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CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA

E TERAPIA OCUPACIONAL DA 2ª REGIÃO

TIPOS DE CONTRATAÇÃO E
E REMUNERAÇÃO
DO PROFISSIONAL
DE FISIOTERAPIA
& TERAPIA OCUPACIONAL
Conselho Regional de Fisioterapia
e Terapia Ocupacional da 2ª Região

TIPOS DE CONTRATAÇÃO
E REMUNERAÇÃO DO
PROFISSIONAL DE FISIOTERAPIA
E TERAPIA OCUPACIONAL

Rio de Janeiro, 2023 - 2ª Edição

01
SUMÁRIO
Apresentação 03

Tipos de contratação e remuneração 05


do profissional de Fisioterapia e
Terapia Ocupacional

Tipos de contratação sem relação de 09


emprego

Tipos de contratação com relação de 12


emprego (carteira assinada)

Modelos de Tributação e regime de 15


registro de negócio

Modelos de Negócios 26

Contribuição Previdenciária 32

Desoneração Fiscal e Pejotização 38

02
Apresentação
O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional da 2ª Região – Crefito-2
disponibiliza este guia orientador, em que
descreve as diferentes formas de contratação e
as relações de trabalho existentes. A maneira
como um trabalhador é contratado e as
características desse vínculo têm implicações
significativas para ambos os lados, empregador e
empregado.

No contexto das relações de trabalho, existem


duas principais formas de contratação: por
carteira assinada e como prestador de serviço
averbado por contrato de prestação de serviço.
Cada uma delas tem implicações legais e
financeiras distintas para ambas as partes
envolvidas.

03
As relações de trabalho possuem uma série de
nuances, envolvendo formas de contratação,
vínculos empregatícios e modelos de tributação.
A compreensão dessas diferentes abordagens
são cruciais para empregadores e empregados
tomarem decisões informadas e garantirem
direitos e obrigações adequados em suas
interações profissionais.

Esta cartilha explora também o fato de muitos


empresários encontrarem ao longo de suas
jornadas diferenças entre os regimes tributários
de Lucro Real e Lucro Presumido. Com base
neste documento, é possível entender essas
distinções para tomar decisões financeiras
informadas e maximizar os benefícios fiscais para
o negócio.

A fim de contribuir para uma melhor orientação


profissional, a escolha entre Lucro Real e Lucro
Presumido depende das necessidades e das
características individuais do negócio de
trabalho. Entender como cada regime funciona e
avaliar qual se alinha melhor com as operações e
objetivos financeiros é fundamental para otimizar
resultados e cumprir com obrigações fiscais de
maneira eficaz.

04
Tipos de contratação e
remuneração do profissional
de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional

05
Tipos de contratação e
remuneração do profissional
de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional
Pensando em relação de trabalho o trabalhador
pode ser contratado por carteira assinada ou
como prestador de serviço averbado por contrato
de prestação de serviço. Assim algumas formas
de contratação conhecidas são:

Concurso público por regime estatutário;

Concurso público por regime CLT;

Contrato regido por CLT na iniciativa privada;

Contrato por prestação de serviço para


pessoa física, havendo a necessidade do
profissional emitir o recibo RPA;

Contrato por prestação de serviço sendo


pessoa jurídica, havendo a necessidade da
emissão de nota fiscal.

06
Antes de exemplificarmos os
modelos de contratação é
importante entender a relação de
emprego e o que caracteriza o
vínculo empregatício.

Essencial e obrigatoriamente, a relação de


emprego tem os requisitos formais da formação
de vínculo de trabalho em si e é imprescindível
que você analise a existência desses requisitos
porque a ausência de quaisquer um deles, não
verificará vínculo de emprego. Você vai ter
qualquer outra forma de relação de trabalho que
não a de emprego. Se você pegar um livro de
Direito do Trabalho, a depender do autor, ele
pode quantificar quatro, cinco ou seis requisitos
para a constatação do vínculo de emprego, mas
vamos considerar apenas quatro requisitos
básicos para a formação do vínculo de emprego.

Onerosidade
É o pagamento de uma contraprestação financeira.
Então, todo trabalho executado tem que ser
remunerado de alguma forma. Esse é o primeiro
requisito do vínculo de emprego. Caso o profissional
venha a realizar trabalho voluntário, isso não vai ser
um vínculo de emprego, e a priori também não vai
ser caracterizado como uma relação de trabalho.

07
Habitualidade ou a não eventualidade
A habitualidade é a execução daquela atividade
durante um determinado tempo. O trabalhador pode
trabalhar uma vez por semana, duas vezes por
semana, cinco vezes por semana, mas durante um
determinado tempo. O que há a necessidade de ser
comprovado é a interação constante entre o
empregador e o empregado.

