certo (fixar atempadamente ao momento em que ela se vai
verificar nos 2 sentidos) ou inverto ( a verificação é certa, o momento é é que é
inverto quando ao momento da verificação).
Regime:
140º:
• Nº4
46
02/11/2021
Sumário:
Aula:
Artigo 140 do CT
De acordo com o artigo 110 do CT, o contrato de trabalho em geral não está
sujeito a forma escrita.
Artigo 141 – tem de ser obrigatoriamente reduzido a escrita sob pena de ser
considerado invalido.
Exigências de forma que a lei impõe – o artigo 141 elenca as formalidades que
devem ser observadas. A omissão de algumas dela não acarreta invalidade do negócio.
Destas formalidades que integram o conteúdo contratual nem todas elas são
essenciais à validade do negócio jurídico.
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O artigo 141 tem um caráter indicativo relativamente às formalidades que não
são essenciais.
A lei impõe estes requisitos e diz que se não forem observados esta cláusula é
invalida, se tirarmos a cláusula aquele contrato temos um contrato de trabalho mas sem
termo. Considera-se desde o seu início um contrato sem termo. A cláusula inserida será
inválida. É a forma de proteger o trabalhador.
O legislador quando não são cumpridos estes requisitos acaba por reconduzir o
contrato ao contrato típico sem termo.
Temos o contrato a termo certo – as regras quanto à duração vêm no artigo 148
do CT. Por regra a duração do contrato não tem fixação mínima. Estabelece um limite
ao abrigo da alínea h) e pelo nº4 o contrato não pode ser inferior a 6 meses.
Apesar de nessas alíneas as partes não estão livres de estipular o prazo que
quiserem.
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Esta norma significa que para que a caducidade opere é necessário o decurso do
prazo que é a verificação do termo mais a denúncia, comunicação escrita com um aviso
prévio que varia consoante ela parte do trabalhador ou do empregador. São estes os
requisitos adicionais que a lei prevê para que o contrato possa caducar. Se não for feita
esta comunicação, o contrato não caduca.
Articular com o artigo 149 (renovação) – nº1 – se as partes acordarem que não
está sujeito a renovação nessa hipótese excecional o contrato caducará
automaticamente. Chamamos uma clausula de não renovação. Qual é a vantagem? –
não há incumprimento de requisitos, não há esquecimentos, o empregador pode logo
determinar que ele não é renovável.
Não houve comunicação escrita ou houve mas não foi cumprido o aviso prévio,
a consequência é o contrato não caducar.
49
Regime do artigo 344 nº2 – a caducidade pode operar porwue não há clausula
de não renovação, é o próprio trabalhador que não quer o contrato renovado, nesta
situação é a única em que não há compensação. A sua função é em primeiro lugar o
trabalhador quando celebra o contrato nunca sabe se vai subsistir ou não, esta
compensação visa compensar o trabalhador por perder aquela fonte de rendimento,
perde o vínculo contratual, é uma forma de o legislador admitir a contratação a termo.
A primeira situação é a perda de emprego. Por outro lado, a estipulação desta
compensação acaba por encarecer o recurso à contratação a termo.
A forma de cálculo está prevista no artigo 366 - se receber 1000 euros temos de
calcular o valor diário que é feito atras da divisão por 30 dias e multiplicamos por 18. Se
for um ano completo. Se for 2 anos multiplicamos o valor a que chegamos por 2. Se for
um ano e meio temos que calcular proporcionalmente o valor.
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04/11/2021
Sumário:
Aula:
27/11/2019
27/11/2018
09/01/2019
Ribeiro Cardoso
26/10/2017
Ferreira Pinto
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Contratos de muita curta duração
Artigo 142º do CT
Contratos a termo que a lei designa de muita curta duração, vão estar sujeitos a
um regim jurídico. Ao suavizar.se a forma esta se a dificultar o controlo da legalidade
destes mesmo contratos. Quando foi introduzido no código já receberam muitas criticas.
Foi generalizada a sua verificação em certos setores.
Artigo 142.º - CT
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Casos práticos
Ana foi admitida na empresa BCG,SA em 1 de Abril de 2021 por contrato a termo de
seis meses, tendo sido estipulado o pagamento de uma retribuição mensal de 700€.
As partes reduziram o acordo a escrito, assinaram-no e referiram que “ o contrato
era celebrado ao abrigo da al a) do nº2 do art.º 140ºCT “ Em 28 de Setembro de 2021
a empresa comunicou a Ana a sua vontade de não renovar o contrato.
Poderá Ana reagir contra esta decisão de extinção do contrato pretendida pela
empresa?
Contrato a termo resolutivo certo – contrato que está incluída uma clausula de
termo resolutivo, a eficácia do negócio vai deixar de produzir efeitos na data do termo,
evento futuro de verificação certa
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Artigo 141.º
54
II
1. Dado que não precisava de dois trabalhadores para ocupar o mesmo posto de
trabalho, a entidade empregadora pensou em dispensar A logo que B regressou ao
serviço, pelo que lhe comunicou, por escrito, que o seu contrato cessaria no final do
mês de Dezembro. Teria razão para assim proceder?
