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TRABALHO
Alguns princípios encontram-se implícitos na lei, outros, por não serem tão
relevantes ou aceitos majoritariamente são meramente doutrinários.
Miguel Reale, aduz que:
Princípios são enunciações normativas de valor genérico, que
condicionam e orientam a compreensão do ordenamento jurídico, a
aplicação e integração ou mesmo para a elaboração de novas normas.
São verdades fundantes de um sistema de conhecimento, como tais
admitidas, por serem evidentes ou por terem sido comprovadas, mas
também por motivos de ordem prática de caráter operacional, isto é,
como pressupostos exigidos pelas necessidades da pesquisa e da
práxis. (REALE, 2012)
SÚMULAS
As súmulas são os entendimentos dos tribunais superiores. No âmbito
trabalhista, são os entendimentos da Corte Trabalhista (TST) sobre determinada
matéria. Desta forma, são fontes do direito e devem ser aplicadas. Sabe-se que seu
processo de cancelamento é de maneira rígida, tendo em vista a necessidade de
estabilidade do TST.
Por outro lado, as súmulas vinculantes são instrumentos jurídicos de
extrema importância para a garantia da segurança jurídica e para que as normas
constitucionais sejam interpretadas e aplicadas de forma uniformizada. A súmula nada
mais é do que a pacificação jurisprudencial que um tribunal tem a respeito da
interpretação e aplicação de uma norma jurídica qualquer.
Todos os tribunais do país criam suas súmulas, unificando o pensamento
dos órgãos colegiados acerca de alguma norma ou tema específico, evitando que haja
discordância a respeito da aplicação de determinada legislação.
IMPORTANTE
Domicílio: é a sede jurídica da pessoa, onde ela se presume presente para efeitos
de direito. É o lugar pré-fixado pela lei onde a pessoa presumivelmente se
encontra.
DIREITO COMPARADO
O Direito Comparado tem papel de grande importância para dirimir as
questões, vez que não há legislação universal que rege os contratos de trabalho
internacionais de forma única em todos os países, sendo que cada país possui regras
próprias e suas particularidades, não sendo possível a aplicação de forma
extraterritorial da integralidade da legislação, principalmente quando essa se mostra
incompatível ao ordenamento do país estrangeiro, pois o uso da analogia não é
TELETRABALHO
Chegou a vez de o trabalhador não se deslocar até ao trabalho, e sim o
trabalho vir até o trabalhador. Trabalho em HOME OFFICE. Trabalhar no âmbito de
sua residência, até pouco tempo não existia nenhuma segurança jurídica para o
empreendedor que quisesse contratar desta forma, o que vinha prejudicando
empregados e empregadores que pretendiam adotar esta forma de trabalho.
Com a aprovação da Reforma Trabalhista esse regime de trabalho passa
a possuir regulamentação própria que dá maior segurança a empregados e
empregadores e permite que seja mais utilizado.
A Reforma utiliza a nomenclatura teletrabalho para se referir ao home
office, e define o modelo de trabalho da seguinte forma: “a prestação de serviços
preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de
tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se
constituam como trabalho externo” (art. 75-B)
Portanto, teletrabalho e trabalho externo não se confundem, este é aquele
também realizado fora das dependências do empregador porque sua própria natureza
o obriga, por exemplo: instaladores de antenas de TV, leitores de relógios de energia,
etc. Já o teletrabalho, embora pudesse ser realizado na empresa, por opção de
empregado e empregador, passa a ser realizado de fora das suas dependências.
O primeiro ponto da Reforma que merece destaque é quanto à jornada de
trabalho, pois, a segundo a Reforma, suas regras não se aplicam aos empregados no
regime de teletrabalho. Isto implica dizer, em tese, que o empregado não estaria
sujeito ao controle de ponto, e se por um lado deixaria de receber o adicional
pelas horas extras, por outro, não haveria mais que se falar em descontos,
advertências ou suspensões por atrasos, no regime de teletrabalho.
O Ministério Público do Trabalho, contudo, já se posicionou contrário a essa
regulamentação, afirmando que na prática isto pode representar a exploração máxima
do empregado por não limitar em nenhum aspecto a jornada de trabalho. Por isso o
MPT defende uma interpretação mais restritiva neste ponto, afirma que com os atuais
meios tecnológicos disponíveis é possível controlar o ponto do empregado, mesmo a
EMPREGADO RURAL.
O trabalho rural está regulado pela Lei nº 5.889/73, regulamentado
pelo Decreto nº 73.626/74 e no artigo 7º da Constituição Federal/88.
Ao trabalhador rural é assegurado no mínimo o salário-mínimo, devendo-
se observar o piso salarial da categoria a que pertencer o empregado.