Pessoalidade
É você contratar alguém pela capacidade técnica
daquela pessoa. Aqui existe a confiança entre
empregador e empregado. Apenas aquela pessoa
contratada tem competência, capacidade e
condições de realizar determinado serviço.

Subordinação
É o poder de mando que o empregador detém em
relação aos seus funcionários, é o poder que ele tem
para determinar que o empregado faça determinada
atividade de tal forma, indicar horário de trabalho,
escalas de trabalho, a forma como aquele serviço vai
ser executado. É essencial que quando feita uma
análise de uma relação de trabalho, seja verificado a
presença desses quatro requisitos ao mesmo
tempo. Na ausência de qualquer um deles, nós não
estaremos diante de uma relação de emprego.

08
Tipos de contratação sem
relação de emprego

09
Tipos de contratação sem
relação de emprego:

Temos duas modalidades a prestação de serviço


e a terceirização.

Na prestação de serviço, você obrigatoriamente


realização a atividade. Então significa que,
chamamos alguém para a realização de uma
tarefa pontual ou algum serviço descriminado.

Na terceirização, eu repasso para a outra pessoa


toda a atividade que será executada.

Exemplo da diferença: Na prestação de serviço


você é contratado diretamente pelo paciente ou
algum responsável para realizar o atendimento de
um paciente. Já na terceirização você é
contratado por um intermediário para realizar o
atendimento de um paciente, ou seja, você não
tem relação contratual direta com o paciente,
mas sim com o intermediário.

10
Outro ponto importante é que na contratação para
prestação de serviço temos a contratação uma
pessoa física, já na terceirização,
obrigatoriamente temos a contratação de uma
pessoa jurídica.

Em ambas as relações, tanto na prestação de


serviço como na terceirização existe a
necessidade de se fazer a contratualização dessa
relação. O objetivo do contrato é aumentar a
segurança entre as partes, nesse contrato você
terá descriminado a quantia a ser recebida, a
quantidade de clientes que serão atendidos,
quantas vezes acontecerão os atendimentos, e
eventualmente, horários em que serão realizadas
as prestações de serviços.

11
Tipos de contratação
com relação de emprego
(carteira assinada)

12
Tipos de contratação com
relação de emprego (carteira
assinada):
Contrato por tempo indeterminado
Todo e qualquer contratação senão possuir uma
determinação de prazo será uma relação
empregatícia por tempo indeterminado.

Nessa relação o profissional pode ser remunerado


por salário mensal ou, o importante nessa
remuneração é que ambas respeitem o piso da
categoria.

Link do Video:

https://www.crefito2.gov.br/home_profissional/fisiot
erapia/piso_salarial_e_jornada_de_trabalho

Contrato por tempo determinado


Contrato de um profissional com o intuito de suprir
uma necessidade básica ou para a execução de um
serviço pontual. Um exemplo é o contrato de
experiência, que é um contrato por tempo
determinado.

13
Contrato por tempo intermitente
Que é uma mescla do contrato indeterminado com o
determinado. Você faz ou é contratado para aquele
trabalho, mas ele pode ficar inativo por alguns
períodos. Vou dar um exemplo: Você possui uma
clínica e é contratado ou contrata um profissional
para te auxiliar. Como tem essa sazonalidade dos
serviços, você só pode chamá-lo quando você tiver
necessidade de atender um numero maior de
clientes, quando você não tiver esse número, ele fica
inativo. Isto pode acontecer com algum grupo
esportivo em fase de preparação, mais conhecida
como pré temporada, ou ainda em clínicas de
estética na estação do verão. Entre outros
exemplos.

Outro ponto é que nesse tipo de relação você não


poderá chamar ou ser chamado a qualquer
momento. Na CLT há determinação expressa de que
toda convocação desse trabalhador intermitente tem
que ser realizada com três dias de antecedência.

14
Modelos de
Tributação e regime
de registro de negócio

15
Modelos de Tributação
e regime de registro de
negócio

Quando falamos de modelos de


tributação, podemos ainda estar na
duvida se precisamos ou não de
abrir um CNPJ, ou seja, temos um
consultório e quero saber se é a
hora de me tornar uma clínica.

16
Tipos de Tributação

Pessoa Física (utilizando o seu CPF) - Enquanto


pessoa física (PF) emitindo os seus recibos de
pagamento ou NFe, entramos no modelo simples
que rege todos os trabalhadores na hora de fazer o
imposto de renda (IRPF). Onde seremos tributados
de acordo com as faixas de renda (renda bruta).