2. Suponha agora que o empregador nada disse a A, pelo que este se manteve
ininterruptamente ao serviço até que, no dia 10 de Agosto de 2021, a entidade
empregadora lhe comunicou a vontade de não renovar o contrato de trabalho. Para
a entidade empregadora o contrato iria caducar no final de Agosto, mas A entende
que a comunicação patronal se analisa num despedimento ilícito. Quid juris?
Uma vez que não caduca, renova-se – artigo 149º nº2 do CT – Na falta de clausula
de não renovação e a falta de comunicação – este renova-se por mais 6 meses.
55
3. Partimos do principio que o trabalhador não regressou nessa data e o
empregador, a 28 de Agosto de 2021 comunica a extinção do contrato no fim de
agosto.
56
09/11/2021
Sumário:
Aula:
III
Ana, desempregada de muito longa duração, foi contratada pela empresa XXY em
1.2.2020 O contrato foi celebrado com observância de todas as formalidades legais,
tendo-se estabelecido o mesmo teria a duração de 12 meses e fixado uma
remuneração mensal ilíquida de 750€. Suponha que no dia 25 de Janeiro 2021, Ana
recebe uma carta da empresa em que lhe era comunicada a vontade desta fazer
cessar o contrato que as unia no dia 31 de Janeiro seguinte.
1. Inconformada com a perda do seu emprego, Ana pretende saber se o seu contrato
cessou efectivamente naquela data e pede-lhe ainda que caracterize juridicamente a
sua situação contratual.
57
2. Suponha que o contrato caducou efectivamente no dia 31 de Janeiro de 2021. Que
importâncias poderia Ana reclamar da XXY em consequência dessa mesma cessação?
Parcialmente o regime aplicável à compensação não está neste artigo mas ism
no artigo 366º do CT, mas cujas regras também se aplicam a esta situação. Ela vai variar
em função da duração.
Relativamente a esta norma (344º nº2 do CT) – 18 dias de retribuição base por
cada ano completo. A retribuição pode ser composta por várias prestações patrimonial
mas para efeitos de retribuição pela caducidade do contrato só se o valor da retribuiçãi
base para efeitos de clculo da compensação.
Calculos:
18 dias x 25 = 450€
Iria caducar a 29 de julho, só que a comunicação não foi concluída então não
caduca. Pode renovar-se ou converter-se, 149º nº2, em principio renovar-se-ia por
igual período, mas a renovação não será possível porque passa dos 2 anos, 147º nº2
alinea b), vai passar a contrato sem termo.
450-12
x-18
(450x18)/12=675
58
IV
1/6/2017
Aviso prévio? Sim, mas parcial - Aviso prévio de 15 dias - 345º nº3
2. Supondo que não existira, qualquer aviso prévio e que só no dia 4 de Março de
2021 B se dirige a A no sentido de o dispensar dos seus serviços dada a conclusão da
obra no dia 1 de Março, seria diferente a sua resposta?
Não há aviso prévio – nesta situação temos a inexistência de aviso prévio que
leva a aplicar o artigo 147º nº2 alinea c) do C, o contrato converte-se dcorridos 15 dias,
sob a data do termo. O termo verificou-se a 4 de março. Ele é dispensado a 4 de
março. No dia 4 só decorreram 4 dias sob a data do termo pelo que o contrato ainda
vai caducar (147 nº2 alinea c) 2º parte – leitura ao contrario)
Contrato a termo certo – artigo 140º nº4 alínea a) do CT - A lei so admite os casos
de contrato a termo certo.
6 meses de contrato
Decide manter até 30/4/2021 (+6 meses) – é necessário que subsista o motivo,
mas a lei estabelece um limite – 148º nº4 do CT - Nunca poderia ir alem de 01/04/2021,
os 6 meses faz exceder.
O empregador poderia aplicar o artigo 149º nº3 – 5 meses mas teria de ser de
forma escrita
60
Regime do contrato a termo incerto:
• Termo incerto
o Caduca
▪ 343º alinea a)
▪ 345º
o Converção
De acordo com a lei (345), se o aviso prévio não for cumprido a primeira
consequência é que gera nos termos do artigo 345º nº2 a obrigaçãi de o empregador
indemnizar o trabalhador do incumprimento total ou parcial do aviso prévio. Isto não
seria possível. Por exemplo, o contrato tinha uma duração de 3 anos, o aviso seria de 60
dias, deu apenas 30 d8as, tem de pagar aqueles dois meses.
61
Se houver aviso prévio e o trabalhador permanecer em atividade para além dessa
data o contrato converte-se
62
16/11/2021
Sumário:
Aula:
Contrato temporário:
ETT
Contrato de trabalho Contrato de prestação de
(normalmente a termo) serviços
Trabalhador Utilizador
63
Artigo 172º alínea c) do CT (Contrato de utilização de trabalho temporário o
contrato de prestação de serviço a termo resolutivo entre um utilizador e uma empresa
de trabalho temporário, pelo qual esta se obriga, mediante retribuição, a ceder àquele
um ou mais trabalhadores temporários) – A termo resolutivo
Artigo 175.º
64
Não se confunde com as chamadas agências de colocação de trabalhadores,
essas empresas não estabelecem vínculo nenhum com o trabalhador e nem com a
empresa. Também não se confunde com a cedência ocasional de trabalhador - artigo
288º do CT (A cedência ocasional consiste na disponibilização temporária de
trabalhador, pelo empregador, para prestar trabalho a outra entidade, a cujo poder de
direcção aquele fica sujeito, mantendo-se o vínculo contratual inicial). Por regra esta
situação é proibida no direito do trabalho, uma empresa não pode ceder a terceiros os
seus trabalhadores.