Empregado rural é toda a pessoa física que, em propriedade rural ou prédio
rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a
dependência deste e mediante salário. Um exemplo de empregado rural e em um
corte de cana o empregado rural e aquele que corta a cana e não aquele que trabalha
na indústria (usina) transformando a cana em álcool aquele já e CLT.
O trabalhador rural tem vários direitos trabalhistas, como o salário em dia,
décimo terceiro, adicional noturno, horas extras, descanso semanal, FGTS, aviso-
prévio, seguro-desemprego, benefícios do INSS e outros. Atualmente, existem cerca
de 18 milhões de trabalhadores rurais.
Trabalhador Rural – é a pessoa física que presta serviços em propriedade
rural ou em prédio rústico, de forma habitual, mediante salário e sob a dependência
do empregador rural.
Empregador Rural – é a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que
explora atividade agropecuária, pesqueira ou silvicultural. Também será considerado
como empregador rural aquele que exerce atividade em estabelecimento industrial
agrário ou explora atividade de turismo rural.
As atividades rurais realizadas no Brasil incluem, com mais frequência, a
pecuária, a lavoura, produtos florestais, extrativismo e pesca artesanal.
TRABALHADOR COOPERADO
O trabalhador que aderir à cooperativa e, por estatuto da mesma, adquirir
o status de cooperado, não é caracterizado como empregado, conforme CLT, art. 442,
adiante reproduzido: “qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade
cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre
estes e os tomadores de serviços daquelas”.
As Sociedades Cooperativas estão reguladas pela Lei 5.764, de 16 de
dezembro de 1971, que definiu a Política Nacional de Cooperativismo e instituiu o
regime jurídico das Cooperativas.
Cooperativa é uma associação de pessoas com interesses comuns,
economicamente organizada de forma democrática, isto é, contando com a
participação livre de todos e respeitando direitos e deveres de cada um de seus
cooperados, aos quais presta serviços, sem fins lucrativos.
Cooperativa de serviços: Reunião de trabalhadores que se unem para
que possam exercer uma profissão.
Cooperativa de bens: Reunião de empresários que se unem para juntos
exercerem uma atividade economia de lucro. Exemplo - Taxista os cooperados são
os donos do taxi, a pessoa que atende o telefone não é cooperada e empregada CLT.
Obs.: Essa limitação não se aplica aos estágios de nível superior e de nível
médio profissional.
Conforme determina o inciso XXXIII, do Artigo 7º da Constituição Federal,
é proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de
aprendiz, a partir de quatorze anos.
Profissionais Liberais com registros em seus respectivos Órgãos de Classe
podem contratar Estagiários.
LEGISLAÇÃO DO ESTÁGIO (RESUMO DA LEI)
● as contratações de estagiários não são regidas pela CLT e não criam
vínculo empregatício de qualquer natureza;
● sobre estas contratações não incidem os encargos sociais previstos
na CLT, entretanto, o Estagiário tem direito ao recesso remunerado (férias) de 30 dias
à cada doze meses de estágio na mesma Empresa ou, o proporcional ao período
estagiado, gozados ou indenizados;
TRABALHO VOLUNTÁRIO
Vale deixar claro também que, para evitar fraudes, o artigo 2º da lei do
trabalhador voluntário exige que o serviço desta espécie deva ser exercido mediante
a celebração de um termo de adesão.
Art. 2º O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de adesão
entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, devendo
constar o objeto e as condições de seu exercício.
Não esquecer: O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem
obrigação de natureza trabalhista previdenciária ou afim. O serviço voluntário será
exercido mediante a celebração de termo de adesão entre a entidade, pública ou
privada, e o prestador do serviço voluntário, devendo constar o objeto e as condições
de seu exercício.
Veja o que entende os tribunais sobre o tema:
TRABALHO VOLUNTÁRIO. TERMO DE ADESÃO. FRAUDE. VÍCIO.
ÔNUS. O trabalho voluntário se configura pelo desempenho de
atividade não remunerada prestada por pessoa natural a entidade
pública ou instituição privada sem fins lucrativos e com objetivos
cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de
assistência à pessoa, nos termos do art. 1º da Lei 9608/98, que
regulamenta essa modalidade de trabalho. O vínculo deve ser
necessariamente formalizado por meio de contrato de adesão em que
reste claro que se trata de trabalho voluntário, com indicação do seu
objeto, havendo a possibilidade de recebimento de ajuda de custo.
Exibindo o réu o contrato de adesão devidamente assinado pelo autor
da ação, cabe a este provar que o termo de adesão era uma artimanha
do réu para mascarar a relação, desenvolvendo-se o trabalho com o
preenchimento dos requisitos do art. 3º da CLT. Produzida prova oral
que se mostra dividida, resolve-se a questão por quem detém o