Em 2022 as faixas eram estas:

FAIXA MENSAL FAIXA ANUAL PERCENTUAL CONTRIBUIÇÃO

até R$ 1.903,98 até 22.847,76 Isento – 0% Sem contribuição à Receita

de R$ 1.903,99 22.847,77
7,5% Contribuição máxima desta faixa - R$ 830,40
a R$ 2.826,65 a 33.919,80

de R$ 2.826,66 33.919,81 a Contribuição varia entre


15%
a R$ 3.751,05 45.012,60 R$ 1.660,81 e R$ 3.324,73

de R$ 3.751,06 45.012,61 a Contribuição varia entre


22,5%
a R$ 4.664,68 55.976,16 R$ 4.987,09 e R$ 7.453,89

acima de R$ 55.976,17 em
27,5% Contribuição acima de R$ 9.110,31
4.664,68 diante

Agora que já sabe o valor de tributação, emitindo


recibos ou NFe utilizando o seu CPF, vamos
entender quais são os outros modelos de tributação.

Mas antes, você precisa saber que passaremos a


falar de Pessoa Jurídica (PJ).

17
Abrindo sua empresa

Para tributar nos outros modelos precisa abrir uma


empresa que terá um Cadastro Nacional de Pessoa
Jurídica (CNPJ), para isso irá precisar de um contador.

Este profissional tem como uma das funções, te


elucidar sobre este tema e junto com ele vocês irão
decidir sobre o melhor modelo de tributação.

A finalidade desta decisão é fazer com que contribua


com o menor valor possível, de forma legal.

O contador também fará um cálculo para saber se já


é o melhor momento de abrir uma empresa.

Abrindo a empresa passará a recolher impostos


sobre sua renda total (bruta) ou pelo seu lucro (real
ou presumido).

Sem entrar muito no mérito do cálculo, hoje


entendemos que quando já emitimos mais de
R$6.000,00 de recibos por mês, ou seja, mais de R$
72.000,00 por ano, já podemos dar este passo.

18
Modelos de Regimes
Tributários para Pessoa
Jurídica:

Hoje no Brasil possuímos 4


modelos de tributação para PJ:

1 - Simples Nacional
2 - Lucro Presumido
3 - Lucro Real

19
Simples Nacional
Modelo onde há a unificação de alguns impostos e
de acordo com a finalidade (CNAE - Classificação
Nacional de Atividades Econômicas) cada empresa
se enquadra de uma forma.

Nós fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais


somos enquadrados no anexo III ou anexo V.

O Anexo III Simples Nacional possui alíquotas que


variam entre 6% e 33% de acordo com a receita
bruta. E no Anexo V as alíquotas que variam entre
15,5% e 30,5%.

20
O que irá determinar em que tabela a sua empresa
se enquadrará é o cálculo do fator “R”.

O enquadramento do fator R é extremamente


importante para recolher menos imposto.

Para isso, 28% do faturamento bruto da empresa


devem ser destinados ao pagamento de pró-labore
dos sócios e ao salário dos funcionários celetistas.
Estando o Fator R ajustado à sua empresa, ela será
tributada no anexo III que possui menor alíquota,
como exposto anteriormente.

Anexo III

Anexo V

21
Lucro Presumido
A Receita Federal presume que uma determinada
porcentagem do faturamento da empresa é o lucro.
De forma resumida, trata-se de um lucro pré-fixado
(%).

As alíquotas (percentual de imposto a ser aplicado)


podem variar de acordo com o tipo de atividade
exercida, entre 1,6% até 32% sobre o faturamento
bruto.

O lucro presumido possui um limite de faturamento


anual de até 78 milhões de reais, sendo mais
vantajoso para empresas de pequeno a médio porte.
O valor do ISS é municipal então cada município
recolhe com uma alíquota.
Em linhas gerais, a alíquota paga por clínicas de
fisioterapia no lucro presumido varia entre 13,33%
até 16,33%.

Impostos e alíquotas
Os contribuintes que optarem pelo lucro presumido
devem ficar atentos ao pagamento de impostos
separadamente. São eles:

Imposto de Renda (IRPJ): 13,33% até 16,33%.


(recolhido trimestralmente);
CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido):
9% (recolhido trimestralmente).
Imposto Sobre Serviços (ISS): de 2,5 a 5%
conforme a cidade e serviço prestado;
Programa de Integração Social (PIS): 0,65%;
Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (COFINS): 3%;

22
Lucro Real
O Lucro Real é um regime de tributação, em que o
cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica
(IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido
(CSLL) é feito com base no lucro real da empresa
(receitas menos despesas) e com ajustes previstos
em lei.