Artigo 289.º - CT
65
Contrato a tempo parcial
Artigo 150.º
3 - O trabalho a tempo parcial pode ser prestado apenas em alguns dias por
semana, por mês ou por ano, devendo o número de dias de trabalho ser estabelecido
por acordo.
66
Não pode haver discriminação em termos de salário, em que deve ser feito
ajustamento a tempo. O ajustamento deve ser feito dando resposta sem prejudicar o
trabalhador em tempo parcial. As condições aplicáveis não podem prejudicar o
trabalhador.
Artigo 155.º - CT
67
Trabalho intermitente
Artigo 157º e ss do CT
Artigo 157.º - CT
68
Artigo 160.º - CT
Direitos do trabalhador
4 - Os subsídios de férias e de Natal são calculados com base na média dos valores
de retribuições e compensações retributivas auferidas nos últimos 12 meses, ou no
período de duração do contrato se esta for inferior.
69
23/11/2021
Sumário:
Aula:
Artigo 161º do CT
Regime jurídico:
Este contrato só pode ser celebrado para funções típicas em que o nexo de
confiança é muito forte.
70
Na comissão de serviços interna um trabalhador desempenha determinadas
funções e a certa altura é nomeado para funções de chefia que não são compatíveis
normalmente com a modalidade do contrato de trabalho standard. Se no exercício de
funções normais uma quebra de confiança é sempre negativa ela pode não ser
suficientemente negativa a legitimar que o empregador ponha fim à relação contratual
e pode sobretudo prejudicar o próprio funcionamento da empresa. O legislador vem no
fundo flexibilizar a rutura contratual.
71
Teletrabalho:
Artigo 165º e ss do CT
72
Regime jurídico propriamente dito (artigo 166 nº5 do CT)
Exercício dos direitos coletivos do trabalhador (artigo 171 do CT) – está associado
ao local de trabalho (é muito forte aqui).
73
25/11/2021
Sumário:
Aula:
• Boa-fé
74
Artigo 24º e 25º do CT e consequências do artigo 26º e 27º do CT:
75
Distinção entre igualdade e não discriminação:
Consequência da discriminação:
76
Período experimental:
Artigo 112º nº4 do CT – quem foi para estágio profissional e efetuou as mesmas
funções no estágio que vai fazer no trabalho que celebrou contrato, então esse período
experimental já não é contabilizado no início do contrato.
77
Abuso de direito - alguém tem um determinado direito e exerce-o excedendo os
limites inerentes do mesmo ou exercendo contrariamente ao fim para o qual ele foi
consagrado.
Materiais:
78
Embora o legislador tenha estes 3 fatores não é exigível que sejam cumulativos.
Se faltar um, a lei exige sim o cumprimento de requisitos adicionais do nº1 e nº2 do
artigo 70º do CT. Se a autorização escrita dos pais não estiver presente, o contrato não
é válido.
Pode haver situações particulares em que o menor ainda não tem 16 anos mas
já pode trabalhar – artigo 68 nº3 do CT
79
30/11/2021
Sumário:
Aula:
Invalidade imparcial
Artigo 122.º - CT
Artigos 285º e ss do CC
Artigos 289º do CC
80
Artigo 289.º - CC
2. Tendo alguma das partes alienado gratuitamente coisa que devesse restituir,
e não podendo tornar-se efectiva contra o alienante a restituição do valor dela, fica o
adquirente obrigado em lugar daquele, mas só na medida do seu enriquecimento.
Invalidade parcial – A clausula viola uma norma imperativa, não pode ser
afastada pelas partes. É parcial porque este vício não compromete todo o negócio
jurídico, isto é, só vai invalidar aquela clausula que viola a lei, subsistindo o contrato. O
regime desta invalidade – regra geral quando há invalidade parcial, elas têm em visa
permitir que não estando contaminado todo o contrato aproveitando-se aquela parte
que não é afetada pelo vicio se princípio da conservação dos negócios jurídicos
Artigo 121.º - CT
81
Artigo 125.º - CT
Caso prático
A – Contrato inválido nulo, porque tinha 13 anos, se foi em 2019, agora teria 15
anos. De acordo com o artigo 68º nº2 do CT, ele não preenche nenhum dos requisitos.
Estamos numa situação em que o contrato é invalido. Portanto, não produz efeitos. Não
há possibilidade de os pais autorizarem. Este contrato era uma questão de nulidade por
incapacidade de gozo por parte do trabalhador, não tem a possibilidade de ser titular de
um contrato de trabalho.