Aos empreendedores optantes deste regime é


crucial ter um controle rígido sobre as receitas e as
despesas do negócio.

Isso porque a tributação ocorre de acordo com o


lucro.

Além disso, caso a empresa que não dê lucro ao


longo do período tributável, não precisa recolher
IRPJ e CSLL.

Portanto, as empresas que são obrigadas a


apresentar à Secretaria da Receita Federal seus
registros contábil e financeiro.

Impostos e alíquotas
Empresa com R$40 mil de lucro líquido por mês:

15% sobre R$40.000 = R$6.000;

10% sobre o excedente (no caso, R$20.000) =


R$2.000

Totalizando R$8.000 de IRPJ.

23
Impostos e alíquotas
São eles:

Imposto de Renda (IRPJ): 15% (até R$ 20.000 de


lucro real) + 10% do que passar (recolhido
trimestralmente);
CSLL (Contribuição Social sobre o lucro real): 9%
(recolhido trimestralmente).
Imposto Sobre Serviços (ISS): de 2,5 a 5%
conforme a cidade e serviço prestado;
Programa de Integração Social (PIS): 0,65%;
Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (COFINS): 3%;

Diferença entre Lucro Real


e Lucro Presumido

Uma dúvida frequente de muitos empresários é


esta. Afinal, o que diferencia estes dois regimes
tributários?

A diferença principal é como é calculado. No Lucro


Real, os dados são referentes às despesas e
receitas. Já no Lucro Presumido, o cálculo é feito a
partir da receita diante de um percentual
preestabelecido.

O Lucro Real é um regime tributário que tem como


base o lucro líquido, ou seja, a apuração é feita por
meio da diferença entre receita, custos e despesas.
No Lucro Presumido, como prevê o nome, presume-
se uma margem de lucro sobre as receitas apuradas.
Para as atividades de prestação de serviços a
margem chega até 32%.

24
Enquanto o Lucro Presumido é um regime simples,
que lida com informações não tão detalhadas, o
Lucro Real apresenta maior complexidade, por exigir
controle financeiro mais eficaz e atento às
informações da empresa.

É importante entender que o MEI – Micro


Empreendedor Individual é um regime de registro de
empresa e que o mesmo ainda não possui categoria
para a Fisioterapia.

25
Modelos
de Negócios

26
Modelos de Negócios

Antes de você decidir qual modelo


ou tipo de negócio você vai montar
você precisa ter algo muito
importante em mente.

Qual o problema eu
vou resolver das pessoas?

27
1 - B2B ou B2C? O que é isso?

B2B - Business to business, ou seja, negócio para


negócio. Nesse formato você vende de uma
empresa para outra empresa, como em uma
assistência ergonômica por exemplo.

B2C - Business to consumer, ou seja, de negócio


para cliente. Sem dúvidas é o que temos na maioria
dos negócios relacionados a Fisioterapia e a Terapia
Ocupacional, você oferece seus serviços
diretamente para os clientes (ou pacientes).

2 – Defina o ambiente:

Definido se você vai prestar serviços para empresas


ou para clientes, defina o ambiente que você vai
atuar, se é físico, digital ou híbrido.

3 – Clínica

Esse é um dos modelos mais utilizados e


conhecidos, pois remete a essência e início das
profissões.

Importante ressaltar que nesse modelo você terá


que abrir uma empresa, ou seja, terá que ter um
CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas), e
arcar com impostos e despesas com contadores,
assim como outra anuidade de pessoa jurídica.
Recomendamos que leia a cartilha do CREFITO-2
sobre modelos de tributação

28
4 – Consultório

Este é um modelo frequentemente utilizado por


profissionais que atuam de forma individualizada.
Também é utilizado por profissionais que ainda não
tem grande clientela, pois requer espaços menores,
diminuindo custos fixos.

No caso dessa modalidade deve se ter atenção as


alíquotas de impostos como o IRPF (Imposto de
Renda Pessoa Física), pois dependendo do
faturamento essa pode chegar até 27,5% do recibo
emitido, bem menor por exemplo do que os 6% da
fase inicial do Simples nacional, como nas pessoas
jurídicas.

5 - Atendimento Domiciliar

Essa é uma vertente ultimamente utilizada para


assistir aqueles pacientes que tem dificuldade de
locomoção.

Tem a facilidade de não ser necessário custos fixos


como aluguel e luz.

Mas tem mais custos variáveis (aquelas que só


existem quando existe uma venda), como por
exemplo a necessidade de se ter um veículo, e
todos os custos de manutenção e combustível do
mesmo, ou de usos de taxis ou aplicativos.
Também deve se ater ao fato de ocorrer tempo de
deslocamento entre os clientes, fato que também
deve ser lavado em conta no momento da
precificação

29
6 – Palestrante

Para impactar ainda mais pessoas, você pode


lançar mão de realizar palestras e capacitações,
não somente para profissionais em congressos e
simpósios científicos, mas diretamente para
pacientes e possíveis clientes.

Serve de isca junto ao modelo clínica e


consultório

Pode ser feita no formato online e presencial

Tome cuidado com a oferta de promessas


infalíveis, isso é proibido pelo código de ética!

7 – Consultoria

Se você já conseguiu atingir uma maior autoridade na


sua carreira, pode estar auxiliando outros
profissionais que vivam a mesma dificuldade que
uma dia você já viveu.

E assim pode estar realizando consultorias para


esses profissionais.

Da mesma forma esse formato se conecta bem


aqueles que querem desenvolver modelos B2B,
como nas consultorias ergonômicas.

30
8 – Franquias
Esse é um modelo que tem crescido muito na
fisioterapia, afinal profissionais que se destacam no
mercado, e que já "erraram" e "acertaram" levam seu
modelo de negócio que já foi testado e validado.

E isso pode facilitar o seu crescimento, e acelerar


etapas que um negócio não testado tem.

Vale ressaltar que você estará atrelado a regras de


cada empresa, e terá que segui-las, podendo não ter
total liberdade por exemplo na divulgação dos
serviços.

Os modelos de franquia seguem regras do


franchising do Brasil.

9 – Startups
Que o mundo online é uma realidade todos nós já
sabemos. Mas você já pensou em como utilizar isso
para facilitar a vida de seus pacientes ou de outros
colegas?

Pois é o modelo de Startups tem a ver com


empresas jovens e que usam um modelo que pode
ser replicável e escalável, ou seja, por não existir
limitação de tempo (como em um atendimento), tem
maior facilidade de escalar/subir podendo aumentar
ainda mais o seu faturamento.

E mais, pode funcionar como uma outra fonte de


receita, tão necessário no momento de pandemia
que vivemos.

Então volte aquela pergunta do início... "Qual o


problema eu quero resolver das pessoas?"

31
Contribuição
Previdenciária

32
Passo a passo de como
emitir e pagar as guias
pela internet

Uma vez definida qual alíquota de


contribuição deseja recolher para o
INSS, de acordo com o seu perfil,
será necessário gerar e pagar as
GPS (Guias da Previdência Social).

A seguir, preste atenção no passo a


passo de como fazer isso:

33
Passo 1
O primeiro passo é acessar o SAL (Sistema de
Acréscimos Legais), um site da Receita Federal.

Para fazer isso, você vai precisar estar conectado a


alguma rede de internet, por meio do seu celular ou
computador.

(Fonte: SAL/Receita Federal)

Passo 2
Após acessar o SAL, selecione um dos três módulos
disponíveis:

1. Contribuintes Filiados antes de 29/11/1999.


2. Contribuintes Filiados a partir de 29/11/1999.
3. Empresas e Equiparadas e Órgãos Públicos.

(Fonte: SAL/Receita Federal)

34
Passo 3
Escolha a sua categoria de segurado.

E, além disso, também preencha o número do seu


NIT/PIS/PASEP.

Saiba! O número do NIT/PIS/PASEP pode ser


encontrado na CTPS (Carteira de Trabalho e
Previdência Social).(Fonte: SAL/Receita Federal)

Marque o quadradinho ao lado de “Não sou um


robô” e clique em “Confirmar”.

Passo 4
Passo 4: Confira se os seus dados estão corretos e
clique novamente em “Confirmar”.

(Fonte: SAL/Receita Federal)

Passo 5
Inclua tanto a competência (mês) que pretende
pagar, quanto o valor do salário de contribuição
sobre o qual deseja contribuir.

(Fonte: SAL/Receita Federal)

35
Passo 6
Consulte se o código de contribuição está correto.

Outra vez, clique em “Confirmar”.

Passo 7

Selecione a competência (mês) e clique em “Gerar


GPS”.

(Fonte: SAL/Receita Federal)

Depois que você seguir todos esses passos e, por


fim, gerar a sua GPS, abra o arquivo no formato .pdf,
na pasta de downloads do seu computador.

Você pode imprimir o documento ou copiar o código


de barras dessa sua GPS gerada para fazer o
pagamento dela.

Onde pagar a GPS?


A GPS (Guia da Previdência Social) pode ser paga
onde você preferir:

direto em uma instituição bancária;


em uma lotérica;
pelo internet banking; ou
pelo aplicativo do seu banco.