B – Não pode haver oposição dos pais, se nada nos é dito damos como
preenchido este requisito. Nos termos do artigo 70º nº1 do CT o contrato está válido.
82
Estatuto jurídico contratual das partes
Empregador:
• Poderes do empregador
Trabalhador
• Direitos
83
Poder disciplinar – Qual era a efetividade de uma ordem se em face da recusa
do trabalhador o empregador não tivesse qualquer forma de reagir? – o poder de
direção de dar ordens só assume eficácia se o empregador perante uma recusa de
cumprir uma ordem o empregador pudesse reagir. O poder disciplinar permite ao
empregador aplicar sanções disciplinares. Este poder traduz-se num poder punitivo na
prática.
Duas particularidades quanto a este poder – ele é excecional, regra geral, o poder
punitivo é de tutela pública.
Pode decorrer da lei (artigo 128 do CT) mas pode decorrer de convenção
coletiva, de regulamento interno da empresa ou até de contrato de trabalho, tem é que
ser um dever em que ele está vinculado por força daquele contrato de trabalho.
Os dois deveres que vêm como exemplo do dever de lealdade, são clarificações
de situações em que se pode manifestar essa lealdade.
84
O nº2 estabelece regras quanto à possibilidade de poder ser estabelecida na
empresa uma hierarquia. É muito importante saber se a pessoa que dá a ordem é ou
não superior hierárquico do trabalhador.
Pode decorrer da lei (artigo 128º do CT) mas pode decorrer de convecção
coletiva, de regulamento interno da empresa ou até de contrato de trabalho, tem é que
ser um dever em que ele está vinculado por força daquele contrato de trabalho. É o
comportamento do trabalhador ilícito (violação de dever jurídico laboral) e culposo (é
merecedor de um juízo de censura).
Artigo 128.º - CT
Deveres do trabalhador
85
i) Cooperar para a melhoria da segurança e saúde no trabalho,
nomeadamente por intermédio dos representantes dos trabalhadores
eleitos para esse fim;
• Acusação
• Defesa
• Instrução
• Decisão
o Arquivamento
o Aplicação da sanção disciplinar
86
As sanções disciplinares são aplicadas em função do princípio da
proporcionalidade. Quando falamos neste princípio esmos sobretudo a analisar que
quando o empregador determina a aplicação de uma sanção disciplinar deve considerar
a gravidade da infração e o grau de culpabilidade do agente. Estes critérios estão
previstos no artigo 328º nº1 + 330º nº1 do CT
87
Logo a lei prevê prazos:
Há sanções disciplinares que são ilícitas e há outras que são abusivas – aqueles
que vêm elencadas no artigo 331º do CT
Artigo 337º do CC
Artigo 127º do CT
88
02/12/2021
Sumário:
Aula:
Direitos do trabalhador
89
Estas duas razoes levaram a necessidade de o legislador por um lado reafirmar o
reconhecimento e a proteção, salvaguarda de alguns direitos de personalidade do
trabalhador como depois tem a necessidade de regular e estabelecer limites ao exercício
destes direitos por parte do trabalhador, ao seu reconhecimento de forma assertiva ou
a necessidade de contemplar algumas restrições. Artigo 14º a 22º da CRP.
Artigo 14.º - CT
Artigo 15.º - CT
Artigo 16.º - CT
90
Artigo 17.º - CT
91
Artigo 18.º - CT
Dados biométricos
Artigo 19.º - CT
92
Artigo 20.º - CT
Artigo 21.º - CT
93
Artigo 22.º - CT
Artigo 29.º - CT
Assédio
94
Artigo 127º nº1 alínea k) do CT (O empregador deve, nomeadamente: Adotar
códigos de boa conduta para a prevenção e combate ao assédio no trabalho, sempre
que a empresa tenha sete ou mais trabalhadores)
Artigo 496º do CC
Artigo 551.º - CT
95
Artigo 283 nº8 e nº9 do CT (8 - A responsabilidade pela reparação dos danos
emergentes de doenças profissionais resultantes da prática de assédio é do
empregador. 9 - A responsabilidade pelo pagamento da reparação dos danos
emergentes de doença profissional prevista no número anterior é da segurança social,
nos termos legalmente previstos, ficando esta sub-rogada nos direitos do trabalhador,
na medida dos pagamentos efetuados, acrescidos de juros de mora vincendos)
Artigo 129.º - CT
Garantias do trabalhador
1 - É proibido ao empregador:
96
Artigo 394.º - CT
97
07/12/2021
Sumário:
Hipóteses práticas.
Aula:
Antes era definido pela categoria profissional - artigo 118º nº2 do CT - na lei de
96 esta incluída a polivalência profissional do contrato, ou seja, são tarefas que são
exigidas pela categoria profissional, mas pode não haver um ajustamento às suas
capacidades/categoria e isso questiona a que categoria pertence e tem que haver uma
requalificação dessa – princípio da correspondência da realidade
98
Artigo 129º nº1 aliena e) – estabelece que é proibido mudar o seu trabalhador
para categoria inferior – proibição da despromoção (nem com o seu acordo, nem pela
CCT, nem pelo regulamento) – exceto o que é previsto na lei, como é o caso do artigo
119º - mediante acordo com fundamento de necessidade ou no interesse do
trabalhador.