36
É importante lembrar que a contribuição
previdenciária é mensal. Ou seja, para cada mês
trabalhado, o profissional deverá repetir o passo a
passo acima, emitir a guia e realizar o pagamento.

Para acessar todas as informações sobre


Contribuição Previdenciária, acesse também o site
MEU INSS, do Governo Federal:
https://meu.inss.gov.br/

Ou através do aplicativo “Meu INSS”, disponível para


ser baixado em aparelhos Android e iOS, ou plea
Central de Atendimento do INSS, pelo telefone 135.

37
Desoneração Fiscal e
Pejotização

38
Luta pela Desoneração
Fiscal e o modelo da
"Pejotização"
O Crefito-2, não alheio ao fenômeno da
“pejotização”, vem insistentemente estudando
formas de amenizar o ente “pejotizado” das
anuidades, que, de valores fixados pelo Conselho
Federal, acabam por onerar, sob o ponto de vista
prático e em determinados e específicos casos, o
Profissional pejotizado em duplicidade.

Independentemente, vale grafar que a luta é árdua,


na medida em que as anuidades devidas aos
Conselhos de Profissões, por se constituírem
espécie do gênero “contribuição de interesse das
categorias profissionais ou econômicas”, de
natureza jurídica nitidamente tributária, dependem
de Lei para que sejam isentas ou remidas, entre
outras formas de alteração (Constituição Federal,
art. 150, § 6º).

39
Acompanhe as ações do Crefito-2
quanto à "Pejotização"
Por exigência de algumas empresas, profissionais
têm adotado o modelo da “Pejotização”, introduzida
na Reforma Trabalhista de 2019 como um novo
cenário nas relações de trabalho. Envolve a
prestação de serviços por meio de uma empresa,
muitas das vezes individual, registrada em seu nome,
com o propósito exclusivo de emitir notas fiscais.
Porém acaba desempenhando atividades que, na
prática, são equivalentes ao trabalho de uma pessoa
física, o que pode, por parte dos empregadores,
acabar ocultando a verdadeira relação de emprego,
fraudando a legislação trabalhista, fiscal e
previdenciária. Fique atento para cumprir todas as
exigências deste modelo.
Acesse a matéria com as informações

Crefito-2 solicita revisão do COFFITO


para análise de isenção de anuidade a
profissionais que desempenham
atividades como pessoa física e
pessoa jurídica
O Crefito-2 enviou um ofício formalizado de pedido
ao COFFITO para que a entidade realize uma análise
mais aprofundada acerca da isenção da anuidade
para profissionais registrados e que também
possuem registro de empresa (pessoa jurídica),
considerando não precisar pagar anuidade de
Pessoa Jurídica. Nesse contexto, a iniciativa da
Autarquia revela a atenção às demandas dos
profissionais registrados que possuem empresas,
sugerindo uma vista em benefício àqueles que se
dedicam diariamente pela qualidade de vida dos
pacientes.
Acesse a matéria com as informações

40
Microempreendedor individual -
legislação não autoriza inscrições para
Fisioterapeutas e Terapeutas
Ocupacionais
O Crefito-2 tem combatido, através de notificações,
algumas empresas que teriam feito exigência para
que os profissionais fisioterapeutas e terapeutas
ocupacionais tornem-se Microempreendedores
Individuais (MEIs), a fim de permanecerem atuando
na empresa. O Conselho adverte que a legislação
tributária nacional, que regula a atividade de
Microempreendedor Individual, não autoriza a
inscrição das atividades de Fisioterapia e de Terapia
Ocupacional como MEI, podendo ocasionar ao
profissional diversos problemas legais.
Acesse a matéria com as informações

41
Reforma da Previdência

42
A Reforma da Previdência
e as novas regras

A Reforma da Previdência está


vigente desde o dia 13 de novembro
de 2019.

Para os segurados que estavam


próximos de se aposentar nessa
data, mas não atingiram todos os
requisitos exigidos, a nova
legislação introduziu diversas
regras de transição.

43
Entenda! As regras de transição são
criadas como uma forma de
amenizar a situação e evitar
surpresas para os segurados que
estavam quase se aposentando
com as regras antigas.

Aposentadoria por idade

Você pode se aposentar pela regra de transição da


aposentadoria por idade quando atingir 62 anos de
idade (mulher), ou 65 anos de idade (homem), além
de 15 anos de contribuição e carência.

Mulher
62 anos de idade;
15 anos de tempo de contribuição;
180 meses de carência.

Homem
65 anos de idade;
15 anos de tempo de contribuição;
180 meses de carência.

Aposentadoria por Tempo de


Contribuição
A aposentadoria por tempo de contribuição não
deixou de existir com a Reforma da Previdência.

44
Ela foi transformada em quatro regras de transição
de aposentadoria por tempo de contribuição: pontos,
idade progressiva, pedágio 50% e pedágio 100%
(valor integral).

Importante! Você tem direito adquirido à


aposentadoria por tempo de contribuição se tiver
completado 35 anos de contribuição (homem), 30
anos de contribuição (mulher), e 180 meses de
carência até 12/11/2019.

Por pontos

Você pode se aposentar pela regra de transição da


aposentadoria por pontos quando atingir 30 anos de
contribuição (mulher), 35 anos de contribuição
(homem), e + a pontuação necessária.

Entenda! A pontuação é a soma da sua idade + seu


tempo de contribuição.

Mulher
30 anos de tempo de contribuição;
180 meses de carência;
91 pontos em 2024 (soma da sua idade + seu
tempo de contribuição).

Homem
35 anos de tempo de contribuição;
180 meses de carência;
101 pontos em 2024 (soma da sua idade + seu
tempo de contribuição).

45
Idade Progressiva
Como a regra de transição da idade progressiva é
mais uma das regras originadas da aposentadoria
por tempo de contribuição, você pode se aposentar
pela idade progressiva quando cumprir 30 anos de
tempo de contribuição (mulher), ou 35 (homem).

Isso sem contar o requisito da idade mínima, que, de


acordo com o exigido nesta regra, deve aumentar 6
meses por ano até atingir uma idade fixa.

A seguir, confira todos os requisitos desta regra para


2024 e para os próximos anos:

Mulher
30 anos de tempo de contribuição;
180 meses de carência;
58 anos de idade em 2024;
59 anos de idade em 2025;
• 59 anos e 6 meses de idade em 2026;
• 60 anos de idade em 2027;
• 60 anos e 6 meses de idade em 2028;
• 61 anos de idade em 2029;
• 61 anos e 6 meses de idade em 2030;
• 62 anos anos de idade 2031 (idade fixa na
regra definitiva).

Homem
35 anos de tempo de contribuição;
180 meses de carência;
63 anos e 6 meses de idade em 2024;
• 64 anos de idade em 2025;
• 64 anos e 6 meses de idade em 2026;
• 65 anos de idade em 2027 (idade fixa na regra
definitiva).

46
Pedágio de 50% (Fator Previdenciário)
Você pode se aposentar pela regra de transição do
pedágio de 50% quando atingir 30 anos de
contribuição (mulher), ou 35 anos de contribuição
(homem), + 50% referente ao pedágio incidente
sobre o tempo faltante para alcançar o tempo total
exigido até a vigência da Reforma (Emenda
Constitucional 103/2019).

Mulher
30 anos de tempo de contribuição;
180 meses de carência;
+ metade do tempo que faltava (pedágio de 50%)
para atingir 30 anos de tempo de contribuição no
dia 13/11/2019 – data da Reforma da Previdência.

Homem
35 anos de tempo de contribuição;
180 meses de carência;
+ metade do tempo que faltava (pedágio de 50%)
para atingir 35 anos de tempo de contribuição no
dia 13/11/2019 – data da Reforma da Previdência.

Atenção! Essa regra só é válida para quem estava a


menos de 2 anos de se aposentar pela antiga
aposentadoria por tempo de contribuição quando a
Reforma entrou em vigor. Ou seja, é imprescindível
contar com 28 anos de contribuição, se mulher, e 33
anos de contribuição, se homem.

Além do mais, vale lembrar que a regra de transição


do pedágio de 50% tem a aplicação do fator
previdenciário.

47
Se você tiver pouca idade ou tempo de contribuição,
seu fator previdenciário será baixo e,
consequentemente, o valor final da sua
aposentadoria também será baixo.

O fator previdenciário leva em consideração 3


variáveis que podem definir o grau de prejuízo ou
benefício que você vai ter:

A sua idade;
O seu Tempo de Contribuição;
E sua expectativa de sobrevida.

A idade
Basicamente funciona assim: quanto mais novo você
é, menor o fator previdenciário. Bem simples.

Tempo de contribuição
Quanto mais tempo você trabalhar, maior será o
fator previdenciário. Então faz diferença ter 30, 35
ou 40 anos de tempo de contribuição.

Expectativa de sobrevida
Quanto mais novo você é, maior a expectativa de
sobrevida e menor o fator previdenciário.

A diferença é que a expectativa de sobrevida é um


valor que todo ano é alterado com a publicação da
tabela de sobrevida pelo IBGE, no final de novembro
ou comecinho de dezembro.

Ou seja, esta expectativa de sobrevida aumenta


todo o ano.