Requisitos:
• Temporário e excecional
99
Desta modalidade pode resultar uma incumbência de tarefas de uma categoria
inferior, mas não implica a diminuição da sua retribuição. Se implicar o aumento, tem
direito a essa retribuição superior o período dessas tarefas – não pode reclamar a
requalificação da sua categoria de trabalho.
Regra geral: vem alargar a mobilidade funcional, mas também pode restringir a
faculdade de impor a mobilidade funcional. Estão previstas no artigo 120 nº2 do CT.
Se vem restringir – o trabalhador é que vai adicionar novos requisitos para que
haja mobilidade funcional.
A clausula é transitória, tem vigência de 2 meses, vai tornar certas matérias que
estavam fora do contrato no domínio da lei, e vai transporta las para o contrato.
• Local de trabalho:
100
Exceções do artigo 194 relativamente ao local de trabalho
Prejuízos materiais:
Consequência: in fine deste artigo mediante acordo que caduca no fim de 2 anos,
logo se não for acionada desaparece de acordo.
102
09/12/2021
Sumário:
Aula:
103
Outra questão que se levanta é saber se todas as cláusulas eram admissíveis ou
se deviam de ser considerados alguns limites. Esta questão levantou muitas
interrogações e levaram também à introdução do período de vigência para as cláusulas
de mobilidade. Entendeu-se que uma cláusula de mobilidade poderia ser admitida, mas
isso não quer dizer que não conheça limites
Quando em 2003 foi consagrado este regime das clausulas houve várias
situações que o tribunal se veio a pronunciar e a situação sujeita a análise prendeuse
com uma empresa de eletrodomésticos com trabalhadoras que tinham contratos com
duração equivalente a 20 anos, contratos que tinham incluídas cláusulas de mobilidade.
As trabalhadoras comprometiam-se a trabalhar em Matosinhos e ao fim de 20 anos
foram transferidas para a empresa da Covilhã, a questão que elas colocaram foi que a
empresa alegou que essa cláusula foi subscrita pelas partes e que se as partes quando
foram contratadas assinaram teriam agora de cumprir e aceitar a mobilidade. Suscitou-
se a este propósito a legalidade das cláusulas. O legislador entendeu que deveria ser
clarificada a lei. É muito diferente a assinatura de uma cláusula numa determinada fase
da vida para ser acionada 20 anos depois. Essas cláusulas têm um prazo de validade de
2 anos, isto significa que se o trabalhador por hipótese assinar um contrato, acorda-se
que vai trabalhador no Porto. Depois há uma clausula deste tipo, isto significa que
durante 2 anos o empregador pode acionar a cláusula e sem sujeição do nº1, ordena
uma ordem de transferência do trabalhador para o Algarve, findos esses 2 anos a
cláusula caduca se não for acionada. Se for acionada, renova-se por mais 2 anos e assim
sucessivamente.
104
Caso Prático I
1. Quid iuris?
A lei diz que quem invoca um direito tem o ónus de provar os factos constitutivos
desse direito. Neste caso quem deveria provar seria o empregador. O empregador é que
alega a faculdade de transferir, logo, ele é que tem de provar a inexistência de prejuízo
sério. Estamos a falar de um facto cuja prova compete ao empregador, mas é um facto
que respeita ao trabalhador e é uma prova de um facto negativo.
105
No entanto, além dos requisitos materiais (artigo 194 do CT) são necessários os
requisitos formais (artigo 196 do CT). A comunicação tinha de ser escrita e além disso
sendo provisória estava sujeita a 8 dias. Sendo definitiva estava sujeita a 30 dias, já não
estaria preenchida.
Do ponto de vista material, a ordem era lícita, não havia prejuízo sério. Mas
depois do ponto de vista formal era ilícita. Sendo ilícita, a consequência é cessar o dever
de obediência, quem tem razão é o trabalhador, recusou-se, mas essa recusa foi lícita
porque cessou o dever de obediência.
2. Imagine que o seu contrato, celebrado em 2015, continha uma cláusula em que A
se comprometia a trabalhar no estabelecimento do Porto ou em qualquer
estabelecimento da empresa na área metropolitana do Porto. Seria diferente a
situação?
Por força desta cláusula, o trabalhador deveria obedecer. Só que o contrato foi
celebrado em 2015 e está a ser assinada a cláusula em 2021. Já passaram mais de 2 anos.
Ou seja, em princípio, a inclusão desta cláusula dispensaria o regime legal das ordens de
transferência e o trabalhador deveria de obedecer. No entanto, os 2 anos de vigência
de cláusula já teriam decorrido e se a cláusula caducou, os artigos 194 nº1 e 196 do CT
que seriam afastados pela cláusula manter-se-ão em vigor.