Isso significa que a cada ano que passa, o fator


previdenciário fica pior.

48
A tendência é que o fator previdenciário caia em
desuso no futuro.

Porque existe um número limitado de pessoas que


têm direito adquirido às aposentadorias anteriores à
Reforma, assim como à Regra de Transição do
pedágio de 50%.

Ou seja, uma hora ou outra ninguém mais se


enquadrará nas hipóteses de aplicação do fator
previdenciário. Desse modo, ele deixará de ser
utilizado nas aposentadorias.

Pedágio 100% (Valor Integral)

Você pode se aposentar pela regra de transição do


pedágio de 100% quando atingir 30 anos de
contribuição (mulher) e 35 anos de contribuição
(homem), a idade mínima exigida nesta regra: 57
anos (mulher) e 60 (homem); e, além disso, o
pedágio de 100% incidente sobre o tempo faltante
para alcançar o tempo total exigido até a data da
Reforma.

Para ficar mais fácil de entender, confira quais são


todos os requisitos necessários para você se
aposentar pela regra do pedágio de 100% em 2024.

Mulher
30 anos de tempo de contribuição;
180 meses de carência;
57 anos de idade;
+ pedágio de 100%, ou seja, o dobro do tempo
que faltava para atingir 30 anos de tempo de
contribuição quando a Reforma entrou em vigor
(13/11/2019).

49
Homem
35 anos de tempo de contribuição;
180 meses de carência;
60 anos de idade;
+ pedágio de 100%, ou seja, o dobro do tempo
que faltava para atingir 35 anos de tempo de
contribuição quando a Reforma entrou em vigor
(13/11/2019).

Importante! A regra do pedágio de 100% pode ser


utilizada por servidores públicos federais, porém, há
requisitos específicos não listados aqui.

Além disso, alguns estados e municípios também


têm previsões dessa regra em suas respectivas
legislações previdenciárias.

Se você tiver direito adquirido às regras antigas,


anteriores à Reforma da Previdência de 13 de
novembro de 2019, fique tranquilo. Como a própria
expressão sugere, é direito adquirido.

Na sequência, vou mencionar, de forma resumida,


quais são os requisitos e o cálculo para as principais
aposentadorias vigentes até um dias antes da
Reforma (até 12/11/2019). Todas têm como requisito
em comum os 180 meses de carência.

Aposentadoria por idade


Mulher: 60 anos de idade e 180 meses de
carência.
Homem: 65 anos de idade e 180 meses de
carência.
Valor do benefício: média das suas 80% maiores
contribuições desde julho de 1994. Deste valor,
você recebe 70% + 1% ao ano de recolhimento.

50
Aposentadoria por tempo de
contribuição
Mulher: 30 anos de tempo de contribuição.
Homem: 35 anos de tempo de contribuição.
Valor do benefício: média das suas 80% maiores
contribuições desde julho de 1994 multiplicada
pelo seu fator previdenciário.

Aposentadoria por pontos

Mulher: 86 pontos e 30 anos de tempo de


contribuição.
Homem: 96 pontos e 35 anos de tempo de
contribuição.
Valor do benefício: média das suas 80% maiores
contribuições desde julho de 1994.

Atenção! A pontuação foi alterada pela lei


13.183/2015. Quem preencheu os requisitos antes de
2019, com base na lei de 2015, precisa somar 85
pontos (mulher) e 95 pontos (homem).

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Conselho Regional de Fisioterapia
e Terapia Ocupacional da 2ª Região

Autoria

Comissão de Gestão e
Empreendedorismo

Departamento Jurídico

Departamento de
Contabilidade

Departamento Pessoal

Comunicação

Rio de Janeiro, 2023 - 2ª Edição


Conselho Regional de Fisioterapia
e Terapia Ocupacional da 2ª Região

Diretoria Crefito-2

Presidente: Dr. Wilen Heil e Silva


Vice-presidente: Dr. Diego Faria
Diretora-secretária: Dra. Denise Flávio
Diretor-tesoureiro: Dr. Leonardo Fonseca
Diretor de Fiscalização Dr. Carlos Roberto

Conselheiros

Dra. Anke Bergmann


Dr. Álisson Hygino
Dr. Raphael Correia Caetano
Dr. Rafael Floriano
Dr. João Carlos Magalhães
Dra. Simone Ferreira
Dr. Clailson Farias
Dr. Wagner Bezerra
Dr. Leandro de Azeredo
Dr. Rubens Guimarães
Dr. Leonardo Brito
Dra. Karla Sany

Rio de Janeiro, 2023 - 2ª Edição


Conselho Regional de Fisioterapia
e Terapia Ocupacional da 2ª Região

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