106
Caso Prático II
Ele podia sustentar a acusação e a aplicação desta pena disciplinar com base
nestas duas violações ou não? – relativamente ao dever de obediência, o empregador
pode alegar que o trabalhador enviou um email para uma senhora e pedir justificação
ao trabalhador e dizer que ele utilizou os meios tecnológicos em violação da norma
regulamentar. No fundo, o controlo da utilização dos meios informáticos, o empregador
pode fazê-lo. Relativamente ao dever de desobediência é possível o empregador
eventualmente punir o trabalhador com a infração disciplinar. Não pode fundamentar
uma acusação disciplinar (artigo 22 nº1 do CT). A violação do dever de respeito devia de
ser gravíssima. A violação do dever de obediência é menos gravoso. Aquela que
sustentaria a decisão do empregador seria o dever de respeito. Não pode sustentar a
acusação e, portanto, o empregador não pode invocar para a infração disciplinar.
107
14/12/2021
Sumário:
A isenção de horário.
Os feriados.
Aula:
Tempo de trabalho:
Artigos 197 e ss do CT
Período de descanso (artigo 199 do CT) - será todo aquele tempo que não é
considerado tempo de trabalho.
108
Descanso semanal (artigo 232 do CT) – o trabalhador tem direito a pelo menos
um dia de descanso.
Período de trabalho:
• Adaptabilidade
• Banco de horas
• Horário concentrado
109
Adaptabilidade:
Há 3 modalidades de adaptabilidade:
Bando de horas:
Temos o banco de horas por convenção coletiva (artigo 208 do CT) e banco de
horas grupal (artigo 208-B do CT).
Horário concentrado:
Artigo 209 do CT
Horário de trabalho:
Artigo 212 e ss do CT
Podemos ter horários fixos, flexíveis no sentido de variação das horas de início e
fim, desfasado (ocorreu na pandemia), de jornada contínua, por turnos que podem ser
rotativos ou não.
110
Há certas situações em que o trabalhador pode não estar sujeito a um horário
de trabalho (isenção de horário de trabalho). Não é livremente estipulado pelas partes.
A lei prevê estas situações. Quando há isenção de horário o trabalhador tem menos
autonomia porque não sabe quando está a trabalhar e quando não está sendo mais
difícil organizar a sua vida pessoal e familiar. Há o pagamento de uma retribuição
especial.
• Total
• Limitada
• Relativa
Trabalho noturno:
111
Resumos Complementares:
Tempo de trabalho
Artigo 197.º - CT
Tempo de trabalho
Artigo 198.º
112
Artigo 199.º
Período de descanso
Artigo 200.º
Horário de trabalho
Artigo 201.º
Período de funcionamento
Artigo 202.º
113
envie o mesmo devidamente visado, de modo que a empresa disponha do registo
devidamente visado no prazo de 15 dias a contar da prestação.
Artigo 213.º
Intervalo de descanso
114
Artigo 232.º
Descanso semanal
e) Em exposição ou feira.
115
Artigo 233.º
Artigo 203.º
1 - O período normal de trabalho não pode exceder oito horas por dia e quarenta
horas por semana.
116
Artigo 210.º
Artigo 211.º
3 - Os dias de ausência por doença, bem como os dias de licença parental, inicial
ou complementar, e de licença para assistência a filho com deficiência ou doença crónica
são considerados com base no correspondente período normal de trabalho.
117
Regime de flexibilidade laboral
Artigo 209.º
Horário concentrado
1 - O período normal de trabalho diário pode ter aumento até quatro horas diárias:
118
Artigo 208.º
2 - O período normal de trabalho pode ser aumentado até quatro horas diárias e
pode atingir sessenta horas semanais, tendo o acréscimo por limite duzentas horas por
ano.
3 - O limite anual referido no número anterior pode ser afastado por instrumento
de regulamentação colectiva de trabalho caso a utilização do regime tenha por objectivo
evitar a redução do número de trabalhadores, só podendo esse limite ser aplicado
durante um período até 12 meses.´
119
Artigo 208.º- B
120
novo referendo e o mesmo não for aprovado nos termos do n.º 6, ou não for realizado
no prazo de 60 dias.
Artigo 204.º
121
Artigo 205.º
Adaptabilidade individual
Artigo 206.º
Adaptabilidade grupal
2 - Caso a proposta a que se refere o n.º 4 do artigo anterior seja aceite por, pelo
menos, 75 % dos trabalhadores da equipa, secção ou unidade económica a quem for
dirigida, o empregador pode aplicar o mesmo regime ao conjunto dos trabalhadores
dessa estrutura.
122
3 - Ocorrendo alteração por entrada ou saída de trabalhadores na composição
da equipa, secção ou unidade económica, o disposto no número anterior aplica-se
enquanto dessa alteração não resultar percentagem inferior à nele indicada.
Artigo 207.º
Período de referência
123
ii) Porto ou aeroporto;
vii) Agricultura;
124
Horário de trabalho
Artigo 212.º
Artigo 213.º
Intervalo de descanso
125
4 - Considera-se tacitamente deferido o requerimento a que se refere o número
anterior que não seja decidido no prazo de 30 dias.
Artigo 214.º
Descanso diário
126
Artigo 215.º
b) Actividade exercida;
3 - Sempre que o horário de trabalho inclua turnos, o mapa deve ainda indicar o
número de turnos e aqueles em que haja menores, bem como a escala de rotação, se
existir.
127
Podemos ter horários fixos, flexíveis no sentido variação das horas de inicio e fim,
desfasado, jornada continua, por tunos que podem ser rotativos ou não.
Artigo 220.º
Artigo 221.º
Organização de turnos
128
Isenção de horário de trabalho
Artigo 218.º
1 - Por acordo escrito, pode ser isento de horário de trabalho o trabalhador que
se encontre numa das seguintes situações:
Artigo 219.º
129
Artigo 265.º
130
Trabalho nocturno
Artigo 223.º
Artigo 224.º
4 - O trabalhador nocturno não deve prestar mais de oito horas de trabalho num
período de vinte e quatro horas em que efectua trabalho nocturno, em qualquer das
seguintes actividades, que implicam riscos especiais ou tensão física ou mental
significativa:
c) Da indústria extractiva;
131
f) De produção ou transporte de gases comprimidos, liquefeitos ou
dissolvidos ou com utilização significativa dos mesmos;
132
Artigo 266.º
133
16/12/2021
Sumário:
O direito
Aula:
Artigo 199-A:
Ou seja, não deve recusar, ou não dar resposta no período de descanso, então o
legislador, traçou o dever do empregador se abster de contactar o trabalhador no seu
período de descanso, com a utilização de uma exceção que pode ser difícil de aplicar,
ou seja, salvo em situações de força maior. Não havendo situações de força maior, e se
o trabalhador não responder, não pode ser responsabilizado por isso. Artigo 199-A e
artigo 3 da lei 83/2021. É uma forma de salvaguardar o trabalhador.
134
Trabalho suplementar:
135
Requisitos subjetivos (o trabalhador está obrigado a fazer trabalho suplementar ou
não):
o Exceções:
A lei fala em dispensar, o trabalhador alega o motivo, será que este é apreciado
e dependendo dela terá ou não o dever de prestar ou será o empregador a decidir ou
não dispensar. Ao referir "solicita a sua dispensa" coloca no empregador o poder de
decisão. Há situações em que objetivamente o motivo é tão grave que ao empregador
não será legitimo decidir a dispensa, mas há situações duvidosas quanto a saber se o
empregador deve ou não dispensar o trabalhador. O motivo invocado pelo trabalhador
pode ser alegado pelo empregador como não justificado a sua dispensa. Nas situações
mais duvidosas aconselha-se a que o trabalhador preste o trabalho suplementar sob
pena de vir a ser alvo de sanção.
136
Efeitos do trabalho suplementar:
Artigo 229 do CT
• 37,5% em hora de dia útil (depende qual é o dia útil para o trabalhador)
Exemplo: Fórmula - RM x 12 / 52 x N
137
Direito a férias (regime geral):
Artigo 237 do CT
São o direito de pausa anual, isto permite ao trabalhador que quebre a rotina e
comece um ano novo a trabalhar.
Exceção - o trabalhador pode renunciar dois dias úteis de férias que excedam os
22 dias úteis (por convenção coletiva de trabalho podem ser mais dias de férias, por
exemplo), não pode gozar menos que 20 dias úteis. O trabalhador pode renunciar 2 dias
úteis de férias (não pode ser inferior a 20 dias esta renúncia de dois dias ou mais).
• Aquisição - adquire quando faz o contrato - não pode ser exercido porque
está incompleto o direito das férias.
• Gozo (artigo 240 do CT) - vão ser gozadas durante esse ano seguinte.
Marcação das férias - é feita pelo empregador, mediante acordo. Se não houver
acordo, o empregador pode unilateralmente fixar o período de férias, não pode marcar
para janeiro nem para novembro, tem de ser entre 1 de maio e 31 outubro (artigo 241
do CT).
Efeitos:
Artigo 264 do CT - durante as férias não trabalha, mas tem direito ao pagamento
das mesmas. Tem direito ainda ao subsídio de férias (nº2)
• Direito a férias
138
Trabalha 11 meses, mas recebe 14 meses:
• Retribuição de férias
• Subsídio de férias
• Subsídio de Natal
Quando cessa o contrato e há férias para gozar, estas não são gozadas, mas o
trabalhador já adquiriu na sua esfera jurídica, e vai ter direito ao uso das mesmas (artigo
245 nº1) - férias vencidas e não gozadas, há ainda férias não vencidas, mas já iniciaram
a sua formação. Esta formação das férias deve ser contabilizada em termos
proporcionais ao trabalho prestado. Antecipação do momento do vencimento e
contabiliza-se o trabalho que ele prestou.
139
04/01/2022
Sumário:
Aula:
Artigo 264.º - CT
3 - Salvo acordo escrito em contrário, o subsídio de férias deve ser pago antes do
início do período de férias e proporcionalmente em caso de gozo interpolado de férias.
4 - Constitui contra-ordenação muito grave a violação do disposto neste artigo.
Artigo 237.º
Direito a férias
3 - O direito a férias é irrenunciável e o seu gozo não pode ser substituído, ainda
que com o acordo do trabalhador, por qualquer compensação, económica ou outra, sem
prejuízo do disposto no n.º 5 do artigo seguinte.
140
Artigo 238.º
4 - (Revogado).
Artigo 240.º
1 - As férias são gozadas no ano civil em que se vencem, sem prejuízo do disposto
nos números seguintes.
141
Artigo 241.º
2 - Na falta de acordo, o empregador marca as férias, que não podem ter início
em dia de descanso semanal do trabalhador, ouvindo para o efeito a comissão de
trabalhadores ou, na sua falta, a comissão intersindical ou a comissão sindical
representativa do trabalhador interessado.
142
O trabalhador no ano que é contratado adquire direito a férias, mas só se irá
vencer no ano seguinte
Regimes especiais
Regime especial dos contratos que não atingem 6 meses de duração - Artigo
239º nº4 e nº5 (4 - No caso de a duração do contrato de trabalho ser inferior a seis
meses, o trabalhador tem direito a dois dias úteis de férias por cada mês completo de
duração do contrato, contando-se para o efeito todos os dias seguidos ou interpolados
de prestação de trabalho. 5 - As férias referidas no número anterior são gozadas
imediatamente antes da cessação do contrato, salvo acordo das partes) – Exemplo: Se
tem o contrato em 4 meses tem direito a 8 dias de férias.
8 dias uteis – X
X = (8x1000) / 22 = 362,64€
9 meses – X 9 meses - X
X = 16,5 X = 750€
143
Caso Prático I
a) No ano da cessação ainda não havia gozado qualquer dia de férias nem
recebido qualquer montante a esse título;
Regime geral
12 – 1000
3–X
X = 250
144
b) Nesse ano, já havia gozado 5 dias úteis de férias?
22 – 1000
17 – X
X = 773€
Caso Prático II
8 dias uteis – X
X= 364€
8 dias uteis até 30 de junho + 22 dias uteis = 30 dias uteis (está dentro do limite
de 30 dias).
145
Caso Prático IV
14 – X
X = 636€
Caso Prático V
146
Caso Prático VI
Artigo 245º nº3 do CT (Em caso de cessação de contrato no ano civil subsequente
ao da admissão ou cuja duração não seja superior a 12 meses, o cômputo total das férias
ou da correspondente retribuição a que o trabalhador tenha direito não pode exceder
o proporcional ao período anual de férias tendo em conta a duração do contrato).
Duração de 18 meses
18 meses -X
12 meses – 1000€
18 meses – X
X – 1500€
Fazer depois
147
Caso Prático VII
NO ANO DA CONTRATAÇÃO:
Nesta situação o regime especial é aplicado, mas não afasta o regime geral, é
comulativo.
Apesar de já ter gozado 20 dias uteis, no dia 1 de janeiro de 2022 vamos aplicar
o regime geral sem pôr em causa as suas férias de 22 dias uteis.
b) Em 1 de Julho de 2021?
Mas só vão poder ser gozados depois de completar 6 meses de contrato, ou seja,
2022.
O trabalhador tem o direito a gozar 12 dias uteis até 30 de julho e o resto do ano
mais 22 dias uteis, ao todo em 2022 vai gozar 34 dias uteis, mas o artigo 238º nº3 do CT
(Da aplicação do disposto nos números anteriores não pode resultar o gozo, no mesmo
ano civil, de mais de 30 dias úteis de férias, sem prejuízo do disposto em instrumento
de regulamentação colectiva de trabalho) a lei não permite mais de 30 dias, então
iremos reduzir para 30 dias.
148
c) Em 1 de Outubro de 2021?
Mas a lei diz que o direito a férias só se pode concretizar 6 meses depois do início
do trabalho, então pode gozar as férias de 1 de abril de 2022 a 30 de junho.
Não faria sentido se vencer antes das férias anteriores. Se as primeiras férias se
vencem a 1 de abril o vencimento passa para 1 de abril
22 dias uteis + 6 dias uteis = 28 dias uteis, estando dentro do limite de 30 dias
uteis.
Artigo 239 nº 2 do CT (No caso de o ano civil terminar antes de decorrido o prazo
referido no número anterior, as férias são gozadas até 30 de Junho do ano subsequente).
Artigo 238º nº3 do CT (Da aplicação do disposto nos números anteriores não
pode resultar o gozo, no mesmo ano civil, de mais de 30 dias úteis de férias, sem prejuízo
do disposto em instrumento de regulamentação colectiva de trabalho).
149
06/01/2022
Sumário:
Aula:
Artigo 248º e ss do CT
Para que a falta seja considerada justificada além de ter de ser dada ao abrigo de
um destes motivos, o trabalhador está vinculado a ter de comunicar a sua ausência,
quando for previsível, ao empregador nos termos do artigo 253 do CT. O nº5 diz-nos
que para que se aplique o regime das faltas justificadas é necessário que o motivo seja
um dos que vem referidos no nº2 do artigo 249 e tem de ser cumprida a comunicação.
Em princípio, a falta sendo justificada não produz qualquer feito, não tem
qualquer consequência nos direitos do trabalhador salvo alguns casos relativamente à
retribuição em que apesar de justificada é-lhe descontada na mesma a retribuição
(artigo 255 nº2 do CT).
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